quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Câmara coloca em sigilo registros de entradas de Tiu França

Câmara dos Deputados decidiu manter sob sigilo os registros de entrada de Francisco Wanderley Luiz

Francisco Wanderley Luiz, o "Tiu França" (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A Câmara dos Deputados decidiu manter sob sigilo os registros de entrada de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “homem-bomba”, autor do atentado ocorrido em 13 de novembro deste ano em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A negativa ao acesso foi confirmada na última segunda-feira (16/12), segundo informações do portal Metrópoles. O ataque, investigado pela Polícia Federal (PF), trouxe à tona questões delicadas de segurança pública.

Por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), o Metrópoles solicitou detalhes das entradas do autor do atentado na Câmara nos últimos cinco anos, incluindo os gabinetes ou unidades visitados. Em resposta, a Casa justificou a restrição dos dados alegando “questões sensíveis relacionadas à segurança orgânica da Câmara dos Deputados”, que poderiam comprometer tanto a segurança interna quanto as investigações em andamento.

Segundo a Câmara, a divulgação dos registros também poderia “pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares”. A justificativa foi amparada pela previsão legal que permite sigilo em casos que envolvem “atividades de inteligência” ou “prevenção de infrações”. Entretanto, a resposta não especifica o prazo pelo qual os documentos permanecerão confidenciais.

A reportagem também solicitou à assessoria da Câmara o termo de classificação do sigilo, documento que formaliza a decisão, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações da Casa Baixa.

O ataque e os desdobramentos

Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu ao detonar um artefato caseiro contra a própria cabeça, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Antes disso, ele havia promovido uma série de explosões, incluindo uma no estacionamento do Anexo 4 da Câmara dos Deputados, e lançou bombas em direção ao prédio do STF.

No dia do ataque, a Câmara confirmou que Francisco entrou na Casa para utilizar o banheiro. Além disso, foi revelado que ele esteve no gabinete do deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC) em agosto deste ano.

A decisão de manter os registros em sigilo ocorre em um contexto de investigações intensas, conduzidas pela Polícia Federal, que busca esclarecer as motivações do atentado e possíveis conexões do autor com terceiros.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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