A Polícia Federal prendeu o general Walter Braga Netto em operação neste sábado
Mauro Cid (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado )
Aliados próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sugerem que os detalhes da prisão do general Walter Braga Netto indicam uma possível armadilha, articulada pelo general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, informa a Folha de S. Paulo. De acordo com informações, mensagens revelam que Lourena Cid entrou em contato com Braga Netto em setembro do ano passado, para assegurar que seu filho não estaria colaborando com a Justiça através de uma delação premiada, apesar de essa colaboração já ter sido fechada e homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os aliados de Bolsonaro relatam que Braga Netto demonstrava dificuldade em acreditar que alguém da confiança do Exército, como Mauro Cid — integrante dos "kids pretos", referência às forças especiais de elite do Exército —, poderia entregar colegas de farda e figuras próximas do governo em uma estratégia de delação. Isso teria, segundo esses interlocutores, levado o ex-ministro a se abrir para contatos posteriores, fornecendo involuntariamente informações sensíveis à Polícia Federal.
Nesse cenário, Braga Netto teria gerado provas contra si mesmo e outros envolvidos no caso da tentativa de golpe de Estado, ao compartilhar detalhes que posteriormente foram utilizados na investigação. A percepção é de que a abordagem de Lourena Cid teria sido uma manobra estratégica para enfraquecer a posição do general e consolidar novas informações no inquérito.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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