O pastor Sergio Dusilek fazendo oração a Lula. Foto: reprodução
Pastores evangélicos e líderes religiosos se mobilizaram na manhã desta terça-feira (10) em grupos de WhatsApp para pedir orações pela recuperação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que passou por uma cirurgia para drenagem de hematoma decorrente de uma hemorragia intracraniana. A notícia do procedimento gerou comoção entre líderes religiosos que apoiaram a eleição de Lula e que continuam ativos no diálogo com o público evangélico.
Os grupos foram formados ainda durante as eleições de 2022 por religiosos alinhados ao Partido dos Trabalhadores. Seu objetivo é estabelecer uma ponte entre as pautas progressistas e a comunidade evangélica, tradicionalmente vista como conservadora.
Um dos principais líderes a se manifestar foi o pastor batista Sergio Dusilek, que enviou mensagens de encorajamento e fé. Dusilek, que colaborou na elaboração de uma cartilha do PT voltada ao diálogo com evangélicos.
“Foi Deus quem colocou o presidente Lula de volta na Presidência da República. Pedimos que este mandato seja cumprido para tua honra e glória, Senhor, e também em favor daqueles que mais precisam”, suplicou Dusilek.
Já a pastora Lusmarina Campos, conhecida por sua atuação em causas sociais, também compartilhou palavras de fé e esperança em um áudio no grupo: “Deus já livrou Lula de tantas, tantas ameaças e perigos. Que Ele o livre desta também”.
Líderes evangélicos entre os parlamentares também se manifestaram. O deputado federal e pastor Otoni de Paula (MDB-RJ) pediu nas redes sociais que seus seguidores orem pelo petista.
“O que temos que fazer como igreja do Senhor? A resposta é simples: ORAR. Se vc como cristão não consegue fazer isso, por conta do ódio político, lamento dizer que seu Messias não é o meu”, escreveu Otoni no X, antigo Twitter, buscando a conscientização do seu público. “Interceder pelas autoridades é nosso dever”, finalizou.
Condição do presidente:
Já nesta terça-feira (10), os médicos do Hospital Sírio-Libanês comunicaram que o quadro de Lula é estável e que ele conversa normalmente, com suas funções neurológicas estão preservadas. “O presidente evoluiu bem, já chegou da cirurgia praticamente acordado e foi extubado. Ele está se alimentando e ficará em observação nos próximos dias”, disse o médico Roberto Kalil.
O procedimento foi necessário após exames em Brasília detectarem uma hemorragia intracraniana de aproximadamente três centímetros, localizada no lobo frontal esquerdo. A tomografia e a ressonância magnética confirmaram o sangramento, que foi tratado cirurgicamente.
Segundo o neurocirurgião Marcos Stavale, a cirurgia durou cerca de duas horas, e o cérebro do presidente não sofreu prejuízo. “O sangramento foi removido, e o cérebro está descomprimido, com todas as funções preservadas”, afirmou Stavale.
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