Operação recumpriu nove mandados de prisão preventiva no Brasil, um na Espanha, e 31 mandados de busca e apreensão em diversos estados brasileiros
Polícia Federal (Foto: Marcelo Camargo / Arquivo Agência Brasil)
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (10) a Operação Mafiusi, uma ação internacional de combate ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro, resultado da colaboração entre as autoridades brasileiras, italianas e espanholas. A operação envolveu a PF, o Ministério Público Federal, a Receita Federal, a Procuradoria-Geral da República e a Guarda Civil Espanhola, além de contar com o apoio das organizações internacionais Eurojust, Europol e Interpol. Foram realizadas prisões e cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos locais, tanto no Brasil quanto na Itália, desmantelando dois grupos criminosos interligados, responsáveis pelo envio de grandes quantidades de cocaína da América do Sul para a Europa, com a utilização do Porto de Paranaguá como um ponto estratégico.
As investigações começaram em 2019, após a prisão de dois membros da máfia italiana em Praia Grande, São Paulo, o que levou à criação de uma equipe conjunta de investigação entre as autoridades brasileiras e italianas. A parceria envolveu o Ministério Público de Turim, os Carabinieri Italianos, a Polícia Federal do Brasil e o Ministério Público Federal, e resultou em uma série de operações conjuntas que desarticularam uma rede complexa de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que movimentou cerca de R$ 2 bilhões entre 2018 e 2022.
A Operação Mafiusi aprofundou as investigações em torno de um núcleo de criminosos ligados tanto à máfia italiana quanto a facções criminosas de São Paulo. Estes indivíduos eram responsáveis pela logística do tráfico, que usava contêineres com cargas aparentemente inofensivas, como cerâmica, louça sanitária e madeira, para ocultar a cocaína. Além disso, a organização também utilizava aeronaves privadas para transportar a droga para a Bélgica, antes de ser retirada por membros da rede criminosa.
A operação resultou no cumprimento de nove mandados de prisão preventiva no Brasil, um na Espanha, e 31 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Roraima. Medidas patrimoniais também foram decretadas, com o sequestro de imóveis e o bloqueio de bens e valores nas contas bancárias dos investigados, totalizando aproximadamente R$ 126 milhões.
Fonte: Brasil 247
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