quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Conheça as principais mudanças da Câmara na PEC do pacote fiscal

Texto-base da PEC foi aprovado em primeiro turno com 344 votos a favor, 154 contrários e duas abstenções; texto segue para segundo turno

Plenário da Câmara (Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara )

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (19), em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do pacote fiscal, que promove alterações significativas no abono salarial, no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e na regulamentação dos chamados “supersalários” no funcionalismo público. O texto foi aprovado com 344 votos a favor, 154 contra e duas abstenções. A informação é do portal G1.

A proposta também prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) e permite ajustes orçamentários envolvendo subsídios e subvenções. Em acordo com líderes partidários, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), articulou a aprovação do texto após retirada de trechos polêmicos relacionados ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Principais mudanças aprovadas na PEC:

◆ Fundeb

    ● Foi retirada a autorização para que a União, a partir de 2026, abata do                   Fundeb     despesas com educação em tempo integral.
    ● Até 10% da complementação da União ao Fundeb em 2025 poderá ser usada       para financiar matrículas em escolas públicas de tempo integral, percentual         menor que os 20% previstos inicialmente.
    ● A partir de 2026, estados e municípios serão responsáveis pela manutenção       dessas matrículas, com um mínimo de 4% da complementação obrigatória           destinada a essa finalidade.

◆ Supersalários

    ● A PEC determina que exceções ao teto salarial do funcionalismo público serão regulamentadas por lei ordinária, de aprovação mais fácil que uma lei complementar.
    Foi retirada a regra que determinava que “somente” parcelas previstas em lei poderiam ser exceções ao teto.
    Até a edição da lei, indenizações continuarão sendo pagas sem serem contabilizadas no limite salarial.

◆ Desvinculação de Receitas da União (DRU)

    ● A PEC prorroga a DRU até 31 de dezembro de 2032.
    ● Serão desvinculados 30% da arrecadação da União com contribuições sociais, taxas e receitas patrimoniais, preservando o Regime Geral de Previdência Social.

◆ Execução orçamentária

    ● Foi retirado o dispositivo que revogava trechos constitucionais relacionados     à execução obrigatória de programações orçamentárias e emendas                      parlamentares

◆ Abono salarial

    ● O abono será pago a trabalhadores que recebem até dois salários mínimos            em 2025
     ●A partir de 2026, o limite será corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao              Consumidor (INPC)
    ● Em 2035, o critério será limitado a quem recebe até 1,5 salário mínimo, segundo projeções do Ministério da Fazenda.

◆ Concessão de subsídios e benefícios

    ● O Poder Executivo poderá limitar despesas com subsídios, subvenções e benefícios financeiros, respeitando o “ato jurídico perfeito”.
    ● Uma lei complementar definirá condições e limites para a concessão, ampliação ou prorrogação de incentivos tributários.

◆ Próximos passos

A votação em segundo turno ainda depende da análise de destaques e da quebra de interstício de duas sessões plenárias. Caso aprovada novamente, a PEC seguirá para o Senado Federal para mais duas votações antes de sua promulgação.

Fonte: Brasil 247

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