Analista André Jacobina denuncia distorções de Regina Duarte contra a memória de Leila Diniz, ícone da luta pelos direitos femininos na ditadura
Regina Duarte (Foto: Isac Nóbrega/PR)
A atriz bolsonarista Regina Duarte pediu à Justiça o encerramento do processo em que foi condenada por usar a imagem da atriz Leila Diniz, ícone da luta pelos direitos femininos durante a ditadura militar, sem autorização. O caso envolve a publicação de uma imagem que sugeria falsamente apoio de Diniz à ditadura militar.
Segundo o jornalista Ancelmo Gois, de O Globo, Duarte já pagou R$ 56,4 mil e se retratou publicamente, mas os herdeiros de Leila alegam que o valor devido é de R$ 122 mil. A retratação pública de Duarte, que chegou a integrar o governo de Jair Bolsonaro, ocorreu em julho de 2024.
Em nova manifestação, a defesa de Duarte apelou para que o juiz responsável finalize o caso, enquanto ela própria acusou a filha de Leila, Janaína Diniz Guerra, de tentar “humilhá-la e tirar vantagem”.
Confira abaixo comentários do analista de política André Jacobina - Bacharel e licenciado em história (UFBA), mestre em História Social (PPGH-UFBA) e doutor em saúde pública (ISC-UFBA), André Jacobina comentou o caso em vídeo no seu canal do YouTube, pedindo respeito à memória de Leila Diniz.
"Ela usou uma imagem da Leila Diniz, fazendo um protesto contra a ditadura e contra a censura, em um discurso a favor da ditadura militar. Por essa violência simbólica a Regina Duarte foi condenada", disse Jacobina.
"A ditadura militar é uma ferida aberta desse país e finalmente os militares que conspiraram contra a democracia brasileira estão sendo responsabilizados, mas não podem ser admitidas mentiras contra as pessoas que lutaram contra a ditadura militar. Esse tipo de mentira tem que ser exposta e conhecida, e a memória de todos que lutaram contra a ditadura militar tem que ser preservada", acrescentou.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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