O tenente-coronel Mauro Cid e o general da reserva Walter Braga Netto: o ex-ajudante de ordens quer submergir. Foto: reprodução
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), sinalizou a aliados que não está disposto a participar de uma acareação com o general da reserva e ex-ministro Braga Netto, conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
A proposta foi feita pelo advogado José Luis de Oliveira Lima, conhecido como “Juca”, que assumiu a defesa de Braga Netto em 18 de dezembro. O procedimento consiste em colocar duas ou mais pessoas frente a frente, sob supervisão policial, para confrontar versões sobre fatos específicos.
Aliados de Cid afirmam que uma acareação com um general representaria uma situação delicada devido à hierarquia no Exército. Além disso, Cid tem comentado que o procedimento o traria novamente ao centro das atenções no noticiário policial e político, algo que ele prefere evitar neste momento.
Braga Netto está preso no Rio de Janeiro desde 14 de dezembro, acusado de obstrução de Justiça no inquérito sobre o golpe. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou sua prisão, cita trechos da delação premiada de Cid.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro declarou à Polícia Federal (PF) que Braga Netto realizou uma reunião em seu apartamento para discutir planos golpistas e arrecadou dinheiro para financiar algumas dessas ações.
Em contrapartida, a defesa de Braga Netto rejeitou as acusações e classificou Cid como “mentiroso contumaz”. “Ele prestou onze depoimentos, mentiu e tentou corrigir a mentira. É um mentiroso contumaz”, afirmou José Luis de Oliveira Lima.
O advogado defendeu que Braga Netto “jamais participou de qualquer reunião ou ato referente a golpe” e argumentou que as acusações contra o general são baseadas em depoimentos imprecisos. A defesa sustenta que Braga Netto não cometeu nenhum crime e descartou a possibilidade de um acordo de delação premiada.
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