quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Pesquisa revela que o Paraná é um dos Estados mais de direita no Brasil


Pesquisa nacional indica que Rondônia, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso, nesta ordem, são Estados com mais eleitores de direita. No cenário nacional, a média é de 29% de brasileiros que se autodeclaram direitistas. Os Estados em que há maior percentual de eleitores assumindo-se de esquerda são, também pela ordem, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. Na média nacional, 15% da população se declara de esquerda.

Já os centristas são 11%. Quem não se identifica com nenhuma dessas três posições é a maioria: 40% do total de entrevistados. Foram ouvidos 21.808 brasileiros de todos os Estados entre os dias 5 e 28 de junho último.

As informações são de uma pesquisa inédita da Nexus — Pesquisa e Inteligência de Dados, em parceria com o DataSenado, de acordo publicação feita nesta quinta-feira (26) pelo jornalista Lauro Jardim, de O Globo.

Em Rondônia, o Estado mais direitista do País, o percentual chega a 41% da população. Em seguida aparecem Santa Catarina, com 37%, e Paraná e Mato Grosso, com 36%.

Pernambuco e Rio Grande do Norte lideram o ranking de eleitores que se consideram de esquerda, ambos com 18%, seguidos pelo Ceará, com 17%. Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo ocupam o terceiro lugar, com 16%. 

Fonte: Contrapontoi com informações do jornalista Lauro Jardim no jornal O Globo

Tabata: “Homem pode dar cadeirada e soco e mulher não pode falar ‘FDP’?”


Tabata Amaral (PSB) durante debate no Flow na última segunda (23). Foto: Reprodução

Candidata à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB), se manifestou sobre a repercussão dos palavrões que soltou durante entrevista ao Flow na última segunda (23). Na ocasião, o estúdio do canal no YouTube era palco de uma confusão causada pela expulsão de Pablo Marçal (PRTB) de debate e da agressão de seu assessor a um membro da equipe de Ricardo Nunes (MDB).

“Homem pode dar cadeirada, homem pode dar soco, mulher não pode falar ‘filha da p**a’? Eu vou falar. Se alguém se incomodar, vou falar duas vezes”, afirmou Tabata a jornalistas nesta quarta (25), citando também o episódio que ocorreu no último dia 15, no debate da TV Cultura, quando José Luiz Datena (PSDB) agrediu Marçal.

A candidata concedeu a entrevista ao canal enquanto seguranças de Marçal tentavam invadir a sala onde conversava com jornalistas. Ela afirma que tem “equilíbrio emocional”, mas que “se cansou” da repercussão dos episódios violentos em debates.

“As pessoas acham que eu sou a melhor candidata. Só que as pessoas, no dia seguinte, veem a repercussão do debate”, prosseguiu. Ela ainda diz ter uma teoria de que Marçal foi colocado nos debates “para que a gente não veja as m**das que estão acontecendo em São Paulo”.

Fonte: DCM

Voepass demite diretores após acidente aéreo que matou 62 pessoas


A aprovação das novas nomeações depende da Agência Nacional de Aviação Civil
Aeronave da Voepass após queda em Vinhedo (Foto: SSPSP/Divulgação)


A Voepass Linhas Aéreas anunciou alterações na gestão da empresa após a queda de avião ocorrida em Vinhedo (SP), em agosto deste ano, que resultou na morte de todas as 62 pessoas a bordo.

Conforme relatado pela SBT News, José Luiz Felício Filho, presidente e cofundador da companhia, acumulará também a função de diretor executivo (COO), passando a comandar a liderança executiva e a gestão direta das operações. Eduardo Busch, até então CEO, passará a chefiar o departamento jurídico da empresa como Chief Legal Officer (CLO).

Além disso, a Voepass nomeou novos diretores para três áreas estratégicas, cujas aprovações ainda dependem da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com as mudanças, Carlos Alberto Costa será o novo diretor de Manutenção, Diego Hangai assumirá a Diretoria de Segurança Operacional, e Raphael Limongi ficará à frente da Diretoria de Operações.

Os antigos diretores, Eric Cônsoli (Manutenção), David Faria (Segurança Operacional) e Marcel Moura (Operações), foram desligados da empresa.

Fonte: Brasil 247 com SBT News

Brasileiros que se identificam com a direita são quase o dobro dos que se dizem de esquerda, aponta Nexus


Rondônia e Santa Catarina aparecem no topo entre os que se declaram direitistas.
Foto: Reprodução/Jair Bolsonaro


Uma nova pesquisa realizada pela Nexus — Pesquisa e Inteligência de Dados, mapeou o perfil político dos eleitores brasileiros.

O levantamento, que ouviu 21.808 brasileiros de todas as regiões entre os dias 5 e 28 de junho, aponta que, no cenário nacional, 29% dos eleitores se identificam como direitistas.

Em contrapartida, apenas 15% dos brasileiros se autodeclaram de esquerda. O centro político, por sua vez, representa 11% do eleitorado.

De acordo com a pesquisa, a maior parte dos entrevistados, 40%, afirmou não se alinhar com nenhuma dessas três posições — direita, esquerda ou centro.

A sondagem foi realizada entre 5 e 28 de junho deste ano e entrevistou 21.808 brasileiros. A confiabilidade da pesquisa é de 95%, com margem de erro de 1,22 ponto porcentual, com desvio-padrão de 1,37 ponto percentual.

Fonte: Conexão Política

Pesquisa revela perfil ideológico dos estados brasileiros: quem é mais convervador e mais progressista?


Rondônia e Santa Catarina têm maior percentual de eleitores de direita; Pernambuco e Rio Grande do Norte lideram entre os de esquerda


Rondônia, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso lideram o ranking de estados com maior percentual de eleitores que se identificam como de direita, de acordo com levantamento da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, em parceria com o DataSenado. Como informa Lauro Jardim, em O Globo, a pesquisa, realizada entre 5 e 28 de junho com 21.808 brasileiros, revela que a média nacional de eleitores que se consideram de direita é de 29%. Em Rondônia, esse índice chega a 41%, seguido por Santa Catarina (37%), Paraná e Mato Grosso (ambos com 36%).

No cenário oposto, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará registram os maiores percentuais de eleitores que se identificam como de esquerda, com 18%, 18% e 17%, respectivamente. No entanto, apenas 15% da população brasileira se declara de esquerda, segundo a média nacional. Outros estados com significativa proporção de eleitores de esquerda incluem Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo, todos com 16%.

Em meio a esse quadro polarizado, os eleitores que se classificam como centristas somam apenas 11% do total. A pesquisa ainda revela que a maior parcela dos brasileiros, 40%, não se identifica com nenhuma das três posições políticas tradicionais.

A análise sugere uma tendência de polarização no Brasil, com uma parcela significativa da população não se encaixando nas definições políticas mais tradicionais. Isso reflete uma diversidade de opiniões e posturas políticas que não se limitam a rótulos simplistas, evidenciando um cenário político complexo e dinâmico.

Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo

Ataques de Bolsonaro a Caiado repercutem mal e geram tensão entre aliados e lideranças do PL


Avaliação é a de que ex-presidente trouxe à tona questão que já havia sido superada



Os recentes ataques de Jair Bolsonaro (PL) ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), causaram mal-estar entre aliados e caciques do PL, especialmente em um momento em que todos projetam um palanque para as eleições de 2026. Durante um ato em Goiânia, o ex-presidente disparou ofensas contra o governador, chamando-o de “covarde”, reacendendo uma antiga rusga que muitos acreditavam já superada.

Aliados próximos a Bolsonaro ouvidos pelo Globo manifestaram preocupação com a postura agressiva, que pode prejudicar a unidade necessária para a formação de um palanque da direita. Caiado, que já manifestou interesse em concorrer ao Planalto e busca apoio do ex-presidente, se vê em uma posição delicada. Mesmo que não seja o candidato oficial da direita, a presença dos principais expoentes do segmento juntos em um único palanque é vista como essencial.

O desconforto se intensificou por conta de um ato de campanha para o candidato a prefeito Fred Rodrigues (PL), apadrinhado pelo deputado Gustavo Gayer (PL), que enfrenta dificuldades nas eleições em Goiânia.

Ataque foi motivado por postura de Caiado na pandemia

A repercussão das declarações de Bolsonaro, feitas de maneira espontânea e sem planejamento, foi avaliada como prejudicial, especialmente porque resgatam críticas passadas relacionadas à pandemia de Covid-19. Durante esse período, Caiado chegou a romper com Bolsonaro devido às medidas adotadas para conter a disseminação do vírus.

Embora o governador não tenha comentado publicamente os ataques, fontes próximas a ele revelaram que Caiado expressou descontentamento com as declarações do ex-presidente, reclamando que Bolsonaro insiste em discutir temas como vacinas e a pandemia, afirmando que “Bolsonaro não tem jeito”. A tensão entre eles levanta dúvidas sobre a possibilidade de um apoio mútuo em um cenário eleitoral futuro.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Datafolha: rejeição a Marçal atinge 48% e permanece a mais alta em São Paulo


Boulos é rejeitado por 38% e Nunes, por 21%



O mais recente levantamento do Datafolha, divulgado nesta quinta-feira (26), revela que Pablo Marçal (PRTB) é o candidato com a maior rejeição entre os eleitores de São Paulo, com 48% afirmando que não votariam nele de jeito nenhum. Guilherme Boulos (PSOL) ocupa a segunda posição, com 38% de rejeição.

Em relação a Marçal, esses números refletem um ligeiro aumento em relação à pesquisa anterior, que registrava 47%. Boulos apresentea o mesmo resultado.

A alta aversão a Marçal coincide com uma semana marcada por episódios de violência em sua campanha. No último dia 23, um de seus assessores, Nahuel Medina, agrediu Duda Lima, marqueteiro da campanha de Ricardo Nunes (MDB), durante os bastidores de um debate do Flow Podcast.

Este incidente foi amplamente explorado por adversários de Marçal, que tentaram usar o episódio como evidência da agressividade do candidato, embora a rejeição tenha se mantido praticamente estável, com um leve aumento de apenas 1 ponto percentual.

José Luiz Datena (PSDB) aparece em terceiro lugar na lista de rejeição, com 36% dos entrevistados afirmando que não votariam nele. A rejeição a Datena também está relacionada a um recente episódio em que ele agrediu Marçal durante um debate na TV Cultura, o que fez parte do eleitorado associar ambos os candidatos à violência.

Rejeição de Nunes é de 21%

Mais adiante no ranking de rejeição estão Ricardo Nunes (MDB), com 21%, e Tabata Amaral (PSB), com 16%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 26 de setembro, envolvendo 1.610 eleitores paulistanos e registrada na Justiça Eleitoral sob o código SP-06090/2024. O levantamento apresenta uma margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo

Belluzzo critica juros altos: "Brasil vive uma guerra entre a Faria Lima e o resto do país"


O economista analisa a política monetária brasileira e sugere mudanças profundas para combater a desigualdade e a concentração de renda
(Foto: ABR)

Em entrevista concedida ao Opera Mundi, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo teceu duras críticas à atual política de juros do Brasil, afirmando que o país vive uma "guerra peculiar" entre o centro financeiro da Faria Lima, em São Paulo, e o restante da população. Durante a conversa, Belluzzo destacou o impacto negativo das elevadas taxas de juros, que colocam o Brasil como a segunda maior taxa real do mundo, superada apenas pela Rússia, mesmo sem estar envolvido em um conflito internacional.

"A gente vive uma guerra da Faria Lima contra o resto do país, contra a razoabilidade das políticas econômicas", afirmou Belluzzo. Ele destacou que essa política monetária favorece de maneira desproporcional aqueles que já possuem grandes fortunas, agravando as desigualdades sociais e prejudicando o crescimento da economia real. Sua análise ecoa um sentimento crescente de insatisfação em diversos setores da sociedade, que criticam o Banco Central por atender principalmente aos interesses financeiros, ignorando as necessidades da maioria da população.

A economista Bianca Valoski, que também participou do debate, reforçou as críticas aos juros altos, alertando que essa política tem ampliado ainda mais a desigualdade de renda no país. "De 2005 a 2013, vimos um aumento real dos salários, mas de 2014 a 2021, houve uma reversão, e até hoje não conseguimos recuperar os patamares anteriores", observou. Segundo Bianca, o aumento dos juros funciona como uma espécie de Robin Hood às avessas: "Estamos tirando dos pobres para dar aos ricos."

Ao longo da entrevista, Belluzzo evocou o economista John Maynard Keynes para explicar o conceito de "formação de convenções" nas decisões econômicas. De acordo com ele, essas convenções, quando moldadas por interesses financeiros, bloqueiam o desenvolvimento de políticas mais justas e equilibradas. "Os conceitos são construídos pelas pessoas, e isso tem um peso significativo", destacou, enfatizando a necessidade de revisar as bases teóricas que sustentam a atual política monetária do Brasil.

O economista Pedro Faria, também presente na discussão, propôs a criação de novas ferramentas para lidar com os diferentes tipos de inflação enfrentados pelo Brasil. Ele sugeriu a formação de um "Conselho Nacional de Preços", que não se limitasse ao Banco Central, mas incluísse agências reguladoras e representantes de setores sociais, como sindicatos de trabalhadores e empresários, para criar estratégias mais amplas e eficazes no controle inflacionário.

Um dos pontos centrais da conversa foi a crítica à independência do Banco Central, que, segundo os economistas, opera de forma isolada e com uma única ferramenta — o aumento dos juros — para lidar com todos os tipos de inflação, mesmo aqueles que não respondem a essa política. "Para quem tem um martelo, tudo parece prego", ironizou Faria, sugerindo que a atual abordagem ignora soluções alternativas para problemas complexos, como aumentos de preços derivados de fatores externos ou climáticos.

A entrevista deixou evidente a necessidade de uma reformulação na política econômica brasileira, com uma revisão do papel central que os juros ocupam e uma articulação mais ampla entre os diferentes agentes econômicos e sociais. Embora as mudanças sejam urgentes, os participantes concordaram que haverá forte resistência por parte dos setores financeiros, que, de acordo com eles, são os principais beneficiários da atual política. "Será uma batalha dura, mas necessária para construirmos um Brasil mais justo", concluiu Belluzzo.

A proposta defendida por Belluzzo e seus colegas é de uma economia menos centrada nos interesses financeiros e mais voltada para o desenvolvimento de políticas distributivas que coloquem o bem-estar da maioria da população como prioridade. Eles acreditam que essa mudança é essencial para romper com décadas de estagnação e desigualdade. Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Mauro Tramonte lidera as intenções de voto em Belo Horizonte, mostra Real Time Big Data


Houve empate técnico na disputa pela segunda posição na capital mineira
Mauro Tramonte (Foto: Reprodução (YT))


A pesquisa do instituto Real Time Big Data, publicada nesta quinta-feira (26), mostrou o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) em primeiro lugar na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte, com 27% das intenções de voto.

Houve empate técnico, considerando a margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos: Bruno Engler (PL), com 19%, e Fuad Noman (PSD), com 17%.

Três candidaturas registraram 8% cada: Rogério Correia (PT), Gabriel Azevedo (MDB) e Duda Salabert (PDT). O candidato Carlos Viana (Podemos) obteve 2%. Três candidaturas ficaram com 0% cada: Indira Xavier (UP), Wanderson Rocha (PSTU) e Lourdes Francisco (PCO).

Os eleitores que não souberam responder somaram 5%. Brancos e nulos representaram 6% dos 1.000 entrevistados pelo Real Time Big Data entre os dias 24 e 25 de setembro de 2024. A pesquisa em Belo Horizonte foi contratada pela 3 Poderes Mídia e Comunicação. O nível de confiança foi de 95%. Registro no TSE nº MG – 09356/2024.

Segundo turno

Mauro Tramonte venceria Bruno Engler por 46% a 33% em um possível segundo turno. Os que não souberam responder somaram 10%. Brancos e nulos, 11%.

O candidato do Republicanos também ganharia de Noman, por 43% a 37%. Não souberam responder, 10%, mesmo percentual de brancos e nulos.

Fonte: Brasil 247

Datafolha SP: Nunes e Boulos mantêm vantagem e Marçal se afasta de segundo turno


A candidata Tabata Amaral aparece em terceiro, seguida por José Luiz Datena
Candidatos a prefeito de SP (da esq. para a dir.): Ricardo Nunes (MDB), Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB), Guilherme Boulos (Psol) e Pablo Marçal (PRTB). No centro, a jornalista Denise Campos de Toledo (Foto: Reprodução (TV Gazeta))


A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (26), mostrou o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), com 27% das intenções de voto. Na segunda posição ficou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), com 25%. O candidato Pablo Marçal (PRTB) seguiu na terceira colocação (21%).

A candidata Tabata Amaral (PSB) conseguiu 9%, e José Luiz Datena (PSDB), 6%. Os eleitores que disseram votar branco ou nulo somaram 6%, e não souberam responder, 3%.

Foram entrevistados 1.610 paulistanos de terça-feira (24) até esta quinta (26). Encomendado pela Folha de S.Paulo, o levantamento está registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-06090/2024.

Fonte: Brasil 247

Polícia prende 3 suspeitos de envolvimento em atentado durante comício de petista no RS


A operação teve como objetivo desarticular uma associação criminosa que supostamente tentava “interferir ilegalmente no processo eleitoral”

Ataque a tiros contra comício de petista no RS (Foto: Reprodução/Câmera de segurança)

Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PC-RS) prendeu nesta quinta-feira (26) três suspeitos de envolvimento em um ataque a tiros contra comício do candidato petista à prefeitura de Bagé, Luiz Fernando Mainardi, ocorrido em 15 de setembro. Embora seis tiros tenham sido disparados, ninguém ficou ferido, e o agressor conseguiu fugir.

Conforme relatado pela CartaCapital, o suposto autor dos tiros foi encontrado morto no último dia 24, na cidade de Itaara, a 250 quilômetros de Bagé. A Polícia Federal investiga o caso como uma possível queima de arquivo.

A operação desta quinta-feira teve como objetivo desarticular uma associação criminosa que supostamente tentava “interferir ilegalmente no processo eleitoral”.

“Durante as investigações, identificou-se que uma facção criminosa, dedicada ao tráfico de drogas e a outros delitos, estaria apoiando a campanha de determinada candidata, através do angariamento de votos, da cessão de imóveis para colocação de artigos de campanha, de atividades de segurança, entre outras formas de colaboração”, apontou a PF.

Conforme apontou as investigações, o grupo criminoso atuava ainda para intimidar candidatos adversários e eleitores.

Além dos mandados de prisão, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão nas cidades de Bagé e em Santa Maria, além de uma penitenciária de segurança máxima em Charqueadas.

Fonte: Brasil 247 com informações da Carta Capital

Campos Neto pressiona por cortes e exige adesão de Lula a 'padrão internacional' nas contas públicas


Presidente do BC ainda cobrou um "esforço fiscal" de cortes no ano corrente
Roberto Campos Neto (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, cobrou nesta quinta-feira (26) do governo do presidente Lula que adote critérios internacionais para não alterar as contas públicas, em meio a uma tentativa do Ministério da Fazenda de incorporar receitas para impulsionar o resultado primário, contrariando o entendimento da autoridade monetária.

Uma das propostas do Ministério da Fazenda é utilizar os recursos esquecidos nos bancos, da ordem de R$ 8,56 bilhões, na contabilidade da meta de resultado primário. No entanto, projeções feitas pela Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI) indicam que a meta de resultado primário não será atingida neste ano.

“A gente tem uma interação com o governo para dizer ‘olha, é importante a gente manter essa contabilidade dessa forma’, fica muito transparente, fica comparável entre os países”, disse em entrevista para explicar o Relatório Trimestral de Inflação. “É uma coisa que a gente já trabalha há bastante tempo, são critérios internacionais e é importante para a credibilidade do Brasil que a gente siga trabalhando dessa forma", afirmou. As declarações foram citadas pelo Infomoney.

Campos Neto cobrou ainda um "esforço fiscal" no ano corrente, acrescentando que o BC usa critérios do Fundo Monetário Internacional (FMI) para calcular os dados, indicando que favorece mais cortes nas contas públicas.

Fonte: Brasil 247

Brasileira de 16 anos morre em ataque no Líbano; adolescente é a segunda vítima do bombardeio israelense


Família confirma a morte; Itamaraty ainda não se pronunciou sobre o caso

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Uma jovem brasileira de 16 anos, Mirna Nasser, morreu no Líbano durante bombardeio de Israel ao Líbano. A adolescente, que nasceu em Balneário Camboriú (SC), havia se mudado para o Líbano aos 1 ano e 2 meses com a família. Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) não confirmou oficialmente o caso, aponta o G1.

A morte da jovem seria a segunda de um cidadão brasileiro em território libanês, após a recente fatalidade do jovem Ali Kamal Abdallah, de 15 anos. Abdallah e seu pai, Kamal Hussein Abdallah, de 64 anos, foram atingidos por um foguete que caiu na cidade de Kelya, no sul do Líbano. Kamal Hussein era libanês, mas também possuía nacionalidade paraguaia.

Enquanto os combates na região se intensificam, familiares de adolescentes aguardam um posicionamento oficial das autoridades brasileiras. O Itamaraty, até o fechamento desta edição, não se manifestou sobre as medidas que serão tomadas para responsabilizar o caso e prestar assistência à família da vítima.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Após alta nos juros, Campos Neto ameaça manter ciclo

 


"Não queríamos dar nenhum guidance (uma indicação)”, diz sobre decisão de aumentar a taxa Selic

Roberto Campos Neto (Foto: Reuters/Brendan McDermid)

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira (26) que o ciclo de alta da taxa Selic “está aberto”. Segundo Campos Neto, a decisão de aumentar a taxa na semana passada, de 10,50% para 10,75%, foi tomada porque “não queríamos dar nenhum guidance (uma indicação)”.

Durante a coletiva de imprensa sobre o Relatório de Inflação do 3º Trimestre, o presidente do BC foi questionado se a inflação, que veio abaixo das expectativas do mercado, não apontava para uma desaceleração dos preços. Conforme relatado pelo Metrópoles, ele reconheceu que o resultado do IPCA-15 foi melhor do que o esperado, mas enfatizou que a decisão sobre a Selic “não está baseada em números de curto prazo”.

No relatório divulgado nesta quinta-feira, o Banco Central revisou para cima a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024, passando de 2,3% para 3,2%. Para o próximo ano, a previsão permaneceu em 2%.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Medidas de austeridade de Milei empurram metade da Argentina para pobreza


Observatório da Universidade Católica da Argentina (UCA) estima que a média da taxa de pobreza no país chegou a 52% nos primeiros seis meses de 2024
Javier Milei. Foto: Reuters / Agustin Marcarian

Reuters - Irma Casal, moradora de Buenos Aires de 53 anos, trabalha em três turnos como recicladora de lixo, coletora de papelão e pedreira, mas, como muitos argentinos em um momento de aumento da pobreza, ela ainda tem dificuldades para conseguir pagar as contas.

A Argentina publicará dados sobre a pobreza no país nesta quinta-feira que devem mostrar que a taxa subiu para mais de 50% da população nos primeiros seis meses do mandato do presidente Javier Milei, que tem adotado medidas duras de austeridade em uma tentativa de controlar a dívida do país.

"Desde que este governo chegou ao poder, os empregos desapareceram. Trabalhamos duas vezes mais por menos e temos que continuar", disse Casal, que tem 14 filhos e 42 netos, no subúrbio de baixa renda de Villa Fiorito, em Buenos Aires.

Os dados oficiais do período de janeiro a junho serão a primeira evidência concreta do aumento da pobreza desde que Milei assumiu o governo em dezembro. A taxa oficial de pobreza foi de 41,7% no segundo semestre de 2023.


Os cortes de gastos de Milei têm sido aplaudidos pelos mercados e investidores por ajudarem a corrigir as finanças do Estado após anos de déficits, mas têm empurrado o país para uma profunda recessão, embora haja sinais de que a economia possa ter já passado pelo pior.

O observatório da Universidade Católica da Argentina (UCA) estima que a taxa de pobreza subiu para 55,5% no primeiro trimestre do ano, antes de cair para 49,4% no segundo trimestre. Isso dá uma média de 52% para os primeiros seis meses.

Agustín Salvia, diretor do Observatório da UCA, disse que houve um impacto significativo no início do ano devido às políticas de Milei, citando o fechamento de refeitórios populares e a redução dos subsídios do governo. Entretanto, recentemente, houve sinais de melhora, acrescentou.

"Se você observar a história como um todo, verá que houve uma deterioração no primeiro trimestre. Desde então, essa situação começou a se amenizar", disse ele.

A Secretaria da Infância, Adolescência e Família disse à Reuters nesta semana que o governo havia ampliado dois programas de bem-estar, o Subsídio Universal para Crianças e um programa de Cartão Alimentação, que está ajudando a sustentar muitas famílias.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Líbano pede apoio internacional: hospitais em colapso em meio aos ataques de Israel


Primeiro-ministro libanês solicita cessar-fogo imediato e assistência da ONU enquanto sistema de saúde enfrenta colapso com número crescente de feridos

Fumaça sobe sobre o sul do Líbano após ataques israelenses (Foto: Reuters/Aziz Taher)


O Líbano enfrenta um cenário de caos e sofrimento diante da escalada de violência entre as forças israelenses e o grupo Hezbollah. O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, fez um apelo desesperado durante uma sessão de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, destacando o colapso dos hospitais no país, que estão "repletos de civis feridos", incapazes de receber mais pacientes. Entre as vítimas estão mulheres e crianças, e Mikati enfatizou a necessidade urgente de intervenção da comunidade internacional para pressionar por um cessar-fogo.

Em seu discurso, o premier destacou as constantes violações da soberania libanesa, clamando por uma resposta firme das Nações Unidas. "Os ataques a dispositivos eletrônicos e a ameaça de invasão terrestre espalharam terror e medo entre os cidadãos libaneses. Espero voltar ao meu país com uma posição explícita [do Conselho de Segurança da ONU], exigindo a cessação dessa agressão e o respeito à soberania e à segurança do meu país", disse Mikati aos membros do órgão. As informações foram publicadas pela CNBC Árabe e divulgadas pelo jornal O Globo.

O colapso do sistema de saúde no Líbano foi desencadeado após uma série de explosões devastadoras que atingiram áreas dominadas pelo Hezbollah no último dia 17 de setembro, resultando na morte de 37 pessoas e mais de 3 mil feridos. Essas explosões, causadas pela detonação de pagers e walkie-talkies, provocaram um nível de destruição que o país não estava preparado para enfrentar.

Segundo Wahida Ghalayini, chefe do departamento de emergência do Ministério da Saúde Pública do Líbano, 118 hospitais foram mobilizados para atender os feridos, com equipes médicas treinadas e salas de emergência funcionando 24 horas por dia. O plano de emergência foi unificado em todo o país, com quase 3,1 mil profissionais prontos para atuar, afirmou Ghalayini.

Médicos estão trabalhando sem descanso e sob intensa pressão, lutando para atender a avalanche de feridos. De acordo com a emissora Cairo News, muitos profissionais da saúde estão “lutando para aliviar o sofrimento dos cidadãos”.

O ministro da Saúde libanês, Firass Abiad, falou ao jornal An-Nahar sobre a gravidade da situação, afirmando que o impacto das explosões sobrecarregaria qualquer sistema de saúde no mundo. Abiad descreveu a ofensiva israelense como uma "chacina", comparando a tragédia no Líbano às devastadoras cenas que ele testemunhou na Faixa de Gaza. Ele também falou à SBS Arabic, detalhando a gravidade dos ferimentos, incluindo amputações e lesões oculares, e lamentando a perda de tantas vidas, especialmente de crianças.

A situação no Líbano é de extrema gravidade. Com os hospitais saturados, a infraestrutura de saúde no limite e milhares de pessoas feridas ou desabrigadas, o país enfrenta uma crise humanitária.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Torcedor espanhol pega um ano de prisão por racismo contra Vini Jr


No caso de Vinícius Jr., imagens divulgadas pela emissora "DAZN" mostraram o torcedor insultando o jogador com expressões racistas

Vini Jr. (Foto: Pablo Morano/Reuters)

O Juizado de Instrução Nº 3 de Palma de Mallorca sentenciou, nesta quinta-feira (data), um torcedor do Mallorca a um ano de prisão por atos de racismo cometidos contra os jogadores Vinícius Junior e Samuel Chukwueze. Os incidentes ocorreram em partidas da La Liga, em fevereiro de 2023, contra o Real Madrid e o Villarreal, no Iberostar Estadio. Além da pena de prisão, o homem está proibido de entrar em estádios espanhóis por três anos. As informações são do Globo Esporte.

No caso de Vinícius Jr., imagens divulgadas pela emissora "DAZN" mostraram o torcedor insultando o jogador com expressões racistas. Vinícius Jr. e o acusado prestaram depoimento à Justiça espanhola em abril de 2023, como parte da investigação de delito de ódio. O torcedor já havia sido punido anteriormente com uma multa de 4 mil euros e uma suspensão de 12 meses de eventos esportivos.

O Real Madrid, que participou da acusação particular no processo, reafirmou seu compromisso em combater o racismo no futebol. "Continuaremos trabalhando para proteger os valores do nosso clube e erradicar qualquer comportamento racista no mundo do futebol e do esporte", declarou o clube espanhol.

Fonte: Brasil 247 com informações do Globo Esporte






Check-up: quais exames precisam ser feitos todos os anos?



Laboratórios devem estar preparados para oferecer um portfólio completo de exames essenciais, garantindo precisão nos diagnósticos

Divulgação


Manter a saúde em dia vai além de hábitos saudáveis como alimentação balanceada e prática de atividades físicas. Os exames anuais de check-up são fundamentais para detectar problemas silenciosos, prevenir doenças e promover o bem-estar. Nesse contexto, o papel dos laboratórios de apoio é fundamental, fornecendo diagnósticos precisos e rápidos para clínicas e hospitais. Conhecer os exames que precisam ser realizados anualmente permite uma melhor prevenção e controle de diversas condições de saúde.

Quais os principais exames do check-up anual?

O check-up anual deve contemplar uma série de exames laboratoriais que ajudam a avaliar o funcionamento geral do organismo. Alguns dos mais comuns incluem:

  1. Hemograma completo: um dos exames mais básicos, o hemograma avalia os componentes do sangue, como glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. É essencial para identificar anemias, infecções e até problemas imunológicos.

  2. Colesterol e triglicerídeos: esses exames são importantes para medir os níveis de gorduras no sangue e identificar riscos de doenças cardiovasculares. Manter os níveis de colesterol e triglicerídeos sob controle é vital para evitar complicações, como infartos e AVC.

  3. Glicemia: medir os níveis de glicose no sangue é importante para a prevenção e controle do diabetes, doença que afeta milhões de pessoas no Brasil. O diagnóstico precoce permite um melhor tratamento e controle da doença.

  4. Exame de urina: o exame de urina permite avaliar a função renal, infecções urinárias e outros problemas metabólicos. É um exame simples, mas de grande importância para o diagnóstico de diversas doenças.

  5. Função hepática e renal: exames como TGO, TGP e creatinina verificam o funcionamento do fígado e dos rins, órgãos fundamentais para o metabolismo do corpo. Alterações nesses exames podem indicar problemas que exigem acompanhamento médico especializado.

Laboratórios de apoio: um suporte para clínicas e hospitais

Os laboratórios de apoio são peças-chave no setor de medicina diagnóstica, oferecendo suporte a clínicas e hospitais em todo o Brasil. Com a crescente demanda por exames de check-up, esses laboratórios precisam estar preparados para realizar testes com precisão e agilidade, oferecendo resultados confiáveis para os profissionais de saúde.

Uma das principais funções de um laboratório de apoio é garantir que as clínicas médicas e hospitais consigam oferecer um portfólio completo de exames aos seus pacientes, sem a necessidade de investir em infraestrutura própria para análises. Além de exames básicos como hemograma e glicemia, laboratórios de apoio também realizam exames mais complexos, como testes hormonais e avaliações genéticas.

A importância de manter um portfólio de exames completo

Para que clínicas e hospitais ofereçam um atendimento completo e eficiente aos seus pacientes, contar com o suporte de laboratórios de confiança é indispensável. A variedade e qualidade dos exames realizados impactam diretamente o diagnóstico precoce de doenças e o acompanhamento da saúde dos pacientes ao longo dos anos. Portanto, ao contar com um laboratório de apoio, é possível atender demandas de exames preventivos, além de garantir precisão e rapidez nos resultados.

Manter a saúde em dia depende não apenas da consulta médica, mas também da realização de exames anuais que permitem uma visão completa do funcionamento do organismo. Laboratórios de apoio, ao oferecerem um portfólio amplo e resultados rápidos, são aliados estratégicos no setor de medicina diagnóstica, colaborando diretamente para a promoção da saúde e prevenção de doenças.

Fonte: Brasil 247

Pauta recorrente em ano eleitoral, transporte público enfrenta sucateamento nas principais cidades brasileiras

 


Atraso no serviço, superlotação, tarifas cada vez mais caras e veículos velhos são parte da rotina de quem utiliza o transporte coletivo no seu dia a dia
Ônibus em Porto Alegre (Foto: Otávio Rosso / 247)


Por Otávio Rosso, 247 - Como ocorre em quase todo o ano de eleição municipal, o transporte público é um dos principais temas tratados durante as campanhas eleitorais. Desde ideias mirabolantes, como o teleférico proposto por Pablo Marçal (PRTB) em São Paulo, passando por propostas de privatização de empresas de transporte ou o aumento do investimento, os planos de governo dos candidatos às prefeituras das principais cidades do país buscam diferentes soluções para essa área que impacta a rotina de milhões de brasileiros. No entanto, as diferentes propostas apontam para o consenso de que o transporte público vive um sucateamento no Brasil.

Atraso no serviço, superlotação, tarifas cada vez mais caras e veículos velhos são parte da rotina de quem utiliza o transporte coletivo no seu dia a dia. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que a demanda de passageiros no transporte público por ônibus caiu 30% no Brasil nos últimos sete anos. Atualmente, 30,9% dos brasileiros utilizam ônibus para se locomover. Em 2018 eram 45%. Apesar dessa queda, milhões de brasileiros ainda precisam do transporte público para acessar direitos básicos como saúde, educação e lazer, além do trabalho.

Segundo Emilio Merino, consultor em transporte e mobilidade e professor de Arquitetura e Urbanismo, a decadência do transporte coletivo é uma tendência registrada nas principais cidades brasileiras nas últimas décadas, onde o modelo sustentado por tarifas impede que o sistema se torne sustentável. Na opinião dele, uma combinação de uma série de fatores, que incluem o surgimento de outros modais de transporte, como o transporte por aplicativo, o aumento da tarifa e a queda na qualidade do serviço colaboraram para o agravamento da situação.

“O sucateamento do transporte coletivo significa, para mim, que cada vez mais as linhas de transporte coletivo estão muito mal planejadas, não estão adequadas aos fatores de demanda que existem neste momento. Precisamos da incrementação de maior qualidade da prestação dos serviços coletivos. O sistema ficou engessado, com as mesmas tabelas horárias, com as mesmas linhas de transporte, com os mesmos itinerários, com ônibus cada vez mais velhos. A voz do usuário (do transporte coletivo), neste momento, não está sendo escutada”, disse Merino.

O consultor cita como exemplo o caso de Porto Alegre. A capital gaúcha tinha um modelo de transporte público que era considerado referência no mundo todo, e a Carris, empresa de ônibus da cidade, recebeu o prêmio de Melhor Empresa de Transporte Coletivo do Brasil da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP) em 1999. No entanto, nos últimos 15 anos, o modelo porto-alegrense se tornou obsoleto, culminando com a privatização da Carris pela gestão do prefeito Sebastião Melo (MDB) em 2023.

“No início dos anos 2000, o sistema de Porto Alegre foi um modelo para diversas cidades da América Latina, que todo mundo olhava como um modelo muito bom. Gestores públicos de 20 cidades americanas vieram conhecer como era o modelo em Porto Alegre. Foi uma experiência muito boa, mas ficou engessado e não melhorou através do tempo, então, depois de 20 anos de modelo, ficou estagnado”, lamenta.

Merino aponta que, com o esgotamento do modelo de transporte público sustentado unicamente pela tarifa, é preciso encontrar alternativas, que vão desde o subsídio às empresas de transporte até o passe livre. “Vai ter que ser repensado o modelo econômico-financeiro de como se vai calcular a tarifa. E aí exigiria que não simplesmente investimento em infraestrutura, em vias, em parte de BRTs, eletrificação da frota, mas um novo modelo econômico-financeiro para sustentar. Aí entra justamente a tarifa zero. Sempre se pensou que a tarifa deveria pagar o serviço e a operação do sistema de transporte coletivo nos investimentos, coisa que no início pode ter sido certa, mas, com o decorrer do tempo, isso já não funciona”, explica.

tj proibe governo do distrito federal de editar novas tarifas tecnicas para o transporte publico

Novo PAC permitirá avanços

No final de 2023, o Novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), do governo Lula (PT), abriu seleções para que estados e municípios enviassem suas propostas para novas obras de mobilidade urbana em grandes e médias cidades e para renovação de frota. O projeto prevê o financiamento para que prefeituras adquiram frotas de ônibus elétricos ou menos poluentes, garantindo controle público sobre a frota.

Em julho deste ano, o governo anunciou R$ 9,9 bilhões para obras em 58 municípios de 24 unidades da federação, sendo localidades pertencentes a regiões metropolitanas com mais de 3 milhões habitantes e municípios com mais de 300 mil habitantes. Os novos investimentos priorizam transporte público de alta e média capacidade, como BRTs, VLTs, trens urbanos, metrôs e outras infraestruturas.

Para Emilio Merino, a iniciativa permitirá que os gestores municipais tenham recursos para enfrentar os problemas do transporte coletivo. “Acredito que este PAC, desde o meu ponto de vista, trataria benefícios substanciais a combater e, sobretudo, a dar instrumentos de planejamento e de gestão para os gestores públicos para que possam enfrentar esse caos de o que significa o transporte coletivo e, de alguma outra maneira, poder combater, ou concorrer, se podemos dizer assim, com outros modais de transporte que têm começado a aparecer na mobilidade urbana das diversas cidades que temos”, afirma.

Sobre a substituição das frotas por veículos elétricos, Merino alerta que o Brasil está atrasado nesse movimento em relação a outras nações e, portanto, os investimentos do PAC são bem vindos. “A mudança conceitual de veículos para veículos elétricos, mais de 3 mil veículos elétricos, de alguma outra maneira levará ao Brasil um novo patamar. Se considerarmos que Santiago, no Chile, Cidade do México e Bogotá já são cidades que têm grande parte de suas frotas já eletrificadas. Existem novos modelos, existem novas formas de trabalhar com esses veículos elétricos que o Brasil está bem atrasado nesse sentido”.

O especialista também faz uma comparação com os investimentos realizados pelas outras edições do PAC. Segundo ele, as obras das outras edições do programa priorizaram o conceito de mobilidade urbana considerando outros modais de transporte além do transporte coletivo. “O último grande PAC, com o qual se pretendeu financiar grande parte das infraestruturas de transporte que favoreceria as obras viárias da Copa, ajudou a estabelecer certas medidas de infraestrutura de melhoria da circulação, mas que, no final de contas, não tinha muito a ver com as obras vinculadas à melhoria do transporte coletivo. Foram muitas obras de viadutos”, explica.

BNDES realiza Estudo Nacional de Mobilidade Urbana

Em junho de 2024, o Banco Nacional de Desenvolvimento anunciou a realização de um Estudo Nacional de Mobilidade Urbana, em parceria com o Ministério das Cidades. O levantamento, que receberá um investimento de R$ 27,8 milhões, tem como foco a infraestrutura de mobilidade, melhorar a qualidade dos serviços de transporte urbano e atrair mais passageiros para o transporte público em metrópoles brasileiras com população superior a um milhão de habitantes.

O banco de fomento informou que o estudo terá o horizonte de 30 anos e pretende identificar o potencial para "projetos de média e alta capacidades em todas as regiões do Brasil, além de abordar a otimização e integração das redes de transporte, alternativas para financiamento do sistema e a gestão coordenada entre os entes federativos". O projeto também contribuirá para formar a carteira de projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) que promovam investimentos para melhoria dos serviços públicos no âmbito do Novo PAC.

De acordo com Emilio Merino, o estudo de mobilidade urbana vai ser extremamente importante para reduzir a defasagem do transporte público brasileiro em termos de planejamento. “O Brasil tem uma defasagem muito forte em nível de planejamento dessa natureza, com respeito a outras cidades da América Latina e do mundo. Eu diria assim, que com respeito ao mundo, o Brasil como um todo está defasado tecnologicamente há mais de 10, 15 anos. Então, esse estudo vai ser sumamente importante, vai abarcar diversas cidades, diversas regiões do Brasil. Vai poder embasar melhorias de qualidade dos serviços de transporte urbano, de passageiros”, explica.

Fonte: Brasil 247

PF deflagra operação contra roubo de dados de beneficiários do INSS


Foram cumpridos 17 mandados de prisão em 8 estados e no DF

(Foto: TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL)

Agência Brasil - A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta quinta-feira (26) 17 mandados de prisão preventiva em oito estados e no Distrito Federal. Além disso, cumpriu 29 mandados de busca e apreensão no combate a uma organização criminosa que atuava na obtenção fraudulenta de dados de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Segundo a PF, a organização desarticulada hoje, na Operação Mercado de Dados, era composta por hackers, que acessavam o banco de dados do INSS e vendiam informações dos beneficiários a terceiros. Esses dados eram usados para consultas ou para fins criminosos, como contratação indevida de empréstimos consignados e saques irregulares de benefícios previdenciários.

A invasão nos sistemas do INSS era feita com auxílio de servidores do próprio órgão, que vendiam suas credenciais de acesso. Com isso, três servidores e um estagiário do INSS também foram alvos da operação.

Os mandados foram cumpridos em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Bahia. De acordo com a PF, os envolvidos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilosos e lavagem de dinheiro.
Imóveis e contas

A Justiça também atuou no combate à organização criminosa. A 4ª Vara Criminal Federal de Cascavel/PR determinou o sequestro de 24 imóveis pertencentes aos integrantes da quadrilha. Também foram bloqueados saldos em contas bancárias dos investigados até o valor de R$ 34 milhões.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil