Militares apontam que o ex-comandante do Exército sabia da trama golpista e não fez nada para impedi-la
General Marcos Freire Gomes (Foto: Divulgação)
O general da reserva Freire Gomes, ex-comandante do Exército, se prepara para enfrentar acusações de militares indiciados pela Polícia Federal no inquérito que apura um plano de golpe de Estado durante o governo Jair Bolsonaro. Segundo informações publicadas pela jornalista Bela Megale, do Globo, os militares indiciados apontam que Freire Gomes teria conhecimento da trama golpista e não feito para impedi-la, acusação que o general nega.
Em depoimento à Polícia Federal, Freire Gomes detalhou que foi contra a proposta da minuta golpista apresentada por Bolsonaro durante uma reunião com comandantes das Forças Armadas. Ele foi apoiado pelo ex-chefe da Aeronáutica, Baptista Júnior, que também se posicionou contra a investida golpista. Por outro lado, o ex-comandante da Marinha, Almir Santos Garnier, figura entre os indiciados e tem adotado uma postura ofensiva contra Freire Gomes, sinalizando a intenção de dificultar sua defesa na Justiça.
Inicialmente, a Polícia Federal tratava Freire Gomes como suspeito de omissão diante do plano golpista. No entanto, essa abordagem foi revista após seu depoimento neste ano, quando ele revelou ter se posicionado contra a tentativa de ruptura institucional. Investigadores indicaram que a linha de apuração mudou, excluindo a suspeita de omissão por parte do general.
Apesar disso, militares indiciados no inquérito insistem em alegar que Freire Gomes não agiu com o protagonismo necessário para frear a proposta golpista. Essa narrativa é vista por aliados do general como uma tentativa de retaliação pelo fato de ele ter rejeitado o plano desde o início.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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