sábado, 14 de dezembro de 2024

Braga Netto e Bolsonaro devem ser denunciados pela PGR no início de 2025

O general foi preso na manhã deste sábado após uma operação da Polícia Federal

Braga Netto e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

Alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã deste sábado, o general do Exército Walter Braga Netto está entre os nomes indiciados no relatório final da PF no âmbito do chamado inquérito do golpe. Segundo O Globo, ele deve ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em janeiro de 2025, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos no caso.

A expectativa é que os procuradores responsáveis pela investigação apresentem ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos primeiros meses de 2025 uma decisão sobre a viabilidade de uma ação criminal contra os 37 nomes investigados no caso. Isso poderia permitir que o julgamento aconteça no primeiro semestre do próximo ano.

Caso o procurador-geral da República, Paulo Gonet, opte por apresentar a denúncia, o caso será remetido ao ministro Alexandre de Moraes, que é o relator no STF. O processo será inicialmente analisado pela Primeira Turma da Corte, composta por Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Luiz Fux e Moraes. Caso a denúncia seja recebida, os réus terão a oportunidade de apresentar suas defesas e arrolar testemunhas. O objetivo é que a resolução do caso ocorra em 2025, evitando que o processo interfira na eleição presidencial de 2026.

Braga Netto foi apontado pela Polícia Federal como membro de dois dos seis núcleos da suposta organização criminosa que teria sido articulada para tentar implementar um golpe de Estado no país. O ex-ministro teria ligação direta com os planos golpistas, conforme revelou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Em seu depoimento à PF, Cid afirmou que uma reunião para planejar a trama ocorreu na residência de Braga Netto.

Além de ministro no governo Bolsonaro, Braga Netto foi também candidato a vice-presidente na chapa liderada por Jair Bolsonaro, que foi derrotada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. A defesa do general nega as acusações e afirmou estar preparada para contestar qualquer procedimento legal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

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