Nunes, Boulos e Datena foram chamados de covardes e fujões por não terem ido ao encontro
Esvaziado com a ausência de Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e José Luiz Datena (PSDB), o debate para a Prefeitura de São Paulo realizado na manhã de segunda-feira (19), teve como protagonista Tabata Amaral (PSB), que partiu para o ataque contra o coach Pablo Marçal (PRTB).
O debate foi organizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, Bonini Guedes Advogados, ESPM e pela revista Veja, e contou apenas com a participação de Tabata, Marçal e Marina Helena (Novo). Os ausentes foram chamados de “covardes” e “fujões”.
Tabata, ao abrir as rodadas de perguntas, concentrou seus ataques em Marçal, questionando sua confiabilidade devido a polêmicas passadas, como a expedição ao Pico dos Marins em 2022, onde 30 pessoas precisaram ser resgatadas por risco de hipotermia, e uma maratona de sua empresa que resultou na morte de um funcionário após correr 15 km sem treinamento adequado.
Além disso, ela criticou Marçal por utilizar a equipe do ex-prefeito João Doria, insinuando que ele estava seguindo os passos do ex-tucano.
Após o debate, Tabata criticou a postura de Marçal de não responder a suas perguntas. “Machão que tem medo de mulher”, disse ela, que também criticou os candidatos ausentes.
Marçal, por sua vez, evitou responder diretamente aos questionamentos de Tabata e anunciou que daria suas respostas em suas redes sociais, mencionando sua conta no Instagram repetidamente durante o debate. Ele também usou o tempo para apresentar propostas do seu plano de governo, sem conexão com as perguntas feitas.
Tabata não poupou críticas a essa postura, comparando Marçal a “um aluno que só faz prova com consulta” e insinuando que ele governaria apenas “dando um Google”. Ela também afirmou que Marçal mostrava um “descolamento da realidade”.
Marçal diz que um dos problemas no país é a “desvirilização”
Marçal rebateu as críticas, chamando de “covardia” a ausência dos outros candidatos e acusando Nunes, Boulos e Datena de serem “fujões” que evitam o debate público. Ele ainda mencionou a “desvirilização” como um problema do país, sugerindo que os três candidatos estavam fugindo da responsabilidade, como homens que abandonam suas famílias.
A ausência dos principais candidatos foi explicada por suas campanhas, que alegaram o comportamento caótico de Marçal em debates anteriores como motivo para desistirem de participar. Ricardo Nunes chegou a criticar, sem mencionar Marçal diretamente, que alguns candidatos preferem usar os debates para gerar conteúdo para a internet ao invés de discutir questões importantes para a cidade.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles