sábado, 7 de dezembro de 2024

Suspeitos de ligação com a morte de delator do PCC são liberados em menos de 24 horas

 

Vinícius Gritzbach. Foto: Divulgação
Dois suspeitos ligados à execução do delator do PCC, Vinícius Gritzbach, foram liberados pela Justiça neste sábado (7), após uma audiência de custódia que apontou suposta ilegalidade na prisão. O delator foi morto a tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no início de novembro.

Marcos Henrique Soares Brito Soares, de 23 anos, e seu tio, Allan Pereira Soares, de 44 anos, tiveram suas prisões relaxadas a pedido do Ministério Público, que considerou que a versão apresentada pela Polícia Militar não sustentava as alegações feitas nos autos do processo. Os dois haviam sido detidos na sexta-feira (6), na zona leste de São Paulo, após uma denúncia anônima indicar suposto envolvimento no crime.

Segundo a PM, a denúncia afirmava que Marcos Henrique estaria guardando armas e munições em sua residência. Durante a ação policial, os agentes afirmaram ter encontrado uma sacola com munições em um veículo destrancado estacionado em frente à casa, que pertencia a Allan Pereira.

No entanto, Allan negou a acusação, dizendo que as munições não lhe pertenciam e que não presenciou a suposta descoberta pelos policiais. Os dois homens, assim como Mateus Soares Brito, irmão de Marcos, foram presos e negaram envolvimento no crime. Todos afirmaram não serem donos das munições encontradas no local.
Policiais na cena do crime. Foto: Divulgação
A juíza Juliana Pitelli da Guia destacou que havia um pedido de prisão em nome de Mateus Soares Brito, mas não de Marcos e Allan. Em sua decisão, afirmou que “se houvesse algum indício de envolvimento de Marcos e Allan com o gravoso crime de homicídio em questão, certamente a autoridade policial os teria incluído naquele pedido [de prisão]”. Também destacou que ambos são primários, têm residência fixa e não possuem antecedentes criminais.

O advogado dos irmãos Marcos e Mateus, Eduardo Kuntz, acusou os policiais de plantarem as munições no carro de Allan. Ele afirmou que imagens de câmeras de segurança podem comprovar a versão. “Tudo isso é uma grande armação que vai ser apurada”, declarou.

Apesar das liberações, um dos homens presos neste sábado confessou ter ajudado Kauê do Amaral Coelho, suspeito de envolvimento na execução do delator, a fugir para o Rio de Janeiro. Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, Matheus Brito admitiu ter recebido a missão de tirar Kauê da cidade após o crime.

“Matheus não negou. Ele levou o Kauê para o Rio de Janeiro. Disse que ele teve a incumbência de tirar o Kauê da cidade e dar fuga. Por isso ele foi detido”, afirmou Nico durante coletiva de imprensa no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Fonte: DCM Com informações do Metrópoles.

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