sábado, 6 de julho de 2024

Haddad avalia que a Fazenda foi "reempoderada" após reunião com Lula

 

Ministro da Fazenda obteve apoio do presidente ao arcabouço fiscal

Lula e Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Na manhã de quarta-feira, Fernando Haddad reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Alvorada para discutir ajustes na política fiscal. Durante a conversa de aproximadamente uma hora, Haddad alertou sobre a necessidade de ações imediatas para evitar a deterioração econômica. Segundo o ministro, era crucial que o governo demonstrasse compromisso com o controle de despesas para tranquilizar o mercado e sustentar a economia, segundo relato feito pela jornalista Renata Agostini, em reportagem publicada no Globo.

Após o encontro inicial, Haddad teve mais duas reuniões com Lula ao longo do dia, culminando em uma decisão final no Palácio do Planalto. Durante esses encontros, o ministro e sua equipe propuseram um pacote de medidas, incluindo um corte de gastos de R$ 25 bilhões e maior rigor no controle fiscal. O documento, preparado com a colaboração de vários ministérios e ajustado após feedback da Casa Civil, foi apresentado ao presidente, que posteriormente expressou publicamente seu compromisso com a responsabilidade fiscal.

Ao fim do dia, Lula concordou com as medidas sugeridas e instruiu seus ministros a prepararem uma declaração conjunta à imprensa, reafirmando a postura fiscal responsável do governo. Este gesto marcou um ponto significativo na gestão de Haddad, reforçando o papel do Ministério da Fazenda no contexto econômico atual. Segundo a reportagem, Haddad teria vencido mais um round e a Fazenda teria sido "reempoderada".

Fonte: Brasil 247 com reportagem publicada no jornal O Globo

VÍDEO: PMs são investigados após prisão de defensor público e procurador no MT

 

Momento em que homem é abordado por PMs e defensor e procurador são presos. Foto: Reprodução

A Polícia Militar abriu uma sindicância para investigar a conduta de policiais militares durante uma abordagem na quarta-feira (3) em um bar de Cuiabá (MT), que culminou na prisão do defensor público André Rossignolo e do procurador do estado, Daniel Gomes. A Corregedoria-Geral da PM também está investigando o caso.

Vídeos gravados por testemunhas mostram um homem, vestido com camiseta preta e calça jeans, sendo segurado no chão pelos agentes, enquanto afirma não conseguir respirar. Em outro momento, o procurador, de camiseta preta e bermuda branca, aparece conversando com os policiais, quando é empurrado por um deles.

De acordo com a Defensoria Pública do estado, o defensor e o procurador estavam no bar com amigos quando um homem entrou no estabelecimento pedindo socorro. Em seguida, três PMs entraram no local e imobilizaram o homem. Segundo o boletim de ocorrência, os militares foram acionados porque o suspeito estava “causando tumulto no local e assediando mulheres”.

Ao presenciar a abordagem, o defensor decidiu gravar a ação com seu celular após considerar a atitude dos policiais violenta. O defensor se identificou como servidor do estado e tentou intervir, mas teve o celular apreendido pelos policiais. Em outro trecho do vídeo, ele aparece fora do bar, sendo algemado e colocado no camburão.

Veja o vídeo:


Fonte: DCM

Último a saber, Moraes se irrita com vazamento de indiciamento de Bolsonaro

 

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Carlos Moura/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se irritou com o vazamento da informação de que a Polícia Federal optou por indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 11 pessoas no caso das joias. Embora seja comum os furos jornalísticos, o relator do caso se incomodou por saber pela imprensa do relatório final da polícia antes mesmo de receber o documento, o que aconteceu só na sexta-feira (5), segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo.

A Polícia Federal explicou que houve um problema técnico no envio do relatório por e-mail na quinta-feira (4), devido ao grande tamanho do arquivo. Enquanto a imprensa já noticiava os indiciamentos por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, Moraes ainda não tinha recebido o documento.

“O gabinete do Ministro Alexandre de Moraes informa que, até o presente momento (18h00), os autos físicos e sigilosos da PET 11645 encontram-se na Polícia Federal, não tendo sido encaminhados ao Supremo Tribunal Federal qualquer pedido ou relatório”, informou o STF na noite de quinta-feira.

A entrega formal do relatório das joias sauditas ao STF ocorreu apenas na tarde de sexta-feira (5), após o ministro ordenar que o documento fosse encaminhado em versão impressa, devidamente registrado no protocolo da Corte. A distância entre a sede da PF e o STF, que é de cerca de 3,7 quilômetros, pode ser percorrida em 46 minutos a pé ou 9 minutos de carro.

O processo das joias é físico e sigiloso, mas o envio digital de relatórios e pareceres é possível se combinado com o gabinete do relator. Com a demora na entrega do relatório, Moraes só deve tomar qualquer decisão na próxima semana, incluindo a possibilidade de levantar o sigilo e autorizar o compartilhamento do documento com a defesa dos investigados.

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Moraes já sinalizou que pretende atuar com celeridade no caso, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) quer agir sem pressa para evitar acusações de atuação política. Caberá à PGR decidir se apresenta uma denúncia contra Bolsonaro. Os delitos atribuídos ao ex-presidente pela PF possuem penas que podem chegar a 32 anos. Se a denúncia for aceita pelo STF, o inelegível será colocado no banco dos réus.

Dentro da cúpula do Partido Liberal já é dado como certo que a PGR vai denunciar o ex-presidente pelos crimes apontados pela PF: peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Na próxima semana, o inquérito pode concluir o relatório de outra investigação preocupante para o entorno bolsonarista: a trama golpista que visava impedir a posse de Lula. Este desdobramento pode trazer ainda mais tensão para a defesa do ex-presidente e seu grupo político.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Flávio Bolsonaro acessou cofre que mantinha com Carluxo antes de pagar dois imóveis em dinheiro vivo

 

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Foto: reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acessou um cofre compartilhado com seu irmão Carlos Bolsonaro (PL-RJ) em uma agência do Banco do Brasil (BB) no Rio de Janeiro, um dia antes de efetuar o pagamento de R$ 638 mil em dinheiro vivo pela compra de dois apartamentos em 2012.

Os acessos ao cofre estão detalhados em um relatório do Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro e Corrupção do MP-RJ, obtido pela coluna de Juliana Dal Piva, do ICL Notícias, como parte da investigação do esquema de rachadinha no gabinete de Carluxo.

Vale destacar que a existência desse cofre em nome de Flávio Bolsonaro era desconhecida até mesmo para os promotores que investigaram seu esquema de rachadinha no MP-RJ.

Até então, acreditava-se que a movimentação de dinheiro vivo do esquema era responsabilidade exclusiva do ex-assessor Fabrício Queiroz. Flávio, no entanto, admitiu que guardava dinheiro em casa, aproximadamente R$ 30 mil.

Dados do cofre de Carlos e Flávio Bolsonaro. Foto: reprodução

Os imóveis

Entre as diversas aquisições de imóveis feitas com dinheiro vivo pelo filho “01” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a maior quantia identificada nas investigações do MP-RJ ocorreu em 27 de novembro de 2012.

Naquele dia, o parlamentar registrou em cartório a compra de duas quitinetes em Copacabana, negociadas com o americano Glenn Howard Dillard, procurador dos proprietários.

No dia anterior à finalização da compra, Flávio acessou o cofre do BB no centro do Rio de Janeiro, chegando às 10h25min e permanecendo até às 10h43. No cartório, Flávio declarou na escritura que o pagamento das quitinetes foi realizado em duas etapas.

Primeiro, foram pagos R$ 100 mil em dois cheques no dia 6 de novembro de 2012. Já no dia seguinte, foram entregues mais dois cheques, totalizando R$ 210 mil, completando o valor da venda na assinatura da escritura no cartório do Centro do Rio. O valor total declarado pela compra dos imóveis foi de R$ 310 mil.

Com a quebra do sigilo bancário de Flávio em 2019, a promotoria descobriu que, no mesmo dia da concretização do negócio, o vendedor também esteve em uma agência do HSBC no Centro do Rio, onde depositou os cheques recebidos do senador e sua esposa Fernanda, além de R$ 638,4 mil em dinheiro vivo.

Trecho dos autos da investigação do senador Flávio Bolsonaro. Foto: reprodução

Tanto Flávio quanto Fernanda e Dillard foram denunciados pelo MP-RJ por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O senador, entretanto, foi acusado de um desvio de R$ 6 milhões.

Flávio Bolsonaro afirmou em nota: “Mantive um cofre no Banco do Brasil por razões de segurança. Durante algum tempo, ele guardou itens pessoais e, posteriormente, deixou de ser necessário. Os pagamentos mencionados pela repórter não têm qualquer ligação com o cofre e estão registrados no cartório de imóveis”.

Fonte: DCM

Prefeitos correm para entregar obras antes do fim do prazo legal de inaugurações e divulgação de serviços públicos

 Eduardo Paes teve 25 ações de entrega ou divulgação de obras de 15 de junho até sexta-feira, mais de uma por dia


Prefeitos que têm o poder da máquina para as eleições municipais de outubro tiveram uma semana intensa, marcada por sucessivas entregas. A explicação está na lei eleitoral: esta sexta-feira (5) foi o último dia permitido para inauguração de obras ou divulgar a prestação de serviços públicos. Enquanto adversários apostam em outras estratégias, como a nacionalização do jogo local, candidatos à reeleição têm como principal ativo a exposição do que estão fazendo como gestores — mesmo que, em alguns casos, as entregas recentes envolvam apenas trechos de projetos em andamento.


De pequenos reparos a grandes obras de infraestrutura, os compromissos agora proibidos tomaram conta da rotina de Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo, Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro, e João Campos (PSB), no Recife. Com exceção de Nunes, todos despontam com confortável favoritismo nas pesquisas eleitorais.


“Estão conseguindo acompanhar o meu trabalho ou estão sem fôlego?”, brincou nas redes sociais o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), que teve mais de 30 agendas em cinco dias.


Empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (Psol) no levantamento do Datafolha divulgado sexta-feira, Nunes conta com as entregas como principal forma de se promover no momento. Nos últimos cinco dias, o emedebista inaugurou cinco unidades de saúde ou de pronto-atendimento, uma creche, duas Vilas Reencontro — casas temporárias para famílias em situação de rua —, além de novos trechos de faixas exclusivas para motos, a reforma de um terminal de ônibus e o SmartSampa, esperado desde fevereiro.


Se Boulos conta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para angariar eleitores, Nunes ainda não sabe quão presente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será na campanha. Segundo aliados do prefeito, é difícil contar com a “imprevisibilidade” de Bolsonaro. Em contrapartida, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) deve intensificar a participação em agendas conjuntas com o prefeito.


A campanha acirrada entre Nunes e Boulos chegou a ter até uma disputa pela “paternidade” de uma obra, a extensão da Linha 5 (Lilás) do metrô. Foram feitos dois eventos diferentes para anunciar o projeto — um com Tarcísio e Nunes, outro com Boulos e Lula.


A partir da próxima semana, Nunes vai se concentrar em visitar obras em andamento e participar mais de eventos partidários, além de trabalhar de forma mais assídua na construção do programa de governo, que é coordenado pelo ex-governador tucano Rodrigo Garcia, hoje sem partido. O prefeito deve fazer um grande evento com pré-candidatos a vereadores. Também nas próximas semanas, o coronel Ricardo Mello Araújo, vice na chapa do emedebista, tende a começar a se envolver mais na campanha.


As 25 entregas de Paes


Eduardo Paes teve 25 ações de entrega ou divulgação de obras de 15 de junho até sexta-feira — mais de uma por dia. No último dia permitido, concentrou-se sobretudo em Campo Grande, bairro mais populoso do país, na Zona Oeste da cidade.


Lá, Paes inaugurou trechos de projetos rodoviários, como um mergulhão com 400 metros de extensão. Essa entrega é apenas uma das nove frentes do projeto, que inclui ainda a construção de túneis e a duplicação de várias vias. O chamado Anel Viário de Campo Grande só deve ficar totalmente pronto no fim de 2025.


Paes anunciou outros projetos, como o início da restauração da antiga Estação Leopoldina, a reforma de São Januário e a nova Bolsa de Valores a ser instalada na cidade.


Com 53% das intenções de voto no Datafolha — os demais candidatos não chegam aos dois dígitos —, o prefeito tem o apoio do presidente Lula, mas não pretende nacionalizar a eleição. Ao contrário: esta é a principal arma de Alexandre Ramagem (PL), que precisa se associar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para crescer nas pesquisas e chegar perto de Paes.


Os anúncios constantes de projetos da prefeitura, portanto, são o grande trunfo do prefeito. Nas inserções partidárias às quais o PSD teve direito há poucas semanas, o discurso de Paes se concentrou em dizer que o Rio estava longe de ser perfeito, mas caminha na direção certa.


Também favorito e pouco afeito à nacionalização da disputa, Bruno Reis promoveu 30 agendas em Salvador com entregas ou anúncios nos últimos cinco dias, numa média de seis por dia. Teve abertura de espaço para a prática de capoeira, hospital, moradias e restaurantes populares, por exemplo.


Representante do carlismo, cultura política iniciada pelo ex-governador baiano Antônio Carlos Magalhães, Reis é o sucessor de ACM Neto, herdeiro político e familiar do antigo cacique. Salvador desponta como uma fortaleza inexorável do carlismo, dado que o PT, apesar da força superlativa na Bahia, nunca conquistou a prefeitura da capital. O partido de Lula, inclusive, sequer vai lançar candidatura própria na cidade este ano. Optou por apoiar Geraldo Júnior, do MDB.


Com 75% das intenções de voto no Datafolha, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), também passou a semana anunciando entregas. Foram 21 compromissos classificados como “inauguração” ou “entrega” na agenda do prefeito.


Com a linguagem moderna que fez o prefeito de 30 anos se tornar o mais seguido do país no Instagram, ele compartilhou compromissos que vão desde a abertura de uma simples academia pública até a inauguração de uma escola, passando por um hotel.


Assim como Paes no Rio, Campos tem o apoio de Lula, mas não depende dele para consolidar o favoritismo na eleição. Por lá, a exemplo do carioca, evita ceder a vice ao PT, apesar de encaminhar a entrada do partido na aliança de reeleição.


O calendário de inaugurações também marcou a semana de prefeitos como Sarto (PDT), em Fortaleza. Já no caso de outra capital populosa, a mineira Belo Horizonte, a semana de Fuad Noman (PSD), outro que busca a reeleição, foi marcada por menor presença nas ruas e por um anúncio triste: a revelação de um câncer. O mineiro, contudo, disse que seguirá na disputa eleitoral.


Fonte: Agenda de Poder com informações de O Globo.



Balneário Camboriú se torna refúgio da direita brasileira e recebe para conferência neste fim de semana Bolsonaro e Milei

 O Conservative Political Action Conference (CPAC) Brasil, em sua quarta edição, já teve encontros em Campinas, em 2019, Brasília e Belo Horizonte


Entre os arranha-céus e a faixa de areia artificialmente alargada da Praia Central, a extrema-direita ganha força em Balneário Camboriú (SC). A cidade se tornou um refúgio para conservadores brasileiros, que se sentiam retraídos após a vitória de Lula em 2022 e as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.


Neste fim de semana, Balneário recebe o evento Conservative Political Action Conference (CPAC) Brasil. Importado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) dos Estados Unidos, o evento contará com figuras conhecidas da extrema-direita, incluindo Jair Bolsonaro, o presidente da Argentina, Javier Milei, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o ex-candidato à presidência do Chile, José António Kast.


Desde a primeira edição nacional em 2019, em São Paulo, o CPAC já foi realizado em Campinas, Brasília e Belo Horizonte. Em 2024, é a vez de Balneário Camboriú, onde Bolsonaro obteve 74,5% dos votos válidos nas eleições de 2022 e onde seu filho, Jair Renan Bolsonaro, é pré-candidato a vereador.


Conhecido como “04”, Jair Renan deve usar o evento para impulsionar sua candidatura. Ele trabalhava como auxiliar parlamentar no gabinete do senador Jorge Seif (PL-SC). Em março deste ano, tornou-se réu por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. Em nota, sua defesa afirmou que ele foi vítima de um golpe e que tudo será esclarecido durante o processo.


Além do pré-candidato a vereador, o governador Jorginho Mello (PL) e o prefeito de Balneário, Fabrício Oliveira (PL), serão palestrantes no evento. Oliveira, em seu segundo mandato, deve apoiar o pré-candidato do PL na cidade, Peeter Grando.


Dubai brasileira


O turismo em Balneário Camboriú cresceu mais de 25% no último verão, impulsionado por posts nas redes sociais mostrando pontos “instagramáveis” e carros de luxo. Em janeiro, a cidade registrou o metro quadrado mais caro para venda residencial no Brasil, segundo o FipeZap. Apelidada de “Dubai brasileira”, a cidade tem uma paisagem dominada por arranha-céus, especialmente na orla da Praia Central, cuja faixa de areia foi alargada de 25 para 70 metros para mitigar a sombra dos edifícios.

As obras de alargamento começaram em março de 2021 e foram concluídas no mesmo ano. Menos de dois anos depois, um trecho foi engolido pelo mar, com erosão em uma área de cerca de 200 metros na Barra Sul. Essa parte recebeu um alargamento maior, chegando a 180 metros, mas diminuiu para 110 metros após o avanço do mar.


Apesar disso, os prédios continuam a crescer. Balneário Camboriú tem os dez edifícios mais altos do Brasil, segundo levantamento de abril pelo especialista em mercado imobiliário Renato Monteiro, na plataforma global Skyscraper Center. O Triumph Tower, ainda em lançamento, será o maior edifício da América Latina, com mais de 500 metros de altura.


A cidade também é famosa pela vida noturna agitada. Segundo a revista DJ Mag, a boate Greenvalley, em Balneário Camboriú, é a segunda melhor balada de música eletrônica do mundo. A cidade oferece diversas opções de baladas para todos os gostos musicais — eletrônico, pop, sertanejo ou rock. O Taj Bar, um dos bares mais conhecidos do Brasil, com uma filial em Assunção, no Paraguai, é um dos favoritos de turistas e moradores. O Infarta BC, outro local popular, oferece música ao vivo e comidas de boteco.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

"Sempre que se tenta fazer política social, dizem que se gasta demais", diz Lula

 

Lula tem se recusado a fazer o ajuste sobre as pessoas mais pobres do país

Lula inaugura campus universitário (Foto: Ricardo Stuckert)

Reuters – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou nesta sexta-feira que toda vez que se tenta fazer política social no Brasil há quem alegue que o país já gasta demais, defendendo que o governo deve promover oportunidades para toda a população.

"Nesse país, toda vez que se tenta fazer política social, aparece alguém dizendo 'gasta demais'", disse Lula durante discurso em campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em Osasco.

O presidente também assegurou que o país não quebrará em seu governo pois ele tem "responsabilidade".

Nas últimas semanas, o governo tem sofrido uma pressão cada vez maior para anunciar medidas concretas de redução dos gastos públicos que permitam o cumprimento da meta de déficit zero neste ano, com o mercado na expectativa.

Lula tem se recusado a apresentar detalhes sobre como pretende cumprir a meta fiscal, dizendo apenas que não pretende fazer o ajuste sobre as pessoas mais pobres do país.

Somado às falas sobre o cenário fiscal, críticas recentes do presidente à condução da política monetária pelo Banco Central têm gerado pressão sobre os ativos brasileiros. Na terça-feira, o dólar atingiu o maior valor de fechamento desde janeiro de 2022, em 5,6665 reais.

Lula, de 78 anos, criticou comentaristas políticos que afirmar que ele "fala demais" e rejeitou comparações com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de 81 anos, que tem sido questionado sobre sua capacidade para exercer o cargo após um desempenho ruim em um debate na semana passada.

"Todos que acham que eu estou cansado, eu convido a fazer uma agenda comigo durante o meu mandato", afirmou.

Apesar do tom das declarações desta sexta-feira, Lula tem amenizado seus comentários nos últimos dias, reafirmando o compromisso fiscal do governo e deixando de criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a dizer na quarta-feira que Lula exigiu o cumprimento do arcabouço fiscal a qualquer custo, anunciando que o governo pode fazer cortes de despesas obrigatórias no valor de 25,9 bilhões de reais para o próximo ano.

Também presente na cerimônia em que Lula discursou, Haddad disse, em sua fala, ter certeza que o presidente fará um ótimo terceiro mandato na Presidência ao aliar responsabilidade social, responsabilidade ambiental e responsabilidade com as contas públicas.

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

Catástrofe Milei faz consumo de carne bovina na Argentina cair abaixo dos níveis de 1914

 

Consumo retrocedeu mais de 100 anos desde que o neofascista chegou ao poder

Javier Milei e repressão policial na Argentina (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

O consumo de carne bovina na Argentina está projetado para atingir uma mínima histórica em 2024, com uma estimativa de 44,8 kg per capita. Esta marca é a menor desde o início dos registros em 1914, conforme relatado pela Bolsa de Comércio de Rosário em um relatório de mercado divulgado na última sexta-feira (5), de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo. O cenário econômico desafiador na Argentina, marcado por inflação de três dígitos e recessão, tem levado a população a optar por alternativas mais acessíveis, como frango e carne de porco. Segundo o relatório, em 2024, quase 2 kg de carnes alternativas poderão ser comprados pelo preço de 1 kg de carne bovina.

A economia argentina sofre com o aumento da pobreza e do desemprego, desafios que foram exacerbados pelas medidas de austeridade implementadas pelo governo do presidente neofascista Javier Milei. Desde sua posse em dezembro, Milei revogou o congelamento dos preços da carne bovina que havia sido imposto pelo governo anterior. Esta decisão é parte de um contexto em que o consumo de carne no país deverá diminuir 9% em relação ao ano anterior, alcançando o menor nível desde 2011.

Adicionalmente, a redução no consumo interno tem impulsionado os produtores a focar mais nas exportações. Um relatório separado da Bolsa de Comércio de Rosário indica que os volumes de exportação de carne bovina de janeiro a maio deste ano cresceram 10% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Fonte: Brasil 247

Extrema direita francesa não conquistará maioria no Parlamento, aponta pesquisa

 

Resultado eleitoral poderá levar a França a um período de incerteza política

Marine Le Pen e Jordan Bardella: seu partido de extrema direita pode sair em primeiro lugar, mas sem maioria absoluta (Foto: REUTERS - CHRISTIAN HARTMANN)

Pesquisas divulgadas na sexta-feira (5) na França apontam que a extrema direita não conquistará as 289 cadeiras necessárias para formar maioria no Parlamento, informa a Reuters. 

Uma pesquisa OpinionWay para o jornal de negócios francês "Les Echos" projetou o Reunião Nacional (RN), de extrema direita, ganhando 205-230 assentos, à frente da Frente Popular de Esquerda (NFP) com 145-175 assentos, e o bloco do presidente Emmanuel Macron com 130-162 assentos.

Uma pesquisa Ipsos previu que o RN conseguiria 175-205 assentos e os pesquisadores da Ifop deram uma estimativa de 170-210.

Se obtiver a maioria absoluta, o partido Reunião Nacional (RN) indicaria Jordan Bardella para se tornar primeiro-ministro, o que obrigaria o presidente Emmanuel Macron a governar com a extrema direita, que colocaria a França numa situação chamada de "coabitação".

Especialistas são céticos com os resultados porque avaliam que nem todos os eleitores compareçam no primeiro turno, o que torna o resultado incerto. Assim, partidos de todos os espectros políticos pediram aos eleitores franceses que vão votar no segundo turno do pleito, neste domingo (7), já que as pesquisas de opinião preveem que a extrema direita seria o maior partido, mas não conseguiria a maioria absoluta. 

Muita incerteza permanece, inclusive se os eleitores apoiarão esses esforços para bloquear o RN, dizem os pesquisadores.

"O grande desconhecido é o tamanho da frente republicana.
 Um eleitor de esquerda votará em um candidato de direita ou em um candidato do campo de Macron?", questionou o pesquisador da IFOP Jerome Fourquet à rádio "RMC". "Tanto estava no ar que uma aliança de esquerda ultrapassando o RN não poderia ser completamente descartada no final", completou Fourquet. 

Se a votação estiver em linha com as últimas pesquisas, a eleição resultará em um parlamento suspenso. Com isso, as opções incluiriam tentar formar uma coalizão de governo; um partido administrando um governo minoritário; ou nomear um governo interino que tentaria fazer acordos sobre cada proposta legislativa.

Qualquer um desses cenários provavelmente significaria incerteza política e obstrução da formulação de políticas.

Fonte: Brasil 247

CUT apresenta projeto estratégico para a defesa da Previdência Social

 

Sindicalistas se contrapõem à ofensiva do capital financeiro

Sindicalistas debatem sobre plano para a Previdência Social (Foto: Tiago Matias-CUT)

Os ataques do mercado financeiro que vêm sendo feitos para que o governo federal corte investimentos que beneficiam a população em geral, seja a classe média, sejam os mais pobres, como as aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), são um dos motivos que o trabalhador e a trabalhadora têm para defender os direitos contidos na Previdência Social.

Diante da gana dos especuladores financeiros que querem pôr as mãos no cofre previdenciário, a CUT Nacional, por meio de sua Secretaria de Pessoas Aposentadas, Pensionistas e Idosas, está debatendo o projeto “Em defesa da Previdência: estratégias para a CUT Nacional”, em parceria com o ex-ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini.

A apresentação reuniu dirigentes sindicais, de ramos e de confederações na quinta-feira (4), na sede da CUT Nacional em São Paulo. A ideia é realizar um processo de formação de dirigentes de modo que cada entidade de base tenha uma pessoa capacitada para debater o tema da Previdência com profundidade.

O secretário da pasta de Pessoas Aposentadas, Pensionistas e Idosas, Ari Aloraldo do Nascimento, ressaltou a importância desse debate para definir as estratégias que precisam ser tomadas pelos sindicatos e ramos filiados à CUT em defesa da Previdência Social.

“A Previdência abarca os trabalhadores inativos e os ativos, e precisamos dar um olhar mais aprofundado sobre esses direitos. Precisamos assumir o compromisso não só político, mas também o de ajudar a colocar em pé o projeto. Já iniciamos um diálogo com os vários ramos do ponto de vista do comprometimento para pôr a proposta em prática” , afirmou.

O ex-ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini lembrou que muitos sindicatos já têm um especialista, e os que ainda não têm, precisam ter porque no ano que vem virão novos ataques contra os direitos dos trabalhadores. Por isso ,que é importante ter um processo de mobilização de formação, ou seja, criar um coletivo de dirigentes capacitados em técnicas de mobilização.

Nosso objetivo é fortalecer a capacidade de liderança e gestão estratégica do sindicato, promover a compreensão dos direitos trabalhistas, reforçar o conhecimento e fomentar o debate sobre esse tema, afirmou o ex-ministro

A vice-presidenta da CUT Nacional, Juvandia Moreira, defendeu que este é um tema importante que precisa de um mapeamento e da atuação mais forte dos sindicatos.

“Não podemos esperar tanto tempo para começar esse trabalho. É preciso entender e pegar experiências que sejam boas para a gente também socializar os debates que têm Brasil afora. Mas, também nós podemos elaborar experiências que possam ser implementadas e acompanhadas pelos sindicatos nessa base para que eles também tenham mais uma ação com essa população”, orientou.

Fonte: Brasil 247