A Federação Nacional dos Jornalistas contabilizou 181 episódios de agressão aos profissionais da imprensa no Brasil
Samira de Castro, presidenta da FENAJ (Foto: Câmara dos Deputados)
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) informou que foram registrados 181 casos de agressão contra profissionais da imprensa no ano passado, um número 51,86% menor, em comparação com os 376 registrados em 2022. Os 181 casos representam 34,07% a mais do que os 135 contabilizados em 2018, antes de Bolsonaro ser eleito. O Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil 2023, elaborado pela Fenaj, será lançado na próxima quinta-feira (25), às 15h, no auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (RJ).
De acordo com a FENAJ, "o decréscimo de 51,86% no total de casos foi consequência direta da ainda mais significativa retração no número de episódios de duas categorias de violência: a Descredibilização da imprensa e a Censura, ambas infladas em 2022 (e nos três anos anteriores), por ação de Jair Bolsonaro".
Presidenta da FENAJ, Samira de Castro afirmou que é necessário "continuar em alerta e mobilizados, porque as cifras continuam muito elevadas". "A realidade cotidiana do trabalho dos jornalistas permanece preocupante. As agressões à categoria e ao Jornalismo continuam e, em determinadas categorias de violência, até cresceram significativamente em 2023".
A Secretaria Nacional de Esportes de Alto Desempenho é a responsável pelo controle das indicações
(Foto: Ministério do Esporte)
Foi publicada nesta sexta-feira (19) a Portaria n° 5, no Diário Oficial da União, que dispõe sobre as fases de pleito, procedimentos de inscrição, critérios para indicação de eventos esportivos e para concessão da Bolsa Atleta. O ministro do Esporte, André Fufuca, assinou a normativa, e a Secretaria Nacional de Esportes de Alto Desempenho é a responsável pelo controle da indicação. O programa tem um orçamento acima de R$ 120,5 milhões até o início de 2024.
Para atleta nacional, atleta internacional, atleta olímpico, paralímpico ou surdolímpico e atleta pódio, a idade mínima de concessão é de 14 anos; para atleta estudantil, 12 anos e máxima de 20 anos; e atleta de base, de 12 anos a 19 anos. A portaria define conceitos de modalidades olímpicas, paralímpicas e surdolímpicas, atleta-guia, atleta-assistente e similares, entre outros.
O candidato-atleta deve se enquadrar em uma das categorias de bolsas – aquela em que realizou a inscrição tem que ter recebido correspondência eletrônica do Ministério do Esporte. A pessoa tem de ter o nome publicado em meio de comunicação do MEsp. O atleta-bolsista tem que encaminhar o termo de adesão na forma e no prazo regulamentar, sem possuir pendências de pleitos anteriores.
O atleta contemplado somente terá o pagamento no mês subsequente ao envio do Termo de Adesão pelo beneficiário e/ou seu responsável legal. A Bolsa-Atleta será concedida pelo prazo de um ano e deverá ser paga em até doze parcelas mensais. O atleta bolsista na categoria Atleta Estudantil poderá recebê-la cumulativamente com outras bolsas ou benefícios oriundos de programa incentivo ao ensino, pesquisa, iniciação científica e extensão, inclusive os matriculados em cursos de graduação ou pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior.
Sobre a prestação de contas, a inscrição, concessão ou benefício serão cancelados, caso não atenda à diligência na forma e no prazo estabelecidos na portaria ou no edital, encerre sua carreira esportiva, seja condenado por uso de doping, desista de participação dos Jogos Olímpicos, Paralímpicos ou Surdolímpicos, para a categoria Atleta Pódio, conforme descrito em portaria específica, dentre outros critérios.
Entre categorias publicadas estão: atleta pódio, destinada a atletas de modalidades individuais olímpicas, paralímpicas e surdolímpicas; atleta olímpico, paralímpico e surdolímpico, destinada a atletas que tenham representado o Brasil nos últimos Jogos Olímpicos, Jogos Paralímpicos ou Jogos Surdolímpicos adultos; atleta internacional, destinada a atletas que tenham participado, integrando a seleção brasileira ou representando o Brasil em sua modalidade, de competição esportiva de âmbito internacional; atleta estudantil, destinada a atletas que tenham participado dos jogos estudantis ou universitários nacionais; e atleta de base, destinada a atletas da subcategoria etária base em que tenham obtido até a terceira colocação em competições.
Gestantes ou puérperas
A atleta deverá, mediante laudo médico, notificar o Ministério do Esporte sobre a data do início da gestação e previsão do parto, a fim de assegurar a renovação e o acréscimo do benefício em até seis meses após o nascimento da criança, não excedendo a 15 parcelas mensais consecutivas.
A atleta-bolsista deverá encaminhar ao Ministério do Esporte a certidão de nascimento da criança ou termo judicial de guarda definitiva em até 15 dias do nascimento ou da guarda. Com exceção do acréscimo nas parcelas, aplicam-se todos os termos à atleta que tenha sofrido aborto.
Os direitos e deveres reconhecidos para a atleta gestante ou puérpera serão aplicados também em caso de adoção, da seguinte forma: no caso de adoção de criança até um ano de idade, terá todos os direitos e deveres dispensados à atleta gestante ou puérpera, e no caso de adoção de criança a partir de um ano até quatro anos de idade, terá apenas o acréscimo de duas parcelas ao fim do pagamento das 12 parcelas. Nos demais casos de adoção não se aplicam os direitos e deveres concedidos à atleta gestante ou puérpera.
* Com informações divulgadas pelo Ministério do Esporte
De acordo com os dados coletados, 71% dos leitores do Brasil 247 se alinham com ideologias de esquerda ou centro-esquerda
O consumo de mídias digitais no Brasil (Foto: Atlas / FGV)
Uma pesquisa acadêmica realizada pela Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getulio Vargas, em parceria com o instituto Atlas Intel, com apoio da Embaixada da Alemanha no Brasil e coordenada pelos professores Marco Aurelio Ruediger e Amaro Grassi, colocou o Brasil 247 como o jornal eletrônico de maior adesão e engajamento junto ao público de esquerda e centro-esquerda no País. Intitulado "Consumo de mídias digitais no Brasil – um mapeamento das dietas informacionais e dos usos de plataformas digitais no contexto nacional", este estudo, finalizado em dezembro de 2023, faz parte do projeto Democracia Digital e teve como objetivo mapear as preferências de mídia dos brasileiros. O trabalho revelou que uma expressiva parcela dos leitores do Brasil 247 se identifica com correntes progressistas.
De acordo com os dados coletados, 71% dos leitores do Brasil 247 se alinham com ideologias de esquerda ou centro-esquerda, enquanto uma minoria de 19% se classifica como de direita ou centro-direita. Esta distribuição de público demonstra o forte apelo do Brasil 247 junto ao campo progressista, consolidando sua posição como um veículo de comunicação de peso no debate político nacional. Além do perfil progressista de seus leitores, o Brasil 247 também se destaca como um dos principais players no ecossistema de mídia digital brasileiro. Em termos de audiência no campo político, o estudo posiciona o Brasil 247 atrás apenas de veículos de comunicação da imprensa corporativa, como G1, CNN, O Globo, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.
O estudo coletou os dados entre os dias 10 e 22 de agosto de 2023, e também apontou que WhatsApp e YouTube estão entre as mídias sociais mais utilizadas. Além disso, os assuntos mais consumidos pelos que responderam ao estudo são política e economia. As plataformas digitais mais acessadas diariamente pelos brasileiros são WhatsApp (81%) e Google (70%). Em seguida foram citados Youtube (45%), Instagram (36%) e Facebook (27%). Além disso, 54% dos jovens entre 16 e 24 anos utilizam diariamente o TikTok. Importante registrar que a TV 247, com 1,3 milhão de inscritos, possui forte presença no Youtube, com uma das maiores produções jornalísticas de caráter independente no Brasil.
Outro aspecto interessante destacado pela pesquisa é a divisão de preferências de mídia entre gêneros. Enquanto a maioria do público do Brasil 247 é composta por homens (54%), o levantamento aponta que as mulheres, em geral, tendem a escolher veículos de imprensa mais tradicionais. Assim como o Brasil 247 é o veículo com maior engajamento entre os leitores de esquerda no País, a Jovem Pan ocupa esta mesma posição entre os leitores de direita.
A equipe de pesquisadores incluiu Anna Bentes, Beatriz Pinheiro, Denisson Santos, Eurico Matos, Luciana Veiga e Renata Tomaz, num trabalho que trouxe várias conclusões interessantes, como apontam as tabelas abaixo:
Acesso às plaformas digitais (diariamente, algumas vezes, uma vez ou outra, nunca – do verde ao vermelho):
O perfil etário de quem consome informações políticas no Brasil:
O consumo de informações políticas no Brasil(Photo: FGV)
Quanto à ideologia, verifica-se que a audiência da política nas redes sociais está equilibrada entre os segmentos de direita (29%) e centro direita (5%) com os segmentos de esquerda (25%) e centro esquerda (10%). São 34% no eixo centro direita/direita e 35% no eixo centro-esquerda/esquerda. Apenas 6% se apresentam como integralmente de centro e 24% disseram que não têm ideologia ou não sabem dizer:
O perfil ideológico de quem consome política(Photo: FGV)
O estudo também analisou a composição da dieta informacional dos entrevistados considerando os veículos de mídia. Os dados revelam que o Portal G1 (41%), a Jovem Pan (36%) e a CNN Brasil (26%) estão entre os veículos de comunicação mais acessados pelos participantes da pesquisa. Em uma posição intermediária estão O Globo (19%), Folha de S. Paulo (17%) e R7 (14%). Outros veículos de mídia foram relatados como fontes de informação em ambientes digitais por pouco menos de 10% dos entrevistados. Esse grupo inclui Estadão (9%), Brasil 247 (9%), Correio Braziliense (8%), Terra (7%), O Antagonista (6%) e O Povo (5%), seguidos por Zero Hora e O Liberal. Veja abaixo:
Veículos de mídia mais acessados online:
Veículos de mídia mais acessados online(Photo: Atlas / FGV)
A pesquisa também observou como a escolha de determinados veículos de mídia está associada à posição político-ideológica autodeclarada dos indivíduos entre direita e esquerda. Entre aqueles que relataram consumir informações produzidas pelo Brasil 247, 71% se identificaram como de esquerda ou centro-esquerda, enquanto apenas 19% se identificaram como de direita ou centro-direita. No polo político-ideológico oposto, as pessoas que se identificaram como de direita ou centro-direita representaram 64% dos que indicaram a Jovem Pan como sua fonte de informações on-line, enquanto apenas 9%do público desse veículo se classificaram como de esquerda ou centro-esquerda.
Veículos de mídia mais acessados online por ideologia:
O trabalho pioneiro da FGV trouxe importantes dados sobre o consumo de informação não apenas nas grandes plataformas digitais, as chamadas big techs, como também nos principais veículos digitais do País. "Com a centralidade da comunicação digital cada vez maior, compreender os hábitos de uso e fluxos informacionais nas mídias digitais é também compreender as transformações sociais e políticas das nossas sociedades", concluem os pesquisadores.
O ex-presidente do PT e deputado federal, Rui Falcão, falou em entrevista à TV 247 sobre as estratégias do partido para as eleições municipais deste ano.
Falcão, que deu detalhes sobre a "ponte" que fez para selar Marta Suplicy como vice na chapa de Guilherme Boulos em São Paulo, afirmou que a ex-prefeita é o elo entre a periferia e setores da elite na campanha do pré-candidato em São Paulo.
Ele também contou sobre a estratégia mais ampla do PT nas eleições municipais, citando os palanques em Porto Alegre e Goiânia como cruciais.
'O leque de alianças do PT se abriu significativamente com a frente ampla. Elas estão sendo autorizadas, mas não vamos abdicar de questões básicas para o PT', disse o deputado.
Sobre os rumores que circularam recentemente acerca de sua suposta resistência em deixar o cargo de presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Falcão explicou que a vaga deve ir ao PL e que não há reeleição para as comissões da Casa. Assista:
O governo federal reconheceu a situação de emergência decorrente das fortes chuvas e ventos intensos que atingiram Porto Alegre esta semana. Assinada pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff Barreiros, a Portaria nº 301, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional,foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira (19).
O reconhecimento federal ocorreu dois dias após a prefeitura da capital gaúcha ter decretado situação de emergência municipal devido aos estragos causados pelo temporal da última terça-feira (16), dispensando os órgãos públicos de Porto Alegre da obrigação de realizarem processos licitatórios para adquirirem bens e serviços necessários às ações de reparação dos estragos e restabelecimento dos serviços essenciais. O decreto também permite que a prefeitura solicite e receba, em menos tempo, recursos federais e estaduais.
“Por meio do decreto, encurtamos o caminho para a contratação de serviços na cidade. Nosso foco é o restabelecimento da rotina para os porto-alegrenses, buscando ouvir e atender as comunidades”, declarou o prefeito Sebastião Melo, na quarta-feira (17), a respeito do decreto municipal.
Segundo a prefeitura, as chuvas que atingiram a cidade com maior intensidade na noite de terça-feira causaram prejuízos e transtornos à população e afetaram os serviços municipais. Moradores de vários bairros ficaram sem energia elétrica. Cinco das seis estações de tratamento de água da capital foram afetadas, ameaçando deixar até 1,2 milhão de pessoas sem água caso os equipamentos não sejam rapidamente consertados. Entre quarta-feira e esta manhã, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) enviou 11 caminhões-pipa para atender hospitais e unidades de saúde que corriam o risco de ficar sem água.
Ainda de acordo com a prefeitura, mais de 100 serviços de saúde tiveram que restringir o atendimento devido a problemas como falta de luz, telefone ou internet. Dos hospitais de Porto Alegre, o mais afetado foi o São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). O destelhamento de parte do prédio do hospital resultou no alagamento da ala de Emergência e do Centro Diagnóstico por Imagem, além de 32 leitos destinados ao Sistema Único de Saúde que estavam inoperantes. Ao menos 44 estabelecimentos de ensino da capital sofreram algum dano estrutural e prejuízos materiais. Vários equipamentos de assistência social (centros de Referência de Assistência Social, centros de Referência Especializado de Assistência Social e centros Pop) também tiveram que interromper temporariamente o atendimento.
Outras cidades - Uma segunda portaria (nº 290) do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional publicada hoje, no Diário Oficial da União, reconhece a situação de emergência em outros 21 municípios do Rio Grande do Sul.
Também assinada pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, a portaria trata da situação de cidades atingidas por chuvas intensas, enxurradas, granizo e vendavais entre 20 de outubro e 24 de novembro do ano passado.
As cidades são Alpestre; Alto Feliz; Aratiba; Barão; Barão de Cotegipe; Bento Gonçalves; Braga; Cerro Largo; Feliz; Flores da Cunha; Independência; Jaquirana; Jóia; Pejuçara; Porto Lucena; Salvador do Sul; São José do Hortêncio; Tunas; Tupandi; Vale Real e Vista Gaúcha.
Fonte: Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O trabalho de colheita no maior estado produtor da oleaginosa também está adiantado
(Foto: Reuters)
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os agricultores de Mato Grosso colheram 12,82% da área de soja na safra 2023/24, avanço semanal de 6,36 pontos percentuais, adiantado ante a média histórica para o período de 7,93%, mostraram dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta sexta-feira.
O trabalho de colheita no maior Estado produtor da oleaginosa também está adiantado na comparação com o mesmo período do ano passado, quando 5,90% da área havia sido colhida.
Já o plantio de milho atingiu 3,93% da área, adiantado ante ritmo da mesma época do ano passado (2,22%), mas abaixo dos 7,64% da média histórica para o período, segundo o Imea.
A corporação também fornece explicações adicionais para as novas classificações
Polícia Federal (Foto: pf)
A Polícia Federal passou a englobar termos como "cisgênero" e "transgênero", que vão ser formalmente usados em depoimento e em documentos oficiais. Nos registros da corporação, a identificação vale para o campo "orientação sexual", com categorias como "heterossexual" e "homossexual" para classificar os depoentes.
A PF fornece explicações adicionais para as novas classificações. Junto com a identificação de gênero, o modelo incorpora detalhes como "cisgênero: se identifica com o gênero de nascimento" e "transgênero: não se identifica com o gênero de nascimento", conforme reportado pelo Metrópoles.
De acordo com fontes da PF, a medida vai ao encontro da política da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para pautas LGBTQIA+. O governo também passou a usar o termo "todes" em cerimônias oficiais.
A consulta tratará dos aspectos econômicos das big techs, como práticas abusivas aos consumidores e prejuízos à livre concorrência
(Foto: Reuters)
A partir desta sexta-feira (19) até 18 de março, o cidadão poderá enviar contribuições para regulamentação de aspectos econômicos e concorrenciais das grandes plataformas digitais, chamadas de big techs. O Ministério da Fazenda abriu consulta pública sobre o tema.
As contribuições poderão ser enviadas por meio da plataforma Participa + Brasil. Para responder à consulta pública, é necessário ter conta no Portal Gov.br.
Segundo o secretário de Reformas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, a consulta tratará dos aspectos econômicos das big techs, como práticas abusivas aos consumidores e prejuízos à livre concorrência. Ele esclareceu que temas como conteúdos, fake news e moderação de comentários não são da alçada da pasta.
A consulta pública, explicou o secretário, é necessária porque uma eventual regulação exigirá mudanças na Lei de Defesa da Concorrência. Até o fim do primeiro semestre, informou Barbosa, o governo concluirá o relatório da consulta e enviará uma proposta ao Congresso Nacional.
O secretário disse que a consulta considera relatórios do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão que monitora a livre concorrência e a concentração de mercado. Barbosa, no entanto, defendeu calma e prudência na regulação. “Não precisamos de pressa excessiva para trabalhar na regulação de plataformas. O tema está em curso na sociedade”, defendeu.
Outro ponto de atenção é a capacidade de as big techs constituírem grandes bancos de dados e processarem informações dos usuários, incluindo hábitos pessoais e de consumo. Em muitos casos, elas fornecem anúncios específicos com base nas informações pessoais dos consumidores. A troca de dados entre plataformas de diferentes empresas é outro problema que afeta a concorrência dos mercados.
Influência
A regulação das big techs já foi defendida, em diversas ocasiões, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
De acordo com o Ministério da Fazenda, as plataformas “exercem uma influência significativa sobre a organização e a dinâmica dos mercados contemporâneos”. A pasta citou como exemplo o aumento do trabalho remoto, das reuniões virtuais e das compras online após a pandemia da covid-19.
Medida não é obrigatória e será encaminhada ao ministro Flávio Dino
(Foto: Governo de SP/Divulgação)
O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) aprovou nesta sexta-feira (19) uma recomendação para o uso de câmeras corporais pelas polícias em todo o país. A medida não é obrigatória e será remetida ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para aprovação.
O texto aprovado estabelece regras gerais para gravação, armazenamento e acesso às imagens gravadas durante o trabalho de policiamento realizado pelas corporações.
Pelas regras, os órgãos de segurança pública deverão utilizar sistemas de câmeras que funcionam com acionamento automático. A gravação deverá ser feita durante todo o turno de serviço e armazenada pelo período mínimo de três meses.
As gravações deverão ser realizadas em prisões em flagrante, no cumprimento de mandados de prisão e em inspeções de atividades prisionais.
A recomendação prevê que interessados poderão pedir acesso às imagens, como pessoas que sofreram abordagens policiais inadequadas e agentes que forem acusados de abuso de autoridade e que queiram comprovar a legalidade de sua atuação.
De acordo com o presidente do conselho, Douglas Martins, o objetivo da recomendação é reforçar a transparência das ações policiais, obter provas para investigações, proteger a ação policial e auxiliar no controle externo da atividade policial pelo Ministério Público.
“Estamos tratando de uma recomendação. O conselho deliberou em vez de aprovar uma resolução, que teria um caráter mais impositivo, converter em recomendação, que aponta um horizonte do que é desejável”, afirmou.
O CNPCP é um colegiado ligado ao Ministério da Justiça e tem a função de auxiliar na formulação de políticas públicas na área criminal e penitenciária. O grupo é formado profissionais da área jurídica, professores e representantes da sociedade civil.
Casos de dengue avançam 72% em um ano. (Foto: ABr)
O Ministério da Saúde estima que podem ser registrados de 1,6 milhão até 5 milhões de casos de dengue em 2024. Em média, devem ocorrer 3,3 milhões. Foram notificados 2,9 milhões de casos, sendo 1.094 mortes, no ano passado.
A região Centro-Oeste deve ser a mais atingida. No Sudeste, é avaliado como potencial epidêmico, principalmente em Minas Gerais e no Espírito Santo. Na Região Sul, o Paraná deve atingir um "patamar alto" em relação aos novos casos de dengue. O Nordeste deve ter alta de casos da dengue, mas abaixo do limiar epidêmico. O Norte não foi considerado na avaliação.
Nas duas primeiras semanas epidemiológicas do ano (SE 1 e 2) foram registrados 528 e 331 casos de dengue, respectivamente, na cidade de São Paulo (SP). Em comparação com 2023, foram 206 e 111. Nenhuma morte foi confirmada na capital paulista.
Em entrevista à TV 247, o estudioso afirmou que a força-tarefa da Lava Jato foi desenvolvida nos Estados Unidos com o objetivo de desmantelar a indústria nacional. Assista
Fernando Fernandes e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução I Ricardo Stuckert)
O jurista Fernando Fernandes afirmou, durante entrevista à TV247, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "tem absoluta razão" ao condenar os métodos ilegaisde investigação usados por integrantes da Operação Lava Jato, entre eles a colaboração clandestina com autoridades estadunidenses.
'A Lava Jato ajudou os EUA a fazer com que a Petrobrás pagasse bilhões lá, beneficiando a República de Curitiba. A força-tarefa da Lava Jato foi desenvolvida nos Estados Unidos', afirmou Fernandes.
O estudioso citou o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2021. O jurista também mencionou o ex-deputado cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR), ex-procurador do Ministério Público Federal (MPF-PR).
'Moro trocava ofício com a Embaixada americana, criava empresa falsa... Ele foi fazer um curso em Harvard com Dallagnol, e depois da Lava Jato foi aos EUA, até sendo homenageado lá', afirmou, citando ainda a entrega de documentos sigilosos da Petrobrás a Washington.
Ele, que é autor de Geopolítica da Intervenção, detalhou como os EUA rebuscaram sua forma de intervenção, passando a usar também o Judiciário, e não somente meios militares. 'Há um telegrama da Embaixada americana no Brasil falando de um encontro que cita nominalmente o Moro, dizendo que é incrível como os juízes federais se comportam contra o governo', relatou.
Segundo Fernandes, as acusações da mídia de que Lula não teria provas do que diz são falsas, uma vez que a Vaza Jato comprovou a interferência dos EUA nos assuntos nacionais.
'A Vaza Jato trouxe diálogos deles com os procuradores americanos, que eram recebidos clandestinamente no Paraná, entregando aos EUA documentos sigilosos e secretos sobre a Petrobrás', afirmou.
Segundo uma das mensagens publicadas pela Vaza Jato em 2019, o então procurador Deltan Dallagnol afirmou, em um diálogo com o então juiz Sergio Moro, que certos detalhes da operação podem "depender de articulação com os americanos".
O país havia colhido 2,20% da área, e em 2022 a colheita era de 4,43%, segundo números da consultoria
Caminhão carregado com soja (Foto: JORGE ADORNO / REUTERS)
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O processo de colheita de soja no Brasil na temporada 2023/24 atingiu 5,72% da área total até esta sexta-feira (19), adiantado na média dos últimos cinco anos de 3,44%, apontou a consultoria Pátria AgroNegócios.
Nesta época em 2023, o Brasil havia colhido 2,20% da área, e em 2022 a colheita era de 4,43%, segundo dados da consultoria.
"O ritmo semanal de colheita se mantém acelerado, apesar de uma temporada de plantio lenta nesta safra", afirmou a consultoria em nota.
"Os relatos desta semana continuam apontando decepções. Entretanto, já começa a aparecer poucos resultados regulares, com reduções de produtividade de 5% a 10% sobre o potencial produtivo."
Contratos de projetos das rotas somaram US$ 2 trilhões, com interesse de 147 países. No Brasil, uma cifra de R$ 1,7 trilhão será investida no Programa de Aceleração do Crescimento
Ministros das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira (à esq.), e da China, Wang Yi (Foto: Itamaraty )
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou nesta sexta-feira (19), em Brasília (DF), que autoridades do país asiático pretende unir as obras do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Brasil com os investimentos internacionais da iniciativa Belt and Road (Cinturão e Rota), conhecida como a nova Rota da Seda.
Em dez anos, os contratos de projetos ligados à nova Rota da Seda somaram US$ 2 trilhões e 147 países ingressaram em projetos ou manifestaram interesse de participar da rota. O PAC, relançado em 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estima R$ 1,7 trilhão em investimentos, considerando recursos da União, estatais e setor privado.
Em discurso no Palácio do Itamaraty, Wang Yi sugeriu que os governos do Brasil e da China devem trabalhar em conjunto para aproximar os objetivos "entre a iniciativa Cinturão e Rota e o PAC do Brasil".
O chanceler defendeu mais abertura, inclusão e cooperação entre os dois programas governamentais. Também afirmou que as parcerias sino-brasileiras passam pela soja e pela exploração espacial. Segundo Wang Yi, há interesse em maior cooperação agrícola, na economia verde, economia digital, inteligência artificial e outras áreas.
Empresário publicou em suas redes prova de uma ação continuada - e ilegal - da Lava Jato contra seus adversários
Tony Garcia (à esq.) e Sérgio Moro (Foto: Reprodução/TV 247 | Agência Brasil)
O empresário e político Tony Garcia publicou nesta sexta-feira (19) na rede social X um documento para comprovar que as ilegalidades cometidas pelo ex-juiz suspeito e hoje senador, Sergio Moro (União Brasil-PR), não estão prescritas.
De acordo com o delator, o ex-juiz queria "chantagear, ameaçar, intimidar e torturar todos àqueles que não 'colaborassem' em sua sanha persecutória". "Na contramão do que dizem @SF_Moro e @deltanmd nenhum desses crimes estão prescritos. Isso dá cadeia!", afirmou.
"Os documentos oficiais abaixo são da força tarefa da Lava Jato datado de 26 de setembro de 2018 e assinado por todos seus integrantes. É uma das provas inequívocas de que o crime continuado dessa gente se deu no meu caso específico desde 2004, quando do meu acordo até 'ao menos' nessa data. Usaram desse expediente criminoso intimidatório para obrigarem-me a fornecer informações à eles como se obrigado fosse. O endereço que pedem a devassa sigilosa é do meu escritório", escreveu Garcia.
Também numa entrevista ao 247, o advogado Roberto Bertholdo, perseguido por Moro, confirmou as revelações do empresário Tony Garcia, de que integrantes do Judiciário participaram da chamada "festa da cueca", com garotas de programa, em Curitiba (PR), onde são julgados processos de primeira instância da Lava Jato.
Segundo Garcia, procuradores próximos de Moro tinham conhecimento da festa envolvendo desembargadores do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4-RS), onde são julgados os processos da segunda instância jurídica na Lava Jato. O empresário disse que o ex-magistrado usou o evento para chantagear membros do TRF4. A chantagem seria para que magistrados do tribunal atendessem a interesses do ex-juiz.
Segundo a PGR, o congressista "teria realizado abastecimentos em postos em valores exorbitantes, não condizentes com a necessidade da atuação parlamentar"
Alexandre Luiz Giordano (Foto: Agência Senado)
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que intime o senador Alexandre Luiz Giordano (MDB-SP) com o objetivo de prestar esclarecimentos sobre um suposto uso indevido de verba indenizatória no exercício de atividade parlamentar em postos de gasolina.
De acordo com a PGR, o senador "teria realizado abastecimentos em postos em valores exorbitantes, não condizentes com a necessidade da atuação parlamentar". "Ainda, seria recorrente em promover despesas de alto valor em restaurantes e churrascarias de luxo". Os relatos foram publicados no portal R7.
No pedido, o órgão informou que foram juntadas notas fiscais emitidas por um dos postos nas datas de 19 de dezembro de 2022 (R$ 3.940,78) e de 2 de janeiro de 2023 (R$ 1.691,22).
Em nota, a assessoria do parlamentar informou que os abastecimentos realizados ocorreram para cumprimento da atividade parlamentar em São Paulo e estão de acordo com as normas de ressarcimento do Senado.
"Ou seja, as respectivas notas fiscais apontadas não se referem a abastecimento diário, e sim de um período registrado, com vencimentos quinzenais ou até mensais, a depender da agenda parlamentar, e que os abastecimentos foram faturados em um único dia. Eventuais glosas em notas fiscais que ocorrem, se dão em razão de algum item adquirido que não é ressarcível, portanto não há pagamento pelo Senado, fazendo o Senado o pagamento somente dos combustíveis utilizados para os veículos que subsidiam a atividade parlamentar", disse.