O presidente Luiz Inácio Lula da Silva – Divulgação/PR
Entidades brasileiras encaminharam carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitando o reconhecimento da eleição de Nicolás Maduro na Venezuela. A ação ocorre em meio à aproximação da posse do venezuelano, marcada para 10 de janeiro de 2025, e a persistente crise diplomática entre Brasília e Caracas. Com informações de Jamil Chade, no Uol.
Quem Assina a Carta?
A petição é assinada por importantes movimentos sociais e organizações brasileiras, como:
● Movimento Nacional de Juventude;
● Associação Brasileira de Imprensa;
● Associação Brasileira de Juristas pela Democracia;
● Confederação Nacional das Associações de Moradores;
● Movimento Brasil Popular;
● Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra;
● União Brasileira de Mulheres;
● União Brasileira dos Estudantes Secundaristas;
● União de Negros pela Igualdade;
●União Nacional LGBT.
Além disso, outras entidades como a Federação Árabe Palestina do Brasil e o Instituto Brasil Palestina também apoiam a iniciativa.
Em julho de 2024, Nicolás Maduro anunciou sua vitória nas eleições presidenciais. A oposição, entretanto, alegou fraude, afirmando que seu candidato, Edmundo Gonzalez, foi o verdadeiro vencedor. O governo brasileiro, até então, se absteve de reconhecer o resultado, alegando a ausência de atas oficiais dos resultados.
A crise agravou-se com críticas do governo Maduro ao assessor especial de Lula, Celso Amorim, e acusações de que a diplomacia brasileira estaria alinhada aos interesses norte-americanos.
Argumentos dos Movimentos Sociais
Na carta, as entidades destacam:
- Importância das Relações Bilaterais: O documento enfatiza a necessidade de boas relações entre Brasil e Venezuela, fundamentadas no respeito mútuo e na cooperação.
- Reconhecimento da Soberania Venezuelana: As entidades argumentam que reconhecer a reeleição de Maduro reforça o compromisso brasileiro com a autodeterminação dos povos e fortalece a integração regional.
- Riscos de Movimentos Extremistas: O grupo alerta para os perigos representados por setores radicais na Venezuela, que, segundo eles, têm promovido agendas polarizadoras e desestabilizadoras, ameaçando a estabilidade da América Latina.
Os movimentos elogiaram a política de integração regional promovida por Lula, citando o Consenso de Brasília, de maio de 2023, como uma base para a construção de um diálogo mais profundo entre as nações sul-americanas. O texto também alerta que uma postura contrária ao reconhecimento pode enfraquecer a diplomacia brasileira e gerar reflexos negativos na estabilidade regional.
Ao solicitar que o petista reconheça a legitimidade da eleição de Nicolás Maduro, os movimentos sociais defendem que o Brasil envia uma mensagem de apoio à paz, à estabilidade regional e ao fortalecimento dos laços latino-americanos, em um momento crucial para o cenário global.
Fonte: DCM com informações do UOL
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