Professor Alcides Ribeiro (PL-GO), deputado bolsonarista acusado de envolvimento em um caso de relações sexuais com menores, afirmou em nota que as acusações são parte de uma “narrativa desonesta” construída para prejudicá-lo politicamente. “Deploro a utilização preconceituosa, mesquinha e criminosa de minha pública orientação sexual como arma política. Sou homossexual, não sou bandido”, declarou.
Na quinta-feira (12), a Polícia Civil de Goiás realizou a Operação Peneira, que cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão contra três pessoas ligadas ao caso. Elas são acusadas de invadir a casa de um adolescente para apagar supostas imagens comprometedoras envolvendo o deputado.
Entre os presos, estão um segurança do parlamentar, que reside na casa de Alcides em Aparecida de Goiânia, e um assessor que trabalha com ele em Brasília. A operação foi conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia.
O deputado negou envolvimento com os crimes investigados e criticou a operação policial. “Rechaço de forma veemente o envolvimento de meu nome num cipoal de inverdades, adrede concebidas pelos que embalam o circo midiático montado pela espetaculosa Operação Peneira”, declarou.
Professor Alcides afirmou que pretende processar os responsáveis pelas acusações, classificando as denúncias como um reflexo da homofobia presente na sociedade. Ele também destacou ter sofrido preconceito ao longo da vida por ser homossexual.
Segundo o parlamentar, a operação policial é uma tentativa de atacar sua reputação. “A homofobia é um crime. A utilização do aparato policial para uma evidente operação midiática é crime. A tentativa de enxovalhamento da reputação de um homem honesto é crime”, enfatizou.
Em outubro deste ano, Alcides foi candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia, a segunda maior cidade de Goiás, e contou com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele terminou a disputa em segundo lugar, perdendo para Leandro Vilela, do MDB.
A Polícia Civil ainda não divulgou detalhes sobre as provas coletadas durante a operação, mas a investigação continua em andamento para esclarecer os fatos e identificar possíveis envolvidos.
Fonte: DCM
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