Senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) criticou nesta terça-feira
(18) o debate realizado no plenário do Senado sobre o aborto. A parlamentar
desafiou a contadora de histórias, que encenou um feto na segunda-feira (17), a
também encenar uma mulher sendo estuprada.
“Eu queria até o telefone, o contato daquela senhora que
esteve aqui ontem, encenando aquilo que nós vimos. Sabe por quê? Porque eu
quero ver ela encenando a filha, a neta, a mãe, a avó, a esposa de um
parlamentar sendo estuprada”, disse a senadora.
“Eu quero que ela faça a encenação do estupro agora. Por
que não? Se encenaram um homicídio aqui ontem, que encenem o estupro”,
completou.
Thronicke afirmou que é contra o aborto, defendendo que
a vida começa na concepção, mas destacou que o Estado é laico e que o aborto é
legal no Brasil em três situações: em caso de estupro, de anencefalia fetal ou
de risco de morte à gestante.
“A bancada feminina [do Senado] é a favor da vida e o aborto é proibido
no nosso país, com três exceções dificílimas: o feto anencéfalo, risco de morte
da mãe e o estupro. E não é obrigada a abortar quem foi estuprada e por acaso
engravidou. Vai quem quer, de acordo com a sua fé, com a sua consciência. Por
quê? Porque o Estado é laico”, declarou.
O Projeto de Lei 1904/24, conhecido como PL do
antiaborto, equipara o aborto realizado após a 22ª semana de gestação ao crime
de homicídio simples.
Durante a sessão organizada pelo senador Eduardo Girão
(Novo-CE), Nyedja Gennari encenou um feto gritando durante o procedimento de
assistolia fetal. “Não! Quero continuar vivo”, gritou a contadora de histórias.
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – Reprodução/Agência Brasil
A crítica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do
Banco Central, Roberto Campos Neto, abriu caminho para que o PT amplie sua
ofensiva. Gleisi Hoffmann, presidente do partido, protocolou uma ação popular
na Justiça do Distrito Federal contra ele e planeja uma live com o presidente
do IBGE, Marcio Pochmann, após a decisão do Comitê de Política Monetária
(Copom) sobre a taxa básica de juros.
Jilmar Tatto, secretário de Comunicação do PT, pediu a
saída antecipada de Campos Neto em declaração enviada ao Estadão: “Ele está
politizando demais o Banco Central. Nós vamos para cima”.
O mercado financeiro espera que o Copom mantenha a Selic em 10,50%, o
que está deixando a sigla insatisfeita. Membros do Partido dos Trabalhadores
acusam o economista de provocar deliberadamente divisões no Copom, visando
agora forçar uma unidade no colegiado.
Rui Falcão, ex-presidente do PT e deputado federal (SP),
criticou Campos Neto por usar uma camiseta da seleção brasileira ao votar em
2022. “Ele é partidário, bolsonarista e um lambe-botas do Tarcísio”, declarou.
A participação do presidente do BC em um jantar promovido por Tarcísio de
Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, também irritou Lula e seus
aliados.
Na ação popular, Gleisi Hoffmann solicita que Campos Neto se “abstenha
de fazer novos pronunciamentos de natureza político-partidárias” e que seja
obrigado a manter a imparcialidade exigida ao cargo de presidente do Banco
Central.
A presidente do PT também realizará uma live com Marcio
Pochmann para falar sobre a atual política monetária, que estaria prejudicando
a economia brasileira. Em outra frente, o partido tenta mobilizar o
agronegócio, tradicionalmente associado ao bolsonarismo, contra Campos Neto.
“A manutenção dos juros altos prejudica a agricultura,
porque com isso o governo precisa entrar com uma subvenção alta. Então,
precisamos deixar claro como esses juros prejudicam o Plano Safra e os
agricultores”, afirmou Bohn Gass, deputado federal (PT-RS).
Na quinta-feira (20) Lula viajará o Ceará e depois para Rio Grande do Norte e Mato Grosso para inaugurar unidades do Minha Casa, Minha Vida
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará nesta quarta-feira (19) da cerimônia de posse da nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no Rio de Janeiro. O evento acontecerá às 15h30 no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes).
Ainda no Rio de Janeiro, Lula participará da cerimônia de comemoração ao Dia Nacional do Cinema, prevista para as 19h na Barra da Tijuca. Esta data celebra os registros das primeiras imagens cinematográficas no Brasil, feitas em 19 de junho de 1898 pelo cineasta Afonso Segreto. Durante o evento, o governo federal anunciará investimentos no setor cinematográfico, conforme comunicado do Planalto.
Na quinta-feira (20), Lula viajará a Fortaleza, Ceará, para participar da cerimônia de entrega do Residencial Cidade Jardim III, às 16h. Simultaneamente, outros dois conjuntos habitacionais, financiados pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), serão entregues em Parnamirim, Rio Grande do Norte, e Sinop, Mato Grosso.
Na sexta-feira (21), o presidente estará em Teresina, Piauí, para participar da 10ª Caravana Federativa, evento destinado a gestores estaduais e municipais, realizado pelo governo federal. De acordo com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, o presidente Lula confirmou presença na 10ª Caravana Federativa, na sexta-feira (21), no Centro de Convenções de Teresina (PI). Realizada pelo governo federal, a ação itinerante é voltada, principalmente, para gestores estaduais e municipais.
Faltam os votos de Luiz Fux e Cármen Lúcia. Flávio Dino não vota neste caso, porque sua antecessora na corte, Rosa Weber, já se manifestou
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, pautou para esta quinta-feira (20) a retomada do julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal, paralisado desde março. O tema está em debate na corte desde 2015 e atualmente o placar está em 5 a 3 a favor da descriminalização do porte de maconha. O julgamento foi suspenso após os votos de André Mendonça e Kassio Nunes Marques, quando o ministro Dias Toffoli pediu mais tempo para análise (pedido de vista).
Faltam os votos de Luiz Fux e Cármen Lúcia. Flávio Dino não vota neste caso, porque sua antecessora na corte, Rosa Weber, já se manifestou.
Após a retomada do julgamento pelo STF, o Congresso Nacional iniciou uma reação. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para incluir a criminalização de porte e posse de drogas na Constituição. A PEC foi aprovada por ampla maioria no Senado em abril e, na última quarta-feira (12), a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados também aprovou a PEC das Drogas.
No STF, já votaram pela descriminalização os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Rosa Weber (já aposentada). Antes de Mendonça e Kassio Nunes Marques, apenas Cristiano Zanin havia se manifestado contra a descriminalização.
A ação em análise pede que seja declarado inconstitucional o artigo 28 da lei 11.343/2006, a Lei de Drogas, que considera crime adquirir, guardar, transportar ou cultivar entorpecentes para consumo pessoal e prevê penas como prestação de serviços à comunidade.
A lei, no entanto, não definiu qual quantidade de droga caracterizaria o uso individual, abrindo brechas para que usuários sejam enquadrados como traficantes. Para tentar mitigar esse problema, alguns ministros sugeriram, em seus votos, limites de quantidade de drogas para configurar o uso pessoal.
Na última semana, a Folha ouviu sob reserva dois ministros e dois assessores que trabalham diretamente com outros dois integrantes da corte. Em relação à PEC das Drogas, a leitura feita é a de que, independentemente da posição do Congresso, há espaço para uma decisão que diferencie usuário e traficante em relação à maconha.
Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.
‘Sempre afirmamos que 2023 foi o ano do plantio. Em 2024 começa a colheita’, disse o ministro extraordinário da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta
Integrantes do governo Lula (PT) afirmaram que os números da pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (18) mostram o início do que chamam de “colheita” das ações iniciadas em janeiro do ano passado. A oposição, por outro lado, acredita que o cenário de estabilidade é apenas um prenúncio de piora devido às perspectivas de deterioração econômica e política no país.
O levantamento indica que a aprovação de Lula se manteve estável em comparação com a rodada anterior, com uma leve melhora dentro da margem de erro — 36% de aprovação contra 31% de reprovação. “Sempre afirmamos que 2023 foi o ano do plantio. Em 2024 começa a colheita”, declarou o ministro extraordinário da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), compartilhou otimismo semelhante, destacando as entregas do governo.
Já o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), adotou um tom de cautela. Ele afirmou que, apesar da melhora, ainda é cedo para celebrações. Deputados como Alencar Santana (PT-SP) e Rubens Pereira Jr. (PT-MA) destacaram que os efeitos positivos das políticas do governo ainda estão por vir e que a taxa de aprovação tende a aumentar conforme os resultados sejam reconhecidos pela população.
A pesquisa revela que o índice de ótimo/bom do governo Lula subiu de 35% em março para 36%, enquanto a reprovação caiu de 33% para 31%. Nos bastidores, um ministro do governo disse que a estabilidade da pesquisa alivia a pressão política, especialmente após semanas difíceis no Congresso e no mercado. Outro ministro minimizou a oscilação negativa de um ponto percentual entre evangélicos, considerando-a dentro da margem de erro.
Por outro lado, a oposição tem uma visão diferente. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que a pesquisa reflete a estabilidade de um momento ruim do governo e previu uma queda na popularidade de Lula. O deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE) e o deputado Ricardo Salles (PL-SP) também expressaram pessimismo, alegando que a política econômica irresponsável do governo levará a uma piora no futuro próximo.
Dentro do governo, há planos para que Lula intensifique sua agenda de viagens até as eleições, priorizando estados no Nordeste e Sudeste para melhorar sua popularidade. Isso foi discutido em uma reunião de articulação política comandada por Lula no Palácio do Planalto. Lula pretende visitar o Ceará, Piauí e Maranhão na sexta-feira, com o objetivo de dar mais visibilidade às ações do governo.
Comparando com o governo de Jair Bolsonaro (PL), Lula tem um patamar de aprovação similar, mas uma reprovação mais baixa. Em junho de 2020, Bolsonaro tinha 32% de ótimo/bom, 44% de ruim/péssimo e 23% de regular, contra 36%, 31% e 31% de Lula, respectivamente.
Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.
Presidente frisou que “é crime hediondo o cidadão estuprar menina e depois querer que ela tenha um filho”
O presidente Lula (PT) criticou, nesta terça-feira (18), o autor do Projeto de Lei Antiaborto por Estupro, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), pela fala de que a proposta seria um teste ao presidente e questionou o que o deputado faria se sua filha fosse estuprada.
O projeto de lei altera o Código Penal para aumentar a pena imposta àqueles que fizerem abortos quando há viabilidade fetal, presumida após 22 semanas de gestação. A ideia é equiparar a punição à de homicídio simples. O texto pode levar meninas abaixo dos 18 anos a ficarem internadas em estabelecimento educacional por até três anos.
“Cidadão diz que fez projeto para testar Lula. Não preciso de teste, quem precisa de teste é ele. Quero saber se uma filha dele fosse estuprada como ele ia se comportar”, disse o presidente, em entrevista à rádio CBN (veja vídeo abaixo).
Ex-presidente da bancada evangélica, Sóstenes Cavalcante disse à coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, que o projeto de lei será teste do presidente com os evangélicos. O governo, que enfrenta resistência com os religiosos, tem buscado aproximação neste ano.
A proposta, de sua autoria, altera o Código Penal e equipara a interrupção realizada após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples. O texto ainda propõe a punição de reclusão de seis a 20 anos para aqueles que realizarem o procedimento, seja médico ou paciente.
Lula disse ainda que a discussão precisa ser civilizada, e que há crianças sendo violentadas muitas vezes dentro de casa.
“Por que que uma menina é obrigada a ter filho de um cara que estuprou ela? Que monstro vai sair do ventre dessa menina? Essa discussão é um pouco mais madura, não é banal”, disse.
O presidente reafirmou ainda que, pai, vô e bisavô, é contra o aborto, mas precisa tratar o tema como questão de saúde pública. “Não pode permitir que a maldade vá fazer aborto em Paris, e que a coitada morra em casa, tentando furar útero com agulha de tricô”.
Análise da jornalista sugere que, ao pautar o debate político de
maneira proativa, o presidente pode fortalecer seu governo contra ataques e
críticas da oposição
A jornalista Helena Chagas destacou, nesta
terça-feira (18), a importância do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em
conduzir o debate político no país. Através de um tweet, Chagas comentou a
recente entrevista de Lula à rádio CBN, onde o presidente abordou questões
centrais sobre a condução do Banco Central e a política econômica nacional.
A análise de Helena Chagas sugere que, ao
pautar o debate político de maneira proativa, Lula pode fortalecer seu governo
contra ataques e críticas da oposição. Essa estratégia de comunicação,
comparada ao futebol pela jornalista – "quem não faz, leva" – destaca
a necessidade de o governo manter-se ativo e presente no cenário político
nacional.
"Lula agradou a uns e desagradou a
outros com o conteúdo de sua entrevista desta terça-feira à rádio CBN. Mas o
fato inegável é que o presidente da República pautou o debate político do dia.
Como deve ser. Com isso, o governo pode sair da defensiva e da atitude reativa
diante das besteiras que o bolsonarismo lança. É como no futebol. Quem não faz,
leva. Se todos os dias fossem assim, seria um grande avanço", escreveu
Chagas.
Na entrevista mencionada, Lula criticou abertamente a atuação do
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, levantando suspeitas sobre
sua imparcialidade e sugerindo que o governador de São Paulo, Tarcísio de
Freitas, tem maior influência sobre Campos Neto do que o próprio governo
federal. "Nós só temos uma coisa desajustada no Brasil neste instante. É o
comportamento do Banco Central. Temos um presidente do BC que não demonstra
nenhuma capacidade de autonomia e que tem um claro lado político. Na minha
opinião, ele trabalha muito mais para prejudicar do que para ajudar o
país", afirmou Lula.
Lula argumentou que a taxa de juros elevada é incompatível
com a atual situação econômica do país, que apresenta baixa inflação e alto
otimismo dos investidores internacionais. Segundo ele, autoridades financeiras
globais têm demonstrado confiança no Brasil, tornando injustificável a
manutenção de juros tão altos.
Além das críticas ao Banco Central, Lula abordou questões de
taxações e desonerações, apontando contradições nas críticas ao gasto público
enquanto setores lucrativos continuam a ser isentados de impostos. Ele
enfatizou que a solução para os problemas fiscais do Brasil não deve recair
sobre os mais pobres, mas sim ser discutida seriamente entre governo,
empresários e a sociedade.
Sobre uma possível candidatura à reeleição, Lula foi
cauteloso. Ele afirmou que, apesar de ainda não querer discutir o assunto, se
sentiria obrigado a concorrer caso fosse necessário para evitar o retorno de
governos "fascistas negacionistas".
De acordo com o parlamentar, "manter o juros altos e
participar de atos políticos são uma afronta ao povo brasileiro e à suposta
autonomia do Banco Central"
O deputado federal Jilmar
Tatto (PT-SP) publicou nesta terça-feira (18) uma mensagem cobrando a demissão
do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Parlamentares aliados do
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) denunciam que a redução da
taxa de juros (Selic) ainda está lenta.
"Roberto Campos Neto sempre fez questão de mostrar
que é um agente do bolsonarismo e dos interesses do capital especulativo.
Manter o juros altos e participar de atos políticos são uma afronta ao povo
brasileiro e à suposta autonomia do BC. Passou da hora dele entregar o
cargo!", escreveu o parlamentar na rede social X.
Em maio, o Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao Banco
Central, fez o sétimo corte seguido na taxa básica de juros, que começou a
recuar em agosto de 2023. No começo das reduções, a Selic estava em 13,75% ao
ano. Desde então, o comitê vinha reduzindo a Selic no mesmo ritmo: 0,5 ponto
percentual a cada encontro. Com a decisão do mês passado, o corte na Selic foi
de apenas 0,25 p.p.
As reunião entre os representantes do Copom tiveram início
nesta terça (18) e também vão acontecer nesta quinta (19), em que deve ser
anunciada uma nova taxa.
As críticas a Roberto Campos Neto também aumentaram nos últimos
dias após o presidente do Banco Central sinalizar que pode receber convite para
ser ministro da Fazenda em um possível governo Tarcísio
de Freitas (Republicanos) caso o governador de São Paulo seja
candidato a presidente da República e ganhe a eleição de 2016.
O chefe do Executivo paulista foi ministro da
Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL), que é o principal nome extrema-direita,
mas está inelegível por espalhar fake news ao fazer uma acusação sem provas e
denunciar falta de segurança do sistema eleitoral contra fraudes.
Milei chamou a esposa de Pedro Sánchez, Begoña Gómez, de
"corrupta" e se referiu ao presidente do governo espanhol como
"ralé"
RT- O porta-voz do governo da Alemanha, Steffen
Hebestreit, questionou os modos de Javier Milei, qualificando como "falta
de gosto" sua enxurrada de insultos dirigidos ao presidente do governo
espanhol, Pedro Sánchez, que agravaram as relações diplomáticas entre as duas
nações.
"[Sánchez] encontrou as palavras corretas e acredito que as
palavras do presidente argentino são valorizadas por si mesmas", afirmou
Hebestreit em uma coletiva de imprensa em Berlim, em declarações recolhidas
pela agência EFE.
O porta-voz também explicou que o governo federal alemão não se
pronunciou no momento sobre os ataques verbais de Milei por normas éticas que
regem sua política. "Este governo não pode ficar dizendo o que terceiros
dizem sobre outros", indicou. "De vez em quando, sim, mas neste caso
não, porque foi tão claro e houve tanta falta de gosto que não há necessidade
de dizer nada", acrescentou em referência aos comentários do presidente
argentino.
Milei chamou a esposa de Pedro Sánchez, Begoña Gómez, de
"corrupta" e se referiu ao presidente do governo espanhol como
"ralé de gente agarrada ao poder". Recusando-se a retratar-se
publicamente, reafirmou suas palavras e prosseguiu com insultos a Sánchez,
qualificando-o de "autoritário" e "covarde" e dizendo que
se escondia sob as saias de suas ministras.
Madri retirou sua embaixadora em Buenos
Aires, María Jesús Alonso Jiménez. "Espanha e Argentina são dois países
irmãos cujos povos se amam e se respeitam. Entre governos, os afetos são
livres, mas o respeito é irrenunciável", respondeu Sánchez na ocasião,
lembrando que "além da ideologia, está a educação e o patriotismo".
As ações da fabricante de chips de inteligência artificial
subiram mais de 170% no acumulado de 2024
InfoMoney - As ações da Nvidia subiram 3,51%
na Nasdaq na sessão desta terça-feira (18) e encerraram o dia com um valor de
mercado de US$ 3,335 trilhões, ultrapassando a Microsoft como a empresa de
capital aberto mais valiosa do mundo. A Microsoft fechou o dia em leve queda de
0,45%, passando a valer US$ 3,317 trilhões.
No início deste mês, a Nvidia atingiu pela primeira vez
uma capitalização de mercado de US$ 3 trilhões e ultrapassou a Apple.
As ações da fabricante de chips de inteligência artificial
subiram mais de 170% no acumulado de 2024, tendo ganhos ainda maiores depois
que a empresa divulgou os lucros do primeiro trimestre em maio. As ações se
multiplicaram por mais de nove desde o final de 2022, um aumento que coincidiu
com o fortalecimento da inteligência artificial generativa.
A Nvidia detém cerca de 80% do mercado de chips de IA
usados em data centers, um negócio que cresceu com Microsoft, Alphabet, Amazon, Meta, entre
outros, que correram para adquirir os processadores necessários para construir modelos de IA e
executar cargas de trabalho cada vez maiores.
No trimestre mais recente, a receita do negócio de data center
da Nvidia aumentou 427% em relação ao ano anterior, para US$ 22,6 bilhões,
representando cerca de 86% das vendas totais da empresa.
Fundada em 1991, a Nvidia passou as suas primeiras décadas
principalmente como uma empresa de hardware que vendia chips para gamers
rodarem jogos em 3D. Também esteve envolvida em chips de mineração de
criptomoedas e assinaturas de jogos em nuvem.
Mas, nos últimos dois anos, as ações da Nvidia dispararam à
medida que Wall Street passou a reconhecer a tecnologia da empresa como o motor
por trás de uma explosão na IA que não mostra sinais de abrandamento. Esse novo
passo elevou o patrimônio líquido do cofundador e CEO Jensen Huang para cerca
de US$ 117 bilhões, tornando-o a 11ª pessoa mais rica do mundo, segundo a
Forbes.
As ações da Microsoft subiram cerca de 20% neste ano. A
gigante do software também foi uma grande beneficiária do boom da IA, depois de
ter assumido uma participação significativa na OpenAI e integrado os modelos de
IA da startup nos seus produtos mais importantes, incluindo o Office e o
Windows. A Microsoft é uma das maiores compradoras de unidades de processamento
gráfico (GPUs) da Nvidia para seu serviço de nuvem Azure. A empresa acaba de
lançar uma nova geração de laptops projetados para executar seus modelos de IA,
chamados Copilot+.
A Nvidia é recém-chegada ao título de empresa mais valiosa. Nos
últimos anos, Apple e Microsoft têm disputado o título.
A ascensão da Nvidia foi tão rápida que a empresa ainda
não entrou no Dow Jones Industrial Average, uma referência de 30 ações que
historicamente inclui as empresas mais valiosas dos EUA. Juntamente com a
divulgação de resultados no mês passado, a Nvidia anunciou um desdobramento de
ações de 10 por 1, que entrou em vigor em 7 de janeiro. A divisão dá à Nvidia
uma chance melhor de ser adicionada ao índice.
Analistas entre os mais otimistas projetam que a gigante de
semicondutores ampliará sua alta, elevando seu valor de mercado para quase US$
5 trilhões no próximo ano.
O analista da Rosenblatt Securities, Hans Mosesmann, aumentou seu preço-alvo da
fabricante de chips de US$ 140 para US$ 200. Mosesmann, que tem uma
classificação de compra para as ações desde o início da cobertura, em 2017,
disse estar positivo em relação às ofertas de hardware da Nvidia, mas observou
que “a verdadeira narrativa está no software que complementa todas as
qualidades do hardware”.
A ação é uma das favoritas dos analistas sell-side,
segundo compilação da Bloomberg, com 64 recomendação de compra, sete de
manutenção e uma de venda.