O ministro Israel Katz afirmou neste domingo que o exército israelense assumiu o controle da zona-tampão ao longo da fronteira com a Síria
Israel bombardeia Síria (Foto: Prensa Latina)
Um grande incêndio tomou conta de um bairro na capital síria, Damasco, que abriga prédios governamentais, após aviões de guerra israelenses bombardearem a cidade neste domingo (8), informaram os meios de comunicação sírios, citados pela Sputnik.
Grupos armados sírios capturaram a capital nacional, Damasco, mais cedo neste domingo. O primeiro-ministro sírio, Mohammad Ghazi al-Jalali, afirmou que ele e outros 18 ministros decidiram permanecer em Damasco. Al-Jalali também informou que entrou em contato com os líderes do grupo terrorista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que havia entrado na cidade.
O incêndio atingiu o bairro sudoeste de Kafar Sousah, onde estão localizados o Conselho de Ministros e o Ministério das Relações Exteriores, segundo o jornal al-Watan. Edifícios da inteligência e da alfândega também teriam sido atingidos pelas chamas.
Mais cedo neste domingo, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou, durante uma visita às Colinas de Golã ocupadas, que Israel monitorará de perto os desdobramentos na Síria e fará tudo o que for necessário para proteger suas fronteiras e sua segurança.
O primeiro-ministro acrescentou que Israel continuará comprometido com sua política de boa vizinhança com todos os povos que vivem na Síria.
"Continuamos com a política de boa vizinhança, que implementamos ao abrir um hospital de campanha aqui [nas Colinas de Golã], que prestou auxílio a milhares de sírios feridos e afetados pela guerra civil. Centenas de crianças sírias nasceram aqui, em Israel. Da mesma forma, estendemos uma mão de paz a todos além de nossa fronteira na Síria: aos drusos, aos curdos, aos cristãos e aos muçulmanos que desejam viver em paz com Israel", disse Netanyahu.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou neste domingo que o exército israelense assumiu o controle da zona-tampão ao longo da fronteira com a Síria para garantir a segurança dos assentamentos israelenses nas Colinas de Golã ocupadas.
"O primeiro-ministro [Netanyahu] e eu, com a aprovação do gabinete de ministros, ordenamos que as Forças de Defesa de Israel ocupassem a zona de buffer e as posições dominantes, para garantir a segurança de todos os assentamentos israelenses nas Colinas de Golã – judeus e drusos – de modo a não expô-los a ameaças provenientes do outro lado da fronteira", disse Katz.
Netanyahu e Katz visitaram o Monte Bental, nas Colinas de Golã, na manhã deste domingo.
Mais cedo, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) informaram que implantaram tropas na zona-tampão na fronteira com a Síria devido à ameaça de infiltração de militantes.
"De acordo com a avaliação situacional após os recentes eventos na Síria, incluindo a entrada de pessoal armado na zona de buffer, as IDF implantaram forças na zona de buffer e em outros locais necessários para sua defesa, a fim de garantir a segurança das comunidades nas Colinas de Golã e dos cidadãos de Israel", declararam as IDF no Telegram.
As IDF acrescentaram que não estão interferindo nos assuntos internos da Síria.
Mais tarde, no mesmo dia, as IDF declararam duas áreas agrícolas nas Colinas de Golã – Ein Zivan e Buqata-Khirbet Ein Hura – como uma zona militar fechada.
"As escolas realizarão atividades educacionais online em quatro comunidades drusas no norte das Colinas de Golã", disseram.
Os agricultores que trabalhavam na área agora fechada poderão entrar em partes específicas dela por períodos de algumas horas, "com base na necessidade militar e em total coordenação com as IDF", segundo o comunicado. A entrada não coordenada nessas áreas está estritamente proibida, acrescentaram as IDF.
No início do dia, ocorreu uma explosão no distrito de Al-Mazzeh, no oeste de Damasco, conforme relatado pelo jornal sírio Al-Watan. A Força Aérea Israelense atacou depósitos de armas no sul da Síria e em Damasco, informou a emissora israelense Kan neste domingo, citando uma fonte não identificada das forças de segurança israelenses.
Fonte: Brasil 247
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