domingo, 26 de maio de 2024

Nacional vira contra o Apucarana e conquista a primeira vitória pela Segundona Santa Cruz

 

Gabriel Barcos abre o placar para o Tricolor; Tonny e Gaúcho marcam pelo NAC

 Reprodução TV FPF

Debaixo de chuva, o Nacional venceu o Apucarana por 2×1 neste domingo (26), no estádio Olímpio Barreto, pela 4ª rodada da Segundona Santa Cruz 2024. O atacante Gabriel Barcos, no primeiro tempo, fez o gol do Tricolor, enquanto Tonny igualou de pênalti, e Gaúcho virou para o NAC, ambos na segunda etapa.

Essa foi a primeira vitória do Nacional, que chegou a 5 pontos e pulou para a sétima posição. O Apucarana é o quinto colocado, com 6 pontos.

O jogo

A primeira chance foi do time visitante, logo no primeiro minuto. Rian, dentro da área, chutou rasteiro em cima do goleiro Nayan. Pouco depois, com 7’, o Apucarana abriu o placar. Nayan lançou Gago pela direita, que cruzou para Gabriel Barcos aproveitar a bobeira da zaga e mandar para as redes.

Em desvantagem, o Nacional apostou na bola aérea e assustou, principalmente em cruzamentos de Índio e Matheusinho. A pontaria no ataque, contudo, não ajudou. Do lado do Tricolor, João Lucas ainda colocou uma bola no travessão ao cruzar a bola e ir direto para o gol.

Na volta do intervalo, o NAC chegou nos minutos iniciais em chutes de Nicholas e Nathan para boas defesas de Nayan. Pacato, de falta, respondeu para o Tricolor, nas mãos do goleiro.

O Nacional pressionava e teve uma grande chance com Nathan, aos 27’. O camisa 9 deixou o zagueiro e o goleiro no chão e, com o gol livre e meio desequilibrado, acertou a trave. De tanto insistir, o empate saiu com 36’. André bateu rasteiro, Nayan deu rebote, e Nathan teve a camisa puxada na pequena área. Na cobrança do pênalti, Tonny bateu com categoria e marcou.

O Apucarana não conseguiu reagir e ainda levou a virada na reta final. Nos acréscimos, aos 47’, Rian recebeu ótimo lançamento na área e rolou para Gaúcho deslocar do goleiro – a bola bateu no travessão antes de entrar.

Agenda

Apuracana volta a campo contra o Patriotas no sábado (1), às 16h, no estádio Atílio Gionedis, pela quinta rodada. Já o Nacional recebe o Paranavaí no domingo (2), às 15h30, no estádio Roberto Brzezinski.

Fonte: FPF

 

Maioria dos estados adota câmeras corporais em policiais com gravação ininterrupta

 

São Paulo pretende adotar modelo em que policiais escolherão a hora de gravar

 

Um levantamento realizado pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) revelou que a maioria dos estados brasileiros que implementaram câmeras corporais na Polícia Militar opta pela gravação ininterrupta das imagens. Esta constatação, obtida com exclusividade pelo g1, aponta para uma diversidade de abordagens no uso desses equipamentos.

O estudo surge em um momento de mudança no cenário, como o recente lançamento de um novo edital pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo. Esse documento modifica o acionamento das câmeras, permitindo que os policiais decidam se gravam ou não uma ocorrência, em contraste com o modelo anterior de gravação contínua.


Essa mudança tem gerado críticas por parte de entidades de segurança pública e direitos humanos. Elas argumentam que a gravação contínua durante todo o turno tem sido eficaz na redução da letalidade policial e do uso indiscriminado da força durante abordagens, além de oferecer proteção jurídica e física aos próprios policiais.


De acordo com o levantamento do NEV-USP, os seguintes estados adotam o modelo de gravação ininterrupta: Bahia, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e Roraima. Em outros estados, como Ceará e Espírito Santo, as câmeras são utilizadas apenas pela Polícia Penal, não pela PM.


Santa Catarina e Rio Grande do Norte acionam as câmeras apenas durante ocorrências, alinhando-se ao novo modelo que será adotado em São Paulo. Este último, apesar de não ter sido o pioneiro na implementação das câmeras, serviu de referência para diversos estados, conforme destaca o pesquisador do NEV-USP, Daniel Edler.


“Tem policiais do país inteiro indo para São Paulo. O próprio Ministério da Justiça, ao criar sua nota técnica sobre as câmeras corporais, se valeu muito da experiência de São Paulo. Acabou sendo talvez o maior caso de sucesso do Brasil, que virou de fato uma grande influência para as outras polícias”, explica Edler.


Os estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins ainda não possuem sistemas de câmeras corporais em funcionamento, conforme apontado pelo levantamento.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1

 

Zanin adia julgamento no STF que pode proibir revista íntima em presídios

 

Até o momento, o placar da votação está em 5 a 4 pela proibição dessas inspeções

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin solicitou mais tempo para análise do processo que discute a constitucionalidade das revistas íntimas em presídios, um procedimento controverso no qual os visitantes dos detentos são submetidos à remoção de suas vestimentas para que agentes prisionais realizem inspeções corporais em busca de drogas ou outros objetos. Com esse pedido de vista, o julgamento foi novamente suspenso.

O caso está sendo analisado em plenário virtual, no qual os ministros inserem seus votos no sistema sem a necessidade de discussão presencial.


Essa não é a primeira vez que a análise do caso é interrompida devido a pedidos de vista de outros ministros. O último a solicitar foi o ministro Nunes Marques, que manteve o processo sob sua análise de junho de 2021 a maio do ano passado.


Até o momento, o placar da votação está em 5 a 4 pela proibição das revistas íntimas. O relator do processo, ministro Edson Fachin, votou a favor da proibição e foi acompanhado por Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.


Por outro lado, o ministro Alexandre de Moraes apresentou uma posição divergente, sendo acompanhado por Dias Toffoli, André Mendonça e Nunes Marques.


O cerne do caso é um recurso de repercussão geral que debate “a ilicitude da prova obtida a partir de regras e práticas vexatórias na revista íntima como condição ao ingresso de visitantes em estabelecimento prisional, seja por ofensa ao princípio da dignidade da pessoa humana, seja pela proteção aos direitos fundamentais à intimidade, à honra e à imagem”.

Em sua argumentação, Fachin considerou que a prática vexatória das revistas íntimas é inadmissível, defendendo que o desnudamento de visitantes e a inspeção de suas cavidades corporais são proibidos em qualquer circunstância. Ele também argumentou que as provas obtidas a partir dessas práticas são ilícitas.


 Já Moraes, embora reconheça a natureza invasiva dessas revistas, defendeu que nem todas devem ser consideradas ilegais, desde que ocorram de forma excepcional, com concordância do visitante, e sob um protocolo rigoroso para evitar abusos por parte dos agentes públicos.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

 

Ciro Gomes admite isolamento político e diz que é um ‘amante não correspondido’ do Brasil

 

Ciro nega intenção de voltar a disputar o governo do Ceará ou um mandato de deputado federal

 

Em entrevista ao Globo, o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes admitiu que está isolado politicamente, tendo rompido inclusive com seu irmão, o senador Cid Gomes (PSB). Candidato à Presidência por quatro vezes (1998, 202, 2018 e 2022) se definiu como um “um amante não correspondido pelo Brasil”.

Em um discurso na quinta-feira na sede do PDT, o senhor disse que era a primeira vez que saía da toca desde quando perdeu a eleição em 2022. Por que ficou recluso?


A eleição me chocou profundamente e matou em mim a crença no sistema democrático brasileiro. No minuto que perdi a eleição, senti uma espécie de deslegitimação do meu direito de participar.


Por causa dos 3% de votos que o senhor recebeu?


Os 3% foram a consumação desse processo. Nas outras eleições, tive 11%, 12%. Essa gente toda sucumbiu a uma onda fascista. Eu sabia que Lula não tinha a menor condição de entregar a tal esperança mistificadora que resumiu todo o drama para essa classe escolarizada de artistas e intelectuais. Como se o problema fosse nos livrarmos do Bolsonaro no primeiro turno, o que seria impossível. Bolsonaro não era um produto marciano, e sim do encontro trágico da pior crise econômica da história com o maior escândalo de corrupção (o petrolão) já visto. Fiz um detox. Estou tentando ver se encontro outros modos prazerosos de exercitar minha vocação. Não quero mais depender da aprovação ou da crítica sebosa de eleitor.


O senhor brigou contra a polarização, mas ela permanece. Foi derrotado?


O Brasil está derrotado, porque isso aniquila o nosso país. Isso só se resolverá quando Lula sair do jogo. Teve o 1º de maio vexaminoso, e a turma de Lula fica dizendo que organizaram errado. Não foi isso. Eles quebraram a lógica de representatividade da sociedade civil pela cooptação. O povo foi embora. E sabe quem está falando para eles? A direita. Não na agenda real, mas na de costumes. A esquerda brasileira capitulou.


O senhor tem criticado o governo, mas o presidente do seu partido, Carlos Lupi, virou ministro da Previdência e o seu irmão Cid Gomes foi para o PSB, partido aliado do PT. O senhor está ficando isolado?


Completamente. Mas minha posição não é anti-PT. É antimodelo. Não condeno ninguém. Lupi está se esforçando como ministro. E, repare, se ele não aceita, Lula tinha ido em cima de um pedetista qualquer e estilhaçado o partido. Não vejo problema em contribuir. Sou apaixonado pelo Brasil. Apenas sou um amante não correspondido.


Política envolve o convencimento de outros, mas o senhor não tem conseguido convencer os que estão ao seu lado. Virou uma batalha quixotesca?


Virou. Portanto, tenho que mudar de linguagem. Tenho clareza disso. É a minha grande frustração. Nunca tive a ilusão de que esse conjunto de ideias pudesse ser popular. Mas não quero mais submetê-las a essa coisa eleitoral. Sou isolado? Sou. Imagina quantos isolamentos sofreu Getúlio Vargas. Brizola também morreu completamente isolado.


O isolamento se reflete também nas ofensas dirigidas à senadora Janaína Farias (PT), que resultaram numa denúncia do Ministério Público contra o senhor por violência política de gênero?


Uma confusão que fizeram comigo, argumentando misoginia. Durante uma entrevista de 47 minutos, fiz uma denúncia contra o ministro da Educação (Camilo Santana) por dois minutos. Não foi contra a cidadã. Foi contra o ministro, que manipula de forma absolutamente patrimonialista e corrupta o Ceará. Um monstro que ajudei a criar. Ele nomeou a primeira suplente para uma dessas secretarias para dar passagem à segunda suplente (Janaína Farias). Faça quatro perguntas básicas a ela sobre geografia, economia, demografia do Ceará…Você vai ver. Se fosse um homem, seria a mesma coisa. Mas, por ser mulher, não pode.


O senhor disse que ela era assessora para “assuntos de cama” e a chamou de “cortesã”. Não é machismo?


Eu disse isso depois, porque é exatamente o que ela é. Falei que ela era incompetente e despreparada. Nessa entrevista, eu disse que não se faz uma obra pública no Ceará sem cobrança de propina. Falei do patrimonialismo do Camilo Santana. Por isso, veio a derivação para o sexismo. Então, a mulher entra na política e é imune? Ela é, hoje, uma cortesã portando um mandato de senadora. Ela está lá por um capricho do Camilo Santana ou porque ele está sendo chantageado. Não estou falando dela. Estou falando do Camilo.


O senhor ficou anos tentando afastar a pecha de ser machista após ter dito que a função da sua ex-mulher Patrícia Pillar era dormir com o senhor…


Sabe por que eu enchi o saco da política? Por isso. Aconteceu há 20 anos, já me desculpei. O filho do Lula acabou de espancar a mulher e está com medida protetiva do Tribunal de Justiça e esse assunto não está na imprensa. E a dona Gleisi do PT faz uma nota me condenando por misoginia. Sou um cara sério, respeitador das mulheres.


Outra crítica que o senhor teve de lidar em sua vida política foi a de ser brigão. Recentemente, o senhor brigou até com seu irmão…


Fui eu? Então, foi. Lancei o Cid como candidato e me tornei inelegível no Ceará por força da lei, aos 50 anos. Eu era unanimidade no estado. De repente, comecei a ter aresta. Todas para defender o Cid. Na última eleição, fui abandonado por todo mundo e por ele também. Fui eu quem briguei? Nunca briguei com ele. Nunca trocamos uma palavra áspera na vida.


Então, como foi o rompimento?


Simplesmente eu fui lá e pedi a ele: “Não faça isso, você está me abandonando, e eu estou sozinho”. Pedi para ele coordenar minha campanha, e ele disse que não.


Vocês nunca mais se falaram? É algo que pode ser emendado?


Não. Não quero mais. Traição e ingratidão, sabe?


Após rompimento com Cid, houve debandada no PDT. Agora, o prefeito de Fortaleza, que é aliado do senhor, deve enfrentar dificuldades para a reeleição. O senhor se tornou um cabo eleitoral frágil?


Isso é tudo bobagem. Essa debandada não é para o Cid, que está hospedado no partido (PSB) que é presidido pelo pai do Camilo, que é do PT. O destino de todos os políticos é o ocaso. A diferença minha é que eu sei disso e estou pronto. Sabe por quê? Porque sou desapegado.


O senhor diz que não pretende se candidatar a mais nada, mas Lupi falou na possibilidade de o senhor concorrer ao governo do Ceará, enquanto alguns dizem que o senhor pode ir para a Câmara dos Deputados…


Nem pensar. Não pretendo abandonar o fazer política. Estou escrevendo um livro, tenho me reencontrado prazerosamente com o Tasso Jereissati. Houve essa conversa de uma federação com o PSDB. Lupi acha que é necessário aprofundar um debate programático. Eu também acho.


Fonte: Agenda do Poder

 

‘Vão trabalhar’: Anitta ironiza deputados por moção de repúdio devido ao show de Madonna (assista ao vídeo)


O requerimento para a moção foi apresentado pelos deputados Chris Tonietto (PL-RJ), Allan Garcês (PP-MA), Cristiane Lopes (União Brasil-RO), Clarissa Tércio (PP-PE) e Julia Zanatta (PL-SC)

 

 

A cantora Anitta reagiu à aprovação de uma moção de repúdio por parte de deputados contra ela, Madonna e Pabllo Vittar. A Comissão de Família da Câmara aprovou o ato na quarta-feira (22), em decorrência de um show realizado pela artista norte-americana em 4 de maio, no Rio de Janeiro, no qual Anitta e Pabllo participaram.

Em um vídeo compartilhado em seu perfil no Instagram neste fim de semana, Anitta declarou: “Se for pra resolver um negócio sério não têm esse tempo, para essa babaquice tem um tempo… Vão trabalhar, gente.” Para ela, a comissão deveria direcionar seu tempo para ajudar as famílias do Rio Grande do Sul.


Além disso, a cantora ironizou o ato, afirmando ter acordado “arrasada, desolada” e “sem chão” por causa da moção. Em tom irônico, questionou: “Como eu vou viver daqui em diante? Cadê o propósito da vida? Acabou.”


O requerimento para a moção foi apresentado pelos deputados Chris Tonietto (PL-RJ), Allan Garcês (PP-MA), Cristiane Lopes (União Brasil-RO), Clarissa Tércio (PP-PE) e Julia Zanatta (PL-SC).


A manifestação da Casa legislativa não possui efeitos práticos. De acordo com o site da Câmara dos Deputados, a moção é uma forma de expressar a posição da Casa Legislativa em relação a um determinado fato, seja para repudiar, elogiar, apoiar, entre outras manifestações.


Com informações de Poder 360


 

Julgamento de Moro reacende no TSE discussão sobre regras claras para pré-campanha

 

“Nesta fase não se tem, rigorosamente, de maneira exaustiva e fechada, o que pode e o que não pode [fazer]”, afirmou Cármen Lúcia, futura presidente do TSE

O recente julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que livrou o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) da cassação, reacendeu um debate crucial sobre a regulamentação do período de pré-campanha eleitoral e os gastos permitidos nessa fase.


A decisão, unânime, rejeitou as acusações de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação contra Moro, suscitando uma discussão mais ampla sobre a necessidade de regras claras para a pré-campanha.


As acusações, apresentadas pelo PL e pelo PT, argumentavam que os gastos de Moro no período pré-eleitoral foram desproporcionais, inicialmente voltados à sua candidatura à Presidência, gerando um desequilíbrio entre os concorrentes ao Senado.


A rápida conclusão do julgamento foi influenciada por pressões do Senado e pela intenção do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, de dar sinais de que deseja uma boa relação com o Legislativo. Contudo, essa decisão levantou preocupações sobre um possível relaxamento nos julgamentos futuros sobre gastos de pré-campanha, especialmente em um ano de eleição municipal.


A ministra Cármen Lúcia, que assumirá a presidência do TSE em junho, enfatizou que seu voto se baseou exclusivamente no caso de Moro, citando a falta de provas suficientes para caracterizar conduta irregular. Ela destacou a necessidade de regulamentação clara sobre o que é permitido ou proibido durante a pré-campanha.


“Este período de pré-campanha traz uma série de dificuldades, o que se mostra até na nossa jurisprudência”, disse a ministra. “Nesta fase não se tem, rigorosamente, de maneira exaustiva e fechada, o que pode e o que não pode [fazer]”, afirmou.


Alexandre de Moraes também defendeu a necessidade de regulamentar a pré-campanha, citando problemas causados pela falta de clareza nas regras atuais. Ele exemplificou situações de pré-candidatos beneficiados por eventos financiados por associações ou universidades, sugerindo que isso requer regulamentação mais rigorosa.


Sergio Moro, em um evento após a decisão do TSE, destacou a necessidade de acabar com a “incerteza jurídica” sobre as pré-campanhas. Ele sugeriu que essa discussão seja integrada ao novo Código Eleitoral, já aprovado pela Câmara dos Deputados e em revisão no Senado, com relatório a ser votado na Comissão de Constituição e Justiça no dia 5 de junho.


“A tentativa de cassação não era porque a gente tinha excedido gasto de campanha, não foi por caixa dois, mas foi questionamento em cima da pré-campanha, que no fundo está mal regulada”, afirmou Moro.


Desde a minirreforma eleitoral de 2015, as restrições às pré-campanhas foram flexibilizadas, permitindo anúncios de intenção de concorrer, discussões sobre projetos políticos, ideias e participação em eventos partidários. Contudo, a principal regra é a proibição de pedidos explícitos de voto.


Outros entendimentos da Justiça Eleitoral incluem a vedação a pedidos implícitos de voto e o uso de outdoors para promover qualidades pessoais dos candidatos, além da proibição de gastos excessivos que comprometam a igualdade do pleito.


Especialistas ressaltam a importância dessas regras, apesar da falta de regulamentação detalhada. Amanda Cunha, coordenadora da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político), explica que, na pré-campanha, é permitido impulsionar conteúdos online e usar anúncios pagos, desde que identificados o CNPJ do partido ou CPF do pré-candidato, com moderação de gastos. “Impulsionar conteúdos online e usar anúncios pagos são permitidos, desde que identificados o CNPJ do partido ou CPF do pré-candidato e haja moderação de gastos”, diz Cunha.


Walber Agra, advogado eleitoral e membro da Abradep, argumenta que a prestação de contas na pré-campanha não é um “terreno sem leis”. Ele destaca que os gastos devem observar os impedimentos da campanha, ser moderados, proporcionais e transparentes.


A principal discussão atual é sobre a necessidade de estabelecer um teto para os gastos na pré-campanha. Fernando Neisser, advogado e professor de direito eleitoral, defende que, embora não haja necessidade de um sistema de prestação de contas tão detalhado quanto na campanha, um limite de despesas é essencial. “Um parâmetro de gastos é uma solução mais inteligente e menos burocrática”, afirma Neisser.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo