sábado, 14 de dezembro de 2024

Cúpula militar avalia que Braga Netto 'abandonou a farda' em trama golpista

Militares da ativa afirmam que Braga Netto havia abandonado seu papel como militar para atuar como político

Braga Netto e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

Para membros da cúpula das Forças Armadas, o general Braga Netto, preso neste sábado (14) no âmbito do inquérito sobre a trama golpista, agiu mais como político do que como militar nos episódios investigados pela Polícia Federal (PF).

Militares da ativa ouvidos pelo colunista do G1, Valdo Cruz, afirmam que as evidências levantadas no inquérito indicam que Braga Netto havia abandonado seu papel como militar.

Tais militares lembram que durante o período investigado, o general estava baseado na sede do PL, partido ao qual se filiou para ser candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro.

Na sede do PL, a Polícia Federal encontrou, com um assessor de Braga Netto, um manuscrito denominado "Operação 142". O documento descrevia um plano cujo objetivo final seria impedir que o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumisse o Palácio do Planalto.

Para integrantes da cúpula militar, Braga Netto adotou um perfil político a partir do momento em que concorreu como vice na chapa de Bolsonaro. Essa atuação teria continuado após a eleição, quando ele foi contratado como dirigente nacional do PL.

"Ele não é mais um militar, tornou-se um político. Braga Netto passou a atuar politicamente, comandando um partido", afirmou um militar, que reconheceu, no entanto, que a prisão do general é extremamente prejudicial para a imagem das Forças Armadas.

Militares ainda acreditam que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve formalizar a denúncia.

Fonte: Brasil 247

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