"A Argentina tem um presidente que é vagabundo, que em vez de cuidar dos problemas da Argentina quer se meter num outro país, atacar um outro país", disse o senador
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
[Fonte: Agência Sebrae]
Jair Bolsonaro durante passagem por São João do Araguaia, Pará – Foto: Reprodução
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi recebido com gritos de “cadê o dinheiro das joias?” ao visitar São João do Araguaia, no Pará. A ação ocorre em meio às investigações sobre a venda ilegal das joias sauditas recebidas pelo inelegível durante sua gestão.
Bolsonaro está em atividade política no Pará desde o domingo (30). Primeiro, ele passou por Belém, onde declarou apoio ao pré-candidato à Prefeitura da capital, deputado Éder Mauro (PL), conhecido por promover confusões e bate-bocas no Congresso. Na segunda-feira (1), foi recebido por apoiadores em Marabá, onde ajudou a lançar a pré-candidatura do Delegado Toni Cunha (PL) à prefeitura local.
O evento de domingo flopou e teve baixa participação de apoiadores do ex-presidente. Vídeos compartilhados no X mostram o local esvaziado, com pouca participação popular. A expectativa de grande apoio não se concretizou, gerando constrangimento para os organizadores.
Além da baixa adesão, os apoiadores presentes ainda protagonizaram brigas entre si, tornando o evento ainda mais caótico. As imagens circulam nas redes sociais.
Além das confusões, o ex-presidente disse que ficou “retido” na rodovia PA-275, perto de Parauapebas, no Pará, na manhã de terça-feira (2).
Bolsonaro culpou o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) pela ação em questão. O MST, por sua vez, negou a autoria do ato, alegando que a manifestação foi organizada pela Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) do Pará.
“Estou retido na rodovia PA-275, próximo a Parauapebas. Bloqueio do MST para impedir minha entrada na cidade”, disse ele ao Metrópoles.
Segundo Bolsonaro, os manifestantes atearam fogo em objetos na pista, o que levou à intervenção da polícia e dos bombeiros, que conseguiram desbloquear a rodovia.
Fonte: DCM
Cigarro de maconha. Foto: Getty Images
Deputados estaduais de Santa Catarina reagiram à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e aprovaram um projeto de lei contra o uso da droga no estado. A medida estabelece multa para quem for pego com a substância em espaços públicos.
O texto impõe uma cobrança de um salário mínimo (R$ 1.412) para quem for pego portando ou consumindo drogas ilícitas. O projeto será enviado para a análise e sanção do governador bolsonarista Jorginho Mello (PL), que pode vetá-lo.
A decisão do Supremo ainda proíbe a conduta, mas a define como infração administrativa, com sanções como advertência sobre o efeito das drogas e obrigação de frequentar cursos educativos. O entendimento da Corte não estabelece uma multa a usuários.
Santa Catarina é o estado mais bolsonarista da região Sul do país, com 62,21% dos votos no ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Na ocasião, 55,26% dos eleitores do Paraná votaram no então candidato à reeleição e no Rio Grande do Sul, o número foi de 49,89%.
Fonte: DCM
Joe Biden, presidente dos EUA. Foto: Elizabeth Frantz/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, indicou a aliados políticos que não desistirá da campanha à reeleição, contrariando uma informação do “The New York Times” de que ele estaria considerando a desistência do pleito. Segundo a NBC News, nesta quarta-feira (3), ele reafirmou seu compromisso de continuar na corrida presidencial, destacando sua determinação em vencer.
“Deixe-me dizer isso da maneira mais clara possível, da maneira mais simples e direta que eu puder: eu vou concorrer”, disse na reunião com aliados, conforme relatado por um oficial da campanha. “Ninguém vai me forçar a sair”, acrescentou o presidente. “Eu não vou sair. Estou nessa corrida até o fim, e vamos vencer”.
A Secretária de Imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, reforçou a mensagem de Biden em uma coletiva de imprensa, afirmando que o presidente “absolutamente não” está considerando desistir da candidatura. Em uma reunião virtual com governadores democratas, Biden também buscou fortalecer o apoio dentro do partido e discutir estratégias de campanha.
A chamada de toda a equipe de campanha foi organizada por Jen O’Malley Dillon, presidente da campanha de Biden, e Julie Chávez Rodriguez, gerente da campanha. A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, também participou do encontro, expressando seu apoio ao presidente: “Nós não vamos recuar. Seguiremos a liderança do nosso presidente. Vamos lutar, e vamos vencer”.
Mais cedo, fontes próximas a Biden relataram ao “The New York Times” que o presidente teria dúvidas sobre sua capacidade de se recuperar após um desempenho decepcionante no primeiro debate contra o ex-presidente Donald Trump. A Bloomberg também publicou que um grupo de deputados democratas estaria considerando redigir uma carta conjunta pedindo que Biden desista da disputa.
Uma pesquisa realizada pela Reuters/Ipsos revelou que um em cada três eleitores democratas acredita que Biden deveria desistir da candidatura. A mesma pesquisa indicou que Michelle Obama seria a única capaz de vencer Trump em um confronto hipotético, entre os nomes considerados para substituir Biden.
Mesmo diante dessas pressões, Biden enfatizou a importância da unidade do partido: “Quando os democratas se unem, nós sempre vencemos. Assim como vencemos Donald Trump em 2020, vamos vencê-lo novamente em 2024”.
O Chefe de Gabinete da Casa Branca, Jeff Zients, também incentivou a equipe a “realizar as tarefas,” “manter a cabeça erguida” e “executar a agenda do presidente,” reforçando a necessidade de disciplina e foco, independentemente das distrações externas.
Fonte: DCM
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Foto: Renan Olaz/CMRJ
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) usou um plano de saúde e só pagou um boleto do serviço por conta própria após nove anos. O Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro e Corrupção do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) suspeita que os valores foram pagos em espécie com dinheiro oriundo de rachadinha. A informação é da coluna de Juliana Dal Piva no ICL Notícias.
Segundo a investigação, Carlos teve contratos ativos com a Qualicorp entre 2011 e 2015 e com a Unimed, entre 2015 e 2020. O único pagamento registrado pelo vereador, em dezembro de 2014, foi de uma fatura de R$ 545,97 da primeira empresa.
Diante da suspeita de crime, peritos do MP sugeriram que o promotor responsável pela investigação notifique a Qualicorp e a Unimed e questionem se Carlos “possuiu de fato vínculo contratual de plano privado de saúde com as respectivas pessoas jurídicas”.
Os membros do órgão ainda pedem que sejam solicitadas informações como “o período contratual, as datas dos pagamentos, os valores pagos mensalmente e o banco responsável pela emissão dos boletos”.
O MP identificou que o chefe de gabinete de Carlos, Jorge Luiz Fernandes, pagava sistematicamente as despesas pessoais dele. A investigação encontrou um depósito da esposa do servidor, Regina Celia Sobral Fernandes, para a Unimed no valor de R$ 954,48 em novembro de 2018.
Além de pagamentos como plano de saúde, Carlos também terceirizou a escola das filhas e prestações de 12 salas comerciais, quitando R$ 297 mil da compra dos imóveis sem registrar nenhum depósito em sua conta bancária.
Os dados fazem parte de um relatório do setor do MP que apura peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete do vereador. O documento foi produzido em agosto de 2023 após a 1 Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) autorizar a quebra de sigilos fiscal e bancário de Carlos e seus assessores.
Fonte: DCM com informações da jornalista Julina Dal Piva, no ICL Notícias
Este artigo explora o cenário eleitoral de 2026, com um foco particular na estratégia de Bolsonaro e suas implicações para o futuro político do Brasil.
* Paulo Baía
Introdução
As eleições presidenciais no Brasil de 2026 prometem ser um evento crucial na história política do país, refletindo não apenas o estado atual das forças políticas, mas também o impacto duradouro dos últimos anos de intensa polarização. Jair Bolsonaro, ex-presidente, está no centro desse furacão político, conduzindo uma campanha frenética, apesar das controvérsias jurídicas que ameaçam sua elegibilidade. Este artigo explora o cenário eleitoral de 2026, com um foco particular na estratégia de Bolsonaro e suas implicações para o futuro político do Brasil.
A Campanha de Jair Bolsonaro: uma reprise de 2018?
Em 2026, Jair Bolsonaro parece estar repetindo a estratégia que Luiz Inácio Lula da Silva adotou em 2018, quando o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores continuou sua campanha presidencial mesmo diante de incertezas jurídicas. Bolsonaro está em uma peregrinação pelo país, realizando ações rápidas de campanha, mesmo com a possibilidade de ser declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A comparação com Lula é inevitável, e muitos analistas políticos veem nessa estratégia uma tentativa de manter a relevância e mobilizar sua base eleitoral.
A Elite Paulista e a Grande Imprensa: Tarcísio de Freitas em Cena
Enquanto Bolsonaro luta por sua elegibilidade, a elite do Estado de São Paulo e a grande imprensa promovem Tarcísio de Freitas como o candidato dos bolsonaristas. Freitas, que atualmente é governador de São Paulo, tem sido visto como uma figura palatável para setores moderados e a mídia tradicional. No entanto, a campanha de Bolsonaro e seus aliados não parece disposta a ceder esse terreno sem luta.
Flávio Bolsonaro: o herdeiro político?
Se Jair Bolsonaro for efetivamente impedido de concorrer, muitos acreditam que ele não apoiará Tarcísio de Freitas, mas sim seu filho, Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro. Flávio tem atuado discretamente como pré-candidato, defendendo enfaticamente a candidatura de seu pai e mantendo-se como uma figura-chave dentro do bolsonarismo. Em uma recente entrevista ao jornalista Ricardo Bruno no programa “Jogo do Poder” da CNT, Flávio reiterou seu apoio a Jair Bolsonaro, mas também deixou claro que está pronto para assumir o bastão se necessário.
A Estratégia dos Bolsonaro: calcificação social e polarização
A estratégia dos Bolsonaro é clara: manter a base fiel e evitar qualquer abrandamento que possa diluir a “calcificação social” que alimenta a polarização política no Brasil. Jair Bolsonaro e seus filhos são conhecidos por sua abordagem implacável e não estão interessados em candidaturas palatáveis para a grande imprensa. A escolha de Flávio como sucessor potencial é um movimento que visa manter a coesão do bolsonarismo, evitando divisões internas e garantindo que a linha dura continue a ser representada.
O Cenário Político de 2026
O cenário político para 2026 é complexo e multifacetado. De um lado, temos a continuação da polarização entre bolsonaristas e setores progressistas, representados principalmente pelo Partido dos Trabalhadores e seus aliados. De outro, há um campo de centro-direita buscando se afirmar como uma alternativa viável para eleitores moderados.
A Base Eleitoral de Bolsonaro
A base eleitoral de Jair Bolsonaro permanece significativa, composta principalmente por conservadores, evangélicos, religiosos de diferentes matrizes e setores que veem em Bolsonaro uma defesa contra a corrupção e a criminalidade. Essa base está profundamente enraizada em valores tradicionais e vê na família Bolsonaro uma continuidade desses princípios.
A Influência da Mídia e da Elite Econômica
A elite econômica e a grande imprensa têm um papel crucial em moldar a percepção pública e podem influenciar consideravelmente o resultado das eleições. Tarcísio de Freitas, com sua postura mais moderada, é visto como um candidato que poderia atrair um eleitorado mais amplo, mas enfrenta o desafio de conquistar a base bolsonarista sem o apoio explícito de Jair Bolsonaro.
Conclusão
As eleições presidenciais de 2026 no Brasil serão um verdadeiro teste para a democracia brasileira, refletindo os desafios e tensões que caracterizam o cenário político atual. Jair Bolsonaro, mesmo diante de obstáculos jurídicos, continua a ser uma força central, influenciando diretamente a dinâmica eleitoral. Seja ele próprio candidato ou não, o impacto de sua figura e de sua família será indiscutível. Flávio Bolsonaro emerge como uma figura-chave, pronta para assumir o manto do bolsonarismo e continuar a luta política iniciada por seu pai.
Em suma, 2026 será um ano decisivo para o Brasil, com implicações profundas para o futuro político e social do país. As estratégias adotadas, as alianças formadas e as batalhas jurídicas travadas ao longo dos próximos meses definirão o rumo que o Brasil tomará na próxima década.
*Sociólogo, cientista político e professor da UFRJ
Fonte: Agenda do Poder
Em Pequim, presidente do Supremo diz que a discussão hoje é se o Marco Civil prevê responsabilização “suficiente” dessas empresas
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, afirmou na quarta (3) que pretende pautar para este semestre a ampliação da responsabilidade das plataformas digitais pelo conteúdo que veiculam no Brasil. Ele está em Pequim a convite do Supremo Tribunal Popular da China, numa visita com foco em questões de tecnologia.
Barroso disse estar só esperando o sinal verde dos relatores de dois casos, os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. “Assim que eles liberarem para julgamento, eu vou pautar.” São dois processos que abordam o Marco Civil da Internet, como é conhecida a lei 12.965, de 2014, que disciplinou o uso da internet no país.
“O Marco Civil prevê que as plataformas só são responsabilizáveis se, após decisão judicial, elas não removerem conteúdo”, disse Barroso. “Era uma norma que eu considero positiva, para quando ela foi editada. Mas hoje se discute se é suficiente ou se é preciso haver outras exceções em que as plataformas devam remover conteúdo. Essa é a discussão que vai ser travada.”
O presidente do Supremo acrescentou que será dada atenção também, no semestre, à “epidemia de litigiosidade” que ele identifica no país. Prevê esforços na área trabalhista, “para que o empresário tenha motivação de empregar mais gente e formalizar”, e no transporte aéreo, adiantando que “não se pensa em descartar a presença do advogado, mas torná-lo, em muitos casos, antes um negociador do que um litigante”.
Barroso foi convidado a visitar a China, com programação negociada entre Pequim e sua equipe, após receber em maio o presidente do Supremo chinês no Rio de Janeiro para o chamado J20 — que contou com delegações de todos os membros do G20, grupo que reúne países ricos e em desenvolvimento, presidido neste ano pelo Brasil.
Um dos temas do J20 foi inteligência artificial, também central agora, na viagem. O ministro participa da conferência sobre governança de IA que acontece a partir desta quinta, em Xangai. “Algum grau de regulação de inteligência artificial é imprescindível”, diz ele, acrescentando que é um debate que, no Brasil, está com o Congresso.
“Eu, para falar a verdade, estou mais preocupado em ferramentas de inteligência artificial que possam aprimorar a eficiência do Judiciário”, diz. “Temos interagido com as Big Techs, Google, Microsoft, Amazon, e viemos saber o que eles estão fazendo aqui. Pretendo ter reuniões do meu pessoal de tecnologia da informação no Brasil com os deles aqui.”
Diz estar em busca de duas ferramentas em especial. “Para já, é uma de pesquisa de precedentes. O Brasil mudou um pouco seu sistema jurídico, se aproximou do modelo anglo-saxão em que os precedentes são vinculantes. Mas nós decidimos em grande volume no Brasil, então precisamos de uma ferramenta que ajude a localizar esses precedentes.”
Diz que já existe um projeto com a Microsoft, no Paraná, “mas custa muito caro e, portanto, se alguém oferecer uma alternativa mais barata, vou considerar”. Em Xangai, além da conferência, deve visitar ao menos uma empresa de tecnologia.
A outra ferramenta que Barroso busca, “para o futuro”, envolve IA no preparo das decisões. “As pessoas ainda torcem um pouco o nariz, mas é inevitável você ter um primeiro rascunho da decisão, em algumas matérias, feito por inteligência artificial”, diz. “Nos casos repetitivos, pode ser uma excelente solução, sempre sob supervisão judicial.”
Já está em “teste de conceito” no Supremo uma ferramenta de IA para sintetizar processos. “Chega um com 20 volumes e você tem um programa que é capaz de ler aquele material todo, destacar o que é mais importante e fazer o resumo”, diz. Não soube precisar de qual empresa, mas respondeu que foi resultado de chamada pública com duas dezenas de participantes, inclusive as Big Techs estadunidenses.
Em sua primeira viagem à China, Barroso buscou delimitar o que busca no país: “Do ponto de vista político, são modelos muito diferentes. Portanto, aprender no sentido de aumentar meu nível de conhecimento é bom. No sentido de transplantar ideias políticas, não. É um outro mundo. E eu também não vim aqui para julgar. Vim aqui para conviver e aprender um pouco”.
Segundo relato fornecido pelo próprio órgão, o presidente do Supremo Tribunal Popular, Zhang Jun, na conversa com Barroso, defendeu “promover a integração profunda de conquistas de inovação tecnológica, como ‘big data’ e inteligência artificial, com o trabalho judicial”. E que a tecnologia já vem “servindo juízes no tratamento de casos, melhorando a qualidade e a eficiência dos julgamentos” no país.
“Esperamos aprender com o Brasil e fortalecer a cooperação prática”, encerrou Zhang.
Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.