O ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, prestou um novo depoimento à Polícia Federal (PF) na tarde desta quinta-feira (5), em Brasília. O depoimento teve como objetivo esclarecer declarações feitas pelo advogado do ex-ajudante, Cezar Bittencourt, em uma entrevista à imprensa.
Segundo fontes da PF, a oitiva teve como foco principal a entrevista concedida por Bittencourt no dia 22 de novembro, na qual ele afirmou que Mauro Cid teria relatado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Bolsonaro sabia de um plano para matar o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.
Minutos após a declaração, o advogado recuou, afirmando que o plano mencionado não envolvia a morte de Lula, mas sim uma questão relacionada a acontecimentos que envolviam o entorno do ex-presidente.
Durante o depoimento desta quinta-feira, Cid reafirmou à PF que seu advogado se “confundiu” ao dar a entrevista. A oitiva foi conduzida pelo delegado Fábio Shor, e, de acordo com fontes da Polícia Federal, Bittencourt, presente durante o depoimento, confirmou o erro na declaração feita anteriormente.
Em sua fala à PF, o tenente-coronel afirmou categoricamente que não tinha conhecimento de qualquer plano para matar o presidente Lula e, por isso, não poderia confirmar se Bolsonaro estava ou não ciente dessa suposta trama.
O depoimento de Mauro Cid teve início por volta das 15h e se estendeu até às 16h40. Após a oitiva, o ex-ajudante de ordens evitou se pronunciar com a imprensa, deixando a sede da PF em completo silêncio.
A investigação da Polícia Federal segue em andamento, com a continuidade das apurações sobre o envolvimento de Cid e outros personagens no caso. O conteúdo do depoimento e as novas informações obtidas pela PF devem embasar os próximos passos da investigação.
Fonte: DCM
Nenhum comentário:
Postar um comentário