quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Corinthians x Athletico: escalações, onde assistir e jejuns em jogo

Corinthians e Athletico: escalações para o confronto desta quinta-feira, pelo Brasileirão

Corinthians e Athletico
Corinthians e Athletico (Crédito: Valquir Aureliano)
O Athletico Paranaense enfrenta o Corinthians, nesta quinta-feira (dia 17) às 20 horas, na Neo Química Arena, em São Paulo, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo é um confronto direto na luta contra o rebaixamento. O Furacão é o 15º colocado, com 31 pontos. A equipe paulista está na 18ª posição, com 29.

O jogo terá transmissão pelo Premiere 

Primeiro jejum

O time paranaense luta contra vários jejuns. Contando apenas o Brasileirão, é o time há mais tempo sem vencer na competição, entre os 20 competidores: nove rodadas. Foram seis derrotas e três empates no período. A última vitória na Série A foi em 28 de julho – 2 a 1 sobre o Cuiabá.

Segundo jejum

Outro jejum é que o técnico Lucho González tenta sua primeira vitória desde que assumiu o cargo. Ele soma três derrotas em três jogos (Racing, Flamengo e Botafogo).

Terceiro jejum

Para completar, o Athletico não vence como visitante o Corinthians desde 2009. A última vitória foi por 3 a 1, pelo Brasileirão daquele ano, com gols dos meias Paulo Baier e Wesley e do atacante Wallyson, no Pacaembu. Desde então, foram seis vitórias do time paulista e sete empates nos duelos em São Paulo. Desde a construção da Neo Química Arena, em 2014, foram quatro vitórias do Corinthians nesse confronto e mais cinco empates.

Fase do Corinthians

O Corinthians vive uma fase de recuperação. Somou cinco vitórias, um empate e três derrotas nas últimas partidas – contando todas as competições.

Mandante quase invicto

No Brasileirão, o Corinthians só sofreu uma derrota como mandante – foi para o Botafogo, na 7ª rodada, em 1º de junho. Nos demais jogos em casa, cinco vitórias e oito empates.

Escalação do Corinthians

No Corinthians, o volante Alex Santana (ex-Athletico) e o ponta Talles Magno estão recuperados e reforçam o time. O zagueiro André Ramalho, o lateral Fagner e o atacante Romero voltam após suspensão. 

Escalação do Athletico

O Athletico teve um desfalque de última hora, o meio-campista Christian. Outras baixas são o zagueiro Kaique Rocha, o lateral-direito Madson e o volante Fernandinho. O centroavante Pablo e o zagueiro Thiago Heleno estão recuperados.

O técnico Lucho González pode manter o esquema tático 5-2-3. 

CORINTHIANS x ATHLETICO

● Corinthians: Hugo Souza; Fagner, André Ramalho, Cacá e Matheus Bidu; José Martínez e Breno Bidon; André Carrillo, Rodrigo Garro e Romero (Memphis Depay ou Talles Magno); Yuri Alberto. 
● Técnico: Ramón Díaz

Athletico: Mycael; Cuello, Marcos Victor (Belezi), Thiago Heleno, Gamarra e Esquivel; Gabriel e Erick; Nikão (Zapelli), Pablo (Mastriani) e Canobbio. 
● Técnico: Lucho González

● Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
● Local: Neo Química Arena, em São Paulo, hoje às 20 horas
● TV: Premiere

Fonte: Bem Paraná

Moro reage às críticas de Ney Leprevost


O senador Sergio Moro (União-PR) reagiu nesta quarta-feira (16) após as críticas recebidas do deputado estadual Ney Leprevost (União), a quem apoiou na disputa pela Prefeitura de Curitiba. Leprevost tinha como vice a deputada federal Rosângela Moro (União-SP), mulher do ex-ministro da Justiça.

Moro, que classificou o deputado estadual como um “político velho”, disse ao jornalista Lauriberto Pompeu, de O Globo, que ele não soube se “conectar com o eleitorado” da cidade. “Embora ele (Ney) seja uma pessoa relativamente nova, se apresentou como um político velho, sem posições definidas de maneira clara. Ao invés de assumir uma posição clara de direita, ou se fosse o caso até de esquerda, ele ficou com posições políticas indefinidas. Ele agora está buscando uma desculpa para a derrota, mas mostra apenas que ficou pequeno politicamente e também pensa pequeno como pessoa. Eu praticamente não apareci na propaganda eleitoral dele. A gente estava disposto a ajudar na campanha, mas ele optou por correr sozinho”, afirmou o senador paranaense.

Fonte: Contraponto

Esportes da Sorte, patrocinadora do Corinthians, é incluída em lista nacional de bets pelo governo

Logo da ‘Esportes da Sorte’ estampado como patrocinadora máster do Corinthians – Foto: Reprodução

O Ministério da Fazenda atualizou a lista de casas de apostas autorizadas a operar no Brasil até o fim de 2024 e incluiu a Esportes da Sorte, patrocinadora máster do Corinthians. A inclusão foi anunciada na quarta-feira (16) pela Secretaria de Prêmios e Apostas, em cumprimento a uma determinação judicial, conforme divulgado em documento oficial do governo.

Anteriormente, a Esportes da Sorte operava com autorização apenas da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj). Além do Corinthians, a casa de apostas também patrocina os uniformes de Athletico, Bahia e Grêmio na Série A, além do Ceará na Série B. Com a nova autorização, a Esportes da Sorte poderá atuar em todo o Brasil, voltando ao modelo anterior de operação.

Entre as casas de apostas que patrocinam clubes da Série A e B, a Dafabet permanece bloqueada pelo Ministério da Fazenda. No entanto, a Reals, que patrocina Coritiba e Amazonas, também foi incluída na lista de operações liberadas.

Fonte: Brasil 247

Sakamoto: Sócio das mudanças climáticas, Congresso desrespeita Marina Silva

Momento em que o deputado federal bolsonarista Evair de Melo (PP-ES) chama a ministra Marina Silva de ”adestrada” – Foto: Reprodução

Originalmente publicado no Uol

Sócio das mudanças climáticas, o Congresso brasileiro desrespeita a ministra Marina Silva quando um parlamentar diz na sua presença que ela é “adestrada”, afirmou o colunista do Uol Leonardo Sakamoto no UOL News desta quarta (16). O deputado federal bolsonarista Evair de Melo (PP-ES) atacou a ministra durante comissão na Câmara.

”Essa situação foi extremamente lamentável. Adestramento é utilizado para cães, cavalos, portanto, para animais, e Marina Silva teve toda razão e direito de ficar revoltada. Ele poderia falar que ela repetia um discurso que interessava A, B ou C, mas não, ele comparou a ministra a um cachorro”.

”O Congresso Nacional brasileiro é composto por uma boa parte de parlamentares que defendem um desenvolvimento predatório, de derrubar, explorar tudo e não deixar nada. O problema é que esse desenvolvimento jogou a temperatura do planeta lá em cima e vai causar danos ao ser humano de uma forma que, até agora, é inimaginável”.

”Esse Congresso é sócio das mudanças climáticas, então ele bate de frente com Marina Silva. É extremamente desrespeitoso e tosco o que fizeram com ela, além, claro, de ter o componente machista e racista no meio de tudo isso porque é claro que se fosse um homem branco naquela situação o desrespeito seria menor. É triste que no meio de um caos vivido por São Paulo que tem relação direta com o caos climático, a gente veja isso acontecer com a pessoa que está tentando mitigar tudo isso”, Leonardo Sakamoto, colunista do Uol.

Sakamoto ressalta que esse mecanismo de ataque contra uma ministra de Estado mulher e negra mostra o nível da extrema direita no Brasil.

”Sem tirar nem pôr, esse é o nível da extrema direita brasileira quando a questão é ambiental. A Marina Silva tem uma das maiores buchas do país, o pessoal fala que o Haddad tem um dos cargos mais pesados, mas é a Marina Silva. Haddad tem gente que o apoia. Marina Silva luta, muitas vezes, uma luta inglória e a mais importante do nosso tempo. O ministério dela visa colocar em prática ações para mudar uma situação que pode levar à extinção em massa de animais, plantas, à fome mundial e morte de pessoas, alagamento de áreas”.

”O que vimos no Rio Grande do Sul, aquela chuva ou seca de São Paulo, o apagão que a gente viu aqui em São Paulo são decorrentes de eventos climáticos extremos que deveriam estar sendo combatidos com ações que o próprio ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática defende e preconiza. Mas o que ele recebe? Falta de apoio no Congresso e a oposição age desse jeito vil”, Leonardo Sakamoto, colunista do Uol.

Fonte: DCM 

Os grupos em que Boulos tem vantagem sobre Nunes, segundo a nova pesquisa Quaest


Ricardo Nunes e Guilherme Boulos: atual prefeito ainda segue liderança a pesquisa. Foto: reprodução

A pesquisa Quaest divulgada na última quarta-feira (16) mostra que Ricardo Nunes (MDB) lidera as intenções de voto para a Prefeitura de São Paulo, com 45%, enquanto Guilherme Boulos (PSOL) aparece com 33%.

Entre os eleitores de outras religiões que não são católicos ou evangélicos, ou que não têm religião, Boulos lidera com 41% dos votos, enquanto Nunes registra 30%. Nesse grupo, 6% estão indecisos e 23% afirmam que não escolheram nenhum candidato ou votarão em branco.

Pesquisa Quaest: Boulos entre quem tem outra religião que não católica ou evangélica ou não tem religião. Foto: reprodução

Boulos também se destaca entre os eleitores do presidente Lula (PT) no segundo turno das eleições de 2022, onde soma 69% das intenções de voto, contra 22% de Nunes. Nesse cenário, 3% permanecem indecisos e 6% não escolheram nenhum ou pretendem votar branco.

Pesquisa Quaest: Boulos entre eleitores de Lula (PT) no 2º turno de 2022. Foto: reprodução

Ricardo Nunes, por sua vez, lidera em outros segmentos, como entre homens e mulheres, eleitores com 35 anos ou mais, aqueles que possuem ensino médio completo ou incompleto, quem ganha até três salários mínimos ou mais de sete salários mínimos, além de católicos, evangélicos e eleitores de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno de 2022.

Entre eleitores com ensino fundamental e superior, há um empate técnico. No ensino fundamental, Nunes tem 42% e Boulos 32%, com margem de erro de 6 pontos percentuais. Indecisos somam 9% e brancos ou nulos chegam a 17%.

No ensino superior, Nunes aparece com 42% e Boulos com 41%, com uma margem de erro de 5 pontos. Os indecisos são 1% e os que pretendem votar branco, nulo ou nenhum somam 16%.
Pesquisa Quaest: os dois empatam entre quem tem ensino fundamental e ensino superior. Foto: reprodução
Há também empate entre aqueles que ganham entre três e sete salários mínimos. Nunes lidera com 43%, enquanto Boulos registra 35%. A margem de erro é de 5 pontos percentuais. Indecisos somam 3% e brancos ou nulos chegam a 19%.
Pesquisa Quaest: os dois empatam entre quem ganha entre três e sete salários mínimos. Foto: reprodução
A pesquisa foi realizada presencialmente com 1.200 pessoas de 16 anos ou mais em São Paulo, entre os dias 13 e 15 outubro, e foi registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo TSE: SP-SP-05735/2024. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos. O nível confiança é de 95%.

Fonte: DCM

Haddad esperava que “as coisas fossem andar bem” para Boulos com a economia

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad e Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de SP – Foto: Reprodução

Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, afirmou que esperava que o crescimento da economia neste ano e a vitória dele e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 em São Paulo facilitassem o caminho para Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela prefeitura da capital paulista.

Segundo Haddad, a melhora na economia deveria favorecer o clima político para Boulos. “As pessoas estão vivendo melhor, com perspectiva econômica melhor”, disse o ministro.

Em entrevista à Folha, Haddad explicou que as dificuldades enfrentadas por Boulos não são resultado de falhas do candidato ou de seus apoiadores, mas sim das condições atuais da administração municipal.

Para o ministro, a prefeitura de São Paulo está sendo beneficiada por uma grande quantidade de recursos, o que inclui a renegociação da dívida durante sua gestão e a decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a posse do Campo de Marte.

Atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) – Foto: Reprodução

Haddad também criticou o uso dos recursos pela gestão atual, apontando que a prefeitura está investindo em obras sem licitação e com pouca fiscalização dos órgãos de controle. “A prefeitura nunca teve tanto dinheiro”, afirmou.

Segundo ele, o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), tem utilizado esses recursos sem a devida supervisão, o que estaria criando um cenário desigual na disputa pela prefeitura.

Fonte: DCM

Boulos x Nunes: a nova pesquisa Datafolha do 2º turno em SP desta quinta-feira

Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL): atual prefeito segue liderando as pesquisas na capital paulista. Foto: reprodução

O Datafolha vai divulgar nesta quinta-feira (17) a segunda pesquisa de intenção de voto para o segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo, que acontece entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). O segundo turno está marcado para o dia 27 de outubro.

Esse levantamento é o primeiro após as fortes chuvas que afetaram a capital, deixando milhares de moradores sem energia por vários dias na última semana.

Na pesquisa anterior, divulgada em 10 de outubro, Nunes aparecia com 55% das intenções de voto, enquanto Boulos registrava 33%. Os dados são da pesquisa estimulada, onde os candidatos são apresentados diretamente aos eleitores. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Nunes sobe tom contra ministro Silveira e critica “conversinha mole” | Metrópoles
Ricardo Nunes: ele ficou em primeiro na última pesquisa Datafolha. Foto: reprodução

Essa diferença entre os dois candidatos é a segunda maior registrada nas últimas décadas para essa fase da eleição, atrás apenas da disputa de 2000, quando Marta Suplicy (PT), hoje vice de Boulos, obteve uma vantagem de 30 pontos sobre Paulo Maluf (PPB, na época).

Além de São Paulo, o Datafolha também vai divulgar nesta quinta-feira novas pesquisas de intenção de voto em Fortaleza e seis outras cidades: Aracaju (SE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Piracicaba (SP), Porto Alegre (RS) e Ribeirão Preto (SP).

Paralelamente, a Quaest também realiza pesquisas de intenção de voto em cinco capitais nesta semana: Belém (PA), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM) e Porto Velho (RO).

Fonte: DCM

“Ninguém com juízo pode dizer que a eleição de São Paulo está decidida”, diz Natuza Nery

Os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) durante debate realizado na TV Bandeirantes, em São Paulo: o tema principal do evento foi o apagão na cidade. Foto: reprodução

Em artigo publicado no G1 nesta quinta-feira (17), a jornalista Natuza Nery destacou que a eleição do segundo turno de São Paulo, entre o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado Guilherme Boulos (PSOL), ainda não está decidida. Para ela, as chuvas na capital podem atrapalhar a disputa. “Ninguém com juízo pode dizer que a eleição de São Paulo está decidida”, disse:

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (16) mostra que o apagão enfrentado por São Paulo deixa aberta a eleição entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL).

A pauta do 2º turno se transformou no apagão, quando ficaram à mostra mazelas da Prefeitura. Mas ainda há tempo para eleição e, quem souber criar as pautas certas, vai se dar bem lá na frente.

A estratégia de Boulos ficou clara: no debate da TV Bandeirantes, quando falou sobre poda de árvores. Em resposta, Nunes disse que a Enel precisava desligar a energia para retirar as árvores. A origem do problema está onde? Na prefeitura. Aquele galho só encostou no fio porque a poda não foi feita.

Chuva: notícias sobre previsão de chuvas | Folha
Ricardo Nunes em rua onde árvores caíram após chuvas em SP: capital paulista enfrentou um apagão nos ´últimos dias. Foto: Divulgação

Para tentar enfraquecer o rival, Boulos tenta viralizar a seguinte ideia: se alguém que não consegue cuidar do mínimo, que é a poda de árvores, como vai conseguir cuidar das outras coisas mais complexas? (…)

Contudo, a situação do atual prefeito está longe de ser confortável. Dependendo do movimento errado ou errático, ele perde parte do espólio e o voto pode ir para o Boulos, que sustenta uma rejeição muito grande.

Por enquanto, parte do impacto faz os eleitores migrarem para o terreno dos indecisos. Ou seja: não estão necessariamente saindo do prefeito e indo para o candidato do PSOL.

Com o perdão da comparação, uma ventania pode ocorrer e mudar tudo de lugar. Mas, por ora, ela ainda parece derrubar mais as árvores do que os votos de Nunes que, diga-se, ainda melhorou a avaliação de seu governo, segundo a Quaest.

Fonte: DCM

Fazenda prevê maior integração com BC sob Galípolo em agenda não relacionada à política monetária

Avaliação é que a atual gestão do BC se esquivou de dialogar sobre temas de interesse do governo federal não relacionados à política de juros

Prédio do Ministério da Fazenda em Brasília 14/02/2023 REUTERS/Adriano Machado (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Reuters - O governo brasileiro espera maior cooperação técnica com o Banco Central a partir do próximo ano, quando o atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, assumirá o comando da instituição, em meio a queixas de que a atual gestão se esquivou de dialogar em temas de interesse da gestão Luiz Inácio Lula da Silva não relacionados à política de juros.

Três fontes do Ministério da Fazenda ouvidas pela Reuters afirmaram em anonimato que a pasta se ressentiu com a falta de aprofundamento em conversas sobre regulamentação de criptoativos, abertura do mercado de vale-alimentação para trabalhadores formais e potencial inclusão de títulos da dívida pública brasileira numa plataforma global de negociações.

Desde que assumiu em janeiro do ano passado, Lula fez críticas reiteradas à condução da política monetária, vista por ele como nociva para a economia, com ataques à meta de inflação -- que acabou sendo mantida pelo seu governo -- e ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, nomeado por seu antecessor Jair Bolsonaro.

Em meio a esse ambiente, duas das fontes afirmaram que a demanda por maior interlocução acabou prejudicada, com o BC se encastelando em alguns temas sob o manto da autonomia, que lhe foi assegurada por lei em 2021.

Essas mesmas fontes avaliaram que há perspectiva de integração e destravamento das pautas após Galípolo, indicado por Lula, assumir a cadeira de Campos Neto em janeiro, enquanto uma fonte do Banco Central disse que a maior cooperação deverá ser “uma tônica.”

Procurado, o Ministério da Fazenda disse que não irá se manifestar. O Banco Central não comentou o assunto.

“Espero muito que a gente tenha mais integração nas coisas que não afetam a competência dura do Banco Central, não estou dizendo que queremos ter um assento no Copom (Comitê de Política Monetária), não é isso”, disse uma das fontes da Fazenda.

“O BC confundia autonomia com a ideia de que não era um órgão de governo e que não podia ter uma agenda conjunta com a Fazenda. Isso deve mudar”, afirmou a segunda fonte.

IMPASSES - Uma das autoridades mencionou preocupação com a regulamentação de criptoativos, tema sob a guarda do BC, mas que interage com iniciativas da Fazenda, como as regras para apostas online.

“A gente precisa fazer as coisas se encaixarem sob pena de não ser efetivo. Eles fazem uma regulação sem falar com a gente, a gente faz uma aqui, as ‘bets’ continuam usando cripto, tem um risco grande de bater cabeça”, disse.

O BC realizou consulta pública sobre regramentos para ativos virtuais em janeiro e o tema segue em debate na autarquia, que previu passos adicionais neste semestre, com fechamento de propostas normativas no fim deste ano.

Em outra frente, o governo prevê destravar um impasse relacionado à efetiva regulamentação para abrir o mercado de cerca de 150 bilhões de reais de vale-refeição e alimentação.

Embora já exista legislação desde 2022 prevendo que o crédito concedido pelas empresas seja desfrutado num ambiente de interoperabilidade, que permite que o gasto seja feito em qualquer restaurante participante independentemente do vale utilizado, e de portabilidade, que permite transferência do saldo para outras empresas do setor, falta definir quem irá editar as novas regras e supervisioná-las.

Enquanto a Fazenda vê o BC como candidato natural, a autarquia refuta assumir a responsabilidade alegando falta de braços para se dedicar a um mercado considerado grande, atendendo 22 milhões de trabalhadores, mas que não oferta risco sistêmico.

Em reunião de associações que defendem a abertura do mercado com o Ministério da Fazenda em São Paulo, no fim de setembro, o ministro Fernando Haddad sinalizou que a regulamentação sairia no início do ano que vem, segundo um dos participantes presentes. Na autoridade monetária, porém, o tema não está pacificado.

A Fazenda também não conseguiu avançar no diálogo com o BC sobre um plano para que títulos do Tesouro Nacional sejam negociados diretamente na plataforma da Euroclear, instituição europeia focada em custódia e liquidação de transações de ativos, o que simplificaria o acesso de investidores estrangeiros aos papeis da dívida brasileira, disse a terceira fonte da pasta. Atualmente, as negociações são feitas em plataforma local.

“Todos os países relevantes estão na Euroclear e o BC resiste porque não quer perder poder da burocracia… É algo que vai gerar economia de dezenas de bilhões de reais e fica travado por corporativismo”, afirmou.

O Tesouro chegou a anunciar em 2023 uma força-tarefa com o BC para iniciar preparativos técnicos que viabilizariam a negociação de títulos da dívida interna brasileira concomitantemente nos mercados doméstico e internacional, com a Euroclear colocada como potencial plataforma para essa finalidade. Os debates, no entanto, seguem travados.

Segundo essa fonte, o BC vinha alegando que precisa ter controle das informações sobre as emissões e os detentores da dívida brasileira em tempo real para monitorar e coibir casos de lavagem de dinheiro, o que não seria possível em um contrato com a Euroclear.

Lula: "coloquei o Brasil outra vez no 'top' do mundo"

"Fiz uma reunião com os principais bancos brasileiros e todos eles elogiando o crescimento: 'presidente, vocês estão crescendo acima do mercado'", disse

Presidente Lula discursa na ONU (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou otimismo em relação à situação econômica do Brasil e aos avanços sociais alcançados durante seu governo. "Eu estou feliz com o Brasil. Acho que estamos encontrando um caminho para fazer as coisas corretamente. A economia está bem, está surpreendendo o mercado", disse Lula nesta quinta-feira (17) em entrevista à Rádio Metrópoles.

Na entrevista, o presidente destacou que, segundo os bancos, o Brasil está crescendo acima das expectativas do mercado. “Ontem [quarta-feira (16)] fiz uma reunião com os principais bancos brasileiros e todos eles elogiando o crescimento: ‘presidente, vocês estão crescendo acima do mercado, as coisas estão boas, o emprego está crescendo, a massa salarial está crescendo, a inflação está mais ou menos controlada’. Então está tudo do jeito que eu quero que esteja".

Lula também enfatizou seus objetivos de curto e longo prazo para o país. "Quero acabar com a fome nesse país, quero colocar mais estudantes para fazer institutos federais, universidades, quero melhorar a vida das pessoas, cuidar dessa gente como um pai cuida dos filhos, um pai bom".

O presidente também se mostrou confiante em relação à imagem do Brasil no cenário internacional, afirmando: “Coloquei o Brasil outra vez no ‘top’ do mundo. O Brasil é muito respeitado hoje.” Nesta linha, Lula anunciou sua próxima viagem internacional para participar da cúpula do BRICS em Kazan, na Rússia, onde representará o Brasil antes de retornar para votar em São Bernardo do Campo.

Fonte: Brasil 247

“Se tivesse concorrido preso em 2018, eu teria ganhado as eleições”, diz Lula

Em entrevista, presidente destacou trajetória política e reafirmou compromisso com as classes populares: "sei de que lado estou e para quem devo governar"

(Foto: Reprodução)

Em entrevista concedida ao jornalista Mario Kertész, no programa Bom Dia Metrópoles, da Rádio Metrópoles de Salvador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que teria vencido as eleições de 2018 mesmo se tivesse concorrido preso. "Eu fui o segundo colocado porque estava preso. Se estivesse em liberdade, teria sido presidente outra vez. Aliás, se tivesse concorrido preso, teria ganhado as eleições", disse Lula. O presidente relembrou sua trajetória política e reforçou que seu compromisso é com o povo trabalhador.

Lula destacou que sua vitória em 2002, assim como as sucessivas reeleições do PT, foram construídas com o apoio de trabalhadores e das classes populares. "Eu sou o resultado dessa gente. Quem vota em mim é o povo lascado desse país, o pessoal que acorda às 5h da manhã, pega duas horas de ônibus e volta para casa às 18h. É para essa gente que eu tenho que governar. Eu sei de que lado estou e para quem eu tenho que governar", afirmou o presidente. Ele também observou que, ao longo de sua carreira, grandes empresários e banqueiros não o apoiaram, mas que sempre tratou esses setores com "respeito e carinho".

Na entrevista, Lula fez questão de relembrar sua trajetória política, desde a fundação do Partido dos Trabalhadores em 1980 até as eleições de 2018. Ele mencionou que disputou eleições presidenciais contra grandes nomes da política brasileira, como Ulysses Guimarães, Brizola e Mário Covas, em um cenário de debates políticos que, segundo ele, era mais qualificado do que o atual. "Não era essa joça que tem hoje, com gente falando palavrão e utilizando fake news na televisão", criticou.

O presidente ressaltou que sua trajetória de sucesso se deve ao apoio das classes trabalhadoras e que continuará governando em prol desse grupo, mesmo com as limitações que enfrenta no governo. “Essa trajetória política de sucesso eu devo a cada mulher, a cada homem, a cada pessoa da periferia desse país, a cada trabalhador rural, a um setor de classe média, professores, esse pessoal de classe média média, de classe média baixa. É a essa gente que eu devo e para essa gente que eu governo. Eu não tenho dúvida de que lado eu estou e para quem eu quero governar. Obviamente que não posso fazer tudo que eu quero, porque tenho limitações, mas tenho certeza que estamos fazendo o que jamais foi feito neste país”, finalizou.

Fonte: Brasil 247

"Investir no Nordeste é fazer justiça", diz Lula

Presidente anunciou mais de R$ 600 milhões para o estado
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de anúncio de investimentos do Governo Federal no Rio Grande do Norte, no Auditório da Escola de Governo do Rio Grande do Norte, em Natal - RN. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante evento realizado em Natal, no Rio Grande do Norte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quarta-feira (16 de outubro) um pacote de investimentos que somam mais de R$ 640 milhões. As áreas beneficiadas incluem saneamento, educação, mobilidade urbana, habitação e a construção de cisternas. As verbas são provenientes do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de financiamentos do Banco do Nordeste. "Quando a gente faz investimento no Nordeste, a gente está fazendo justiça. O papel do Estado é garantir que todos tenham a mesma chance, a mesma oportunidade", afirmou Lula durante a cerimônia.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, celebrou os anúncios, enfatizando a importância do apoio federal ao desenvolvimento do estado. "Não é mais um sonho, é uma realidade. Nesse processo de reconstrução do Brasil, nós vamos entregar o maior legado ao povo do Rio Grande do Norte em matéria de desenvolvimento com bem-estar e cidadania", declarou.

Saneamento e habitação em destaque

Do total dos recursos, mais de R$ 409 milhões serão destinados a obras de esgotamento sanitário em cinco municípios do estado, entre eles Açu, Apodi e Natal, com o objetivo de beneficiar mais de 1,3 milhão de pessoas. Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste, também participou do evento e assinou contratos de financiamento para projetos na área de saneamento básico. "Vamos sanear todas as cidades aqui do Nordeste, e o Banco do Nordeste estará presente para ajudar estados e municípios a universalizar o acesso ao saneamento", destacou Câmara.

Na área de habitação, o ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou a construção de 400 novas unidades habitacionais em Natal, dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo ele, os projetos representam um investimento de R$ 65,3 milhões. "Estamos projetando aquilo que nós vamos fazer para as pessoas poderem realizar o sonho da casa própria", afirmou.

Mobilidade urbana e infraestrutura portuária

Outro destaque do evento foi a formalização de um projeto de mobilidade urbana, que inclui a implantação de um corredor de ônibus na Avenida das Fronteiras, em Natal, com um investimento de R$ 33 milhões do Novo PAC. O projeto beneficiará mais de 600 mil pessoas na capital e na Região Metropolitana.

Além disso, R$ 47 milhões serão aplicados em obras de melhoria no porto de Natal, incluindo a construção de defensas na Ponte Newton Navarro, para proteger a estrutura de eventuais choques de embarcações. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, os investimentos melhorarão a logística portuária e facilitarão o escoamento da produção no estado.

Educação e combate à pobreza

No campo educacional, três novos campi do Instituto Federal serão construídos nas cidades de São Miguel, Touros e Umarizal, cada um com um investimento de R$ 25 milhões. O ministro da Educação, Camilo Santana, enfatizou o retorno dos investimentos no setor. "A educação voltou, porque recurso em educação não é gasto. É investimento", afirmou.

O evento também marcou o anúncio da construção de mais de 2.400 cisternas em áreas de extrema seca no estado, com um investimento de R$ 15 milhões. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, ressaltou a importância dessas obras na redução da pobreza e da fome. "Essa meta de tirar o Brasil do Mapa da Fome terá aqui um grande campeão, que é o povo do Rio Grande do Norte", finalizou Dias.

Os investimentos fazem parte da estratégia do governo federal de fomentar o desenvolvimento regional e promover a justiça social, especialmente no Nordeste, uma região historicamente afetada por desigualdades estruturais.

Fonte: Brasil 247

Candidato derrotado em Curitiba aponta Sergio Moro como o maior traidor da história do Brasil


Ney Leprevost fez as acusações contra o ex-juiz suspeito mesmo tendo tido Rosângela Moro como sua candidata a vice

Sergio Moro (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado)

O ex-secretário de Justiça, Trabalho e Família do Paraná, Ney Leprevost, usou suas redes sociais para lançar duras críticas ao ex-juiz suspeito e senador Sérgio Moro, a quem chamou de "maior traidor do Brasil". Leprevost, que foi candidato à prefeitura de Curitiba em 2020, fez as acusações em resposta ao que chamou de "ataques rasteiros e injustificados" por parte de Moro. O ex-juiz teria não apenas o criticado pessoalmente, mas também feito insinuações sobre um de seus familiares.

As declarações de Leprevost geraram grande repercussão, principalmente porque ele havia tido Rosângela Moro, esposa do senador, como sua candidata a vice-prefeita na mesma eleição. Apesar dessa aliança no passado, o ex-candidato não poupou críticas a Sérgio Moro, a quem acusou de uma série de traições que teriam marcado sua trajetória tanto na magistratura quanto na política.

"Este senhor é um traidor contumaz", disparou Leprevost em seu pronunciamento. Ele listou, de forma detalhada, as traições que, segundo ele, Sérgio Moro cometeu ao longo dos últimos anos.

Traições elencadas por Ney Leprevost:

● Traição à magistratura: Leprevost acusou Moro de ter usado sua posição de juiz para se promover pessoalmente, com o objetivo de conquistar cargos políticos. Ele mencionou ainda práticas que, para ele, violaram a ética jurídica, como "tortura psicológica em réus" e "escutas telefônicas de legalidade questionável".

● Traição aos apoiadores da Operação Lava Jato:  O ex-secretário afirmou que Moro traiu os milhares de brasileiros que foram às ruas em apoio à Lava Jato, ao abandonar seu posto como juiz para se tornar ministro do governo Bolsonaro.

● Traição a Jair Bolsonaro: Leprevost ressaltou que Moro, ao sair do governo em meio a desavenças com Bolsonaro, traiu o presidente que havia confiado nele ao nomeá-lo para o Ministério da Justiça.

● Traição ao partido Podemos: Segundo Leprevost, Moro também traiu o partido Podemos, que havia sustentado financeiramente sua candidatura ao Senado.

Traição ao Paraná: O ex-secretário apontou que Moro traiu o povo paranaense ao tentar concorrer ao Senado por São Paulo, em vez de representar o estado em que construiu sua carreira.

Traição ao senador Álvaro Dias: Leprevost também afirmou que Moro traiu seu padrinho político, o senador Álvaro Dias, ao se lançar candidato contra ele, de última hora, nas eleições de 2022.

Traição aos eleitores de direita: Moro, segundo Leprevost, teria traído seus eleitores de direita ao votar a favor da nomeação do ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal, desagradando a base conservadora.

Traição a Rosângela Moro e à campanha de Leprevost: Uma das críticas mais pessoais foi direcionada à relação entre Moro e sua esposa, Rosângela, que foi candidata a vice-prefeita na chapa de Leprevost em Curitiba. O ex-candidato alegou que Rosângela abandonou a campanha dez dias antes da eleição por não ter recebido a atenção desejada nos programas eleitorais de televisão. Ele pediu desculpas ao povo de Curitiba por ter aceitado "a imposição do partido" de ter Rosângela como vice.

Traição ao partido União Brasil: Leprevost também acusou Moro de usar R$ 230 mil do fundo eleitoral para promover sua esposa nas redes sociais durante a campanha, sem sequer pedir votos para o número do partido, o 44.

Traição a Leprevost pessoalmente: O ex-candidato afirmou que Moro teria plantado diversas notícias na imprensa nacional para desestabilizar sua candidatura à prefeitura de Curitiba.

● Traição à pátria: Por fim, Leprevost acusou Moro de ter feito um "acordão" com os senadores Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre, prejudicando interesses nacionais, embora não tenha detalhado essa acusação.

Uma resposta contundente

Leprevost também não deixou de criticar a forma como Moro tem se comportado na vida pública. "De herói nacional que até eu admirei, o senhor apequenou-se e se transformou em um mero 'lacrador' de redes sociais", afirmou. Ele criticou ainda o fato de o senador andar cercado de seguranças pagos pelo erário público. "Se o senhor fosse amado pelo povo de Curitiba como afirma, não precisaria andar rodeado de seguranças pagos pelo povo brasileiro até para ir à feira", disparou.

O ex-secretário ainda desafiou Moro a se defender na justiça, lembrando que o senador é réu em um processo criminal. "Minha vida pública é pautada por coerência e respeito a todas as pessoas. Me esqueça e vá se defender na justiça. Pois quem é réu em processo criminal é o senhor, não eu", escreveu Leprevost.

Ao encerrar sua declaração, Leprevost pediu desculpas ao povo de Curitiba por ter aceitado a imposição de ter Rosângela Moro como vice em sua chapa. No entanto, ressaltou que mantém uma boa relação pessoal com ela. "Ainda hoje a tenho como uma boa pessoa", afirmou.

O político finalizou sua mensagem agradecendo as inúmeras manifestações de apoio que recebeu após o embate com Moro e reafirmou seu compromisso com a defesa da liberdade e dos princípios éticos. "A toda boa gente do Paraná, meu muito obrigado pelas milhares de manifestações de solidariedade no dia de hoje. Tenham a certeza absoluta que minha vida pública vai continuar pautada na defesa da liberdade e nos princípios éticos e humanistas que meu detrator chama de 'velhos'. Que Deus nos proteja do mal", concluiu.

A troca de acusações entre Leprevost e Moro reflete a crescente tensão entre antigos aliados políticos no Paraná, em um cenário que promete reverberar nas próximas disputas eleitorais, tanto no estado quanto em nível nacional. 

Confira:


Fonte: Brasil 247

Elon Musk doa mais US$ 75 milhões para a campanha de Trump

Dono do X é um dos principais apoiadores da extrema-direita em todo o mundo

CEO da Tesla e proprietário do X, Elon Musk, ao lado do candidato à Presidência dos EUA Donald Trump em comício na Pensilvânia 5/10/2024 REUTERS/Brian Snyder/Arquivo (Foto: Brian Snyder)

O bilionário Elon Musk, proprietário da empresa X (antigo Twitter), doou US$ 75 milhões (aproximadamente R$ 400 milhões) ao America PAC, comitê de ação política que apoia a candidatura de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. A informação foi divulgada pelo Financial Times nesta quarta-feira (16), com base em documentos federais recentemente publicados e reportada pela Sputnik.

O comitê não apenas arrecadou essa quantia expressiva, mas também já destinou US$ 96 milhões (R$ 480 milhões) para promover Trump e mais US$ 10 milhões (R$ 56,7 milhões) para fortalecer campanhas de candidatos republicanos ao Congresso. Entre os principais doadores do grupo, além de Musk, destacam-se os gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, empreendedores no setor de tecnologia, e Joe Lonsdale, cofundador da Palantir Technologies.

A estratégia do America PAC, de acordo com os documentos, inclui a contratação de pesquisadores em estados cruciais, como Pensilvânia e Michigan, pagando US$ 30 por hora, além de investir cerca de US$ 47 por eleitor registrado que se comprometa a apoiar a Primeira e Segunda Emendas da Constituição dos EUA, que garantem a liberdade de expressão e o direito ao porte de armas.

Polarização política e críticas a Biden

Musk, que já deixou claro que votará em um republicano nas próximas eleições presidenciais, expressou anteriormente críticas ao governo de Joe Biden. Em um debate com Trump, ocorrido em junho deste ano, o empresário afirmou que o desempenho do atual presidente foi decepcionante.

Segundo fontes da imprensa americana, Musk também tem se reunido com outros empresários que compartilham de sua visão, discutindo formas de impedir a reeleição de Biden. O magnata da tecnologia já vinha demonstrando, ao longo dos últimos meses, um crescente descontentamento com a condução da política americana sob a liderança democrata.

A revelação dessa doação milionária intensifica o cenário de polarização política nos EUA, com figuras proeminentes do mundo dos negócios se posicionando ativamente na disputa eleitoral. A campanha de Trump, que busca um retorno à Casa Branca, tem se beneficiado de doações de grandes empresários, reforçando seu papel de destaque entre os republicanos.

Enquanto isso, o embate com os democratas e a defesa de pautas controversas, como a proteção ao porte de armas, promete acirrar ainda mais o clima político nos meses que antecedem as eleições de 2024.

Fonte: Brasil 247