quarta-feira, 8 de maio de 2024

Governo federal envia ao Rio Grande do Sul 220 purificadores de água


Equipamentos foram comprados com doações e levados num avião da FAB


Em meio à escassez de água potável e ao acesso restrito ao serviço público de abastecimento de água no Rio Grande do Sul, o governo federal entregou nesta quarta-feira (8) um total de 220 purificadores de água comprados a partir de doações. Os equipamentos chegaram em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que aterrissou em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, e devem ser distribuídos para abrigos públicos mantidos por prefeituras. Nesses espaços, estão alojadas cerca de 70 mil pessoas, número que deve aumentar ao longo dos próximos dias.

Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, um dos coordenadores da resposta do governo federal às enchentes no estado, os purificadores foram comprados pelo influenciador digital Felipe Neto, a partir de doações arrecadadas pela internet, com apoio da primeira-dama Janja da Silva. Os equipamentos foram fabricados pela empresa PW Tech, de São Paulo.

"É uma tecnologia muito eficiente e de fácil manuseio. E nós trouxemos hoje 220 purificadores. Cada purificador tem a capacidade de purificar 5 mil litros de água por dia. Isso nos permitirá purificar 1,1 milhão de litros de água/dia", afirmou Pimenta em coletiva de imprensa, em Porto Alegre, para atualização de informações.

"A grande utilidade do purificador é viabilizar água potável para os abrigos que não têm água potável. Boa parte dos abrigos pode ter água potável. Então, 220 purificadores, na nossa avaliação, serão suficientes para suprir a demanda por água potável nesses abrigos, que estão concentrados, na sua grande maioria, aqui na região metropolitana", acrescentou o ministro.

Em postagens nas redes sociais, Felipe Neto mostrou o embarque, a chegada e a montagem dos purificadores na capital gaúcha. Os equipamentos foram levados para o Centro de Operações da Defesa Civil em Porto Alegre e, de lá, já está sendo distribuídos aos pontos finais onde serão usados. Cada purificador custou, segundo Neto, um total de R$ 22 mil, incluindo kits de manutenção e filtros.

O governo também informou que o avião da FAB com os purificadores levou um novo carregamento de 25 toneladas de produtos doados, especialmente itens de higiene, de limpeza, fraldas, fraldas geriátricas, absorventes, entre outros. Com centenas de milhares de desabrigados e desalojados, a expectativa é que a demanda por alimentos, produtos de higiene e água siga em alta.

Fonte: Agência Brasil

Copom reduz juros básicos da economia para 10,5% ao ano


Queda de 0,25 ponto era esperada pelo mercado financeiro


A alta recente do dólar e o aumento das incertezas fizeram o Banco Central (BC) diminuir o ritmo do corte de juros. Por 5 votos a 4, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 10,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros .

Essa foi a sétima vez consecutiva que o Copom reduziu a Selic. No entanto, a velocidade dos cortes diminuiu. De agosto do ano passado até março deste ano, o Copom tinha reduzido os juros básicos em 0,5 ponto percentual a cada reunião.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, desempatou a decisão ao votar por um corte de 0,25 ponto. Além de Campos Neto, votaram por essa redução os seguintes diretores Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes, indicados pelo governo anterior. Votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros: Ailton de Aquino Santos, Gabriel Muricca Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira, indicados pelo atual governo.

A taxa está no menor nível desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,75% ao ano. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas, quando começou a ser reduzida.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic estava em 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em março, o indicador ficou em 0,16% e acumula 3,93% em 12 meses. Após um repique em fevereiro, a inflação desacelerou em março, por causa de alimentos, bebidas e transporte.

O índice em 12 meses está exatamente no teto da meta de inflação. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a estimativa de que o IPCA fecharia 2024 em 3,5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de junho.

As previsões do mercado estão mais otimistas que as oficiais. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,73%, abaixo portanto do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 3,76%.

Crédito mais barato

A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia. Isso porque juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central aumentou para 1,9% a projeção de crescimento para a economia em 2024.

O mercado projeta crescimento um pouco melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,05% do PIB em 2024.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

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infografia_selic - ArteDJOR

Edição: Aline Leal


Fonte: Agência Brasil

APUCARANA: “Justiça no Bairro” terá guichê para negociação de dívidas com a Prefeitura


Tem início nesta quinta-feira (09/05) e segue até o sábado (11/05), sempre das 8h30 às 17 horas, no ginásio do Complexo Esportivo José Antônio Basso (Lagoão), mais uma edição do Programa Justiça no Bairro, um mutirão de serviços públicos municipais e judiciários promovido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR), Prefeitura de Apucarana e Serviço Social do Comércio (Sesc).

Dentre os mais de 40 serviços que serão ofertados à população, a prefeitura vai possibilitar o parcelamento ou reparcelados de débitos municipais vencidos até 31 de dezembro de 2023, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e taxas municipais como coleta de lixo, vigilância sanitária, alvarás (Licença de Verificação de Localização e Funcionamento), Imposto sobre Serviços (ISS) e Simples Nacional.

“Para dar entrada na negociação ou renegociação, a pessoa deve comparecer ao guichê de atendimento, junto ao Complexo Lagoão, portando os documentos exigidos (ver quadro, lembrando que apenas podem ser negociados débitos vencidos anteriores ao ano do exercício (2024), incluindo ajuizados (com processo judicial em andamento) e débitos não ajuizados inscritos na Dívida Ativa”, esclarece Sueli Pereira, secretária Municipal da Fazenda. Segundo ela, poderão requerer adesão ao parcelamento o proprietário, cônjuge, filho, genitores (pai/mãe) ou procurador devidamente autorizado.

O coordenador local do “Justiça no Bairro” e assessor jurídico especial da Procuradoria-Geral do Município, Dr. Danylo Acioli, assinala que além de renegociação de débitos municipais, no mutirão o cidadão poderá resolver uma série de outras questões com o poder público municipal e Poder Judiciário. “Outro destaque será a realização do casamento civil coletivo, que será realizado às 16 horas de sábado (11/05), no Centro Cultural Fênix, onde mais de 100 casais irão firmar oficialmente a união em solenidade conduzida pela 1ª vice-presidente do TJ-PR, desembargadora Joeci Machado Camargo”, comunica Acioli.

O prefeito Júnior da Femac frisa que a lista completa da feira de serviços do programa está disponível no portal da prefeitura na internet, no endereço https://www.apucarana.pr.gov.br. “Um grande mutirão de cidadania e responsabilidade social, encabeçado pela primeira vice-presidente do TJ-PR, desembargadora Joeci Machado Camargo, em parceria com o Município, que aproxima os serviços da Justiça e da Prefeitura do cidadão”, frisa o prefeito.

QUAIS OS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA NEGOCIAÇÃO DE DÉBITOS MUNICIPAIS?

          * PARCELAMENTO POR PROCURAÇÃO

  1. Documento pessoal do proprietário e do procurador (RG e CPF ou CNH)
  2. Procuração ou autorização expressa (contendo n° de docs. e assinado conforme documento)

    * PARCELAMENTO (CÔNJUGE RESPONSÁVEL)

  1. Certidão de Casamento (ou Certidão de óbito do Cônjuge)
  2. Documento pessoal do Cônjuge e Responsável (RG e CPF ou CNH)

    * PARCELAMENTO (IMÓVEL EM NOME DO DONO ANTERIOR)

  1. Contrato de Compra e Venda e/ou Escritura
  2. Matrícula atualizada do imóvel (Registro de Imóveis)
  3. Documento pessoal do comprador (RG e CPF ou CNH)
  4. Documento pessoal do vendedor, caso não esteja o contrato com firma reconhecida

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Câmara de Apucarana entrega Título de Cidadão Honorário ao delegado Marcus Felipe


Autor da proposta o vereador Lucas Leugi (PSD) e o delegado Marcus Felipe durante sessão solene

Em sessão solene realizada na noite desta terça-feira (7), a Câmara Municipal de Apucarana entregou o Título de Cidadão Honorário ao delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues. A homenagem é de autoria do vereador Lucas Ortiz Leugi (PSD) e foi aprovada por unanimidade pelos demais vereadores. 

Conduzida pelo presidente Luciano Molina (Agir), a sessão contou com a presença dos vereadores Rodrigo Lievore Recife (MDB), Marcos da Vila Reis (PP), Franciley Preto Godoi Poim (PSD), Moisés Tavares (PP) e Luciano Facchiano (Agir); da vereadora Jossuela Pirelli (SD); do vice-prefeito Paulo Sérgio Vital (PSD); do deputado estadual José Aparecido Jacovós (PL), além de representantes das polícias civil e militar, da Guarda Civil Municipal (GCM), de secretarias municipais, do judiciário, da OAB, da Acia, e de outras entidades. 

Emocionado, o delegado agradeceu as homenagens e a aprovação do título por unanimidade pelos vereadores, além de citar diversos parceiros de trabalho. “Apucarana é a cidade que escolhi para morar, trabalhar e formar a base da minha família. Tenho orgulho em fazer parte do progresso desta cidade maravilhosa”, afirmou.   

Para o autor da homenagem, o vereador Lucas Leugi (PSD), a honraria é o reconhecimento ao serviço que o delegado tem prestado com dedicação ao município na área de segurança pública. “Nesta noite a Câmara abre as portas para agradecer quantas vezes você deixou sua família, de madrugada, nos feriados, para cuidar de nossos filhos, de nossa gente”, enfatizou. 

O vice-prefeito Paulo Sérgio Vital e o deputado estadual Jacovós também fizeram uso da palavra durante a sessão e enalteceram o trabalho realizado pelo delegado no município. 

Trajetória 

Nascido no Rio de Janeiro, o delegado de polícia Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, de 47 anos, veio em 2019 para assumir a chefia da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana. 

Marcus é casado com Cristhiane Angélica Bertoni, pai de Maria Julia Bertoni Rodrigues e padrasto de Gabriela Bertoni Fernandes. O nosso homenageado é formado em Direito pela Universidade Estácio de Sá e já trabalhou com adolescentes infratores no Rio de Janeiro, no período de 1998 a 2005. 

Marcus iniciou a carreira de Delegado de Polícia Civil no Paraná, em 2014. Atuou como delegado-chefe das Comarcas de Grandes Rios e São João do Ivaí. Atuou também como delegado-adjunto na Delegacia de Polícia de Apucarana, no período de 2016 a 2019. 

Antes, trabalhou como serventuário da Justiça Eleitoral, de 2005 a 2014, onde exerceu a função de chefe de Cartório Eleitoral. Em 2014, Marcus também foi delegado da Polícia Civil do Espírito Santo. 

Veja mais fotos da sessão:


Fonte: Câmara Municipal

Dallagnol apanha nas redes após citar o SBT e as enchentes no RS para atacar Lula

 

O ex-procurador lavajatista afirmou que o governo federal está barrando alguns caminhões com ajuda ao povo gaúcho

Lula (à esq.) e Deltan Dallagnol
Lula (à esq.) e Deltan Dallagnol (Foto: ABr)

Ex-procurador da Operação Lava Jato e ex-deputado federal cassado, Deltan Dallagnol (Novo-PR) citou uma reportagem do SBT para atacar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmar que alguns caminhões com ajuda à população do Rio Grande do Sul estão sendo barrados ou multados.

"Isso não é fake news", escreveu o ex-parlamentar em uma de suas redes sociais. Internautas reagiram. "Ooooo deltan, fica quieto e vai fazer algo que preste. Quem não ajuda não atrapalha", afirmou um deles.

Outra pessoa ironizou o ex-procurador por causa da apresentação do PowerPoint em 2016, quando ele denunciou Lula sem provas, mas, cinco anos depois, 2021, o Supremo Tribunal Federal declarou suspeição do ex-juiz Sergio Moro e devolveu os direitos políticos do atual presidente da República. "Farei um powerpoint explicando a diferença entre fiscalizar e barrar. Assim pode ser que vc entenda", publicou um perfil em resposta a Dallagnol.

Outro internauta fez a seguinte postagem: "barrar é impedir os veículos de transitarem. Fiscalizar é outra coisa totalmente diferente. Um veículo acima do peso representa um risco desnecessário. E o pix que você recebeu dos trouxas que pagaram tua passagem para os EUA?".

Confira o post do ex-procurador que gerou polêmica nas redes sociais: "o governo Lula está obcecado com a censura, e agora eles acionaram a Polícia Federal para investigar a 'fake news' de que os caminhões com ajuda ao Rio Grande do Sul estariam sendo barrados e multados. Só que isso não é fake news nenhuma: jornalistas do SBT, fazendo jornalismo, registraram vários momentos de caminhoneiros que foram barrados e multados por falta de nota fiscal e excesso de peso. Os jornalistas do SBT serão presos?".

Enchente no Rio Grande do Sul
Enchente no Rio Grande do Sul. Foto: Ricardo Stuckert / PR

Fonte: Brasil 247

Plano Safra vai incentivar diversificação agrícola nos estados, diz Haddad

 

Intenção é evitar concentração de culturas em poucas regiões e reduzir o impacto de perdas localizadas de safra. Além de prevenir variação no preço dos alimentos

Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Por Yara Aquino, Agência Gov - O próximo Plano Safra vai incentivar a diversificação da produção agrícola nos estados para evitar que o mercado nacional fique dependente de produtos de uma só região. A intenção é evitar o que ocorre atualmente com o arroz que tem cerca de 70% da produção concentrada no Rio Grande do Sul e terá perdas em razão do alto volume de chuvas.

A proposta foi detalhada nesta quarta-feira (8/5), pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“No próximo Plano Safra vamos criar um mecanismo de fazer com que os estados diversifiquem um pouco sua produção. Em vez de um estado produzir só arroz e milho, ele vai ampliar um pouco seu cardápio de culturas. E as culturas têm que ser diversificadas pelo País respeitando o solo e o clima”, disse Haddad. “O Brasil é tão grande que se acontecer um problema em um estado, a produção dos outros compensa”, acrescentou.

O ministro afirmou que outra estratégia para reduzir o impacto de perdas de safra em razão de eventos climáticos extremos é retomar a capacidade de armazenamento para manter estoque reguladores. Segundo ele, no governo anterior não houve investimento em armazéns o que resultou na perda da capacidade de armazenamento.

“A produção ia subindo, subindo, e os armazéns estagnados. Acabaram com o crédito para produção de armazém no Brasil. Só no último Plano Safa que se reativou o crédito para produção de armazém. Não se tinha uma visão estratégica de como lidar com as culturas, mas isso tudo está sendo recuperado”, disse.

A formação de estoques públicos de alimentos tem como objetivo garantir o preço e a renda do produtor, bem como regular o abastecimento interno, para atenuar as oscilações de preço.

IMPORTAÇÃO DE ARROZ - Fernando Haddad avaliou que é importante ter as medidas de planejamento porque nem sempre a importação é a solução para compensar a falta de um produto, em razão dos preços no mercado internacional. Ao ser questionado sobre a importação de arroz devido as fortes chuvas no Rio Grande do Sul, o ministro respondeu que essa é uma questão tratada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária seguindo determinação do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O que o Presidente disse é que qualquer possibilidade que esteja a mão para atenuar esse problema, ela tem que se acionada”.

Nesta terça-feira (7/5), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, informou que o Governo Federal prepara uma Medida Provisória para liberar a importação de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com o ministro, o objetivo é evitar especulação com o preço do produto. “Já está sendo preparada uma Medida Provisória autorizando a Conab a fazer compra na ordem de 1 milhão de toneladas. Já deixei isso muito claro com os produtores hoje, com os sindicatos, com a federação da agricultura: não é concorrer. Neste momento, é para evitar especulação com o arroz, até porque os produtores já têm para suprir a demanda nacional, porém, têm dificuldade logística. Com a dificuldade logística para abastecer, vem a especulação”, explicou Fávaro.

Fonte: Brasil 247 com Agência Gov

"Retaguarda orçamentária e financeira para o RS já está criada", diz ministro

 

Waldez Góes reforçou importância do decreto que reconhece estado de calamidade pública e apontou que "palavra de ordem de Lula tem sido reforçar os esforços para resgatar pessoas"

Waldez Góes
Waldez Góes (Foto: Reprodução)

 Em meio às ações emergenciais desencadeadas para enfrentar as consequências das fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul, o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, anunciou, em entrevista coletiva realizada em Porto Alegre, medidas de socorro e suporte financeiro para o estado e assegurou que a "retaguarda orçamentária e financeira" já está criada.

A retaguarda mencionada por Góes se trata do projeto de decreto legislativo enviado pelo presidente Lula (PT) ao Congresso Nacional, que reconhece o estado de calamidade no Rio Grande do Sul. Já aprovado pela Câmara e pelo Senado, o projeto permite o envio de recursos federais ao estado sem comprometer a meta fiscal do governo ou violar a Lei de Responsabilidade Fiscal.

"A palavra de ordem do presidente Lula para todos os ministros na reunião que nosso colega Rui Costa coordena, e para o ministro Pimenta e a mim, tem sido diariamente reforçar os esforços no sentido de resgatar pessoas, salvar pessoas, e essa frente tem que permanecer intensa", declarou. "Além disso, cuidar das pessoas abrigadas, porque os desafios são inúmeros. São 70 mil pessoas abrigadas, é um desafio gigante, mesmo que esteja concentrado em 8 ou 9 cidades - a maior parte aqui mesmo da região metropolitana. Então cuidar dessas pessoas, alimentação, água, segurança, higiene pessoal, são muitos desafios".

Além disso, o governo federal está tomando outras medidas para auxiliar o Rio Grande do Sul, incluindo a suspensão dos pagamentos da dívida do estado com a União até o final do ano, o que representa uma economia significativa de recursos para o estado.

"Mesmo que ainda tenham medidas para o presidente Lula anunciar, já está criada a retaguarda com a iniciativa que o presidente teve de mandar o decreto para o Congresso Nacional, para votar a Calamidade Pública no RS. Então, a partir daí, todos nós ficamos muito ansiosos, e é importante termos os números, informações, orçamento, quanto de dinheiro está entrando. Mas, vale frisar, são centenas de ações do governo federal. São centenas", apontou Góes.

Enquanto isso, equipes de resgate continuam trabalhando para localizar pessoas isoladas e prestar assistência às comunidades afetadas. De acordo com a Defesa Civil do Estado, o número de mortes decorrentes das chuvas já ultrapassa 100, com 128 desaparecidos e 163 mil desalojados.

Fonte: Brasil 247

 

Enchentes afetaram mais de 80% da atividade econômica do Rio Grande do Sul, diz Fiergs

 

Segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul. os 336 municípios afetados pelas chuvas correspondem a mais de 80% da economia estadual

Avião de carga em aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre
 7/5/2024   REUTERS/Wesley Santos
Avião de carga em aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre 7/5/2024 REUTERS/Wesley Santos (Foto: REUTERS/Wesley Santos)

 As enchentes que assolam o Rio Grande do Sul afetaram mais de 80% da atividade econômica gaúcha, segundo estimativas  da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs). “As perdas econômicas são inestimáveis no momento. Uma infinidade de empresas teve suas dependências completamente comprometidas. Além dos danos gigantescos de capital, os problemas logísticos devem afetar de forma significativa todas as cadeias econômicas do estado”, disse o presidente em exercício da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira, segundo o jornal O Globo

De acordo com a Fiergs, cerca de 67% dos municípios do estado foram atingidos pelas enchentes, dificultando a produção e a circulação de mercadorias. Um estudo preliminar realizado pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da Fiergs revelou que os 336 municípios afetados pelas chuvas correspondem a mais de 80% da economia estadual.

 “De forma geral, a expectativa é que o estado de calamidade no estado, além das perdas humanas, causou prejuízos econômicos vultosos: estão nas cidades afetadas 86,4% dos estabelecimentos industriais, 87,2% dos empregos , 89,1% das exportações da indústria de transformação e 83,3% da arrecadação de ICMS com atividades industriais”, destaca a reportagem.

Além dos prejuízos materiais, Oliveira alertou para as dificuldades necessárias à recuperação da infraestrutura prejudicada pelas inundações. Além da desobstrução,será preciso reconstruir estradas, pontes, vias férreas, além de outros equipamentos, como o aeroporto Salgado Filho, que está completamente alagado. A Fiergs alerta que sem a adoção de medidas excepcionais por parte das autoridades, a perspectiva é o fechamento de muitos postos de trabalho.

As áreas mais afetadas incluem diversos polos industriais do estado. Na Região da Serra, conhecida por sua produção metalmecânica e de móveis, estão empregadas 115 mil pessoas. Já na Região Metropolitana, com foco em segmentos como metalmecânica, derivados de petróleo e alimentos, há 127 mil empregados. No Vale dos Sinos, destaca-se a produção de calçados, com 160 mil trabalhadores. Nas regiões do Vale do Rio Pardo e Vale do Taquari, respectivamente, alimentos, tabaco, calçados e químicos são os principais setores afetados.

Diante das dificuldades enfrentadas pelas indústrias e trabalhadores, a Fiergs buscou apoio junto ao Ministério do Trabalho, pleiteando medidas emergenciais. Entre as sugestões apresentadas estão a redução da jornada de trabalho e salário, suspensão temporária do contrato de trabalho, antecipação de férias individuais, concessão de férias coletivas e suspensão da exigibilidade dos recolhimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

BNDES assina acordos para projetos de concessão de florestas

 

O objetivo é a elaboração de projetos de concessão de unidades de conservação de uso sustentável que incluam restauração e manejo ambiental como atividade econômica

Nelson Barbosa, Marina Silva e o BNDES
Nelson Barbosa, Marina Silva e o BNDES (Foto: Divulgação I Agência Brasil)

 Presidido por Aloizio Mercadante, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fez nesta sexta-feira (3) uma assinatura junto ao ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), comandado por Marina Silva, em Brasília (DF), para um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e um convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O objetivo é a elaboração de projetos de concessão de unidades de conservação de uso sustentável que incluam restauração e manejo ambiental como atividade econômica.

O BNDES vai arcar com 100% dos estudos para as florestas na Amazônia, com investimentos de até R$ 30 milhões, para atrair mais projetos estaduais. A informação foi divulgada pelo diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do Banco, Nelson Barbosa. O Serviço Florestal Brasileiro pretende conceder mais de 2,9 milhões de hectares até 2026, afirmou o diretor-geral da instituição, Garo Batmanian.

Em janeiro deste ano, a instituição presidida por Mercadante e o BID assinaram acordo no valor de US$ 1 milhão para a estruturação de projetos em unidades de conservação na Amazônia, como a Floresta Nacional do Jamanxin (PA) e a Floresta Nacional de Anauá (RR), além do Parque Nacional de Anavilhanas e do Parque Nacional do Jaú, ambos no Amazonas.

Atualmente, BNDES tem, com o SFB, estudos que totalizam cerca de 9 milhões de hectares na Amazônia. Em 2024, quatro áreas já serão objeto de consulta pública e lançamento de edital para concessão: Floresta Nacional do Bom Futuro (RO), Gleba Castanho (AM), Floresta Nacional do Iquiri (AM) e Floresta Nacional do Jatuarana (AM).

Para o novo acordo de cooperação com o SFB, o BNDES apoiará os projetos de concessão da Floresta Nacional de Bom Futuro (em Rondônia), com 17 mil hectares em desmatamento acumulado, e da Gleba João Bento (Rondônia e Amazonas), com 55.872 hectares em desmatamento acumulado. Será o primeiro projeto de concessão para restauração de área degradada com a obtenção de receitas a partir da venda do crédito de carbono ou dos produtos florestais gerados a partir do reflorestamento.

“Vamos disponibilizar para o governo e para as populações das áreas, qual o resultado dos estudos, quais são os investimentos, qual a receita, quantos empregos serão gerados e qual é a rentabilidade e a atratividade para quem vai investir”, disse Barbosa, acrescentando o potencial de receita com a geração de crédito de carbono. “Crédito de carbono, que tem um preço internacional que só tende a crescer, tende a ser a principal receita no futuro.”

De acordo com a ministra Marina Silva, “quando a gente dá o uso correto para a floresta, para a biodiversidade, para o uso da terra, para os nossos sistemas de produção, nós estamos tentando reverter o que leva à mudança do clima”. “E, com certeza, fazer restauração significa a gente dar uma dupla ou uma tripla contribuição. É a contribuição que nós vamos sequestrar carbono, é a contribuição porque nós vamos estabelecer formas inovadoras de manejo, é a contribuição que a gente vai gerar emprego e renda”, disse.

Fonte: Brasil 247

Exército brasileiro pode comprar equipamento de empresa envolvida no massacre em Gaza

 

"Enquanto o mundo desinveste, o Brasil vai investir R$ 1 bilhão em dinheiro público numa empresa que participa daquilo que o Papa chama de morticínio de Gaza", aponta Marcelo Zero

(Foto: Divulgação / Elbit Systems)

 O Exército Brasileiro está prestes a firmar um contrato de compra de viaturas obuseiras 155mm da empresa israelense Elbit Systems, em um negócio estimado em cerca de R$ 1 bilhão. No entanto, essa decisão tem gerado críticas devido ao envolvimento da empresa em episódios do genocídio promovido por Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza.

No início de abril deste ano, um comboio da organização humanitária norte-americana World Central Kitchen foi alvo de um bombardeio por forças israelenses em Gaza, resultando na morte de sete ativistas humanitários. Marcelo Zero, analista internacional e colunista do 247, destaca que o drone utilizado no ataque era da Elbit Systems, a mesma empresa que está prestes a fornecer equipamentos ao Exército Brasileiro.

"Lembram do massacre da World Central Kitchen, aquela organização norte-americana, que distribuía comida em Gaza? Na ocasião, um comboio dessa organização humanitária foi bombardeado por forças israelenses, mesmo tendo permissão para adentrar Gaza, o que resultou na morte de sete ativistas humanitários. Pois bem, o instrumento utilizado para promover esse massacre foi um drone Hermes 450, fabricado pela Elbit Systems, empresa de defesa de Israel", destacou Zero. 

Além disso, Zero aponta que há um movimento global de desinvestimento em empresas de defesa de Israel devido às preocupações com as violações dos direitos humanos na região. No entanto, o Brasil estaria indo na contramão desse movimento ao investir uma quantia significativa de recursos públicos na Elbit Systems. "Essa aquisição bilionária vem em um momento em que há fortes questionamentos mundiais sobre as ações do governo Netanyahu em Gaza, inclusive na Corte Internacional de Justiça, bem como agressões constantes daquele governo israelense contra Lula", ponderou o analista.

"Enquanto quase todo o mundo desinveste, o Brasil, caso o contrato se efetive, vai investir RS$ 1 bilhão em dinheiro público numa empresa que participa direta e ativamente naquilo que o Papa Francisco chama de 'morticínio de Gaza'", ressaltou Marcelo Zero. Ele ainda acrescentou: "Será que isso é bom para os interesses do Brasil? O Itamaraty, ao que parece, não foi consultado."

A licitação, que faz parte do programa Obtenção da Capacidade Operacional Plena (OCOP) do Exército, foi vencida pelo modelo "Atmos" da Elbit Systems. O contrato, financiado com recursos do Novo PAC, está estimado em US$ 180 milhões ou R$ 900 milhões, com uma margem adicional destinada ao treinamento de pessoal.

Embora o Exército Brasileiro tenha afirmado anteriormente que as divergências entre os governos federal e israelense não influenciariam na decisão de compra, recentemente deputados de partidos como PT, PDT, Psol e PCdoB têm pressionado pela anulação de todos os contratos de Defesa com Israel, incluindo a compra dos obuseiros.

Fonte: Brasil 247

Rio Grande do Sul: 300 mil alunos da rede estadual não têm previsão de retorno às aulas

 "Não vai existir um calendário escolar da rede do Rio Grande do Sul", afirmou a secretária estadual de Educação

Rio Grande do Sul atingido por temporais
Rio Grande do Sul atingido por temporais (Foto: Amanda Perobelli / Reuters)

 Aproximadamente 300 mil alunos de escolas estaduais do Rio Grande do Sul (RS) estão sem previsão de retorno às aulas após enchentes causadas por fortes chuvas terem assolado o estado desde a última semana. A informação foi publicada pelo Estadão nesta quarta-feira (8).

Até o momento, 941 escolas foram impactadas de alguma forma, sendo que 421 foram destruídas ou tiveram danos estruturais e de infraestrutura. Além disso, outras 71 escolas estão sendo utilizadas como abrigos. Sem acesso à internet, também não é possível oferecer ensino à distância.

 “Nunca pensei em viver nada igual. Não vai existir um calendário escolar da rede do Rio Grande do Sul. Teremos escolas voltando, em diferentes datas, na medida do possível”, afirmou Raquel Teixeira, secretária estadual de Educação.

Atualmente, a rede estadual de ensino conta com aproximadamente 700 mil alunos, dos quais 400 mil devem retornar gradualmente às aulas. As escolas mais afetadas estão nas regiões de Porto Alegre, Cachoeira do Sul, Canoas, São Leopoldo, Guaíba, Estrela e Gravataí.

O retorno às aulas será ainda mais desafiador em áreas rurais, onde pontes e estradas também foram destruídas pelas enchentes.

Fonte: Brasil 247 com informações do Estadão

Gleisi Hoffmann Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução)


Fernando Sastre de Andrade Filho é réu por lesão corporal gravíssima e homicídio doloso

Condutor do Porsche
Condutor do Porsche (Foto: Reprodução/TV Bandeirantes )

 O Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu que o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, condutor do Porsche envolvido no acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo Viana, pague R$ 5 milhões como compensação por danos morais à família da vítima.

Na decisão, o promotor Fernando Bolque ainda solicita o pagamento de uma pensão, propondo que o benefício, no valor de três salários mínimos, seja concedido através de uma liminar da Justiça até a conclusão do processo.

Sastre é réu por lesão corporal gravíssima e homicídio doloso.  Ele foi detido na última segunda-feira (6) após se apresentar em uma delegacia. Durante as investigações, a perícia constatou que o veículo de luxo estava em velocidade superior a 100 km/h quando colidiu com Ornaldo em uma via na zona leste de São Paulo. No trecho, o limite de velocidade permitido era de 50 km/h.

A defesa do réu entrou com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, o qual foi negado pelos ministros. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha

 

"Mesmo vivendo uma tragédia, a negação do óbvio permanece", afirma Gleisi Hoffmann sobre PL que reduz reservas de florestas

 

O projeto de lei é votado no Senado em meio a crise climática que atinge o Rio Grande do Sul

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução)

 

A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann (PR), criticou nesta quarta-feira (8) a votação do projeto de lei 3.334/2024 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto permite a redução da reserva legal em imóveis rurais localizados em municípios da Amazônia Legal, prevendo que a cobertura mínima de vegetação passe de 80% a 50%.

“Os bolsonaristas estão na ofensiva no Senado. Pretendem mudar o Código Florestal brasileiro e reduzir de 80% para 50% a reserva de florestas na Amazônia Legal. O projeto deve ser votado nesta quarta-feira, em meio ao maior desastre climático do Rio Grande do Sul. É bom lembrar que o RS foi o primeiro estado a flexibilizar a legislação ambiental, por essa mesma direita que apoia Bolsonaro!”, escreveu em rede social. “É impressionante que, mesmo vivendo uma tragédia, a negação do óbvio permaneça. O que precisamos é de preservação ambiental, controle e prevenção do desmatamento, não de passar a boiada bolsonarista. Enquanto contamos no Sul as vítimas dos impactos causados pelas mudanças climáticas, eles ignoram o aquecimento global. É inacreditável!”.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a redução da reserva legal causaria um desmatamento potencial de 28,1 mil hectares, equivalente a todo o território do estado do Tocantins.

Crise no Rio Grande do Sul: A Defesa Civil do Estado já contabilizou 100 mortes em decorrência das chuvas intensas que atingiram o RS na última semana. O órgão ainda apontou que já são mais de 163 mil pessoas desalojadas por causa dos eventos climáticos.

Fonte: Brasil 247