O depoimento ocorre duas semanas após ele ter sido ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto. Edilson Rodrigues-Agência Senado
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, prestará um novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (5). A informação foi divulgada pela CNN Brasil. Cid, que firmou um acordo de delação premiada, tem fornecido informações cruciais para inquéritos que investigam o ex-presidente e aliados.
O depoimento ocorre duas semanas após ele ter sido ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante essa audiência, Cid conseguiu manter os benefícios de sua colaboração premiada, que estavam em risco devido a contradições e omissões em suas declarações à PF sobre a suposta trama golpista investigada.
Acusações e implicações
No mês passado, Mauro Cid foi indiciado, ao lado de Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas, por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. O inquérito já foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), e cabe ao procurador-geral, Paulo Gonet, decidir se apresentará denúncia contra os indiciados.
Entre os detalhes que ajudaram Cid a preservar sua delação, estão informações sobre o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa de Bolsonaro na eleição presidencial de 2022. Esses dados foram considerados relevantes para o avanço das investigações.
Além das acusações relacionadas à tentativa de golpe, Mauro Cid, Bolsonaro e outros aliados também foram indiciados em outros casos investigados pela PF, como a falsificação do cartão de vacinas contra a Covid-19 e a venda das joias sauditas recebidas pelo ex-presidente durante o mandato.
Estratégia de defesa
O tenente-coronel já prestou mais de dez depoimentos no âmbito das investigações e tem sido uma peça-chave na busca por provas que esclareçam as denúncias contra Bolsonaro e seus aliados. A delação premiada de Cid permite que ele coopere com a Justiça em troca de possíveis reduções de pena, desde que cumpra as condições do acordo e forneça informações consistentes e relevantes para os inquéritos.
Com as investigações avançando e os depoimentos de Mauro Cid trazendo novos desdobramentos, a expectativa recai sobre a decisão da PGR em relação às denúncias, bem como sobre o impacto das revelações nas futuras etapas processuais. Enquanto isso, a delação de Cid segue no centro das atenções no cenário jurídico e político.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil
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