quinta-feira, 11 de julho de 2024

PT entra com ADI no STF contra privatização das escolas no Paraná

 

Supremo Tribunal Federal. Foto: Rosinei Coutinho

O PT (Partido dos Trabalhadores) pediu no STF (Supremo Tribunal Federal) a inconstitucionalidade do projeto de lei que privatizou escolas públicas no Paraná, proposto pelo governo do estado e aprovado no mês passado pela Assembleia Legislativa. A ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) foi protocolada nesta quinta-feira (11).

A ADI é assinada pela presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, e faz parte de uma articulação que envolveu deputados de ooposição ao governo de Ratinho Junior no Paraná. Entre os apontamento da ADI, está o de que os pilares fundamentais da educação brasileira são firmados pela União Federal – e neles não se inclui a terceirização da gestão do ensino público à iniciativa privada. A lei estadual, conforme sustenta a ADI, avançou sobre os limites legislativos que a Constituição Federal impôs aos Estados. “Não há lei federal que permita a terceirização da gestão do ensino público a empresas privadas de gestão educacional”, diz a ação.

A ação pede a suspensão imediata do Programa Parceiro da Escola, até que o Supremo Tribunal Federal decida quanto à constitucionalidade da lei que o instituiu.

Fonte: Bem Paraná

Justiça Eleitoral determina que pré-candidato a vereador de cidade do Paraná suspenda “showmício”

 

A pode atrair mais de 3 mil pessoas, em data próxima ao pleito eleitoral Municipal, quando ainda vedadas campanhas políticas antecipadas

MPPR (Foto: Franklin de Freitas)

A Justiça Eleitoral em Maringá, no Norte Central do estado, determinou que um pré-candidato a vereador promova adequações em um evento previsto para ocorrer no sábado, 13 de julho, de modo a evitar a realização de propaganda eleitoral antecipada.

A decisão liminar, expedida nesta quinta-feira, 11 de julho, responde a representação eleitoral da 20ª Promotoria de Justiça de Maringá, que apontou que o evento em questão caracterizaria um “showmício”, proibido pela legislação eleitoral. No calendário do pleito deste ano, a propaganda eleitoral só é permitida a partir de 16 de agosto.

Conforme apurou o Ministério Público, o pré-candidato, que atualmente exerce mandato na Câmara Municipal, vem promovendo em suas redes sociais ampla divulgação da festividade, anunciada com entrada livre, atrações musicais e barracas de comidas com distribuição gratuita. A festa está prevista para ocorrer em um Centro de Tradições Gaúchas (CTG) no Km 5 da PR-317, em Maringá.

Na liminar, o Juízo da 137ª Zona Eleitoral de Maringá aponta que “a referida festa, nos termos propagados, pode atrair mais de 3 mil pessoas, em data próxima ao pleito eleitoral Municipal, quando ainda vedadas campanhas políticas antecipadas”.

Medidas impostas ao pré-candidato

Entre as medidas que devem ser adotadas pelo pré-candidato estão a desvinculação de seu nome da festividade, com a imediata retirada de propagandas nas redes sociais e outros meios de divulgação, e a proibição de qualquer atração artística no evento, bem como da distribuição gratuita de comidas e bebidas durante a programação. O descumprimento pode resultar na aplicação de multa de R$ 100 mil.

Considerando a proximidade da data prevista para o evento, a decisão judicial determina ainda que os responsáveis pelo CTG sejam informados sobre as vedações impostas, sob pena de aplicação de multa em caso de descumprimento.


Fonte: Bem Paraná com Assessoria

“Burro demais”: auxiliares de Bolsonaro brigaram sobre recompra de Rolex


Fabio Wajngarten e Frederick Wassef. Foto: Reprodução

A “operação recompra” de relógio Rolex vendido nos Estados Unidos gerou crise entre auxiliares de Jair Bolsonaro. Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social), foi quem pediu para Frederick Wassef, então advogado do ex-presidente, ir ao país para pegar o item de volta e devolver ao Tribunal de Contas da União (TCU), mas posteriormente reclamou da ação.

Em conversa no WhatsApp, eles discutiam sobre a decisão de Augusto Nardi, ministro do TCU que determinou a devolução das joias. “Era muito melhor agente se antecipar”, afirmou Wajngarten. Na sequência ele diz que Wassef e Marcelo Câmara, ex-assessor, “contaminaram” o caso e ironiza a dupla: “Gênios”.

Cid, que coordenou a operação junto de Wassef, tentou se isentar do caso e afirmou: “Também acho. Me disseram que você iria…”. Wajngarten então diz que ele seria o nome “mais acertado” para a recompra e segue criticando Wassef: “Burro demais. Contaminado”.

O diálogo ocorreu em março de 2023 no período em que Wassef já estava nos EUA para recomprar o item. Segundo a Polícia Federal, o Rolex foi vendido em junho de 2022 e adquirido novamente um ano depois pelo advogado, que pagou US$ 49 mil (cerca de R$ 256,5 mil na cotação da época) em espécie e alegou que não queria ser taxado por IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras).

Veja o diálogo:

“Operação recompra” de Rolex gerou briga entre auxiliares de Bolsonaro. Foto: Reprodução/PF

Fonte: DCM

Moraes manda Câmara enviar PCs e celulares de suspeito de envolvimento com Abin Paralela


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal – Foto: Reprodução

 Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o envio dos computadores e celulares funcionais usados por José Matheus Sales Gomes – um dos alvos da 4ª fase da Operação “Última Milha”, deflagrada nesta quinta-feira (11) pela Polícia Federal (PF).

Nos autos do processo da investigação, Moraes concordou com a Procuradoria-Geral da República (PGR) que não havia necessidade de busca e apreensão na Câmara dos Deputados. O investigado não estaria utilizando suas funções públicas para guardar provas na Casa, portanto, o ministro solicitou apenas o envio de dados.

“A expedição de ofício sigiloso ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira, requisitando o envio dos computadores e celulares funcionais utilizados por José Matheus Sales Gomes”, determinou Moraes.

José Matheus é investigado por suposta participação na organização criminosa envolvida no esquema de espionagem ilegal da “Abin Paralela”.

Ele também era assessor do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho de Bolsonaro, e foi alocado como secretário parlamentar no gabinete de Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin, após o fim do mandato do ex-capitão. Vale ressaltar que, em três meses, entre março e maio deste ano, José Matheus recebeu R$ 28.174,63 entre remuneração e auxílios.

Operação Última Milha

As investigações da corporação afirmam que a Abin, durante a gestão Bolsonaro e a diretoria de Ramagem, era utilizada para produzir fake news para abastecer o “gabinete do ódio” do governo do ex-presidente.

O software de rastreamento e localização israelense “First Mile” teria sido utilizado por Bolsonaro e seus seguidores na elaboração de relatórios sobre ministros do STF e adversários políticos do ex-capitão.

O ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem e o ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

Fonte: DCM

Existia 'sintonia fina' entre 'gabinete do ódio' e Abin paralela contra CPI da Covid, diz líder do governo

 

Políticos, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram alvos do monitoramento ilegal realizado pela Abin

Randolfe Rodrigues (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O líder do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou que existe uma “sintonia fina” entre as ações contra parlamentares que integravam a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e os investigados pela 'Abin Paralela'.
“Enquanto brasileiros estavam morrendo, o governo se dedicava a usar o aparato da União contra os opositores e aqueles que defendiam a vacina”, declarou. “Existia uma sintonia fina entre a atuação do gabinete do ódio contra a CPI da Covid e a atuação do aparato brasileiro por meio da agência de inteligência”.

“O fato de os dirigentes da CPI da Covid terem sido monitorados, além de mim, dos colegas senadores Renan Calheiros e Omar Aziz, só traz, também à cena, um caráter trágico”, completou.

As investigações da Polícia Federal acerca do esquema de espionagem ilegal realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) revelam que políticos, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram alvos do monitoramento.

O esquema também produzia dossiês e divulgava notícias falsas contra adversários, expôs a investigação. 

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Haddad: "Vencemos a oposição e colocamos a carne na cesta básica"

 

Ministro da Fazenda comentou ao lado da primeira-dama, Janja, a aprovação da regulamentação da reforma tributária pela Câmara

Rosângela Lula da Silva, a Janja, e Fernando Haddad (Foto: Reprodução/X)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descreveu, nesta quinta-feira (11), a inclusão da carne na Cesta Básica Nacional como uma vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao comentar a aprovação da regulamentação da reforma tributária, ocorrida nesta quarta-feira (10). 

"O presidente Lula teve sua vitória ontem. Muito importante... O Congresso por acordo de liderança, mesmo o PL que tem feito uma campanha contra a reforma. Vencemos a oposição e colocamos a carne na cesta básica", disse Haddad em um vídeo ao lado da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, divulgado na rede social X (antigo Twitter). 

O titular da pasta afirmou ainda que a reforma tributária modernizará significativamente a economia brasileira e que a proposta "começa a corrigir as injustiças históricas do sistema tributário contra os mais pobres".

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei com o eixo central da regulamentação da reforma tributária sobre o consumo, incluindo uma trava para a alíquota do futuro imposto simplificado e a adição de proteínas animais à lista de itens da cesta básica isentos de tributação, tema que vinha sendo defendido tanto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto pela bancada ruralista, que vem buscando uma aproximação com o governo federal.

De acordo com estimativas da equipe econômica, a desoneração da carne resultará em um aumento de 0,53 ponto percentual na alíquota padrão do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Já os cálculos do Banco Mundial indicam um impacto de até 0,57 ponto percentual. Nesse sentido, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), chegou a defender que, em vez de isentar todas as carnes, a regulamentação da reforma tributária poderia prever um cashback ampliado para a compra desses produtos, o que beneficiaria famílias de renda mais baixa.

Internautas descreveram a isenção das carnes como uma vitória do presidente Lula, que voltou a defender durante o lançamento do Plano Safra a inclusão das carnes na cesta básica com imposto zero na regulamentação da reforma tributária. Antes da aprovação, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que o presidente Lula expressou seu apoio à inclusão das carnes na cesta básica durante a reforma tributária.

Os próprios PL de Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro, e a bancada ruralista junto à bancada governista, se alinharam para aprovar um destaque instituindo a taxa zero para as carnes na votação.

Fonte: Brasil 247

Internautas repudiam blindagem de Alexandre Ramagem a Flávio Bolsonaro e criticam 'Abin Paralela' (vídeo)

 

Perfis nas redes sociais também cobraram a prisão de Jair Bolsonaro

Alexandre Ramagem, ABIN e Flávio Bolsonaro (Foto: Carolina Antunes/PR | Reprodução | Jefferson Rudy/Agência Senado)

Internautas criticaram o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) após um áudio apontar que, durante o governo da extrema-direita no Brasil, Jair Bolsonaro (PL) e o então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, conversaram sobre a hipótese de não punir o parlamentar nas investigações de corrupção conhecida como "rachadinha" (desvios de salários de assessores que aconteceu quando o atual congressista era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio). 

Agentes da Polícia Federal apuram se a Abin interferiu em investigações envolvendo Flávio Bolsonaro para fornecer informações aos responsáveis pela defesal do senador. As repercussões dos internautas aconteceram no mesmo dia em a PF iniciou a operação Última Milha, que, desde 2023, investiga o possível uso ilegal de sistemas da agência para espionar autoridades e oposicionista do governo Jair Bolsonaro. 

A PF prendeu quatro pessoas, depois de ir às ruas cumprir cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em São Paulo (SP), Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), e Salvador (BA). 

Agentes apuram crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Lista de espionados

De acordo com as investigações, os ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux foram alguns dos espionados. No Legislativo, foram alvos da espionagem ilegal o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) e os ex-deputados Rodrigo Maia (PSDB), Joice Hasselmann (Podemos e Ex-PSDB) e Jean Wyllys (PT e na época do PSOL). 

Entre os senadores, Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) foram alvos de espionagem. 

No Poder Executivo: o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB); dois servidores do Ibama e três auditores da Receita. As jornalistas Monica Bergamo, Luiza Alves Bandeira, Vera Magalhães e Pedro Cesar Batista também foram alvos de espionagem. 

 

 

 

 

 

 


Fonte: Brasil 247

"Se Lula não tivesse derrotado Bolsonaro, Alexandre de Moraes não estaria vivo hoje", diz Fernando Horta

 

Historiador afirma que a quadrilha bolsonarista poderia ter assassinado o ministro do STF

(Foto: ABR | Brasil 247)

Em entrevista concedida ao jornalista Leonardo Attuch, o historiador Fernando Horta fez afirmações impactantes sobre o atual cenário político brasileiro e as ameaças enfrentadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Horta afirmou que, caso Jair Bolsonaro tivesse vencido as eleições, a vida de Alexandre de Moraes estaria em grave perigo devido às ações da chamada "quadrilha bolsonarista".

"A quadrilha bolsonarista poderia ter assassinado o ministro do STF", declarou Horta, ressaltando a gravidade do escândalo da Abin paralela, que veio à tona com a quarta fase da Operação Última Milha. Esta operação, deflagrada pela Polícia Federal (PF), tem como objetivo apurar um esquema de monitoramento ilegal de opositores e críticos do governo Bolsonaro, realizado por meio de uma Agência Brasileira de Inteligência (Abin) paralela.

A investigação revelou que os envolvidos não apenas sugeriram ações violentas contra Alexandre de Moraes, mas também discutiram explicitamente um plano para assassiná-lo. "Se o presidente Lula não tivesse vencido as eleições, Alexandre de Moraes não estaria vivo hoje", afirmou Horta, mencionando que os militares envolvidos no esquema são "crias da ditadura", formados durante a Guerra Fria.

De acordo com o relatório da PF, mensagens trocadas em agosto de 2021, descobertas durante a investigação de um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), indicaram que um dos investigados sugeriu que o ministro "merecia algo a mais", ao que outro respondeu mencionando o calibre de munição "7.62" e acrescentou: "head shot" (tiro na cabeça).

Além das ameaças de violência, os investigados discutiram alternativas como a abertura de um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes e a produção de um dossiê contra ele. A PF informou que os envolvidos poderão responder por crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático.

Horta destacou a importância de uma resposta firme e conjunta do STF. "O STF deve dar uma resposta em conjunto", enfatizou. Ele também mencionou que Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e investigado na operação, "não pode continuar solto".

O esquema ilegal de monitoramento não se limitou ao STF, abrangendo também figuras do Poder Legislativo, Executivo e até jornalistas. Entre os alvos estavam ministros do STF como Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, políticos como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e jornalistas como Monica Bergamo e Vera Magalhães.

Fernando Horta concluiu sua entrevista ressaltando a gravidade do momento político vivido pelo Brasil. "Estávamos na antessala de uma ditadura", afirmou, destacando a importância da vitória de Lula nas eleições para a preservação da democracia e da integridade das instituições brasileiras. Assista:


Fonte: Brasil 247

"O que falta para Bolsonaro ser preso?", questiona Lindbergh

 

"Isso não é qualquer coisa. Eles estavam tentando interferir nas investigações da família do Bolsonaro", disse Lindbergh

Lindbergh Farias (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Em meio aos desdobramentos da investigação sobre o esquema de espionagem ilegal realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) publicou nesta quinta-feira (11) um vídeo nas redes sociais, questionando: “o que falta para o Bolsonaro ser preso?”

“Depois de tudo o que aconteceu esta semana, do inquérito da Polícia Federal sobre o roubo das joias, [surge] esse outro escândalo aqui sobre a Abin e o aparelhamento da Abin para proteger a família Bolsonaro, para tentar tirar credibilidade do sistema eleitoral, para municiar o gabinete do ódio. É escandaloso”, afirmou. “Isso é explosivo, esse cara tem que ser preso. Isso não é qualquer coisa. Eles estavam tentando interferir nas investigações da família do Bolsonaro.”

A Polícia Federal encontrou uma gravação de áudio no computador do ex-diretor-geral da Abin, deputado Alexandre Ramagem, contendo uma reunião entre ele e o então presidente Jair Bolsonaro. No arquivo, os dois aparecem discutindo uma estratégia para blindar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) de investigações sobre desvios de dinheiro. Também participaram do encontro o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e uma advogada de Flávio Bolsonaro.

Na gravação, Bolsonaro é ouvido aprovando uma estratégia apresentada pelo então chefe da Abin para iniciar procedimentos contra os auditores fiscais que investigavam Flávio Bolsonaro, visando anular as apurações do caso das rachadinhas. Para a PF, o áudio confirma o uso da estrutura da Abin em benefício dos interesses pessoais de Jair Bolsonaro. 

Fonte: Brasil 247 com informações de UOL

"O cerco ao fascismo no Brasil é uma operação da direita tradicional", diz Alysson Mascaro

 

Professor e jurista afirma que este cerco serve ao governo do presidente Lula, mas pode viabilizar a volta da direita tradicional

(Foto: Reuters | Divulgação )

Em uma entrevista reveladora ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o filósofo e jurista Alysson Mascaro fez uma análise profunda sobre a conjuntura política brasileira, destacando o papel da direita tradicional no cerco ao fascismo de Jair Bolsonaro e as implicações para o governo do presidente Lula.

"O Brasil hoje é a nova colônia ideológica do mundo", afirmou Mascaro, ao discutir a influência externa sobre a política brasileira. Ele ressaltou a mudança significativa com a saída de Jair Bolsonaro da presidência: "Com a saída de Bolsonaro, deixamos de ter a vergonha de ter um presidente que beija a bandeira dos Estados Unidos. O presidente Lula beija a bandeira do Brasil."

Apesar disso, Mascaro alertou sobre a persistente influência estrangeira sobre uma parcela da população brasileira. "Há um pedaço da população brasileira que beija a bandeira dos Estados Unidos e de Israel", observou, indicando que a ideologia de extrema-direita ainda é forte no país. "A ideologia conseguiu no Brasil um amálgama total e está levando as massas para a extrema-direita", disse ele.

Para Mascaro, o cerco ao fascismo no Brasil é uma operação conduzida pela direita tradicional, que pode ter consequências inesperadas. "O cerco ao fascismo no Brasil é uma operação da direita tradicional", declarou. Ele acredita que essa estratégia pode servir aos interesses do governo de Lula no curto prazo, mas também pavimenta o caminho para o retorno da direita tradicional ao poder.

O professor expressou preocupação com a falta de controle do governo atual sobre a situação política, institucional e econômica. "O Executivo de hoje, do governo do presidente Lula, não tem controle da situação", afirmou. Segundo ele, esse cenário envolve múltiplos atores, incluindo o capital brasileiro e estadunidense, além dos militares, que foram poupados até agora. "Esse cálculo envolve o capital, brasileiro e estadunidense, e também os militares, que foram poupados", explicou.

Hora da mobilização e da ação de massas

No contexto atual, com as investigações e possíveis denúncias contra Bolsonaro ganhando força, Mascaro acredita que a esquerda e o governo Lula precisam agir com determinação. "No quadro atual, é fundamental fortalecer a ação de massas", enfatizou. "A esquerda e o governo Lula não podem ser reféns da direita."

Os recentes desdobramentos das investigações contra Bolsonaro, que incluem acusações de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, conforme detalhado em um relatório de mais de 400 páginas da Polícia Federal, adicionam um nível extra de complexidade à situação política. Ministros do Supremo Tribunal Federal consideram as provas apresentadas no relatório como "robustas", aumentando a pressão sobre a Procuradoria-Geral da República para agir.

Com as eleições municipais se aproximando e a cautela adotada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, o cenário político brasileiro continua instável. No entanto, as palavras de Mascaro servem como um lembrete da necessidade de vigilância e ação contínua para evitar que a direita tradicional aproveite a situação para reconquistar o poder. 

Assista:

Fonte: Brasil 247

'Abin paralela': auditor da receita, vítima da arapongagem, foi exonerado após relatório de rachadinhas contra Flávio Bolsonaro

 

Christiano Paes Leme Botelho teve exoneração relacionada a investigações contra Flávio Bolsonaro

(Foto: Reprodução)

Christiano Paes Leme Botelho, ex-chefe do Escritório da Corregedoria da Receita Federal no Rio de Janeiro (Escor07), foi exonerado após elaborar o relatório que fundamentou a investigação das rachadinhas contra o senador Flávio Bolsonaro, em dezembro de 2020. Paralelamente, Botelho foi monitorado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em um suposto esquema de arapongagem chamado de Abin paralela de Bolsonaro, destaca reportagem do jornal O Globo.

 As informações foram reveladas nesta quinta-feira (11), na 4ª fase da operação Última Milha, deflagrada pela Polícia Federal.
A exoneração de Botelho ocorreu após Flávio Bolsonaro afirmar que seus dados fiscais foram acessados ilegalmente antes do início formal da investigação sobre o esquema de rachadinhas em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Botelho comandou o Escor07 por mais de uma década, sendo considerado uma figura influente no órgão.

 No Diário Oficial, a exoneração foi registrada como "a pedido", mas a imprensa apontou que a saída resultou de pressões após críticas dos advogados de Flávio Bolsonaro. Botelho não quis se manifestar sobre o caso.

As investigações da Polícia Federal, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), revelaram um áudio em que Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem, então diretor-geral da Abin, e o general Augusto Heleno, então ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), discutem a investigação das rachadinhas.

 Na conversa, gravada em 25 de agosto de 2020, quatro meses antes da exoneração de Botelho, é debatido um plano para abrir procedimentos contra os auditores da Receita responsáveis pelo relatório que embasou a investigação.

De acordo com as investigações, Ramagem mencionou na gravação a necessidade de instaurar procedimentos administrativos contra os auditores da Receita para anular a investigação e retirar alguns auditores de seus cargos. A PF também aponta que a "Abin paralela" tentou levantar informações sobre "poderes e relações políticas" dos auditores, incluindo buscas por "dívidas tributárias" e redes sociais de esposas dos servidores da Receita.

Flávio Bolsonaro usou as redes sociais para negar qualquer interferência na Abin, afirmando que os servidores da Receita cometeram crimes ao acessar seus dados.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

"Bormevet, preso hoje pela PF, é a peça central para esclarecer o evento de Juiz de Fora", diz Joaquim de Carvalho

 

Apontado como pivô da Abin paralela, Marcelo Bormevet se tornou o homem forte do governo Bolsonaro depois de supostamente falhar na segurança do então candidato

(Foto: Reprodução)

Um dos alvos da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira (11) pela Polícia Federal (PF) com o objetivo de desarticular a ‘Abin paralela’, organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades e à produção de notícias falsas, é o delegado da PF Marcelo Araújo Bormevet.
Integrante da corporação desde 2005, Bormevet fez parte da equipe de segurança de Jair Bolsonaro (PL) no evento de Juiz de Fora durante a campanha eleitoral de 2018, segundo o jornalista do Brasil 247 e da TV 247 Joaquim de Carvalho. “Bormevet foi um dos personagens da reportagem que fizemos de Juiz de Fora. Ele é central para entender a Abin paralela e também para entender o que aconteceu lá em Juiz de Fora”, explica Carvalho.

O jornalista destaca que Bormevet não era integrante fixo da equipe de segurança de Bolsonaro durante a campanha de 2018. O delegado foi destacado especificamente para atuar no evento de Juiz de Fora. “Ele era lotado na Delegacia da Polícia Federal em Juiz de Fora e ali ele foi mobilizado por um deputado federal na época, o Marcelo Álvaro Antônio - que depois seria ministro do Turismo e foi quem organizou o evento de Juiz de Fora -, e ali o Bolsonaro tinha, como candidato a presidente, direito a seguranças da Polícia Federal”.

Segundo Carvalho, Bormevet, Álvaro Antônio e Carlos Bolsonaro são personagens interligados neste caso: “[Marcelo Álvaro Antônio] foi quem organizou o evento de Juiz de Fora e depois ele foi protegido pelo Carlos Bolsonaro. O Carlos Bolsonaro é chave tanto na promoção deste policial quanto na proteção do Marcelo Álvaro Antônio. Quando ele era ministro do Turismo houve aquela denúncia dos laranjas e ele não caiu porque o Carlos Bolsonaro o protegia”.

O jornalista ainda contou que Bormevet, enquanto responsável pela segurança de Bolsonaro em Juiz de Fora, fez uma série de exigências para a realização do evento que são estranhas ao procedimento padrão da Polícia Federal no caso da proteção de candidatos a presidente. “Eu estive na frente do apartamento dele [Bormevet] em Juiz de Fora, falei com a esposa dele e eu queria falar com ele justamente porque eu tinha descoberto que ele organizou toda a chamada ‘segurança paralela’. Porque tinha a segurança que a Polícia Federal faz dos candidatos e havia lá em Juiz de Fora uma ‘segurança paralela’, e quem coordenou tudo isso foi o Bormevet”. 

“Eu soube disso porque o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora me contou. Ele teve que fazer algumas coisas por conta da exigência desta pessoa. Era um esquema completamente diferente do que a Polícia Federal faz para proteger os candidatos. Inclusive, ele teve que contratar um drone que tinha que sobrevoar todo o tempo lá da caminhada, que foi onde o Adélio [Bispo] encontrou o Bolsonaro. O presidente da Associação Comercial falou: o Marcelo [Bormevet] fez uma reunião na minha casa e fez uma série de exigências; uma delas era que deveríamos ter um drone para gravar o tempo inteiro. Essas imagens - a íntegra - de drone desapareceram. Só ficou a imagem que foi usada na campanha do Bolsonaro. No mesmo dia já teve vídeo na internet que mostrava aquela multidão, o Bolsonaro carregado… Eu queria a íntegra porque poderia ter o momento do ataque, mas desapareceram essas imagens”, complementou.

É suspeito o movimento de Bormevet após o evento de Juiz de Fora. Mesmo tendo supostamente falhado na segurança do então candidato Bolsonaro, ele foi colocado no coração do poder e promovido a chefe do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin. Se a facada ocorreu como narrado pelo bolsonarismo, não faria sentido premiar o responsável pela segurança daquele dia.

Fonte: Brasil 247

PF cita Ramagem por monitoramento do caso Adélio

 

Polícia Federal deflagrou operação visando a Abin Paralela durante o governo de Jair Bolsonaro

Alexandre Ramagem (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

Diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro, o agora deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) determinou consultas à investigação envolvendo o caso Adélio Bispo, ocorrido em 2018. A informação consta da representação da Polícia Federal (PF) que embasou a quarta fase da Operação Última Milha, realizada nesta quinta-feira (11), visando a Abin Paralela. 

“A ‘investigação paralela’ relacionada ao caso MARIELLE não foi a única, posto que foram realizadas diligências relacionadas ao CASO ADÉLIO. O Diretor Alexandre Ramagem em 10/03/2022 determinou ao subordinado BORMEVET que este realizasse uma análise de dados disponíveis relacionados ao caso ADÉLIO., diz o documento, citado pela CNN Brasil

Os alvos da quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira, são: Mateus Sposito, ex-assessor do Ministério das Comunicações no governo Bolsonaro; Richards Pozzer, empresário que divulgava notícias falsas em suas redes sociais; Marcelo Bormevet, policial federal que trabalhava na Abin sob Ramagem; Giancarlo Gomes Rodrigues, militar que também trabalhava na Abin; e o influenciador Rogério Beraldo de Almeida. Até o momento, apenas Almeida não foi preso. A operação mira o  esquema ilegal de espionagem no governo de Jair Bolsonaro. Segundo a PF, a organização criminosa  monitorava ilegalmente autoridades públicas, além de produzir notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Abin.

A investigação da PF já identificou, entre outras, o monitoramento ilegal das seguinte pessoas: 

  • os ministros do STF Alexandre de Moraes,  Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux;
  • os deputados Arthur Lira, Rodrigo Maia (então presidente da Câmara), Kim Kataguiri e Joice Hasselmann;
  • os senadores Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues;
  • o ex-governador de São Paulo João Doria;
  • os jornalistas Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.
Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil