As fake news espalhadas pelo perfil “Insiderscapital”, com notícias falsas
Dawisson Belém Lopes, professor de Política Internacional e Comparada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), criticou a Faria Lima e seu papel na alta do dólar, a partir da manipulação de uma conta fake no X inventando frases de Gabriel Galípolo.
Em uma das falas falsas, Galípolo, que assumirá a presidência do Banco Central em janeiro, teria se referido ao dólar como “moeda estadunidense” e projetado sua cotação em R$ 5, provocando agitação entre investidores e analistas econômicos.
Em outra, ele teria apontado que “a moeda dos Brics nos salvaguardaria da extrema influência que o dólar exerce no nosso mercado”. A cascata foi amplificada por páginas de análise econômica e uma conta com mais de 100 mil seguidores, o que ajudou a disseminar o conteúdo enganoso. O perfil “Insiders Capital” foi apagado.
“Em que momento as pessoas começaram a achar que propagação de fake news e cometimento de crimes contra a economia popular são condutas admissíveis, tuteladas pela ‘liberdade de expressão’? Trago más notícias para elas: a Lei Penal e a jurisprudência recente não lhes dão acolhida”, escreveu Dawisson nas redes.
“É preciso começar a responsabilizar a bandalha do mercado financeiro, exatamente como foi feito com os arruaceiros do 8 de janeiro. Rapidinho, a turma sossega o facho”.
“Lei 1521/51, Art 3o., VI – provocar a alta ou baixa de preços de mercadorias, títulos públicos, valores ou salários por meio de notícias falsas, operações fictícias ou qualquer outro artifício. Pena – detenção, de 2 (dois) anos a 10 (dez) anos, e multa. Discutam com a Lei Penal”, prosseguiu.
O senador Fabiano Contarato fez coro.
“O que a jornalista Míriam Leitão definiu como ataque especulativo por parte da Faria Lima, desvalorizando a nossa moeda artificialmente, é nada mais que um ato estruturado de sabotagem por pessoas que se dizem patriotas e escolhem deliberadamente agir contra o Brasil. Criou-se um mito de que o ‘mercado’ atua com uma mão invisível. Discordo. Por trás das instituições poderosas, há gente”, disse.
“Gente com ideologias, convicções, ambições e interesses – muitas vezes na contramão dos interesses do povo. Espero que um dia entendam a responsabilidade que têm para com o país e percebam que o futuro da nação é também o futuro de todos nós”.
Fonte: DCM
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