sexta-feira, 26 de julho de 2024

Maior delegação da história: veja o calendário dos 63 atletas e técnicos do Paraná em Paris

 São 35 representantes nos Jogos Olímpicos e 28 nos Jogos Paralímpicos. Dos 63 paranaenses, 40 são bolsistas do programa Geração Olímpica e Paralímpica, número superior os 35 na Olimpíada de Tóquio 2020. Outros 20 são apoiados pelo Proesporte.

-Delegação paranaense em Paris (Foto: SEES-PR)

O Paraná enviou aos Jogos Olímpicos de Paris a maior delegação de sua história: 63 pessoas, entre atletas e técnicos, das quais 35 representantes nas Olimpíadas, que já iniciaram e seguem até o dia 11 de agosto, e 28 nas Paralimpíadas, que acontecem entre 28 de agosto e 8 de setembro. Confira os nomes dos atletas e paratletas que com esforço e muito talento conquistaram classificação nos dois maiores e mais importantes eventos esportivos do planeta e no fim do texto a programação completa da participação nas Olimpíadas. 

A delegação conta com o apoio dos programas Geração Olímpica e Paralímpica (GOP) e do Proesporte, ambos do Governo do Estado, desenvolvidos pela Secretaria do Esporte. Dos 63 atletas, 40 são bolsistas do GOP, número superior aos 35 apoiados pelo programa na Olimpíada de Tóquio 2020. Outros 20 são apoiados pelo Proesporte. Essa ação também é fruto de uma série de reportagens que contam histórias de paranaenses na Agência Estadual de Notícias, como Mari SantilliIsabela AbreuBárbara Domingos e Adailton Gonçalves.

Criado pelo Governo do Paraná em 2011, o Geração Olímpica e Paralímpica é considerado o maior programa estadual de incentivo ao esporte na modalidade bolsa-atleta, conforme pesquisa da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e divulgada na Revista Latino-Americana de Estudos Socioculturais do Esporte. Desde então, tem sido uma iniciativa de destaque no fomento e apoio aos talentos esportivos

A coordenadora do programa, Denise Golfieri, afirma que uma das metas do GOP é a superar sempre resultados anteriores. Essa meta vem sendo atingida a cada ciclo olímpico e paralímpico. “Quando abrimos as vagas destinadas à Categoria Olimpo para 2024, já estávamos confiantes em superar os 35 bolsistas que estiveram nos últimos Jogos em Tóquio. É uma alegria imensa ver o comprometimento de nossos talentos ajudando o programa a se consolidar desta forma”, declara.

A importância do Geração Olímpica e Paralímpica é destacada, também, pelo coordenador do Proesporte, Otávio Vinicius Taguchi. Ele conta que acompanhou de perto todo o ciclo da maioria dos atletas apoiados pelo GOP, que estão indo para Paris. “Eles tiveram um ganho significativo na aquisição de material e participação em competições internacionais, então é muito relevante, a gente tem o retorno dos atletas sobre o quanto é importante esse recurso”, adiciona.

Até o final de 2024, o programa terá investido mais de R$ 55 milhões em bolsas financeiras para atletas e técnicos vinculados a instituições paranaenses (federações e escolas), atendendo desde jovens promessas a estrelas de renome internacional. A iniciativa é patrocinada pela Copel desde o início – e de forma exclusiva desde 2013.

O programa abrange, além do pagamento mensal de bolsas financeiras a atletas e técnicos, recursos necessários para a execução e gestão das atividades previstas, confecção de uniformes, material de divulgação e promoção, infraestrutura de logística (hospedagem, alimentação e transporte), programas de treinamento e capacitação, bem como avaliações médicas e laboratoriais dos atletas.

PROESPORTE  Também do Governo do Paraná, o Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte destina R$ 100 milhões para a execução de projetos esportivos entre 2024 e 2027. Em dezembro, a Secretaria do Esporte divulgou os 302 projetos selecionados para receber os recursos de incentivo, um recorde na história do programa tanto em número de aprovados como em volume de recursos.

Em 2023, o Proesporte também contemplou outros 225 projetos, de 75 municípios, referentes ao edital de 2022. Foram R$ 9 milhões em recursos. Somando os cinco editais já lançados, o investimento do Estado chega agora a R$ 78 milhões.

Confira a programação dos paranaenses nos Jogos Olímpicos:

*Participação dependente da classificação na etapa anterior

26/07 (sexta)

14h30 - Abertura

27/07 (sábado)

05h - Judô feminino - 48kg preliminar (Natasha Ferreira)

08h - Vôlei Masculino Brasil x Itália (Lukas Bergmann)

11h - Canoagem Slalom K1 fem (Ana Sátila)

11h - Judô feminino - 48kg Final (Natasha Ferreira)*

12h38 ou 17h08 - Boxe 80kg Masculino - (Wanderley Pereira), não está definido quem participa em qual horário

28/07 (domingo) 

04h - Handebol feminino - Brasil x Hungria (Gabriela Moreschi e Larissa Araújo)

10h30 - Canoagem Slalom K1 fem Semifinal (Ana Sátila)*

12h45 - Canoagem Slalom K1 fem Final (Ana Sátila)*

15h - Vôlei de praia masculino - Brasil x Áustria (Arthur Lanci)

16h - Ginástica artística - classificatória por equipes sub 05 (Júlia Soares e Carolyne Pedro)

29/07 (segunda)

08h - Vôlei feminino - Brasil x Quênia (Roberta Ratzke e Julia Bergmann)

30/07 (terça)

10h11 - Ciclismo BMX Freestyle Masculino classificação (Paulo Saçaki - técnico)

10h - Canoagem Slalom Feminino C1 (Ana Sátila)

13h15 - Ginástica Artística- Final por equipes Júlia Soares e Carolyne Pedro)

14h - Handebol feminino - Brasil x França (Gabriela Moreschi e Larissa Araújo)

31/07 (quarta)

04h - Vôlei Masculino Brasil x Polônia (Lukas Bergmann)

09h44 - Ciclismo BMX Freestyle Masculino Final (Paulo Saçaki - técnico)*

10h30 - Canoagem Slalom Feminino C1 Semifinal (Ana Sátila)

12h25 - Canoagem Slalom Feminino C1 Final (Ana Sátila)

15h -  Vôlei de praia masculino - Brasil x Canadá (Arthur Lanci)

01/08 (quinta)

04h - Handebol feminino - Brasil x Países Baixos (Gabriela Moreschi e Larissa Araújo)

08h - Vôlei feminino - Brasil x Japão (Roberta Ratzke e Julia Bergmann)

13h15 - Ginástica Artística - Individual geral (Júlia Soares)*

02/08 (sexta)

05h - Judô +100kg (Rafael Silva)

05h15 - Atletismo salto em altura (Valdileia Martins)

08h - Vôlei Masculino Brasil x Egito (Lukas Bergmann)

11h - Judô +100kg Final (Rafael Silva)*

11h40 - Canoagem Slalom Feminino K1X (Ana Sátila)

14h45 - Atletismo 800m feminino (Flávia Maria de Lima)

16h - Vôlei de praia masculino - Brasil x Chéquia (Arthur Lanci)

03/08 (sábado)

09h - Handebol feminino - Brasil x Angola (Gabriela Moreschi e Larissa Araújo)

10h30 - Canoagem Slalom Feminino K1X (Ana Sátila)

11h20 - Ginástica Artística - Final do Salto feminino (Júlia Soares)*

13h05 - Canoagem Slalom Feminino K1X Repescagem (Ana Sátila)*

04/08 (domingo)

05h05 - Atletismo 3000m com obstáculos (Tatiane Raquel da Silva)

07h05 - Vela Dinghy Masculino (Bruno Fontes)

10h40 - Ginástica Artística - Final das barras assimétricas (Júlia Soares)*

11h45 - Canoagem Slalom Feminino K1X Eliminatórias (Ana Sátila)

14h50 - Atletismo salto em altura final (Valdileia Martins)*

15h35 - Atletismo 800m feminino semifinal (Flávia Maria de Lima)*

16h - Vôlei feminino - Brasil x Polônia (Roberta Ratzke e Julia Bergmann)

05/08 (segunda)

07h38 - Ginástica Artística - Final da trave de equilíbrio (Júlia Soares)*

09h23 - Ginástica Artística - Final do solo (Júlia Soares)*

10h30 - Canoagem Slalom Feminino K1X Quartas (Ana Sátila)*

11h15 - Canoagem Slalom Feminino K1X Semifinal (Ana Sátila)*

11h43 - Canoagem Slalom Feminino K1X Final (Ana Sátila)*

14h55 - Atletismo 200m masculino (Renan Gallina)

16h45 - Atletismo 800m feminino final (Flávia Maria de Lima)*

06/08 (terça)

10h43 - Vela Dinghy Masculino Final (Bruno Fontes)*

16h10 - Atletismo 3000m com obstáculos Final (Tatiane Raquel da Silva)*

07/08 (quarta)

04h30 - Canoagem K1 500m feminino (Ana Paula Vergutz)

05h40 - Canoagem K1 1000m masculino (Vagner Souta)

07h30 - Skate Park Masculino (Augusto Akio e Luigi Cini)

08h30 - Canoagem K1 500m feminino Quartas de final (Ana Paula Vergutz)*

09h10 - Canoagem K1 1000m masculino Quartas de final (Vagner Souta)*

12h30 - Skate Park Masculino Final (Augusto Akio e Luigi Cini)*

15h02 - Atletismo 200m masculino Semifinal (Renan)*

08/08 (quinta)

05h - Ginástica rítmica individual arco e bola (Barbara Domingos)

06h35 - Atletismo revezamento 4x100m masculino (Renan Gallina)

09h30 - Pentatlo - Esgrima - Classificação (Isabela Abreu)

10h - Ginástica rítmica individual maças e fita (Barbara Domingos)

15h30 - Atletismo 200m masculino Final (Renan Gallina)*

09/08 (sexta)

05h - Ginástica rítmica por equipes classificatória (Gabriella Coradine, Giovanna Silva, Maria Eduarda Alexandre, Mariana Gonçalves Pinto, Nicole Pircio)

06h16 - Ginástica rítmica por equipes classificatória (Gabriella Coradine, Giovanna Silva, Maria Eduarda Alexandre, Mariana Gonçalves Pinto, Nicole Pircio)

09h30 - Ginástica rítmica individual Final (Barbara Domingos)*

14h45 - Atletismo revezamento 4x100m masculino Final (Renan Gallina)*

10/08 (sábado)

04h30 ou 8h30 - Pentatlo moderno semifinal A ou B (Isabela Abreu)*

05h30 - Canoagem K1 500m feminino Semifinal (Ana Paula Vergutz)*

06h10 - Canoagem K1 1000m masculino Semifinal (Vagner Souta)*

07h40 - Canoagem K1 500m feminino Final (Ana Paula Vergutz)*

08h10 - Canoagem K1 1000m masculino Final (Vagner Souta)*

09h - Ginástica rítmica por equipes Final (Gabriella Coradine, Giovanna Silva, Maria Eduarda Alexandre, Mariana Gonçalves Pinto, Nicole Pircio)

11/08 (domingo)

06h - Pentatlo moderno Final (Isabela Abreu)*


Fonte: AEN

Às vésperas das eleições presidenciais, Venezuela fecha fronteiras e barra entrada de avião com observadores

 Entre os barrados, estão os ex-presidentes do Panamá e do México, além de outros ex-chefes de Estado


A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) anunciou nesta sexta-feira (26) o fechamento temporário das fronteiras da Venezuela para o trânsito de pessoas e veículos. A medida, que se estende até a manhã de segunda-feira (29), visa garantir a segurança durante as eleições presidenciais deste domingo.


O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, denunciou que um avião que transportava ex-presidentes foi impedido de decolar do Aeroporto Internacional de Tocumen. Entre os passageiros estavam a ex-presidente panamenha Mireya Moscoso (1999-2004) e o ex-presidente mexicano Vicente Fox (2000-2006), além de outros ex-chefes de Estado. A decisão ocorre em um momento de crescente preocupação internacional com a transparência do processo eleitoral na Venezuela e com a exclusão de candidatos da oposição.


A resolução, divulgada na semana passada pelos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores da Venezuela, estabeleceu um controle rigoroso sobre a movimentação fronteiriça, mas não especificou um fechamento. Segundo o comandante estratégico operacional da FANB, Domingo Hernández Lárez, a medida foi implementada às 00h01 no horário local (01h01 em Brasília) e visa proteger as fronteiras e evitar ameaças à segurança nacional.


O fechamento das fronteiras segue pouco mais de uma semana após Nicolás Maduro ter alertado para possíveis “banhos de sangue” e “guerras civis” caso não seja reeleito. O mandatário também convocou seus apoiadores a celebrar nas ruas no dia da eleição, apesar das pesquisas apontarem Edmundo González Urrutia, candidato da oposição, como favorito na corrida presidencial.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Estações de trem em Paris começam a retomar a normalidade após ataques às linhas de alta velocidade

 Os ataques afetaram exclusivamente os trens de alta velocidade; o transporte regional continua funcionando normalmente


Após um ataque coordenado a três linhas de trens de alta velocidade (TGV) na França na madrugada desta sexta-feira (26), as estações de Paris começam a recuperar a normalidade.


Enquanto alguns residentes deixam a capital para aproveitar as férias, outros tentam chegar a Paris para participar da abertura dos Jogos Olímpicos. Apesar da preocupação com a segurança devido a roubos e incêndios em cabos de fibra óptica nas cidades de Arras, Courtalain e Pagny-sur-Moselle, não foram registrados grandes incidentes além de atrasos nas viagens nas principais estações de trem da capital francesa.


Na Gare du Nord, uma das mais movimentadas da cidade, os atrasos em partidas e chegadas atingem cerca de duas horas, afetando principalmente os destinos de Lille, Amsterdã e Bruxelas. Por outro lado, a Gare de l’Est e a Gare de Lyon não apresentam atrasos no momento.


Os ataques afetaram exclusivamente os trens de alta velocidade, enquanto o transporte regional continua funcionando conforme o previsto. A expectativa é que a situação seja totalmente normalizada apenas na segunda-feira, 29.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Informante da Abin paralela durante governo Bolsonaro já foi preso como militante contra a ditadura e fichado pelo SNI

Em uma ficha intitulada ‘colaborador’, que está no arquivo obtido pela PF, constam informações pessoais coletadas pela Abin; no documento, ele informou que recebia R$ 6 mil


Apontado como informante da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro, Carlos Alberto Viana Montarroyos tem um passado bem diferente.

Ele já foi filiado ao Partido Operário Revolucionário Trotskista e integrante do movimento das Ligas Camponesas, organizações associadas ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Seu histórico de militância contra o regime militar o tornou alvo do Sistema Nacional de Informações (SNI), o órgão de espionagem da época (Veja mais abaixo).


Com o tempo, Montarroyos deixou seus vínculos com movimentos de esquerda para trás e se tornou dirigente regional do PSC no Rio de Janeiro. Ele acabou deixando o posto após desavenças com o então presidente do partido, Pastor Everaldo.


A investigação da Polícia Federal (PF) sobre a “Abin paralela”, montada no governo Bolsonaro para investigar opositores e proteger a família do ex-presidente de investigações em curso, revelou que Montarroyos foi recrutado para ser informante da agência. Na época, ele ocupava um cargo no gabinete do então vice-governador Cláudio Castro. Seu objetivo era repassar informações sobre o então governador Wilson Witzel, adversário político de Bolsonaro.


A PF descobriu o caso ao acessar um e-mail de Alexandre Ramagem. Entre os arquivos salvos, havia um documento intitulado “Análise Primeiro Contato.docx”, que relatava uma “entrevista” com Carlos Alberto. Segundo a Polícia Federal, ele foi recrutado “para obtenção de vantagens políticas em troca de um cargo público no governo federal”.


Os investigadores indicam que Montarroyos tinha a motivação de fornecer informações sobre o governador Witzel e sobre as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro envolvendo Flávio Bolsonaro, em troca de um cargo na gestão federal. Esse acordo foi concretizado com sua nomeação no gabinete da Presidência da República no Rio de Janeiro. Ele foi nomeado em 17 de março de 2020 e exonerado a pedido em 24 de março.


Procurado pelo jornal, Montarroyos negou qualquer ligação com a Abin antes de desligar o telefone apressadamente. “Eu nunca fui recrutado pela Abin. Nunca teve isso não. Eu sou um homem de 85 anos, aposentado, não tenho nada a ver com isso não”, afirmou.


Questionado se o cargo obtido junto à presidência tinha relação com serviços prestados à Abin, ele também negou, mas não explicou suas funções.


Um arquivo do SNI de agosto de 1970 traz um depoimento de Montarroyos, acompanhado de sua ficha. Na época, ele tinha 28 anos e havia sido condenado a oito anos de reclusão. O órgão de repressão da ditadura descreveu que ele desenvolveu intensa atividade estudantil em Pernambuco antes de ingressar nas Ligas Camponesas. Posteriormente, Montarroyos foi anistiado.


Em 1963, aos 24 anos, foi para Goiás para fundar o Movimento Revolucionário Tiradentes, “grupo que deveria atuar paralelamente às Ligas Camponesas, visando o desencadeamento de um movimento revolucionário à mão armada”, segundo relatório do SNI. “Na época, este movimento criou em Goiás um núcleo de treinamento de guerrilha”, informa o documento.


De volta a Pernambuco, ele discordou do governo de Miguel Arraes, tentou criar um movimento independente de oposição, mas acabou preso por três meses, segundo o relatório. No ano seguinte, em 1964, viajou ao sul do país e seguiu para Montevidéu, onde passou a colaborar com os exilados brasileiros e onde se filiou ao partido Trotskista.


“No Partido Trotskista, ascende à Direção Nacional, participando de reuniões de alto escalão, tornando-se um quadro dirigente com perspectivas de assumir posições no movimento Trotskista Internacional”, diz relatório. Ele se desvinculou do grupo em 1968 e, segundo o órgão, depois que “desiludido definitivamente” é atraído pelo PCB para trabalhos de tradução. “Tarefa que aceitou por questão de sobrevivência, quando é detido pelas autoridades do estado”, informa documento.


Em uma ficha intitulada “colaborador”, que está dentro do arquivo obtido pela PF, constam informações pessoais coletadas pela Abin. No documento, Montarroyos informou que recebia cerca de R$ 6 mil. No governo federal, o cargo para o qual foi nomeado tinha salário na época de R$ 5.685,55. À Abin, ele também disse prestava serviços no escritório do PSC sem registro e que recebia uma remuneração de R$ 3 mil, entregues a ele mensalmente em um envelope pelas mãos de uma secretária do Pastor Everaldo.


O dirigente partidário negou para o jornal a informação e disse que Montarroyos não prestou serviços à sigla depois que se desfiliou.


— Todos os funcionários que trabalhavam para o partido sempre receberam dinheiro com carteira assinada, ou quando é prestação de serviço tem lá os recibos de todo mundo que presta serviço. Ele não prestava serviço nesse período de 2020, nem formal nem informal — disse.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Haddad comemora consenso no G20 e diz esperar avanço em taxação de bilionários em futuro próximo

 

A emissão de uma declaração tributária de consenso por lideranças financeiras do G20 é uma vitória para o Brasil, disse o ministro da Fazenda

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião do G20 no Rio de Janeiro 24/07/2024 REUTERS/Tita Barros (Foto: REUTERS/Tita Barros)

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A emissão de um comunicado conjunto e uma declaração tributária de consenso por lideranças financeiras do G20 é uma vitória para o Brasil, que preside o grupo neste ano, disse nesta sexta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Haddad afirmou que a implementação da proposta brasileira de uma taxação global mínima sobre super-ricos não é tarefa simples, “é uma mudança de conceito como nunca se viu”, mas disse ter esperança de que o objetivo seja alcançado em um futuro próximo.

As declarações foram dadas em entrevista à imprensa após o encerramento das reuniões desta semana de lideranças financeiras do G20.

Fonte: Brasil 247

"Aqui se faz e aqui se paga", diz Gleisi Hoffmann sobre condenação de Luciano Hang por injúria

 

"Decisão exemplar do TJ do Rio Grande do Sul", afirmou a deputada federal

Gleisi Hoffmann e Luciano Hang (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS)

A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, celebrou nesta sexta-feira (26) a decisão da 1ª Câmara Especial Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que condenou o empresário Luciano Hang por injúria e difamação contra o arquiteto Humberto Tadeu Hickel. Em uma publicação na rede social X, Hoffmann destacou a importância da determinação judicial e enfatizou que crimes não ficarão impunes.

"Decisão exemplar do TJ do Rio Grande do Sul condenando o bolsonarista Luciano Hang por injúria e difamação contra um arquiteto de Canela. Para não ficar preso, terá de prestar serviços comunitários por um ano e oito meses, além de indenizar a vítima. Se eles pensam que vão escapar de seus crimes contra as pessoas e contra o país, estão muito enganados. Aqui se faz e aqui se paga", escreveu a deputada.

Segundo o jornal O Globo, a sentença estabeleceu penas de 1 ano e 4 meses de prisão em regime aberto. Luciano Hang foi condenado após chamar Hickel de "esquerdopata" e sugerir que ele "vá para Cuba" em resposta à campanha liderada pelo arquiteto contra a instalação de uma "estátua da liberdade" em frente a uma nova filial da Havan na cidade de Canela (RS).

Fonte: Brasil 247

A Venezuela enfrenta um teste neste domingo

 


Segundo todos os relatos, Maduro prevalecerá no domingo, em grande parte por causa do caráter abominável da oposição

(Foto: Reuters)

Publicado originalmente pelo Globetrotter em 25 de julho de 2024

No dia 28 de julho, o povo da Venezuela irá às urnas para realizar a sexta eleição presidencial desde a Constituição Bolivariana de 1999. As duas eleições anteriores (2013 e 2018) foram vencidas por Nicolás Maduro Moros, o presidente em exercício. Maduro está concorrendo a um terceiro mandato que começará em 2025 e terá duração de seis anos. Ele lidera uma vasta aliança de partidos de esquerda e democráticos que se uniram para defender a revolução bolivariana, que já dura quase 25 anos.

Maduro teve que liderar tanto a Venezuela quanto o processo revolucionário bolivariano desde a morte de Hugo Chávez, a figura lendária que rompeu o domínio da oligarquia sobre a política venezuelana. Ele tem feito isso desde o colapso dos preços do petróleo em 2015, bem como com o aumento do sufocamento pelos Estados Unidos para destruir a agenda bolivariana. Sem dúvida, Maduro tem um dos trabalhos mais difíceis do planeta, tendo que suceder o carismático Chávez e conduzir o navio nas águas turbulentas criadas pelos Estados Unidos. Segundo todos os relatos, Maduro prevalecerá no domingo, em grande parte por causa do caráter abominável da oposição.

O Terrível Candidato da Extrema Direita

Maduro enfrenta Edmundo González Urrutia, o candidato da extrema direita. González é retratado como uma figura de avô, embora ele seja apenas 13 anos mais velho que Maduro (nascido em 1962, enquanto González nasceu em 1949). Essa imagem de González como um abuelo (avô) mascara seu projeto político mais feroz e seu histórico. González lidera a Plataforma Unitária, que foi criada em 2021 por Juan Guaidó. Vale lembrar que Guaidó foi o político retirado do anonimato pelos Estados Unidos para se tornar um presidente pretenso em 2019 (seguindo um roteiro que havia tido sucesso para os Estados Unidos na Ucrânia quando o governo dos Estados Unidos colocou Arseniy Petrovych Yatsenyuk no cargo de primeiro-ministro na Ucrânia).

A Plataforma Unitária, ou PU em sua sigla em espanhol, reúne os políticos da extrema direita que foram financiados e treinados pelos Estados Unidos (como María Corina Machado e Leopoldo Eduardo López Mendoza). Em particular, membros do PU dizem que não podem vencer uma eleição na Venezuela; apesar das privações causadas pelas sanções impostas pelos EUA, o domínio do Chavismo sobre as massas é indelével. É por isso que pessoas como Corina Machado e López contam com os Estados Unidos para trazer seu arsenal contra a Venezuela, uma posição traiçoeira que os impede de participar do processo eleitoral.

É por isso que a PU selecionou González para ser seu candidato, mas durante a campanha, não houve um verdadeiro projeto alternativo ao Chavismo apresentado por González ou seus substitutos. De fato, sua única afirmação é que não são Maduro e que seriam capazes de melhorar a economia cedendo às exigências dos EUA. González ocultou em grande parte seu próprio passado, que foi enterrado por trás de alegações de que ele era apenas um diplomata. Aqueles que se lembram de seu mandato como oficial da embaixada em El Salvador têm coisas diferentes a dizer sobre essa figura de avô. Em julho de 1981, González foi enviado para a embaixada venezuelana em El Salvador, onde trabalhou diretamente sob o embaixador Leopoldo Castillo. Durante seu tempo lá, a diplomata colombiana María Catalina Restrepo Pinzón de Londoño relata que ele trabalhou com os esquadrões da morte contra guerrilheiros de esquerda. Um desses líderes guerrilheiros, Nadia Díaz, lembra em sua autobiografia (Nunca estive sola) que quando estava na prisão havia homens venezuelanos entre seus torturadores. Díaz não diz que González a torturou diretamente, mas certamente ele estava entre aqueles que participaram da campanha. Esse é o caráter da figura de “avô” que é o candidato da extrema direita contra Maduro.

O Peso das Sanções

Um estudo publicado no Washington Post revelou que o governo dos Estados Unidos está atualmente aplicando sanções ilegais e unilaterais contra um terço dos países do mundo, com 60% das nações mais pobres sob sanção. Essas sanções dos EUA, aplicadas pela primeira vez em 2005 para derrubar o governo de Hugo Chávez, definem a economia venezuelana. Em um momento, o estado venezuelano dependia das receitas do petróleo para 90% de suas próprias finanças. Em meados de 2014, o boom do petróleo terminou com o colapso dos preços do petróleo, que foi ampliado pelo aumento das sanções dos EUA e ameaças de ataque armado contra a Venezuela. O impacto das sanções secundárias contra instituições financeiras e empresas de navegação drenou as receitas da Venezuela e empurrou o estado para medidas de emergência para manter os requisitos básicos do projeto bolivariano.

Durante várias visitas entre 2014 e 2024, fiquei impressionado tanto pelo impacto cruel das sanções quanto pela mobilização política do governo Maduro para explicar a situação ao povo. As privações causaram enorme sofrimento, o que levou à diminuição da ingestão nutricional e à migração em massa. Eu estava em Caracas em fevereiro de 2021, quando a Relatora Especial da ONU, Alena Douhan, deu uma coletiva de imprensa sobre o impacto das sanções. Suas descobertas em uma coletiva de imprensa foram claramente declaradas: “A falta de máquinas necessárias, peças de reposição, eletricidade, água, combustível, gás, alimentos e medicamentos, crescente insuficiência de trabalhadores qualificados muitos dos quais deixaram o país em busca de melhores oportunidades econômicas, em particular pessoal médico, engenheiros, professores, professores universitários, juízes e policiais, tem um enorme impacto sobre todas as categorias de direitos humanos, incluindo o direito à vida, à alimentação, à saúde e ao desenvolvimento.” A situação desde 2021 melhorou, em grande parte devido ao Acordo de Barbados de outubro de 2023, assinado entre o governo venezuelano e a oposição, e pela entrada de outros países (como China, Irã, Rússia e Turquia) no comércio com a Venezuela. Mas o caminho à frente é difícil e longo.

As sanções definem esta eleição. Se as eleições forem vistas como justas, então o Acordo de Barbados pode levar ao afrouxamento das sanções pelos EUA. Os Estados Unidos gostariam que mais petróleo venezuelano chegasse ao mercado, não para ajudar o povo venezuelano, mas para fornecer energia à Europa, dadas as sanções à Rússia. Mas há muitas contradições em jogo aqui. Os EUA certamente negarão a legitimidade das eleições se Maduro vencer e permitirão que as sanções impeçam o petróleo venezuelano de fornecer alívio aos europeus. Durante as eleições presidenciais de 2020, as sanções desempenharam o papel principal. Elas continuam sendo a principal questão na votação.

Os comícios da campanha de Maduro têm sido efusivos. Os chavistas o aplaudem, suas camisetas vermelhas brilhando de suor sob os céus quentes da Venezuela. “Nós prevaleceremos”, diz o ex-motorista de ônibus, cujos discursos humorísticos são desafiadores. Não há evasão aqui. Maduro é claro: a Venezuela está sendo posta à prova. O povo venezuelano continuará o processo bolivariano ou fará um retorno ao terrível passado da oligarquia?

Fonte: Brasil 247