País asiático destacou que continuará colaborando com o bloco para aprofundar a cooperação comercial e o crescimento sustentável da economia global
(Foto: Gil-Design/Thinkstock)
A China reafirmou seu compromisso de fortalecer a cooperação dentro da estrutura do BRICS, respondendo às ameaças do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que prometeu impor tarifas de até 100% sobre os produtos dos países membros do bloco. Trump havia feito essa ameaça caso os membros do BRICS, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, não abandonassem os planos de desenvolver uma moeda alternativa ao dólar.
Em reação às declarações de Trump, Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, destacou que o país continuará colaborando com seus parceiros no BRICS para aprofundar a cooperação comercial e contribuir para o crescimento sustentável da economia global.
"A China está disposta a seguir trabalhando com os parceiros do BRICS para aprofundar a cooperação comercial em vários campos e dar maiores contribuições para o crescimento sustentável e estável da economia global", afirmou Jian, de acordo com a Sputnik.
Ele também sublinhou que os países do BRICS defendem princípios de abertura, inclusão e cooperação mutuamente vantajosa, e que o bloco não se envolverá em confrontos geopolíticos. Este posicionamento reforça o caráter da associação, que busca promover o multilateralismo e a equidade no desenvolvimento global.
Embora Trump tenha sugerido pressões econômicas sobre o bloco, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou anteriormente que ainda é prematuro discutir a criação de uma moeda única do BRICS, refletindo uma posição mais cautelosa dentro da associação.
O BRICS, fundado em 2006, iniciou 2024 com a entrada de novos membros, incluindo Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, expandindo sua influência global. A presidência do bloco passou para a Rússia no início do ano e será entregue ao Brasil em 2025. A 16ª Cúpula do BRICS, realizada em Kazan de 22 a 24 de outubro, foi o evento final da presidência russa, reunindo representantes de 36 países e seis organizações internacionais.
Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tivesse programado comparecer à cúpula, ele precisou cancelar sua viagem devido a um acidente doméstico. O Brasil foi representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O evento teve como lema o fortalecimento do multilateralismo para um desenvolvimento global equitativo e seguro.
Fonte: Brasil 247 com Sputnik
Nenhum comentário:
Postar um comentário