Abilio Diniz, 87 anos, morreu agora há pouco em São Paulo. Um dos empresários mais importantes e influentes do Brasil nas últimas quatro décadas, Abilio estava internado há cerca de um mês no Hospital Albert Einstein com pneumonia. Esteve na UTI do hospital em todo este período.
Abilio estava de férias em janeiro em Aspen (EUA), se recuperando de duas cirurgias no joelho. Lá, começou a passar mal e retornou ao Brasil.
Foi durante quase seis décadas presidente e controlador do grupo Pão de Açúcar, fundado por seu pai. Depois de uma feroz disputa judiciária com seu sócio francês, o Casino, vendeu em 2012 sua participação na empresa, mas não deixou o varejo de supermercado.
Tornou-se sócio do Carrefour (hoje ocupa a vice-presidência do conselho de administração do Carrefour Brasil e integra o board do Carrefour mundial, onde é um dos maiores acionistas).
A Península, a empresa de participações da família Diniz, é atualmente o segundo maior acionista do Carrefour. Detém 8,4% de participação e 13,73% do capital votante — à sua frente somente a família Moulin. Abilio era o presidente do conselho da Península.
Em 11 de dezembro de 1989, Diniz foi vítima de um sequestro em São Paulo que durou seis dias. Seus sequestradores, procedentes de vários países sul-americanos, foram presos.