No registro, é possível observar quatro policiais, não identificados, discutindo a operação com três advogados
A Corregedoria da PM apura as circunstâncias do caso
Policiais militares investigados por envolvimento em uma ação controversa na zona sul de São Paulo, onde um homem rendido foi jogado de uma ponte, relataram a dinâmica do episódio a advogados em frente à Corregedoria da Polícia Militar, no centro da capital. A reunião ocorreu na última terça-feira (3) e parte da conversa foi registrada em vídeo pelo Metrópoles, que divulgou as imagens.
No registro, é possível observar quatro policiais, não identificados, discutindo a operação com três advogados. Um dos agentes, de costas para a câmera, descreveu detalhes da perseguição que culminou no ato de violência. De acordo com testemunhas ouvidas pelo Metrópoles, a vítima, embora ferida, conseguiu sair andando do local após o ataque. Até a noite de terça, porém, não havia sido localizada.
Durante a conversa, o PM narrou trechos da ação: “Alinhadinho ali na base 1 [sic]. Aí vem uma motinho e de um lado o moleque sai correndo. Aí eu saio de dentro da viatura e tento acertar ele. Não acertei. Desembarquei. Isso quando eu subo, aí é justamente o moleque de azul, eu vi que ele chegou ali em cima…. [inaudível]. Eu teria descido para dar um tiro… [inaudível]. Aí eu pensei muito naquilo… [inaudível].”
◉ Investigação em andamento
A gravação ocorreu enquanto os policiais aguardavam para prestar depoimento à Corregedoria. Ao todo, 13 agentes foram afastados das ruas enquanto a investigação avança. Um dos policiais já ouvidos foi o soldado de primeira classe Luan Felipe Alves Pereira, de 29 anos, suspeito de ser o autor do ataque. Imagens divulgadas anteriormente mostram um PM empurrando a vítima da ponte.
Segundo o advogado de Pereira, o soldado compareceu à Corregedoria e negou-se a comentar o caso à imprensa. A defesa confirmou que ele é investigado como o responsável pela agressão.
O caso chamou atenção pela gravidade da conduta policial e pela violência envolvida. A Polícia Militar de São Paulo destacou que todos os agentes estão sob investigação e prometeu colaborar com as apurações.
A ação reforça os debates sobre o uso excessivo da força por parte das autoridades, reacendendo questionamentos sobre práticas de abordagem e os limites da atuação policial.
Fonte: Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário