Os deputados federais Abílio Brunini (PL-MT) e Erika Hilton (PSOL-SP). Foto: Reprodução
O deputado federal bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT) foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por injúria contra Erika Hilton (PSOL-SP). Ele é acusado de ofender a parlamentar fora do microfone e outros colegas confirmaram o teor das declarações.
Segundo a denúncia, Brunini insinuou que Erika Hilton oferecia “serviços”. O Grupo de Trabalho sobre Violência de Política de Gênero, ligado à Procuradoria-Geral Eleitoral, apontou transfobia na fala do bolsonarista.
Ao g1, a assessoria de Brunini afirmou que ele ainda não foi notificado sobre a denúncia. A PGR atribuiu a ele o crime de injúria, que tem pena de um a seis meses de prisão, e a ministra Cármen Lúcia, relatora do caso, determinou a realização de uma audiência para discutir o caso com a defesa do deputado.
A magistrada busca um acordo com os advogados de Brunini para evitar levar o processo a julgamento por meio do pagamento de multa ou prestação de serviço. Caso a negociação não avance, o STF vai analisar a abertura de uma ação penal.
A fala de Brunini ocorreu em julho do ano passado, durante a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de janeiro. Na ocasião, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) acusou o bolsonarista de homofobia enquanto Erika Hilton falava. Outros parlamentares, como a senadora Soraya Thronice (Podemos-MS), confirmaram o teor da fala.
Na ocasião, o deputado não fazia parte do colegiado e participava das sessões de maneira recorrente para gerar tumulto e provocar parlamentares da base do governo.
Fonte: DCM
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