sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

PF faz operação que tem secretário de Transportes do Rio como alvo pela suspeita de compra de votos

Além de Washington Reis, os prefeitos de Duque de Caxias, Wilson Reis, e o prefeito eleito da cidade, Netinho Reis, também são alvos da PF

Washington Reis (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

 O secretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro, Washington Reis (MDB), foi alvo de uma operação da Polícia Federal, deflagrada nesta sexta-feira (13), que investiga a suspeita de compra de votos nas eleições municipais. Além dele, segundo a Folha de S. Paulo, os prefeitos de Duque de Caxias, Wilson Reis (MDB), e o prefeito eleito da cidade, Netinho Reis (MDB), também são alvos da Operação Têmis. O g1 noticia, ainda, que Valdecy da Saúde, deputado estadual, Fernanda da Costa, vereadora de Caxias e Wellington da Rosa, assessor do deputado Valdecy da Saúde, também estão entre os objetos da investigação, que mira um esquema de financiamento ilícito de campanhas políticas, com o uso de empresas contratadas pelo poder público para beneficiar candidatos e manter o domínio político nas regiões envolvidas.

A operação investiga ainda um grupo de vereadores, cujos nomes estavam em uma lista apreendida junto a um empresário preso com R$ 1,9 milhão dias antes das eleições. Entre os investigados, está a vereadora Fernanda da Costa (MDB), filha do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. A PF aponta que o grupo movimentou grandes quantias de dinheiro para financiar campanhas de forma ilegal, envolvendo crimes como organização criminosa, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.

O vínculo de Washington Reis com Jair Bolsonaro (PL) e sua atuação no governo estadual também são destacados na investigação. Reis, que foi um dos indicados para a chapa de vice-governador em 2022, é apontado como líder de um grupo político envolvido na fraude do cartão de vacinação de Bolsonaro, com participação direta da Prefeitura de Duque de Caxias, cidade que ele já governou.

O caso é um desdobramento da prisão em flagrante do empresário Eduardo Penha Ribeiro, que foi detido ao sair de uma agência bancária com a quantia de R$ 1,9 milhão, juntamente com uma lista de vereadores ligados ao esquema. Durante a investigação, a PF encontrou comprovantes bancários que indicam saques de até R$ 14,4 milhões, além de contratos milionários entre a empresa de Ribeiro, a Centro de Imagem e Diagnóstico São Jorge, e a Prefeitura de Duque de Caxias, que somam cerca de R$ 80 milhões.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo e G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário