sexta-feira, 17 de maio de 2024

Governo Federal dobra repasses a cidades gaúchas em situação de calamidade

 

Parcela adicional de recursos soma R$ 192,7 milhões e beneficiará as 47 prefeituras em situação mais grave

Fernando Haddad, Lula e Alexandre Padilha
Fernando Haddad, Lula e Alexandre Padilha (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 Durante a reunião desta sexta-feira (17) com prefeitos e prefeitas gaúchos, o presidente Lula (PT) confirmou o repasse de uma parcela adicional do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) aos 47 municípios que estão em situação de calamidade pública após serem afetados pelas fortes chuvas recentes, conforme classificação do governo estadual.

A medida resultará em uma injeção extra de R$ 192,7 milhões, que será feita em parcela única e deverá estar disponível nas contas dos municípios até o final da próxima semana. A autorização para este repasse emergencial foi dada através de duas medidas provisórias.

"Os prefeitos não têm que ter nenhuma preocupação de dizer para o Governo Federal o que eles estão precisando, o que está faltando, o que estragou, o que não estragou, o que precisa ser consertado ou não. E o Governo Federal também tem que ter a mesma honestidade, a mesma firmeza de dizer para os prefeitos o que nós vamos fazer, o que nós podemos fazer", declarou Lula. Ele enfatizou que o objetivo é "devolver a cidadania para toda essa gente, reconstruir as cidades, reconstruir os empregos e fazer com que as cidades voltem à normalidade, as estradas voltem a funcionar."

Além do presidente, a reunião contou com a participação de vários ministros: Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Apoio à Reconstrução do RS), Rui Costa (Casa Civil), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), Fernando Haddad (Fazenda), Nísia Trindade (Saúde), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e Jorge Messias (Advocacia Geral da União).

Alexandre Padilha destacou que o repasse adicional será feito sem burocracia, atendendo a uma demanda dos prefeitos para permitir ações mais abrangentes de reconstrução. “Esse repasse é uma demanda dos prefeitos e prefeitas para a liberação de recurso extra que permita ações mais abrangentes para reconstrução das cidades, para além daquilo que foi destinado para Saúde, Assistência Social e Defesa Civil, como na realização de pequenas obras estruturantes, aquisição imediata de equipamentos, apoio aos abrigos”, explicou.

Fonte: Brasil 247

Exército Brasileiro envia reforço de 207 homens para cuidar da segurança e organização no Sul

 

Militares ajudarão a evitar saques e ocupações indevidas e outras formas de violência no Rio Grande do Sul

Catástrofe climática no Rio Grande do Sul
Catástrofe climática no Rio Grande do Sul (Foto: Agência Brasil)

Por Denise Assis, 247 - O Exército Brasileiro enviou nesta sexta-feira (17), ao Rio Grande do Sul, 207 militares -praticamente todo o contingente do 62º Batalhão de Infantaria -, e mais de 20 viaturas para auxiliar em resgates, segurança e organização nos locais atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Agora que a água começou a baixar e já se pode iniciar um balanço das perdas, é importante dar esse suporte de segurança à população, para evitar saques e ocupações indevidas e outras violências. O número de episódios desse tipo tem aumentado, segundo relatos, e há casos de famílias impedidas de entrar em determinados bairros.

O 62º iniciou hoje, cedo, o seu deslocamento para o Rio Grande do Sul. Durante as duas últimas semanas, o Batalhão esteve envolvido na preparação para a Operação Taquari II. Os militares participaram de atividades de instrução e de treinamento.

Antes da partida, os militares participaram de cerimônia para ouvir a preleção do Diácono Luiz de Quadros Veslei, que proferiu mensagens motivacionais e abençoou a tropa. Agora, o comboio do 62º BI segue para a concentração em Florianópolis (SC), na 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, passando por Criciúma (SC) e seguindo, por fim, ao RS com as mais de 20 viaturas e 207 militares dos mais variados postos e graduações para ajudar, auxiliar e amenizar a situação no estado.

Fonte: Brasil 247

Eduardo Leite lança secretaria estadual de reconstrução e nomeia ex-assessor de Paulo Guedes

 

Nova pasta será comandada por Pedro Capeluppi, que trabalhava com Paulo Guedes, ministro da Economia no governo de Jair Bolsonaro

Eduardo Leite
Eduardo Leite (Foto: Maurício Tonetto/Secom)

 O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou nesta sexta-feira (17) a criação da Secretaria da Reconstrução Gaúcha, após o governo federal criar a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, com status de ministro de Estado.

"Pela experiência de gestão acumulada, entendi que nós deveríamos reconfigurar o governo, transformando a Secretaria de Parcerias e Concessões na Secretaria da Reconstrução Gaúcha, dando suporte técnico ao desenvolvimento dos projetos. Vamos dar robustez a ela para que ajude em todas as frentes, na saúde, na educação, na infraestrutura", disse Leite, conforme citado pelo Zero Hora.

Segundo o site, a nova pasta será comandada por Pedro Capeluppi, que chefiava a pasta extinta.

"O trabalho irá além do mandato. De reconstrução e de construção de uma nova realidade. Para colocar o plano em prática, vamos atuar de forma organizada e técnica. Precisamos ter efetividade e agilidade. Vamos convidar representantes da sociedade civil, movimentos sociais, para compor um conselho de ações a serem empreendidas. O Comitê Científico de Resiliência Climático terá protagonismo", acrescentou Leite.

Fonte: Brasil 247 com informações do Zero Hora

Em derrota para Flamengo, STF forma maioria para manter Sport como único campeão brasileiro de 1987

Ministro Dias Toffoli rejeitou um pedido do Flamengo, que queria tomar posse da Taça das Bolinhas

Torcida do Sport
Torcida do Sport (Foto: Igor Cysneiros/SCR)

Conjur A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria nesta sexta-feira (17/5) para manter a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que reconheceu o Sport Club do Recife como único campeão brasileiro de futebol de 1987. O caso será analisado virtualmente até as 23h59 desta sexta, e prevalece o voto do ministro Dias Toffoli, relator do caso.

Toffoli rejeitou um pedido do Flamengo, que queria tomar posse da Taça das Bolinhas, conferida ao clube que primeiro conquistasse o Campeonato Brasileiro três vezes consecutivas ou cinco vezes alternadamente.

Com a decisão, o troféu continua nas mãos do São Paulo, primeiro clube considerado pentacampeão brasileiro — a taça iria para o Flamengo caso ele fosse considerado o campeão de 1987.

O regulamento do Campeonato Brasileiro daquele ano previa que os dois primeiros colocados do Módulo Verde (Troféu João Havelange), formado pelos clubes mais populares do Brasil, fariam um quadrangular com os dois melhores do Módulo Amarelo para definir o campeão brasileiro — no entanto, o Flamengo (campeão do Módulo Verde) e o Internacional (vice-campeão) recusaram-se a participar desse quadrangular.

O clube carioca, por sua vez, argumentou que deveria receber a Taça das Bolinhas porque o Módulo Verde correspondia ao Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão daquele ano.

O Flamengo alegou também que compete exclusivamente à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) interpretar os regulamentos dos torneios promovidos por ela.

Para o relator, porém, a decisão do TJ-RJ é correta. O ministro apontou ainda que não é possível analisar as alegações do Flamengo, pois as Súmulas 279 e 454 do STF não permitem reexame de prova, nem interpretação de cláusulas contratuais, em recurso extraordinário.

Fonte: Brasil 247

 


Gleisi esclarece função de Paulo Pimenta e destaca importância da coordenação das ações federais no RS

 "Ele não vai ser o executor, que vai ser o executor é o governo do estado, os ministérios. Ele vai ser o articulador", disse a presidente do PT

Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta
Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta (Foto: Gabriel Paiva/Câmera dos Deputados | Reprodução/X/@lucasleffa)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), destacou a importância do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) para comandar a Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.

"Pimenta é uma pessoa muito próxima do presidente. Mostra a preocupação do presidente em estar presente no Rio Grande do Sul. Pimenta é uma pessoa muito avaliadora, determinada, muito firme. Enfrenta, organiza, se comunica", afirmou Gleisi em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar.

"Ele não vai ser o executor, que vai ser o executor é o governo do estado, os ministérios. Ele vai ser o articulador. Se não tiver alguém com esta autoridade, começa o estado a fazer de um jeito, o município de outro. A gente vai ter uma resposta mais rápida. o ministério pode não conhecer a realidade (de perto)".

No RS, 458 dos 497 municípios gaúchos tiveram problemas por causa das enchentes e 617 mil pessoas estão fora de suas casas - 540,1 mil estão desalojadas (em casas de amigos ou parentes) e 77,2 mil foram acolhidas em abrigos. 154 pessoas morreram entre o fim de abril e a primeira quinzena de maio.

Fonte: Brasil 247

PGR pede que indenizações do caso Marielle sejam estendidas também para os pais da ex-vereadora

 Decisão sobre pagamento e definição dos valores será tomada pelo STF, sendo o ministro Alexandre de Moraes o relator do caso

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou que os pais de Marielle Franco, Antônio e Marinete, também sejam indenizados por danos morais e materiais decorrentes do assassinato de sua filha. Gonet adicionou esse pedido à denúncia apresentada no último dia 9.


Anteriormente, a PGR já havia pedido indenizações para a filha e a viúva de Marielle, o filho e a viúva do motorista Anderson Gomes, e para a sobrevivente do crime, a assessora Fernanda Chaves.


A decisão sobre o pagamento das indenizações e a definição dos valores será tomada pelo STF, sendo o ministro Alexandre de Moraes o relator do caso.


Cinco pessoas foram denunciadas neste mês por envolvimento no assassinato de Marielle e Anderson. Entre os acusados estão o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), o conselheiro do TCE-RJ, Domingos Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, o ex-assessor Robson Calixto da Fonseca e o major Ronald Alves de Paula. Todos os denunciados estão presos.


Hoje, o ministro Alexandre de Moraes negou um pedido para libertar o delegado Rivaldo Barbosa. O ministro apoiou uma manifestação da PGR da última quarta-feira (15), que argumentou que o acusado poderia usar seus contatos na milícia caso fosse solto. A defesa de Rivaldo nega as acusações, alegando que ele é inocente e não tem intenção de fugir da lei.


Segundo a PGR, Marielle Franco era vista como um obstáculo à milícia e seu assassinato serviria de exemplo. A denúncia revelou que os irmãos Brazão teriam ordenado a morte da vereadora porque ela dificultava a aprovação de propostas que visavam flexibilizar a regularização de terrenos em áreas controladas por milícias no Rio de Janeiro. Ainda de acordo com a denúncia, a morte de Marielle teria o objetivo de intimidar outros opositores.


Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL.

Número de novos registros de porte de armas de fogo registra queda de 57% em 2023, primeiro ano do governo Lula

 Dados constam do Anuário da Justiça Brasil 2024, editado pela Conjur, será lançado na próxima quarta-feira (22) no Supremo Tribunal Federal

O Anuário da Justiça Brasil 2024, editado pela Conjur, revela uma queda significativa, de 57%, no número de novos registros de porte de armas de fogo para defesa pessoal no Brasil em 2023. Segundo o levantamento, os registros caíram de 5.676 no último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL) para 2.439 no primeiro ano do mandato do presidente Lula (PT).


O anuário, segundo informações da coluna da jornalista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, será lançado na próxima quarta-feira (22) no Supremo Tribunal Federal (STF), e apresenta dados atualizados do sistema da Polícia Federal (PF) até dezembro de 2023.


Sob a liderança do atual diretor-geral, Andrei Augusto Passos Rodrigues, a PF aumentou suas apreensões de armas de fogo em 121,1% em 2023, com o número saltando de 2.033 para 4.495.


Além disso, o anuário destaca o aumento de 257% em bens e valores apreendidos ou sequestrados judicialmente pela Polícia Federal, com o indiciamento de 5,4 mil pessoas, uma elevação de 14,4% em relação a 2022.


Em termos de drogas apreendidas, a PF confiscou 72,4 toneladas de cocaína, 414,6 toneladas de maconha, 419 toneladas de pés de maconha e 501 mil unidades de ecstasy.


Fonte: Agenda do Poder

Presidente do CNJ, Barroso exclui da próxima pauta julgamento de processos envolvendo Gabriela Hardt e Moro

 Conselho manteve afastados de suas funções os desembargadores Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região

O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, não incluiu na pauta da sessão da próxima terça-feira (21) o caso envolvendo o senador Sergio Moro (União-PR) e a ex-juíza titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt. Havia uma expectativa de que a apreciação fosse retomada naquela data, quando o magistrado deve devolver o pedido de vista.


Ainda está pendente a avaliação dos conselheiros do CNJ sobre a abertura de Processos Administrativos Disciplinares (PADs). Se o CNJ aceitar o PAD contra Hardt, as investigações podem resultar em arquivamento, advertência, censura, remoção compulsória, disponibilidade, aposentadoria compulsória ou demissão.


No caso de Moro, como ele não é mais juiz, o PAD pode ser arquivado ou levar a um pedido de investigação pelo Ministério Público Federal, se houver indício de crime.


Na última sessão presencial, realizada em 16 de abril, o CNJ revogou o afastamento de Hardt e do juiz Danilo Pereira Júnior, atual responsável pela Lava Jato. No entanto, o conselho manteve afastados de suas funções os desembargadores Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.


O corregedor Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, havia afastado os magistrados cautelarmente, alegando irregularidades na atuação deles no âmbito da Lava Jato e descumprimento de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).


Se não tivesse sido adiado, a apreciação no CNJ coincidiria com o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das ações que pedem a cassação do senador.


O presidente da Corte Eleitoral, Alexandre de Moraes, afirmou que o caso deve ser finalizado no mesmo dia. Moro é alvo de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral, nas quais é acusado de abuso de poder econômico, abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação em sua pré-campanha nas eleições de 2022.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.  

Advogado preso por fraude comprou Porsche de Daniel Alves por R$ 1,1 milhão

 

O advogado Frederico Benigno Simões e o ex-jogador Daniel Alves. Foto: Reprodução

Preso por integrar quadrilha criminosa, o advogado Frederico Benigno Simões comprou Porsche do ex-jogador Daniel Alves, condenado por estupro. Ele foi detido nesta quinta (16) por fazer parte de grupo que promovia fraudes em contratações públicas das Prefeituras em Alagoas e Bahia.

Segundo a investigação que resultou na sua prisão, foi encontrado um recibo de compra e venda na casa do advogado que tratava da aquisição do veículo de luxo do ex-jogador. Frederico pagou R$ 1,1 milhão pelo carro, um valor 20% acima da tabela Fipe, que avalia o bem em R$ 828 mil.

O Porsche foi apreendido junto de duas Land Rovers avaliadas em mais de R$ 1 milhão em um condomínio fechado em Petrolina (PE), onde o advogado morava. Ele não chegou a transferir a titularidade do veículo para o seu nome, mas o Ministério Público de Alagoas (MP-AL) diz que o recibo da transação comprova a posse do carro.

Frederico foi preso junta da esposa e mais três pessoas durante a operação desta quinta. A quadrilha foi desmantelada e os contratos feitos com prefeituras foram todos suspensos.

Fonte: DCM

VÍDEO – Modelo do RS reclama de mau estado de roupas doadas: “Colocaria isso no seu filho?”


Cintia Dicker lamenta mau estado de doações. Foto: reprodução

 A modelo gaúcha Cintia Dicker, esposa do surfista Pedro Scooby, está ativamente envolvida na arrecadação de doações para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Na última quinta-feira (16), ela publicou em suas redes sociais um desabafo sobre o o estado de conservação das roupas, calçados e acessórios doados aos desabrigados.

“Pessoal, vocês gostariam de receber essas coisas pros filhos de vocês? Sujo, manchado, calcinhas e sutiãs usados. Não vamos levar, tá? Então, pensem com carinho. Vocês têm que dar o que gostariam de receber, que vocês colocariam nos filhos de vocês também”, disse Cintia, destacando a importância de doações em boas condições.

“Nos próximos, a gente não vai mais aceitar roupa nem sapatos. Só se tiverem casacos novinhos, em boas condições, que sejam cheirosos, limpinhos, porque vão chegar lá e as pessoas não têm como lavar as roupas. Vou colocar aqui em coisas que estão precisando muito e vamos focar”, afirmou a modelo.

Entre os itens citados, aparecem medicamentos, cobertas, leite de caixinha, material escolar, repelentes e toalhas de banho. Ela também destacou a necessidade de acessórios para animais de estimação, como coleiras, camas, mantas e focinheiras, além de ração e medicamentos.

Fonte: DCM

Moraes derruba ação do CFM que proíbe aborto legal acima de 22 semanas

 

O ministro Alexandre de Moraes, do STF. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Nesta sexta-feira (17), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinou uma liminar que suspende a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que restringia o aborto legal resultante de estupro após 22 semanas de gestação. A decisão ficará em vigor até o julgamento final da controvérsia, com o CFM sendo notificado para fornecer informações no prazo de dez dias.

“Após esse prazo, dê-se vista ao advogado-geral da União e ao procurador-geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, para a devida manifestação definitiva sobre a controvérsia”, afirmou o ministro em sua decisão.

A ação foi proposta pelo PSOL e pela Anis, instituto de bioética, que argumentam que a resolução cria um “tratamento discriminatório no acesso à saúde”, contradizendo as condições estabelecidas pela lei brasileira para a realização do aborto legal — em casos de estupro, anencefalia do feto ou risco de vida para a gestante.

As entidades também sustentam que a norma é inconstitucional, violando gravemente o direito à saúde e o acesso universal e igualitário aos serviços médicos. No Brasil, a lei não estabelece um limite de idade gestacional para os abortos previstos (estupro, risco à saúde da mãe e anencefalia), mas a resolução do CFM impôs esse limite.

Debora Diniz, fundadora da Anis, Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero, considerou a decisão acertada, mesmo que em caráter liminar. “A resolução do CFM provocava uma instabilidade no acesso aos serviços de aborto legal no país. Ela impede o melhor tratamento de saúde e a melhor ciência”.

Manifestação pela legalização do aborto. Foto: reprodução

Após a publicação da resolução do Conselho, diversos serviços de aborto legal suspenderam os atendimentos de mulheres e meninas com gravidezes resultantes de estupro acima de 22 semanas, gerando medo e insegurança entre as equipes médicas.

A norma também proibia a assistolia fetal, procedimento que consiste na injeção de produtos químicos no feto para evitar que ele nasça com sinais vitais. Esse procedimento é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e é considerado a melhor prática assistencial em casos de aborto legal acima de 20 semanas.

Segundo Debora, a assistolia fetal é o padrão ouro para o cuidado de mulheres e meninas que chegam aos serviços de aborto legal tardiamente. “Os casos são muito dramáticos, de meninas em situação de violência em casa”, explicou em entrevista à Folha de S.Paulo.

Sem poder realizar o procedimento, os médicos se viam diante da omissão de socorro ou usavam métodos inadequados, aumentando o risco à saúde das pacientes.

O advogado Henderson Fürst, presidente da comissão de bioética da OAB-SP, elogiou a decisão de Moraes: “É um exemplo de como o STF é o guardião da Constituição, protegendo e garantindo a efetividade dos direitos fundamentais de quem mais precisa. É um dia histórico. Mesmo num momento de tensionamento entre os poderes, a decisão do STF comprova que seu comprometimento é com a constituição e os direitos fundamentais”.

Por outro lado, o ginecologista e obstetra Raphael Câmara, relator da resolução do CFM, afirmou que o conselho vai recorrer da decisão do ministro. “Lamentavelmente, volta a se poder matar bebê de nove meses com cloreto de potássio no coração”.

Fonte: DCM

Silvio Santos cobrava jornalista por não usar saia curta na TV: “Seu pai não deixa?”

Cynthia Benini e Analice Nicolau em foto antiga, sentadas lado a lado, olhando para a câmera, em cenário

Cynthia Benini e Analice Nicolau em foto antiga – Divulgação/SBT

 A jornalista Analice Nicolau revelou detalhes de sua passagem pelo SBT Notícias Breves, exibido em 2005, conhecido popularmente como “jornal das pernas”. Segundo a comunicadora, Silvio Santos exigia que as apresentadoras usassem saias curtas durante o programa. Procurada, a emissora afirmou que não comenta sobre formatos antigos, apenas sobre produções atuais.

“Nós recebíamos um programa desenhado da roupa que nós tínhamos que usar até o tipo de cabelo e maquiagem. Se a saia não estivesse no comprimento certo, a blusinha no detalhe certo”, contou, ao UOL. A veterana também afirmou ter recebido uma ligação do dono do Baú em um dia que, por conta do tecido, sua saia desceu um pouco e cobriu mais as suas pernas.

Ele teria perguntado: “Oi, Analice. Queria perguntar se você está com algum problema? Brigou com o namorado? Seu pai não deixa você usar as roupas do telejornal?”. “Como explicar de tecido para o Silvio? Daí eu disse ‘deve ser alguma coisa da saia, vou pedir para diminuírem um pouquinho'”, lembrou ela.

Fonte: DCM

STF: indicado por Bolsonaro, Mendonça vota contra habeas corpus ao ex-presidente


Ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Carlos Moura/STF

 O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (17) contra um pedido de salvo-conduto para evitar uma possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.

O placar é de 9 a 0 contra o pedido de habeas corpus preventivo do ex-chefe do Executivo. Com isso, já tem maioria contra o pedido.

Mendonça foi indicado por Bolsonaro ao STF. Na ocasião, o ex-mandatário argumentou que o Supremo precisava de um integrante “terrivelmente evangélico”.

O relator do caso, ministro Nunes Marques, também foi indicado por Bolsonaro à Corte.

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS

Além de Mendonça, seguiram o voto do relator os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Edson Fachin, Flávio Dino, André Mendonça, Gilmar Mendes e Luiz Fux. Resta apenas o voto do presidente do STF, Luís Roberto Barroso

O ministro Alexandre de Moraes não participa da votação devido ao impedimento de julgar o caso – o magistrado é relator dos inquéritos sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O julgamento do habeas corpus, que ocorre no plenário virtual da Corte, começou na última sexta-feira (10). Os ministros que ainda não votaram têm até as 23h59 de hoje para publicar sua decisão no site do STF.

Fonte: DCM

VÍDEO – Evangélica atribui tragédia no RS ao fato de Eduardo Leite ser gay

 

Bolsonarista identificada como Neiva Borges atribui tragédia no Rio Grande do Sul ao fato de Eduardo Leite ser gay. Foto: Reprodução

Uma mulher que se identifica como Neiva Borges e moradora de Porto Alegre (RS) atribuiu a catástrofe no estado ao fato do governador, Eduardo Leite (PSDB), ser gay. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ela diz que seus eleitores deveriam pedir desculpas para “aplacar a ira de Deus”.

“Eu me envergonho por ser gaúcha de ter hoje como governador do Eduardo Leite, cuja primeira-dama é outro homem, e eu quero alertar a igreja do Senhor na Terra, dizendo que esse pecado de ter colocado um homem, cuja primeira-dama é um homem, no poder, isso ativou a ira de Deus contra o povo gaúcho. Isso fez com que a ira do Senhor alcançasse o seu povo, e hoje nós temos a destruição de um estado”, afirma.

Ela ainda diz que o vídeo é destinado aos “patriotas” e ao “povo que olha Deus acima de todos e o Brasil acima de tudo”.


A Aliança Nacional LGBTI+ denunciou o caso nas redes e pediu para que autoridades investiguem a bolsonarista. “É essencial que sejam cumpridas as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que já reconheceu a LGBTIfobia como crime equivalente ao racismo, para combater a propagação de discursos LGBTIfóbicos”, diz a entidade.

Após a repercussão do caso e a denúncia da organização, Neiva excluiu todos os vídeos de seu TikTok, onde o vídeo com ataques homofóbicos ao governador foi publicado.

Bolsonarista excluiu todos os vídeos do TikTok após repercussão de declaração homofóbica. Foto: Reprodução

Leite assumiu sua homossexualidade publicamente em 2021, época em que era pré-candidato à Presidência da República. Ele namora com o médico pediatra Thalis Bolzan ao menos desde essa data e os dois assinaram união estável no final de 2023

Fonte: DCM