Bolsonarista que levou coroa de flores a Lula recebe R$ 14500 de pensão, brandiu taco na Paulista e processou o DCM
Maria Cristina de Araújo Rocha com políticos de extrema-direita, como Fernando Holiday (dir.), Carla Zambelli (centro) e Kim Kataguiri (esq.)
A bolsonarista Maria Cristina de Araújo Rocha, presa após chamar um policial negro de “macaco” em frente à casa do presidente Lula (PT), para onde levou uma coroa de flores, é velha conhecida do fascismo.
Em 2021, ela foi à Avenida Paulista com um taco de beisebol, ameaçando seus “inimigos”. O DCM reportou o fato, ela nos processou e perdeu.
Na nova façanha, nesta quarta-feira (18), a mulher de 77 anos fez seu teatro em Pinheiros, Zona Oeste da cidade de São Paulo.
Filha do coronel Virgílio da Silva Rocha, Cristina recebe do Estado, desde 2009, uma pensão mensal de R$ 14,5 mil, mas que pode variar. Em junho deste ano, por exemplo, ela ganhou R$ 17 mil líquidos em uma gratificação natalina.
Taco de beisebol na Paulista
Cristina Rocha ficou famosa, em maio de 2020, após ameaçar manifestantes na Avenida Paulista com um taco de beisebol com a inscrição “Rivotril”. Antes disso, já havia postado no Facebook ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal), especialmente contra o ex-ministro Celso de Mello.
A bolsonarista se sentiu ofendida ao ser retratada como “a fascista do taco de beisebol” e decidiu nos acionar na Justiça. Ficou contrariada com a publicação de um perfil em que sua filha contava quem ela era.
A filha da extremista revelou, entre outras coisas, que ela nunca foi filha de general, como alegava, mas de coronel forçado ao exílio na França após aparecer com camiseta de Che Guevara no início dos anos 70. Maria Cristina sustentava, no processo, que o DCM causou danos à sua imagem.
Contudo, segundo nosso advogado, Francisco Ramos, “quem o fez foi a própria demandante se lançando à mídia com posicionamentos políticos polêmicos e, com isso, sujeitando-se não apenas às críticas jornalísticas, bem como aos esclarecimentos que precisou conferir junto à Delegacia de Polícia”.
De acordo com a decisão do juiz Luís Eduardo Scarabelli, “pode-se afirmar que o exercício da atividade de imprensa não transbordou dos limites da liberdade de expressão, direito fundamental assegurado constitucionalmente, como já dito”.
Ataque a chineses
Cristina também foi denunciada pelo Ministério Público por “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
Com mais duas amigas, Neusa de Oliveira e Simone Gomes da Costa, ela armou uma palhaçada no consulado da China em São Paulo, em março de 2020, para atacar o povo chinês em meio à pandemia da Covid-19. As mulheres exibiam faixas com palavras de ordem como “Chinese Wuhan Pneumonia”, “China desgraça do mundo”, “Vírus made in China” etc.
Diante de um funcionário que gravava os ataques, gritou, junto com as amigas: “Seus ratos imundos! Grava aí seu rato! Seu rato chinês! Rato chinês! Rato da pior qualidade!”. Em interrogatório, elas confessaram tudo, conforme o relatório do MP.
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