sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Boulos se manifesta sobre possibilidade de trocar PSOL pelo PT

O deputado federal e ex-candidato à Prefeitura de SP Guilherme Boulos; parlamentar descartou a possibilidade de deixar seu partido, o PSOL – Foto: Reprodução

O deputado federal Guilherme Boulos afirmou que não pretende deixar o PSOL para se filiar ao PT, negando também qualquer intenção de concorrer ao Senado em 2026.

Durante entrevista à coluna de Paulo Capelli, no Metrópoles, o parlamentar reforçou sua identificação com a sigla e destacou o apoio que recebeu do partido desde o início de sua carreira política. “É um partido onde me sinto representado pela sua direção, pelos seus quadros políticos e pelas suas pautas. Isso [troca de legenda] não está posto”, declarou.

Boulos, que iniciou sua trajetória política no Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), ganhou projeção ao disputar a Presidência em 2018, posicionando-se como uma alternativa à esquerda fora do PT. Em 2022, ele foi candidato a deputado federal, atendendo a um pedido do então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fortalecer a coalizão entre PT e PSOL no estado de São Paulo.

O deputado federal Guilherme Boulos e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – Foto: Reprodução

O acordo previa que o PSOL apoiaria Fernando Haddad para o governo paulista, enquanto o PT retribuiria o apoio na candidatura de Boulos à prefeitura de São Paulo em 2024. Apesar disso, setores do PT, como o liderado por Jilmar Tatto, resistiram à ideia inicialmente, classificando-a como um “jogo de perde-perde”.

Ainda na entrevista, Boulos elogiou o apoio recebido da direção petista e destacou o papel de Lula e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na sua campanha. “Lula foi um parceiro de primeira hora. Gleisi trabalhou para alocação de fundos na nossa campanha. O PT-SP esteve no núcleo duro da minha campanha o tempo todo”, afirmou.

A relação com a ala que resistiu à sua candidatura foi tratada com diplomacia por Boulos. “Houve posicionamento contrário de um grupo específico do PT. Mas mesmo o grupo do Jilmar se envolveu e entrou na campanha quando a coisa começou pra valer. Não tenho nada a reclamar do PT de São Paulo”, disse.

Internamente, parte do PSOL chegou a acusar setores do PT de sabotagem durante a campanha, mas Boulos preferiu minimizar essas divergências. Ele ressaltou a construção de uma relação de confiança com lideranças petistas e destacou o engajamento de ambas as siglas na disputa pela prefeitura paulistana.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

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