quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Indústria brasileira cresce 3% nos oito meses de 2024, aponta IBGE


Com esses resultados, a produção industrial se encontra 1,5% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020)

Indústria brasileira (Foto: Agência Brasil )

Agência IBGE de Notícias - Em agosto de 2024, a produção industrial nacional apresentou variação positiva de 0,1% frente a julho, na série com ajuste sazonal, após recuar 1,4% em julho e avançar 4,4% em junho de 2024.

A média móvel trimestral cresceu 1,0% no trimestre encerrado em agosto de 2024 em relação ao nível do mês anterior. Frente a agosto de 2023, a indústria avançou 2,2%, terceira taxa positiva consecutiva, mas com a expansão menos intensa dessa sequência. Com isso, o setor industrial apontou crescimento de 3,0% nos oito meses de 2024. No acumulado nos últimos dozes, o avanço de 2,4% manteve taxa positiva e intensificou o ritmo de expansão frente aos resultados de julho (2,2%), de junho (1,5%) e de maio de 2024 (1,2%).

O setor industrial, ao mostrar variação positiva de 0,1% em agosto de 2024 frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, volta a ficar no campo positivo após recuar 1,4% no mês anterior. No índice desse mês, diferentemente do que havia sido observado nos dois meses anteriores, verifica-se predomínio de taxas negativas, uma vez que 18 das 25 atividades industriais pesquisadas apontaram queda na produção.

Com esses resultados, a produção industrial se encontra 1,5% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020); mas ainda está 15,4% abaixo do nível recorde de maio de 2011.

Ainda na série com ajuste sazonal, o total da indústria, no índice de média móvel trimestral, intensifica o ritmo de crescimento nesse mês e prossegue com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em agosto de 2023.

Na variação positiva de 0,1% da atividade industrial na passagem de julho para agosto de 2024, duas das quatro grandes categorias econômicas e somente sete dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram avanço na produção.

Em agosto, indústrias extrativas têm a maior influência positiva

Entre as atividades, a influência positiva mais importante veio de indústrias extrativas, que cresceu 1,1% nesse mês, após recuar 2,2% em julho quando interrompeu dois meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 5,8%. Vale destacar também as contribuições positivas registradas pelos setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,6%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,0%) e de produtos químicos (0,7%).

Veículos automotores, é um dos destaques entre as 18 atividades no campo negativo

Por outro lado, entre as 18 atividades que apontaram queda na produção, veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,3%), produtos diversos (-16,7%) e impressão e reprodução de gravações (-25,1%) exerceram os principais impactos na média da indústria. A primeira interrompeu dois meses seguidos de crescimento, período em que acumulou expansão de 16,0%; e os dois últimos eliminaram parte dos avanços registrados no mês anterior (20,7% e 30,9%, respectivamente).

Outros impactos negativos relevantes vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,2%), de produtos de metal (-4,0%), de metalurgia (-2,5%), de bebidas (-3,4%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-6,6%), de máquinas e equipamentos (-2,7%), de celulose, papel e produtos de papel (-2,5%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,9%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-3,6%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,4%).

Bens de consumo semi e não duráveis e bens intermediários têm taxas positivas

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) e bens intermediários (0,3%) apresentaram as taxas positivas em agosto de 2024, com ambas revertendo os recuos registrados no mês anterior: -3,1% e -0,4%, respectivamente.

Por outro lado, bens de capital (-4,0%) e bens de consumo duráveis (-1,3%) assinalaram os resultados negativos, com ambos interrompendo dois meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumularam expansão de 2,8% e 14,1%, respectivamente.

Média móvel cresce 1,0% em agosto de 2024


Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria cresceu 1,0% no trimestre encerrado em agosto de 2024 frente ao nível do mês anterior, e manteve a trajetória predominantemente ascendente iniciada em agosto de 2023.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo duráveis (4,0%) assinalou a taxa positiva mais elevada em agosto de 2024 e intensificou os avanços registrados em julho (2,4%) e junho (1,6%) de 2024. Os setores produtores de bens intermediários (0,8%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) também apontaram crescimento na produção nesse mês, com o primeiro marcando o terceiro mês seguido de expansão, período em que acumulou ganho de 1,5%; e o segundo permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2023.

Por outro lado, bens de capital, ao recuar 0,4%, assinalou o único resultado negativo em agosto de 2024 e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em dezembro de 2023.

Indústria avançou 2,2% em relação a agosto de 2023

Frente a agosto de 2023, a indústria teve expansão de 2,2% em agosto de 2024, com resultados positivos nas quatro das grandes categorias econômicas, 18 dos 25 ramos, 50 dos 80 grupos e 56,0% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que agosto de 2024 (22 dias) teve 1 dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (23).

Entre as atividades, as principais influências positivas vieram de indústrias extrativas (5,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (12,6%) e produtos químicos (5,6%).

Vale destacar também as contribuições positivas assinaladas pelos ramos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (14,0%), de produtos de metal (7,6%), de produtos de borracha e de material plástico (5,9%), de outros equipamentos de transporte (15,5%), de metalurgia (2,6%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,7%) e de móveis (8,5%).

Por outro lado, ainda na comparação com agosto de 2023, entre as sete atividades que apontaram redução na produção, a de produtos alimentícios (-2,7%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria.

Outros impactos negativos relevantes foram registrados por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,3%), impressão e reprodução de gravações (-25,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,7%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-7,5%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,0%).

Em relação a agosto de 2023, todas as categorias têm taxas positivas

Entre as categorias econômicas, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (12,1%) assinalou, em agosto de 2024, expansão de dois dígitos e a mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de capital (4,9%), de bens intermediários (2,4%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) também mostraram resultados positivos nesse mês, com os dois primeiros apontando avanços mais elevados do que o verificado na média da indústria (2,2%); e o último assinalando o crescimento mais moderado.

O setor de bens de consumo duráveis, ao avançar 12,1% em agosto de 2024 frente a igual período do ano anterior, marcou a terceira taxa positiva consecutiva.

A produção de bens de capital mostrou expansão de 4,9% em agosto de 2024 frente a igual período do ano anterior e apontou a quinta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens intermediários avançou 2,4% em agosto de 2024 e marcou a terceira taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação.

O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis mostrou variação positiva de 0,4% em agosto de 2024 frente a igual período do ano anterior e marcou a quinta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação.

No acumulado do ano, indústria avança 3,0%

No índice acumulado para janeiro-agosto de 2024, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial avançou 3,0%, com resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 25 ramos, 56 dos 80 grupos e 58,8% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (8,8%), produtos alimentícios (3,2%), indústrias extrativas (2,3%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,8%).

Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-agosto de 2023, entre as cinco atividades com redução na produção, a de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,4%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria.

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os oito meses de 2024 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (8,6%) e bens de capital (6,6%). Os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (3,4%) e de bens intermediários (2,3%) também apontaram resultados positivos no índice acumulado do ano, com o primeiro assinalando avanço mais elevado do que o verificado na média da indústria (3,0%); e o segundo registrando o crescimento menos acentuado.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência IBGE de Notícias

Conflito no Oriente Médio coloca mais de 44 mil brasileiros em perigo


Segundo dados do Itamaraty, seis países do Oriente Médio abrigam mais de 44 mil brasileiros. Governo inicia operação de repatriação no Líbano

Consequências de ataque israelense ao sul de Beirute, no Líbano (Foto: Reuters/Amr Abdallah Dalsh )


Mais de 44 mil brasileiros estão vivendo em áreas afetadas pelo crescente caos no Oriente Médio, principalmente em meio à escalada do conflito entre Israel e o Hezbollah no Líbano. Os dados, analisados pelo Metrópoles, são do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. A estimativa é de que cerca de 44.120 cidadãos brasileiros estejam distribuídos em seis países da região. Líbano, Israel e Palestina concentram a maior parte desse contingente, com aproximadamente 41 mil brasileiros nessas áreas, enquanto a Síria, o Irã e o Iraque abrigam um número menor, de cerca de 3 mil, 120 e 70 pessoas, respectivamente.

Desde o início dos confrontos na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023, o governo brasileiro tem se mobilizado para garantir a segurança e o retorno de seus cidadãos. Até o momento, foram repatriados 1.555 brasileiros tanto de Israel quanto da Palestina, em uma operação que visa evitar que eles fiquem presos em áreas de conflito.

O aumento das tensões no Líbano também acendeu um alerta no Itamaraty, especialmente após a intensificação dos combates nos últimos dez dias, que culminou com uma invasão terrestre de Israel no território libanês, visando o grupo Hezbollah. Em resposta, o governo do presidente Lula (PT) iniciou a chamada "Operação Raízes do Cedro", com o envio de uma aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) para repatriar cerca de 220 brasileiros que se encontram no Líbano. A ação foi justificada pela crescente violência na região, que já levou mais de 3 mil brasileiros a solicitar ajuda da representação diplomática brasileira em Beirute.

Enquanto isso, as tensões entre Israel e Irã seguem escalando. Na terça-feira (1), bombardeios iranianos em solo israelense aumentaram a preocupação de um conflito direto entre essas duas potências regionais. A expectativa é de que Israel, sob o governo de Benjamin Netanyahu, responda com uma ofensiva em retaliação, o que pode agravar ainda mais a crise.

O governo brasileiro monitora de perto a situação, mas, até o momento, não planeja ações de repatriação específicas no Irã ou Israel. A situação, no entanto, é volátil, e as próximas movimentações na região podem exigir novas medidas para proteger os brasileiros que permanecem em áreas de risco.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Proibição de sites irregulares de apostas no Brasil pode parar na Justiça

Portaria do Ministério da Fazenda antecipou proibição de sites irregulares, mas enfrenta críticas internas e pode gerar disputas judiciais
Apostas esportivas (Foto: Joédson Alves / Agência Brasil)

Uma ala do governo do presidente Lula (PT) vê com preocupação a possibilidade de judicialização em torno da portaria do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que instituiu uma "lista positiva" de sites de apostas esportivas online, conhecidas como "bets", destaca a Folha de S. Paulo. A medida, publicada em 17 de setembro, modificou prazos no processo de regulamentação do setor, que tem sido conduzido pelo governo desde o ano passado.

A portaria determina que somente as empresas que manifestaram interesse em se regulamentar poderão continuar operando no Brasil. Isso resultou na antecipação da proibição das "bets" irregulares, que seria aplicada em janeiro de 2025, para outubro deste ano. A partir do dia 11 de outubro, os sites não incluídos na lista positiva começarão a ser bloqueados pelo governo.

Essa decisão ocorreu em um cenário de denúncias recentes contra casas de apostas, reações negativas no Congresso e pressões de setores bancários e do varejo. No mesmo dia da publicação, Haddad declarou que o fenômeno das "bets" se tornou um "problema social", atribuindo essa situação à falta de regulamentação durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), que deveria ter implementado regras para o setor durante seu mandato.

De acordo com a reportagem, a portaria, porém, enfrenta resistência dentro do próprio governo, com algumas vozes alegando que o processo foi apressado e pode levar a ações judiciais por parte das empresas que buscam continuar operando. O mercado de apostas, de forma reservada, já havia expressado críticas à medida.

A perspectiva de judicialização foi reforçada por uma decisão judicial favorável à Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro), emitida no mesmo dia em que a lista positiva foi divulgada. Uma liminar suspendeu os efeitos da portaria para empresas registradas na Loterj, permitindo que as casas de apostas credenciadas por ela continuem operando em todo o país, mesmo em meio a restrições federais.

O caso da VaideBet, investigada por lavagem de dinheiro e jogo ilegal, exemplifica este cenário. Excluída da lista do Ministério da Fazenda, a empresa foi credenciada pela Loterj, permitindo sua operação, apesar das investigações em curso.

Uma das principais preocupações do governo Lula é o impacto das apostas nas finanças das camadas mais pobres da população. Relatórios do Banco Central revelaram que, apenas em agosto, beneficiários do programa Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas utilizando o sistema de pagamento Pix. Diante desse cenário, o presidente Lula demonstrou indignação e solicitou "urgentes providências" ao ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.

Entre as soluções discutidas estão o veto do uso do cartão do Bolsa Família para apostas e a implementação de um sistema de monitoramento por CPF, conforme previsto na regulação do setor. A medida visa identificar jogadores com sinais de dependência do jogo. Outra alternativa seria o uso do CadÚnico, que permitiria ao governo monitorar os beneficiários e adotar ações para evitar o uso do benefício em apostas.

Há também discussões sobre uma regulação mais abrangente do setor, que não se restrinja aos beneficiários de programas sociais, mas que vise mitigar os efeitos nocivos do vício em jogos de azar em toda a população.

O assunto será discutido em uma reunião marcada para esta quinta-feira (3), no Palácio do Planalto, com ministros de diferentes pastas, que deverá aprofundar as discussões e buscar soluções para conter o endividamento das famílias brasileiras causado pelas apostas online.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Flamengo e Atlético-MG abrem vantagem nas semifinais da Copa do Brasil

Atlético-MG derrota Vasco de virada por 2 a 1 em Belo Horizonte

Jogadores do Flamengo comemoram (Foto: Marcelo Cortes / CRF)

No primeiro jogo sob o comando do técnico Filipe Luís, o Flamengo derrotou o Corinthians por 1 a 0, na noite desta quarta-feira (2) no estádio do Maracanã, pela ida das semifinais da Copa do Brasil. O confronto teve transmissão ao vivo da Rádio Nacional.

A vitória dentro de casa dá uma pequena vantagem ao Rubro-Negro, que avança para a decisão da competição até mesmo com um empate no confronto de volta, que será disputado no dia 20 de outubro em Itaquera. Já o Timão precisará vencer por dois gols de diferença para se classificar ao final dos 90 minutos, enquanto o triunfo simples leva para a disputa de pênaltis.

A primeira apresentação do Flamengo sob o comando de seu novo comandante, o ex-jogador Filipe Luís, que substituiu Tite, foi marcada pelo maior ímpeto ofensivo. Desde os primeiros minutos o Rubro-Negro da Gávea criou boas oportunidades, em especial com Arrascaeta e Gabriel Barbosa. Mas o goleiro Hugo Souza mostrou segurança para manter o placar inalterado até os 31 minutos do primeiro tempo, quando o lateral Alex Sandro avançou pela linha de fundo e bateu cruzado para marcar o gol da vitória.

Já o Corinthians teve as suas melhores oportunidades após o intervalo, com destaque para o lance no qual o espanhol Héctor Hernández recebeu passe em profundidade aos 20 minutos da etapa final e ficou de frente para o goleiro Rossi. Mas acabou sendo alcançado pela marcação adversária e se enrolou na finalização para desperdiçar uma boa chance.

Vitória do Galo

Já em Belo Horizonte, o Atlético-MG derrotou o Vasco por 2 a 1 de virada para sair em vantagem na outra semifinal. O Cruzmaltino abriu o placar com um belo gol de Phillipe Coutinho. Porém, o Galo se recuperou na partida e garantiu o triunfo final graças a gols de Guilherme Arana e Paulinho.

Relacionadas

Fonte: Agência Brasil

Guerra terrestre no Líbano impõe várias baixas ao exército de Israel


Oito soldados israelenses são mortos em confrontos com o Hezbollah
Soldados israelenses mortos em combate (Foto: IDF)

 O Exército de Defesa de Israel (IDF) anunciou nesta quarta-feira a perda de oito de seus soldados, mortos durante confrontos intensos com operativos do Hezbollah no sul do Líbano. Esses óbitos representam as primeiras baixas confirmadas na operação terrestre que Israel lançou na região, e foram reportados pelo Times of Israel.

Entre os mortos, seis pertenciam à unidade de comando Egoz, uma força de elite especializada em operações de infiltração e combate em terrenos complexos. Eles foram identificados como: o Capitão Eitan Itzhak Oster, de 22 anos, o Capitão Harel Etinger, de 23 anos, o Capitão Itai Ariel Giat, de 23 anos, o Sargento Noam Barzilay, de 22 anos, o Sargento Or Mantzur, de 21 anos, e o Sargento Nazar Itkin, de 21 anos. Outros dois soldados, pertencentes à unidade de reconhecimento da Brigada Golani, também perderam a vida em uma ação separada.

Os combates ocorreram quando as forças israelenses tentavam tomar uma posição fortificada do Hezbollah em uma vila próxima à fronteira. Durante a retirada dos feridos após o embate, os soldados foram alvo de fogo de morteiros, intensificando o número de baixas. Além dos mortos, outros cinco soldados foram gravemente feridos e estão sendo tratados.

Em pronunciamento oficial, o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou suas condolências às famílias dos soldados mortos: "Gostaria de enviar minhas mais profundas condolências às famílias de nossos heróis que caíram hoje no Líbano. Que a memória deles seja uma bênção. Estamos no meio de uma guerra difícil contra o eixo do mal liderado pelo Irã, que busca nossa destruição. Isso não acontecerá, pois estaremos unidos e, com a ajuda de Deus, venceremos juntos."

Fonte: Brasil 247

Lula se reúne com ministros para discutir regulação das apostas esportivas no Brasil

Governo avalia impedir uso de cartões do Bolsa Família e cartões de crédito em plataformas de apostas, além de ações contra vício e práticas ilícitas
Fernando Haddad, Lula e Geraldo Alckmin (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 Em uma reunião marcada para esta quinta-feira (3), o presidente Lula (PT) e ministros de seu governo discutirão o futuro da regulação das apostas esportivas, conhecidas como "bets", no Brasil, informa o Metrópoles. A reunião terá a presença de ministros de áreas estratégicas, incluindo Fernando Haddad (Fazenda), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), André Fufuca (Esportes) e Nísia Trindade (Saúde). O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), também participará da conversa. O encontro tem como objetivo principal decidir sobre a regulamentação das "bets" e a implementação de medidas de controle financeiro, incluindo a possibilidade de proibir apostas realizadas por beneficiários do Bolsa Família, além de discutir o banimento de determinadas formas de pagamento.

A regulamentação das apostas esportivas no Brasil tem sido um tema de crescente interesse, principalmente devido à preocupação com o impacto psicológico das apostas sobre os jogadores e as possíveis consequências sociais. “O presidente [Lula] está inclinado a não permitir [o uso do cartão do Bolsa Família nos sites das bets]”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacando que essa decisão será tomada em conjunto com outros ministros envolvidos no debate.

Medidas para controle e adequação - No final da noite de terça-feira (1/), a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), vinculada ao Ministério da Fazenda, divulgou uma “lista positiva” das bets. Essa lista provisória é composta por marcas e domínios que solicitaram autorização para operar no mercado de apostas de quota fixa no Brasil durante um período de adequação que vai de outubro a dezembro deste ano. No entanto, a lista final, com todas as empresas autorizadas a atuar, só será publicada no fim de 2024.

Atualmente, 89 empresas no cenário nacional, detentoras de 193 marcas, compõem essa lista provisória. Em âmbito estadual, seis empresas foram autorizadas, cada uma com uma marca de apostas. A partir de 1º de janeiro de 2025, apenas as bets autorizadas poderão operar no país. Segundo Haddad, entre 500 e 600 sites de apostas que não atenderam às regulamentações serão bloqueados nos próximos dias pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Preocupação com o uso do Bolsa Família - Uma das questões centrais da reunião será o uso de recursos do Bolsa Família para apostas. Um levantamento recente do Banco Central revelou que, entre os beneficiários do programa, ao menos cinco milhões de pessoas gastaram aproximadamente R$ 3 bilhões em sites de apostas esportivas utilizando o Pix. Desses, quatro milhões são chefes de família, responsáveis por mais de dois terços do valor total apostado.

O governo também estuda vetar o uso de cartões de crédito em sites de apostas para evitar o endividamento das famílias brasileiras. A proposta ainda inclui a limitação dos valores transferidos via Pix, permitindo apenas pagamentos por débito ou Pix, em uma tentativa de proteger financeiramente os jogadores mais vulneráveis.

Próximos passos na regulamentação - A regulamentação das apostas no Brasil entrou em vigor em dezembro de 2023 com a promulgação da “Lei das Bets”, que estabeleceu regras para que as empresas operassem de forma legal no país. Aquelas que já atuavam tiveram até o final de setembro para se adequar às exigências legais e solicitar autorização para continuar suas atividades. O governo espera arrecadar até R$ 3,4 bilhões em 2024 com o pagamento de outorgas, cada uma no valor de R$ 30 milhões.

Além de monitorar os apostadores por meio de CPF e combater práticas ilícitas, o governo pretende implementar uma regulamentação rigorosa sobre a publicidade das bets. O objetivo é garantir que as operadoras cumpram todas as normas e atuem dentro da legalidade, proporcionando um ambiente de apostas seguro e transparente no Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Bolsonaristas trocam Nunes por Marçal na reta final de campanha


Racha no grupo bolsonarista pode provocar surpresas no domingo
Ricardo Nunes e Pablo Marçal bateram boca durante o debate desta terça-feira (Foto: Reprodução/YT)


Na reta final da campanha pela prefeitura de São Paulo, a candidatura de Pablo Marçal (PRTB) ganhou força com o apoio de figuras influentes do bolsonarismo, que antes estavam ao lado do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Com pesquisas indicando um cenário de empate técnico entre Marçal, Nunes e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), a mudança de apoio pode ser decisiva para determinar quem avançará ao segundo turno.

O afastamento de nomes importantes do bolsonarismo em direção a Marçal ficou evidente ao longo das últimas semanas, como aponta reportagem do Globo. Deputados como Nikolas Ferreira (PL-MG), Marco Feliciano (PL-SP) e Ricardo Salles (Novo-SP) declararam publicamente apoio ao ex-coach, enfraquecendo a campanha de Nunes. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Feliciano destacou a amizade com Marçal e acusou Nunes de estar alinhado com "políticos e religiosos" que estariam prejudicando a verdadeira agenda da direita. "Eu sou aliado, mas não sou alienado. Sou livre para pensar e apoiar quem eu desejar, é a democracia", afirmou o deputado.

O apoio de Nikolas Ferreira veio no final de semana, quando o parlamentar publicou em suas redes sociais que prefere "dar uma chance para a dúvida (Marçal)" a apoiar Nunes, a quem chamou de "conciliador de vagabundos". O jovem deputado, que tem grande influência entre os bolsonaristas nas redes, criticou duramente a coligação ampla de Nunes, composta por 12 partidos.

Enquanto isso, a ala mais religiosa do bolsonarismo, liderada por figuras como o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, permanece firme ao lado de Nunes. Malafaia, que organizou duas grandes manifestações bolsonaristas este ano na Avenida Paulista, tem atacado Marçal com frequência, acusando-o de ser um "farsante" e de tentar manipular os evangélicos com discursos espirituais vazios. Vídeos antigos de Marçal, onde ele critica a cobrança do dízimo, reforçaram o discurso do pastor, que vê no ex-coach uma ameaça à influência das grandes lideranças evangélicas.

Fonte: Brasil 247

Moody's eleva diversas empresas brasileiras após upgrade do Brasil

 Decisão beneficia Petrobras, Vale, Gerdau e Ambev, na esteira do "upgrade" da nota de crédito do Brasil na véspera

(Foto: REUTERS/Brendan McDermid)


SÃO PAULO (Reuters) - A agência de classificação de risco Moody's elevou nesta quarta-feira o rating de empresas como Petrobras, Vale, Gerdau e Ambev, na esteira do "upgrade" da nota de crédito do Brasil na véspera.

"Acreditamos que as classificações desses emissores eram limitadas pela qualidade de crédito do ambiente soberano e, em alguns casos, ainda são", afirmou a Moody's em relatório.

"A solvabilidade dessas empresas não pode ser completamente desvinculada da qualidade de crédito do governo brasileiro, e, portanto, suas classificações precisam refletir de perto o risco que compartilham com o soberano."

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Dani Balbi, primeira deputada trans da Alerj, é alvo de grave ameaça: "gostaria muito de te queimar viva e assistir" (vídeo)

A ameaça foi recebida por e-mail, enviado por uma pessoa que se identificou como mulher.

(Foto: Reprodução/Twitter/@danielibalbi)

 A deputada Dani Balbi (PCdoB), primeira parlamentar trans da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), foi alvo de uma ameaça de morte que a levou a interromper sua agenda em Campos dos Goytacazes, no último dia 30 de setembro. O episódio ocorreu enquanto ela participava de atividades da campanha do candidato a prefeito Professor Jefferson (PT) e do candidato a vereador Maycon Maciel (PCdoB).

A ameaça foi recebida por e-mail, enviado por uma pessoa que se identificou como mulher. No conteúdo, a remetente expressou seu desejo de "queimar viva" a deputada, complementando com uma declaração transfóbica: "Quero um futuro melhor para minha filha, longe dessas aberrações". Em resposta à situação, Balbi fez um breve discurso no evento “Encontro da Inclusão”, que tinha como objetivo discutir a importância da diversidade, antes de retornar para a cidade do Rio de Janeiro.

Dani Balbi, conhecida por sua atuação em defesa dos direitos da comunidade trans e LGBTQIA+, tem enfrentado um clima de hostilidade que se intensificou nos últimos anos. A ameaça que recebeu é um reflexo de um contexto mais amplo de violência e discriminação, que frequentemente se traduz em atos de agressão física e verbal contra pessoas trans. Balbi tem se posicionado contra esse cenário, enfatizando a necessidade de visibilidade e proteção para a população trans, que continua a ser alvo de preconceitos e ataques.

A deputada, em suas declarações públicas, tem buscado conscientizar a sociedade sobre a importância da inclusão e do respeito à diversidade. “É inaceitável que, em pleno século XXI, ainda tenhamos que lidar com esse tipo de violência. Precisamos continuar lutando para garantir um futuro mais seguro e respeitoso para todos”, afirmou Balbi em uma de suas falas anteriores.

O episódio com a deputada Balbi não é um caso isolado. Dados alarmantes revelam que o Brasil continua sendo o país com os mais altos índices de violência contra a comunidade LGBTQIA+. Em 2023, a cada três dias, uma pessoa trans foi assassinada, evidenciando a urgência de ações efetivas para combater a transfobia e promover a inclusão social.

Dani recebeu diversas mensagens de apoio após o grave ataque.

Veja:

Fonte: Brasil 247

Conflito no Oriente Médio coloca mais de 44 mil brasileiros em perigo


Segundo dados do Itamaraty, seis países do Oriente Médio abrigam mais de 44 mil brasileiros. Governo inicia operação de repatriação no Líbano

Consequências de ataque israelense ao sul de Beirute, no Líbano (Foto: Reuters/Amr Abdallah Dalsh )


Mais de 44 mil brasileiros estão vivendo em áreas afetadas pelo crescente caos no Oriente Médio, principalmente em meio à escalada do conflito entre Israel e o Hezbollah no Líbano. Os dados, analisados pelo Metrópoles, são do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. A estimativa é de que cerca de 44.120 cidadãos brasileiros estejam distribuídos em seis países da região. Líbano, Israel e Palestina concentram a maior parte desse contingente, com aproximadamente 41 mil brasileiros nessas áreas, enquanto a Síria, o Irã e o Iraque abrigam um número menor, de cerca de 3 mil, 120 e 70 pessoas, respectivamente.

Desde o início dos confrontos na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023, o governo brasileiro tem se mobilizado para garantir a segurança e o retorno de seus cidadãos. Até o momento, foram repatriados 1.555 brasileiros tanto de Israel quanto da Palestina, em uma operação que visa evitar que eles fiquem presos em áreas de conflito.

O aumento das tensões no Líbano também acendeu um alerta no Itamaraty, especialmente após a intensificação dos combates nos últimos dez dias, que culminou com uma invasão terrestre de Israel no território libanês, visando o grupo Hezbollah. Em resposta, o governo do presidente Lula (PT) iniciou a chamada "Operação Raízes do Cedro", com o envio de uma aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) para repatriar cerca de 220 brasileiros que se encontram no Líbano. A ação foi justificada pela crescente violência na região, que já levou mais de 3 mil brasileiros a solicitar ajuda da representação diplomática brasileira em Beirute.

Enquanto isso, as tensões entre Israel e Irã seguem escalando. Na terça-feira (1), bombardeios iranianos em solo israelense aumentaram a preocupação de um conflito direto entre essas duas potências regionais. A expectativa é de que Israel, sob o governo de Benjamin Netanyahu, responda com uma ofensiva em retaliação, o que pode agravar ainda mais a crise.

O governo brasileiro monitora de perto a situação, mas, até o momento, não planeja ações de repatriação específicas no Irã ou Israel. A situação, no entanto, é volátil, e as próximas movimentações na região podem exigir novas medidas para proteger os brasileiros que permanecem em áreas de risco.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Às vésperas de sair, Campos Neto diz que a taxa de juros no Brasil deve ser maior do que em outros países

Segundo ele, a "taxa neutra", que não estimula a inflação, é de 4,75% ao ano

Roberto Campos Neto (Foto: Reuters/Brendan McDermid)


BRASÍLIA (Reuters) – O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira que a taxa de juros neutra considerada pela autarquia atualmente é de 4,75% e reconheceu que ela está acima do verificado em outros países.

"Usamos 4,75% para a estimativa de juros neutros... está entre 4,5% e 5%", afirmou Campos Neto no evento “Cenário econômico do Brasil e desdobramentos para 2025”, promovido pela Aurum Wealth Management & Multi Family Office e Veedha Investimentos, em São Paulo. "A taxa neutra no Chile é em torno de 1%; no Brasil é 4,75%", comparou.

A taxa neutra é aquela em que não há estímulo inflacionário nem desinflacionário. Ela é uma variável não observável, apenas calculada pelas instituições.

Em sua fala, Campos Neto pontuou que o fato de a taxa neutra no Brasil ser mais elevada na comparação com outros países faz com que o BC brasileiro também tenha que adotar uma taxa básica Selic mais alta.

"O importante não é olhar a taxa de juros real, mas o esforço monetário, que é a diferença entre a taxa de juros e a taxa neutra", comentou. "Como o Brasil tem taxa neutra muito alta, a taxa de juros tem que ser maior" para frear a inflação, acrescentou.

FISCAL

Em sua apresentação, Campos Neto também repetiu a ideia de que o Brasil foi capaz de reduzir seus juros de forma sustentável apenas nos momentos em que conseguiu produzir um "choque positivo no fiscal".

Segundo ele, o governo precisará produzir em algum momento um choque positivo no fiscal, para que o país possa trabalhar com juros mais baixos.

Questionado sobre o que fará após deixar o comando do BC, a partir de 2025, Campos Neto limitou-se a dizer que gostaria de voltar a atuar na iniciativa privada.

Fonte: Brasil 247