quarta-feira, 17 de julho de 2024

PL quer usar áudio para aumentar associação entre Bolsonaro e Ramagem na campanha eleitoral

 

O ex-mandatário pretende usar agendas públicas para falar sobre reuniões dele com o pré-candidato. A gravação, no entanto, pode comprometer a sigla no Rio

Bolsonaro e Ramagem confraternizam na posse do então novo diretor da Abin (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Representantes do PL tentarão usar o áudio sobre uma reunião entre o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Jair Bolsonaro (PL), com o objetivo de aumentar o número de eleitores que associarão o pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro ao ex-mandatário. Integrantes do Partido Liberal no estado do RJ afirmaram que Bolsonaro pretende falar sobre o assunto durante as agendas públicas. A informação foi publicada no jornal Folha de S.Paulo

O prefeito Eduardo Paes (PSD) lidera a corrida na capital, com 53% dos votos, mostrou a pesquisa Datafolha este mês. O deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ) e Ramagem conseguiram 9% e 7% respectivamente.

Enquanto isso, o PL organiza dois eventos com Ramagem e Bolsonaro na capital fluminense: um na Tijuca (zona norte), na quinta-feira (18) e outro em Campo Grande (zona oeste), na sexta (19). Até sábado (20), o ex-mandatário tem agendas públicas na Baixada Fluminense (Duque de Caxias e Itaguaí), em Niterói, e em Angra dos Reis, município da costa verde do estado.

Políticos do campo progressista, de esquerda, vão explorar o conteúdo do áudio, que apontou uma conversa entre Ramagem e Bolsonaro. Investigadores da Polícia Federal apuram se os dois pretendiam usar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para blindar o atual senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) nas investigações da "rachadinha" (desvios de salários de assessores).

Pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Ramagem foi diretor-geral da Abin durante o governo bolsonarista. Policiais federais querem saber de que forma a Abin seria usada para evitar punição contra Flávio. A PF apura se a ideia dos membros da agência seria abastecer a defesa do parlamentar de informações que pudessem ajudar advogados a elaborar melhor as estratégias na Justiça, para não colocar em risco a carreira do senador.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Folha de S. Paulo

Ricardo Salles consulta Tarcísio e Bolsonaro sobre possível retorno ao Novo

 

Anteriormente, Salles tentou se lançar como candidato à prefeitura de São Paulo pelo partido, mas foi vetado por Valdemar

Ricardo Salles (Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado)

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) consultou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a possibilidade de se filiar novamente ao partido Novo para concorrer a uma vaga no Senado em 2026. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo nesta quarta-feira (17).

De acordo com apurações da jornalista Bela Megale, tanto Freitas quanto Bolsonaro veem essa mudança de partido como uma estratégia viável para Salles nas próximas eleições, dado que não há garantias de que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ofereceria a ele a oportunidade de concorrer ao Senado. Anteriormente, o parlamentar tentou se lançar como candidato à prefeitura de São Paulo pelo partido, mas teve sua candidatura vetada por Valdemar.

O ex-ministro do Meio Ambiente tem indicado que provavelmente aceitará o convite para retornar ao Novo. Salles já havia declarado publicamente que seu objetivo é garantir que tanto ele quanto Eduardo Bolsonaro sejam eleitos para o Congresso por São Paulo.

Valdemar Costa Neto, em entrevista à Folha de S. Paulo na terça-feira (16), afirmou que a decisão de liberar Salles para outra sigla "depende de Bolsonaro".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Janja corrige Lula por chamar pessoas com deficiência de “portadores"

 

O presidente participava de um plano que reúne cerca de 100 ações e conta com R$ 6,5 bilhões de investimentos em iniciativas para pessoas com deficiência

Lula (gravata vermelha), Janja (saia roxa), Silvio de Almeida (lado direito de Lula) e outras lideranças (Foto: Claudio Kbene / PR)

A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, fez uma correção de um trecho do pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quarta-feira (17), em Brasília (DF), onde o chefe de Estado se referiu às pessoas com deficiências como "portadores". Ele participava de um plano que reúne cerca de 100 ações e conta com R$ 6,5 bilhões de investimentos em iniciativas para pessoas com deficiência.

Em seu discurso, o mandatário apresentava um livro tátil sobre Amazônia, recebido nesta semana do fotógrafo Sebastião Salgado, e afirmou que iria doar o exemplar para alguma entidade a ser escolhida pelo ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.

"Você tem um livro que pessoa que estiver acompanhando o portador pode ir lendo o que ele está tateando com a mão", disse Lula durante a 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O presidente, que foi corrigido por Janja: "não é portador, é pessoa com deficiência".

A secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, enfatizou a relevância da participação popular na construção de políticas públicas e apontou que a Conferência Nacional reuniu, em quatro dias, mais de 1,6 mil pessoas e quase 800 delegados eleitos de todos os estados e do Distrito Federal.

"Este encontro serve para reforçar aquilo que eu venho insistindo muito: a política de direitos humanos não é um simples ornamento ou uma questão moral em um país como o nosso. É uma condição essencial para todo e qualquer projeto de país. Qualquer planejamento de país, a força do nosso país, depende também de incluir como planejamento o bem-estar, a dignidade, o cuidado e o respeito ao povo brasileiro. E isso significa direitos humanos", declarou Silvio Almeida.

Para o ministro, o motivo principal da realização da Conferência é reafirmar o compromisso do Estado brasileiro com os direitos humanos e com a cidadania das pessoas com deficiência. “Esta conferência é o marco fundamental, não apenas para as pessoas com deficiência, mas para o Brasil, num esforço de reencontrar o seu caminho em direção à esperança”, afirmou.

A secretária também comentou sobre o tema. "Muitos vieram de barco, de balsa, de ônibus, de avião. Vieram todos os delegados, 59 delegados do Rio Grande do Sul vieram de Canoas com o avião da FAB [Força Aérea Brasileira]. Foi o único jeito que a gente teve para viabilizar a participação de todos os delegados aqui", contou.

Fonte: Brasil 247

Marcelo Malucelli, do TRF-4, assina acordo para escapar de punição no CNJ no caso Tacla Duran

No caso apurado pelo CNJ, o desembargador revogou uma decisão do juiz Eduardo Appio que autorizava Tacla Duran a acessar provas no âmbito da Lava Jato

Advogado Rodrigo Tacla Duran e desembargador do TRF-4 Marcelo Malucelli (Foto: Reprodução)

Conjur O desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Conselho Nacional de Justiça no âmbito do procedimento que apura indícios de que o magistrado descumpriu ordens do Supremo Tribunal Federal ao proferir decisão contra o advogado Tacla Duran.

Os termos do TAC ainda não foram divulgados. O objetivo de Malucelli, no entanto, é conseguir com o acordo evitar que o CNJ abra um procedimento administrativo disciplinar (PAD) no caso em que deu decisão contra Tacla Duran em uma correição parcial que teve a tramitação suspensa pelo STF. Há quatro reclamações no Conselho envolvendo a conduta de Malucelli.

Em junho, o CNJ iniciou o julgamento envolvendo o caso. Na ocasião, o corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, votou pela abertura de processo administrativo disciplinar contra o desembargador.

A análise foi suspensa em 25 de junho, após Malucelli pedir para negociar o TAC. Uma audiência para as tratativas do acordo ocorreu em 11 de junho, na sede do CNJ.

O conselho define no Provimento 162/2024 que o TAC pode ser firmado caso as infrações praticadas sejam consideradas leves e passíveis da aplicação da pena de advertência, censura ou disponibilidade por 90 dias.

O acordo pode ser celebrado nos casos em que a medida é considerada suficiente para a prevenção de novas infrações.

Em família - No caso apurado pelo CNJ, o desembargador revogou uma decisão do juiz Eduardo Appio, à época titular da 13ª Vara de Curitiba, que autorizava Tacla Duran a acessar provas e designava audiência para colher o interrogatório do advogado.

“Há indícios de que o desembargador Marcelo Malucelli descumpriu determinação do Supremo Tribunal Federal ao proferir decisão na Correição Parcial 5011889-08.2023.4.04.0000, não obstante tenha utilizado a própria decisão da corte constitucional para embasar a sua decisão na referida correição parcial”, disse Salomão ao votar em junho pela abertura do PAD.

Motivos pessoais - Tacla Duran acusa o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), hoje senador, e o ex-coordenador da “lava jato” de Curitiba, deputado cassado Deltan Dallagnol (Novo) de extorsão. Segundo Salomão, a decisão contra Tacla Duran pode ter sido tomada por Malucelli por motivos pessoais. O desembargador é pai do advogado João Eduardo Malucelli, sócio de Moro e de Rosângela Moro em um escritório de advocacia.

“Todo esse cenário de descumprimento de decisões do STF e de suspeitas de sobreposição da função jurisdicional por interesses pessoais apresenta indícios de falta funcional com repercussão disciplinar por parte do desembargador”, prosseguiu Salomão em junho.

“Frise-se que ao juiz é vedado decidir com base em critérios exclusivamente de ordem pessoal, realizando interpretação e aplicando a norma jurídica com base na sua formação puramente ideológica ou moral, em crenças pessoais ou opção política, cabendo a instauração de Processo Administrativo Disciplinar caso presentes indícios de violações desses deveres”, concluiu o ministro.

Entenda o caso - Em 13 de março de 2023, Ricardo Lewandowski, hoje ministro aposentado do STF, suspendeu duas ações penais contra Tacla Duran, além de todos os incidentes processuais relacionados aos casos. Os processos são baseados em provas de delatores da construtora Odebrecht.

O ministro mencionou que os documentos dos sistemas MyWebDay e Drousys, do chamado “Setor de Operações Estruturadas” da Odebrecht, podem ter sido adulterados.

Em seguida, Tacla Duran pediu a revogação da sua ordem de prisão preventiva — que foi decretada em 2016 pelo ex-juiz Sergio Moro. O pedido foi aceito, e Eduardo Appio cassou a medida em 4 de abril.

O Ministério Público Federal apresentou correição parcial contra a decisão de Appio. Em abril, o desembargador Marcelo Malucelli, relator dos processos da “lava jato” no TRF-4, revogou trechos da decisão de Appio.

O magistrado apontou que, como Lewandowski determinou a suspensão das ações penais contra o advogado, “evidentemente é indevida a prática de quaisquer atos nas referidas demandas e incidentes a elas relacionados”.

À época, a ConJur ouviu especialistas sobre o caso. Eles afirmaram que, se Malucelli cassou a revogação da prisão preventiva de Tacla Duran porque ela foi proferida após a suspensão das ações pelo STF, o TRF-4 também é incompetente para decidir favoravelmente ao advogado.

O desembargador Marcelo Malucelli, do TRF-4, é pai do advogado João Eduardo Malucelli, sócio do ex-juiz Sergio Moro em um escritório de advocacia e namorado da filha mais velha dele.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

Alertado por Janja, Lula lê discurso “pra não falar nenhuma palavra que possa me criar problema”

 Presidente participou de evento com pessoas com deficiência e quis evitar gafes


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou nesta quarta-feira (17) que, aconselhado pela primeira-dama Janja, decidiu ler seu discurso em um evento com pessoas com deficiência para evitar possíveis gafes. Lula afirmou que foi alertado sobre a importância de escolher cuidadosamente cada palavra devido à sensibilidade dos presentes.


— Quando eu vim falar aqui, a Janja me alertou uma coisa: “amor, tome cuidado com cada palavra que você vai falar porque essa gente tem a sensibilidade aguçada” — contou o presidente.

Ele admitiu a necessidade de aprender mais sobre o assunto com os especialistas presentes.


— Então, eu decidi ler pra não falar nenhuma palavra que possa me criar problema. Também se eu falar alguma palavra, vocês sabem que nesse assunto vocês são especialistas, vocês sabem que eu sou um analfabeto e preciso aprender muito com vocês pra gente aprender a cuidar de vocês com carinho e respeito necessário — afirmou Lula.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Silvio Santos é internado com H1N1 em São Paulo e não tem previsão de alta

 Apresentador, de 93 anos, está há cerca de dois anos afastado das telas


Silvio Santos foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, na noite dessa terça-feira (16), após ser diagnosticado com H1N1, doença viral que afeta o sistema respiratório. A assessoria de imprensa do SBT informou por telefone que o apresentador, de 93 anos, está bem. O hospital, no entanto, não divulgou informações sobre seu estado de saúde.


Fontes próximas ao apresentador, que preferiram não ser identificadas, confirmaram que Silvio Santos segue internado na tarde desta quarta-feira (17), sem previsão de alta. Devido à sua idade avançada, a equipe médica solicitou uma série de exames e aguarda uma melhora em seu estado de saúde para que ele possa retornar para casa.


Silvio Santos está afastado das telas do SBT há cerca de dois anos, com seu programa sendo atualmente apresentado por sua filha, Patrícia Abravanel. Amigos próximos, como o humorista Carlos Alberto de Nóbrega, do programa “A Praça É Nossa”, expressaram dúvidas sobre a possibilidade de Silvio voltar a aparecer em frente às câmeras.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo

Ex-secretário municipal é agredido durante ação de ordenamento na Cidade de Deus (veja o vídeo)

 Salvino Oliveira levou chutes e socos da multidão, que foi contida pela PM com spray de pimenta


O ex-secretário municipal de Juventude do Rio, Salvino Oliveira, foi agredido por várias pessoas nesta quarta-feira (17) na Cidade Deus, durante o terceiro dia da megaoperação do governo estadual contra o crime organizado, batizada de Operação Ordo. A ação atinge dez comunidades da Zona Oeste e tem por objetivo coibir a expansão de atividade ilegais, além de recuperar territórios.


Moradores da região estão descontentes com a ação da Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop), que também participa da operação e está demolindo construções irregulares na Rua Israel, incluindo bares e restaurantes, na Cidade de Deus.


Nas imagens, Salvino, que disputará uma vaga à Câmara de Vereadores, está conversando com moradores quando começa a ser agredido por sucos e chutes. Enquanto ele tenta fugir das agressões, a Polícia Militar dispersa a multidão com uso de spray de pimenta.


As demolições ocorreram porque essas construções foram erguidas em áreas públicas (destinadas a calçadas, por exemplo) e estavam obstruindo vias e dificultando a circulação de veículos.


Outro problema identificado pela operação de ordenamento, é a ocupação irregular beirando o rio, nas avenidas Arimateia e Cidade de Deus, o que impede a prefeitura da limpeza e contribui para as enchentes.



Fonte: Agenda do Poder

Bolsonaro diz que não participará de convenção que vai oficializar Ramagem como candidato à prefeitura

 Ex-presidente alega que ausência se deve ao caráter “protocolar” da convenção


O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não estará presente na convenção do Partido Liberal (PL), marcada para a próxima segunda-feira (22), quando será oficializada a candidatura do deputado Alexandre Ramagem à Prefeitura do Rio de Janeiro. A declaração foi dada a Igor Gadelha, do Metrópoles. O evento ocorrerá na sede estadual do partido, no Centro do Rio.


Lideranças do PL indicaram que a ausência de Bolsonaro se deve ao caráter “protocolar” da convenção. A sigla planeja um evento mais amplo para agosto, onde Ramagem será lançado oficialmente, com a presença do ex-presidente.


Segundo pessoas próximas, Bolsonaro ficou muito irritado quando soube que Ramagem havia gravado uma reunião em que foi discutida a situação do senador Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas. No entanto, o ex-presidente declarou que permanecia ao lado de Ramagem em sua pretensão eleitoral de suceder ao prefeito Eduardo Paes.


Antes da convenção, Bolsonaro e Ramagm terão agendas conjuntas no Rio de Janeiro. Os compromissos estão agendados para quinta-feira (18) na Tijuca e sexta-feira (19) em Campo Grande.


Em contato com a coluna, Bolsonaro informou que retornará a Brasília no sábado (20), o que inviabilizará sua participação na convenção de Ramagem na segunda-feira seguinte.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

Corregedor do CNJ afasta desembargador para quem “as mulheres estão loucas atrás de homens”

 Espíndola julgava um caso de assédio envolvendo um professor e uma aluna de 12 anos


O corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, determinou, nesta quarta-feira (17), o afastamento do desembargador Luis César de Paula Espíndola, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).


A decisão ocorreu após Espíndola ter declarado que “as mulheres estão loucas atrás de homens” durante uma sessão que discutia um caso de assédio.


A polêmica declaração foi feita durante uma sessão da 12ª Câmara Cível do TJ-PR, em 3 de julho, enquanto se deliberava sobre um caso de assédio envolvendo um professor e uma aluna de 12 anos, em Curitiba. Após a fala da advogada da vítima, Espíndola qualificou o discurso como um “discurso feminista desatualizado”.


Segundo o portal g1, Espíndola foi o único a votar contra a medida protetiva para o professor suspeito de assédio. A decisão de proibir o contato do professor com a aluna foi confirmada por 4 votos a 1.


“Discurso potencialmente preconceituoso e misógino”


A reclamação aberta por Salomão no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta que o discurso do desembargador pode ser considerado potencialmente preconceituoso e misógino, especialmente em um caso que envolve uma menor de 12 anos.

Em sua defesa, o magistrado negou qualquer intenção de “menosprezar o comportamento feminino” e afirmou sempre ter defendido “a igualdade entre homens e mulheres”.


Durante a sessão, o desembargador presidiu a 12ª Câmara Cível e argumentou não concordar com a acusação, afirmando que não havia provas concretas contra o professor. Ao final, Espíndola declarou que “a mulherada está louca atrás do homem, louca para levar um elogio, uma piscada”.


O afastamento de Espíndola foi uma resposta ao pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Paraná e permanecerá em vigor até que o plenário do CNJ julgue a reclamação disciplinar de forma definitiva.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

"Abin Paralela": Ramagem comparece à PF no Rio de Janeiro para prestar primeiro depoimento

 

O depoimento ocorre no âmbito de uma investigação que apura alegações de um suposto esquema de espionagem ilegal realizado pela Abin

Alexandre Ramagem (Foto: Agencia Brasil-EBC)

O deputado e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ), compareceu nesta quarta-feira (17) à sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Ele foi prestar seu primeiro depoimento em relação a uma investigação que apura um suposto esquema de espionagem ilegal contra adversários políticos do governo, realizado pela Abin durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Conforme revelou a CNN, os investigadores devem questionar Ramagem sobre um áudio de uma reunião na qual ele, Bolsonaro, o general Augusto Heleno e duas advogadas do senador Flávio Bolsonaro discutiam estratégias de defesa do filho “02” do ex-mandatário, investigado em suposto esquema de rachadinha.

A Polícia Federal também busca esclarecer detalhes de um encontro entre Ramagem e o delegado Luiz Fernando Corrêa, que assumiu a direção da Abin em junho do ano passado. Outro foco das investigações é determinar a relação de Ramagem com cinco homens presos na semana anterior, suspeitos de participação no chamado “gabinete do ódio”, em desdobramento da operação Última Milha.

A Polícia Federal está considerando a possibilidade de negociar três delações premiadas, embora essa questão ainda esteja em discussão interna com os potenciais colaboradores. 

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

Compromisso fiscal de Lula é inegociável, diz Padilha

 

Ministro afirmou que o presidente Lula já orientou a Junta de Execução Orçamentária a fazer o que for necessário para cumprir o arcabouço fiscal

Alexandre Padilha (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Reuters - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um compromisso fiscal inegociável, lembrando que o presidente já orientou a Junta de Execução Orçamentária a fazer o que for necessário para cumprir o arcabouço fiscal.

"O pedido foi explícito: faça o que for necessário para garantirmos o cumprimento do arcabouço fiscal. É um compromisso inegociável por parte do presidente Lula", disse Padilha em entrevista à CNN Brasil.

Questionado sobre um desarranjo entre falas de Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Padilha afirmou que há alinhamento na política econômica do governo e elogiou a atuação deles, destacando projeções positivas, como a revisão para cima da estimativa do Fundo Monetário Internacional para o Produto Interno Bruto do país.

"Com Lula e Haddad a economia brasileira melhorou", afirmou. "O Brasil vai conseguir garantir durante esse governo Lula, e com ministro Haddad na economia, uma média de crescimento maior que 2% ao longo desses quatro anos", afirmou.

Na terça-feira, Lula deu uma entrevista à TV Record em que disse que o governo não é obrigado a cumprir a meta fiscal “se você tiver coisas mais importantes para fazer”, ressaltando que ainda precisa ser convencido sobre eventual necessidade de cortar despesas para respeitar o arcabouço que rege as contas públicas.

Contudo, na mesma entrevista, o presidente ponderou que fará o que for necessário para respeitar a regra fiscal, argumentando ter mais seriedade em relação ao tema "do que quem dá palpite nessa questão fiscal no Brasil".

Na tarde de terça-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que declaração do presidente estava fora de contexto e gerou "desnecessariamente uma especulação em torno do assunto".

Isso porque o trecho da fala de Lula sobre o fiscal foi vazado antes da veiculação da íntegra da entrevista, o que resultou em volatilidade nas negociações e fez o dólar virar do negativo para o positivo ante o real antes de fechar em queda.

No início de julho, a equipe econômica anunciou que Lula determinou o cumprimento do arcabouço e autorizou cortes de gastos para cumprir a legislação, sinalização que acalmou o mercado após semanas de volatilidade impulsionada por declarações do presidente contra o Banco Central e em meio a dúvidas sobre o compromisso fiscal do governo.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Após suposto atentado contra Trump, extrema direita tenta descredibilizar mulheres do Serviço Secreto

 

Líderes da extrema direita dos EUA criticaram e fizeram comentários sexistas contra as mulheres encarregadas de proteger o ex-presidente

Donald Trump sofre atentado em comício na Pensilvânia (Foto: Brendan McDermid / Reuters)

RFI - O Serviço Secreto, responsável por proteger as figuras políticas mais importantes do país, tem sido alvo de críticas por permitir que o atirador se aproximasse tanto de Trump, além de comentários sexistas contra sua política de recrutamento "DEI", que promove diversidade, equidade e inclusão.

Várias mulheres de terno e óculos escuros, vestindo o uniforme típico dos agentes do Serviço Secreto, se lançaram para proteger e evacuar o candidato presidencial republicano, que acabou ferido na orelha, durante a tentativa de assassinato em um comício na Pensilvânia no sábado (13).

"Não deveria haver mulheres no Serviço Secreto. Os agentes devem ser os melhores e nenhum dos melhores é mulher", escreveu o ativista de extrema direita Matt Walsh na rede social X.

Por outro lado, o congressista republicano Tim Burchett criticou a diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, por implementar a política DEI na organização e por seu passado como chefe de segurança na PepsiCo: "Não consigo imaginar como uma contratação DEI da Pepsi possa ser uma escolha ruim para a chefe do Serviço Secreto #sarcasmo", postou no X.

Após vários anos na PepsiCo, Cheatle se tornou a segunda mulher a liderar a agência federal, onde já havia trabalhado por quase 30 anos.

Narrativa sexista e delirante alveja competência feminina - O Serviço Secreto, que nomeou suas primeiras agentes em 1971, planeja que 30% de seus recrutas sejam mulheres até 2030, segundo um relatório da CBS News de 2023.

"Estou muito consciente (...) de que precisamos atrair candidatos diversos e garantir que desenvolvamos e ofereçamos oportunidades a todos em nossa equipe, especialmente às mulheres", disse Cheatle à CBS na época.

Como parte de sua guerra cultural, a extrema direita aproveitou a declaração para denunciar a "wokeficação" no recrutamento, um termo pejorativo usado para se referir à promoção de temas como igualdade racial, direitos LGBTQPIA+, inclusão ou diversidade, em um momento em que se busca contratar além dos homens brancos.

"Os resultados das políticas DEI: DEI matou alguém", postou a conta conservadora popular Libs no TikTok, em referência ao bombeiro que morreu durante o ataque na Pensilvânia.

Procurado pela agência AFP, o Serviço Secreto não enviou uma reação imediata.

As práticas de diversificação na contratação aceleraram após o assassinato do afro-americano George Floyd em 2020 por policiais brancos, desencadeando um movimento antirracista no país.

Mas os radicais de extrema direita intensificaram sua contra-ofensiva nos últimos meses contra os temas de diversidade, argumentando que essas práticas colocam os homens brancos em "desvantagem".

Vice de Trump é contra mulheres no Serviço Secreto - J.D. Vance, o senador eleito de Ohio e companheiro de chapa presidencial de Trump, chegou a apresentar uma proposta de lei em junho para eliminar os programas DEI no governo federal.

"DEI é racismo, simples e claro. É hora de proibi-lo nacionalmente, começando pelo governo federal", disse ele em postagem no X.

O recrutamento no Serviço Secreto já foi criticado em maio, após o Congresso iniciar uma investigação sobre um incidente envolvendo uma agente de segurança da vice-presidente Kamala Harris.

Em uma carta para Kimberly Cheatle, o congressista republicano James Comer expressou preocupação com a contratação da agente e a verificação de seus antecedentes, argumentando que a atual escassez de pessoal "levou a agência a diminuir seus rigorosos padrões como parte dos esforços de diversidade, equidade e inclusão".

Em resposta, o porta-voz do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, afirmou que o recrutamento é realizado "com os mais altos padrões profissionais (...) e em nenhum momento a agência diminuiu esses padrões".

Cheatle ignorou os pedidos de renúncia e a agência indicou que participará "plenamente" da investigação independente solicitada pelo presidente Joe Biden sobre o ataque a Trump. A diretora do Serviço Secreto deverá comparecer ao Congresso em 22 de julho.

Biden afirmou que se sente "seguro" com o Serviço Secreto, embora tenha admitido que é uma "questão em aberto" se o atentado contra o republicano poderia ter sido previsto ou não pela Inteligência norte-americana.

Trump estava cercado apenas por agentes homens em sua primeira aparição pública na Convenção Nacional Republicana em Milwaukee, na segunda-feira.

"Assim é como se deve proteger um presidente", escreveu o comentarista conservador Rogan O'Handley no X.

Fonte: Brasil 247 com RFI