Ex-presidente solicitou exceção à medida que o proíbe de manter contato com líder do PL, em meio a investigações sobre trama golpista
Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | REUTERS/Adriano Machado)
Jair Bolsonaro (PL) formalizou um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para comparecer ao velório de Leila Caran Costa, mãe de Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL). Leila faleceu na madrugada desta terça-feira (3), em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. De acordo com reportagem do Estadão, o pedido de Bolsonaro ocorre sob circunstâncias delicadas, já que ele e Valdemar Costa Neto estão proibidos de manter contato, mesmo que por meio de advogados, em decorrência das restrições impostas no âmbito da Operação Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro deste ano. A operação investiga uma suposta organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe de Estado, cujas ações incluiriam até mesmo um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio ministro Moraes.
Na mesma operação, Valdemar Costa Neto chegou a ser preso por porte ilegal de arma, mas foi solto após dois dias. Já Bolsonaro teve seu passaporte apreendido e está proibido de sair do país. Ambos foram indiciados pela Polícia Federal no inquérito que apura os planos golpistas.
No pedido encaminhado ao STF, os advogados de Bolsonaro argumentaram que a situação exige um tratamento excepcional. "Considerando a relação entre o peticionário e o Sr. Valdemar e a excepcionalidade da situação, é a presente para requerer, em caráter excepcional, autorização para o comparecimento aos funerais da genitora do Sr. Valdemar, comprometendo-se o peticionário a não manter quaisquer conversas sobre as investigações em curso", diz a petição.
A decisão de Moraes sobre o pedido deverá considerar o impacto das medidas restritivas em curso, bem como o contexto de um possível encontro entre os dois investigados em um momento sensível.
Fonte: Brasil2 47 com informações do jornal Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário