segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Brasil retira embaixador e funcionários após aumento da tensão na Síria

André dos Santos deixa Damasco após a queda do governo do presidente Bashar al-Assad e escalada das tensões com radicais islâmicos

Militantes sírios em Homs, Síria - 07/12/2024 (Foto: REUTERS/Mahmoud Hasano)

O Brasil retirou seu embaixador na Síria, André dos Santos, e outros funcionários diplomáticos do país nesta segunda-feira (9), após uma escalada nas tensões políticas e militares. Os integrantes do corpo diplomático brasileiro, segundo o Metrópoles, foram transferidos para Beirute, no Líbano, onde permanecerão até que a situação no território sírio se estabilize. A medida ocorre após rebeldes, liderados por radicais islâmicos, derrubarem o governo do presidente Bashar al-Assad, no último domingo (8).

Além da retirada da embaixada, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu, no sábado (7), uma recomendação para que os cidadãos brasileiros deixem a Síria o mais rápido possível. Estima-se que cerca de 3,5 mil brasileiros vivam no país, parte dos mais de 60 mil compatriotas que residem na região do Oriente Médio, conforme dados do Portal Consular.

O Brasil se soma a outros países europeus que também decidiram esvaziar suas representações diplomáticas na Síria. Um dos planos é, em comboio, levar os diplomatas e demais servidores até o Líbano. O Ministério das Relações Exteriores é o responsável pela operação.

A decisão foi tomada após o registro de incidentes em algumas embaixadas em Damasco no final de semana, incluindo as de Cuba e da Itália. A retirada de diplomatas brasileiros da Síria não é inédita. Em julho de 2012, o Brasil já havia transferido temporariamente seus diplomatas de Damasco para Beirute devido à deterioração da segurança na Síria, mas manteve o funcionamento de sua embaixada no país.

A situação no país ficou ainda mais crítica após a renúncia de Bashar al-Assad, que governou a Síria por 24 anos. A decisão de abandonar o país ocorreu após uma série de ofensivas de grupos jihadistas iniciadas em 27 de novembro. De acordo com a chancelaria russa, Assad teria negociado com "várias partes envolvidas no conflito" antes de deixar o território sírio.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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