A colunista Míriam Leitão, em um artigo publicado no Globo, apontou para a contradição do mercado financeiro em apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ela, os investidores “compram e vendem pessimismo” ao se mostrarem “furiosos” com o governo Lula (PT) sob o argumento de “temer a incerteza fiscal”, de acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (4).
“Os operadores entrevistados mostram na rejeição à situação atual, temor de não saber como ficará a trajetória da dívida e o déficit público. Mas aceitam a mais imprevisível das ordens, a autoritária”, escreveu a jornalista. Segundo o estudo, 80% dos entrevistados votariam em Bolsonaro, indiciado por tramar um golpe de Estado após as eleições de 2022.
Leitão ainda acusa o mercado financeiro de agir de “forma apaixonada” enquanto “deveria analisar friamente a conjuntura econômica para fazer suas alocações de recursos de terceiros”. De acordo com a jornalista, esse público ignora fatores que melhoraram a vida de brasileiros sob o governo Lula e cria “um ambiente de crise no Brasil”.
“A pobreza foi reduzida ao menor patamar da História, a economia deve crescer 3,5% este ano, depois de uma alta do PIB de 3,2% no ano passado, a situação é próxima do pleno emprego, a renda cresceu”, argumentou Míriam, afirmando que a insatisfação do mercado passa a impressão de que o Brasil vive “duas realidades paralelas”.
Fonte: DCM
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