Os casos citados pelo governador são a execução do jovem Gabriel Renan (26), sobrinho do rapper Eduardo Taddeo (ex-membro do grupo Facção Central), que foi morto pelas costas por um PM em novembro, e um policial que jogou um homem do alto de uma ponte em Carapicuíba, Grande SP, nesta segunda (2).
Mais cedo, Derrite afirmou que os casos “mancham” o legado da PM. “Policial não atira pelas costas em um furto sem ameaça à vida e não arremessa ninguém pelo muro. Pelos bons policiais que não devem carregar fardo de irresponsabilidade de alguns, haverá severa punição”, escreveu o secretário.
Apesar das promessas de punição, o governo de São Paulo promoveu uma medida em julho deste ano para blindar PMs criminosos. Em boletim interno, a Secretaria de Segurança Pública do estado mudou as regras sobre o afastamento de policiais suspeitos de cometer crimes como agressão, corrupção ou adulteração de cena de crime.
Com a nova norma, apenas o subcomandante da PM e homem de confiança de Derrite, José Augusto Coutinho, poderá afastar os suspeitos das ruas. O próprio secretário já foi investigado por 16 homicídios em operações policiais.
Entre janeiro e outubro de 2024, as polícias Civil e Militar de São Paulo mataram 676 pessoas, uma alta de 66% na comparação com o mesmo período no ano passado. O número já supera os anos inteiros de 2021, 2022 e 2023.
O próprio governador também já minimizou denúncias de violência policial. Em março deste ano, ao ser questionado sobre críticas de entidades de diretos humanos e da Ouvidora das Polícias após operações na Baixada Santista que mataram 39 pessoas até o início de fevereiro, ele afirmou: “O pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta que eu não estou nem aí”.
Fonte: DCM
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