A ministra Simone Tebet durante a inauguração fábrica de celulose em MS. Foto: reprodução
Na última quarta-feira (4), uma pesquisa do instituto Genial/Quaest mostrou que o governo Lula (PT) é reprovado por 90% dos “representantes” do mercado financeiro entrevistados. Já na última sexta-feira (7), Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, saiu em defesa da gestão petista, afirmando que não consegue acreditar na contradição vivida no Brasil.
“Temos investimentos públicos e privados andando no Brasil. Estamos com a menor taxa de desemprego da história e a maior taxa de ocupação já registrada. Além disso, retiramos 3 milhões de pessoas da extrema pobreza”, iniciou seu argumento durante a inauguração de uma fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul.
“Eu não posso acreditar que um governo com resultados tão concretos e bem avaliado seja considerado ruim por 90% do chamado ‘mercado’. Isso não é imparcialidade. É jogar contra o país”, disse ao lado de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e outros ministros.
De acordo com o estudo Genial/Quaest, apenas 3% dos entrevistados consideram o governo Lula como positivo enquanto outros 7% avaliam a gestão como regular.
Durante seu discurso, a ministra ainda afirmou que “quem joga contra o país quer afundá-lo”. “Nós não vamos permitir isso, graças à força do setor privado, do agronegócio, do comércio e da indústria. Tudo isso está bem conduzido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin”, enfatizou.
O estudo:
O estudo, que entrevistou 105 profissionais de fundos de investimento em São Paulo e no Rio de Janeiro, mostra que os 90% dos entrevistados que desaprovam a administração atual representam aumento significativo em relação aos 64% registrados em março.
A percepção negativa é amplamente influenciada pela política econômica do governo, com 96% dos entrevistados acreditando que as medidas econômicas do país estão indo na direção errada. Além disso, 88% dos participantes projetam uma deterioração do cenário econômico nos próximos meses.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também está sob escrutínio. Sua aprovação caiu de 50% para 41%, enquanto a desaprovação dobrou de 12% para 24% desde março. O levantamento indica que 61% dos profissionais do mercado financeiro veem Haddad com menos influência agora do que no início de seu mandato.
As recentes medidas fiscais anunciadas pelo governo também foram mal recebidas, com 58% dos entrevistados considerando o pacote fiscal “nada satisfatório”.
Ainda assim, 88% reconhecem que as ações propostas são favoráveis ao cumprimento da regra de gastos do arcabouço fiscal. As mudanças nos benefícios militares, incluindo o fim da ‘morte ficta’ e da transferência de pensão militar, são altamente apoiadas, com cerca de 99% de aprovação
Fonte: DCM
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