sábado, 14 de dezembro de 2024

Gleisi:"punição para todos, a começar pelo chefe inelegível; sem anistia"

Presidente nacional do PT destaca importância da prisão de Braga Netto e reforça o enfrentamento à extrema direita no Brasil

Gleisi Hoffmann (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro e acusado de participação em um plano golpista, foi comemorada pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Em declaração pública neste sábado (14), Gleisi sublinhou a gravidade dos crimes imputados a Braga Netto e outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, defendendo punição exemplar para todos os envolvidos.

"Braga Netto foi preso preventivamente porque tentou atrapalhar as investigações da polícia, isso depois de todos saberem que entregou dinheiro vivo em caixas de vinho, participando de plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Queriam se manter no governo a qualquer custo, para continuar a venda do país", afirmou Gleisi.

◉ Uma ação contra os ataques à democracia

A prisão de Braga Netto ocorreu durante operação da Polícia Federal, que cumpriu mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é investigado por tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula, eleito democraticamente em 2022. O militar está detido no Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro, e a operação também incluiu buscas em endereços associados ao general.

Gleisi ressaltou que a prisão de Braga Netto, a condenação de Roberto Jefferson a nove anos de prisão pelo STF e os avanços no processo de cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) representam passos significativos no enfrentamento às ameaças à democracia. Segundo ela, esses nomes são símbolos da cúpula bolsonarista que promoveu ódio e violência política no Brasil:

"Essa prisão, a condenação de Roberto Jefferson e a formação de maioria no TRE-SP para cassar a deputada Carla Zambelli por suas mentiras são notícias importantes no enfrentamento à extrema direita. São três nomes da cúpula bolsonarista que cometeram crimes gravíssimos contra a democracia. Três incitadores do ódio e da violência política. Com essa gente não pode haver impunidade."

◉ "Sem anistia"

Para a presidente do PT, é fundamental que as punições não se limitem a figuras intermediárias, mas cheguem ao núcleo central do bolsonarismo, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ataques às urnas eletrônicas.

"Punição para todos, a começar pelo chefe inelegível. Sem anistia", afirmou Gleisi, ecoando um sentimento presente em parte da sociedade de que é necessário responsabilizar todas as figuras envolvidas em atos contra o Estado Democrático de Direito.

◉ A resposta da Justiça

A operação contra Braga Netto e os desdobramentos em casos envolvendo outros membros do bolsonarismo são interpretados como sinais do fortalecimento das instituições brasileiras no combate às ameaças à democracia. O STF e outros órgãos têm intensificado ações contra grupos e lideranças que, segundo as investigações, atuaram para minar o processo eleitoral e a estabilidade política do país.

Para Gleisi, este é apenas o início de um processo mais amplo de responsabilização: "Com essa gente, não pode haver impunidade."

Fonte: Brasil 247

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