quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

PF indicia mais três militares por participação em tentativa de golpe

O número de indiciados no inquérito do golpe chegou a 40

Agentes da Polícia Federal (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A Polícia Federal indiciou nesta quarta-feira (11) o indiciamento de mais três pessoas no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022, informa o G1. Os novos indiciados, todos militares, são: Aparecido Andrade Portela, Reginaldo Vieira de Abreu e Rodrigo Bezerra de Azevedo. Com a atualização, o número de indiciados no inquérito do golpe chega a 40 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a PF, Aparecido Andrade Portella, militar da reserva, agiu como intermediário entre o governo Bolsonaro e financiadores de atos antidemocráticos. Portella visitou o Palácio da Alvorada ao menos 13 vezes em dezembro de 2022, reforçando sua proximidade com o ex-presidente. Investigações apontam que ele usava o codinome “churrasco” para se referir ao golpe e mencionava financiadores cobrando o cumprimento da “ruptura institucional”. Ao ser interrogado, Portella permaneceu em silêncio.

Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército e chefe de gabinete na Secretaria-Geral da Presidência, é acusado de difundir desinformação sobre o sistema eleitoral e de manipular relatórios das Forças Armadas para apoiar mentiras propagadas pelo argentino Fernando Cerimedo. Ele também teria monitorado o deslocamento do ministro Gilmar Mendes e compartilhado informações com conspiradores.

Rodrigo Bezerra de Azevedo, major do Exército e integrante do Comando de Operações Especiais (Copesp), foi identificado como parte do núcleo operacional do plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes. Registros telefônicos indicam que ele utilizou aparelhos clandestinos e estava vinculado a contas bancárias abertas fraudulentamente. Azevedo negou envolvimento, mas a PF considerou suas explicações inconsistentes.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

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