segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Economia supera expectativas, mas gestão de Haddad é mal avaliada

Segundo pesquisa Datafolha, 27% consideram a gestão de Haddad como boa ou ótima, enquanto 34% a classificam como regular. Outros 34% avaliam como negativa

Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)

Pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (16) pela Folha de S. Paulo, aponta a avaliação dos brasileiros sobre a gestão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à frente da política econômica do Brasil. As propostas de corte de gastos e as reformas tributária e fiscal enfrentam críticas significativas, refletindo uma visão polarizada entre os cidadãos. O levantamento, realizado entre os dias 12 e 13 de dezembro, revela uma diferença de percepção entre os que tomaram conhecimento das medidas e os que não o fizeram.

De acordo com o estudo, 27% consideram a gestão de Haddad como boa ou ótima, enquanto 34% a classificam como regular. Outros 34% a avaliam como ruim ou péssima. A pesquisa, que envolveu 2.002 entrevistas em 113 municípios, revela ainda que uma parcela significativa da população (59%) não tomou conhecimento do pacote de corte de gastos.

As críticas à gestão de Haddad ficaram mais evidentes entre os 41% que acompanharam o anúncio do pacote referente ao ajuste fiscal. Desses, 42% consideram a gestão ruim ou péssima, e apenas 29% a consideram boa ou ótima. O pacote de medidas, que inclui a reforma tributária e sugestões como isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 e tributação mínima para quem ganha acima de R$ 50 mil, foi mal recebido por economistas e especialistas, que o consideraram insuficiente para lidar com o crescimento da dívida pública.

Em um cenário de maior polarização, a pesquisa também revela o apoio popular para algumas das propostas do governo. Medidas como o reforço na fiscalização do Bolsa Família e a fixação de idade mínima para aposentadoria dos militares foram amplamente apoiadas pela população, com 89% e 73% de aprovação, respectivamente. No entanto, questões como a limitação de reajustes do salário mínimo geraram divisão, com 61% contra a limitação do aumento real, e 36% a favor.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

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