Estudo aponta vínculo entre crimes ambientais e facções criminosas na região
(Foto: Divulgação / PF)
As autuações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na Amazônia Legal dispararam no primeiro ano do governo Lula. Segundo o estudo “Cartografia das Violências na Amazônia”, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em parceria com o Instituto Mãe Crioula (IMC), divulgado nesta quarta-feira (11), o número de infrações ambientais registradas alcançou 12,3 mil, um aumento de 50,8% em relação a 2022.
Crimes como desmatamento para garimpo e expansão de áreas de pastagem foram os mais frequentes. Enquanto o restante do Brasil registrou um crescimento de 34% nas autuações, a Amazônia Legal despontou como a região mais crítica, concentrando os maiores índices de crimes ambientais, destaca o Metrópoles.
◉ Conexão entre facções criminosas e crimes ambientais
O levantamento também destacou uma alarmante relação entre crimes ambientais e a expansão de facções criminosas na Amazônia. O Comando Vermelho (CV) atua em 130 municípios, enquanto o Primeiro Comando da Capital (PCC) opera em 28 cidades.
Além dessas grandes facções, grupos locais como a Tropa do Castelar, dissidência do CV no Mato Grosso, e os Piratas dos Solimões, especializados em roubo de cargas fluviais, vêm ampliando suas operações na região.
“Tráfico de drogas, crimes ambientais, grilagem de terras e outras ilegalidades são partes de um mesmo sistema criminoso complexo que não será desmantelado sem uma ação integrada”, aponta o relatório.
◉ Expansão do crime organizado na Amazônia
O estudo revelou ainda que o número de cidades da Amazônia Legal sob influência de facções criminosas cresceu 46% em comparação ao ano anterior. As investigações apontam que narcotráfico e desmatamento ilegal formam uma rede interligada que impulsiona tanto a destruição ambiental quanto a violência na região.
Composta por estados como Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e parte do Maranhão, a Amazônia Legal apresenta desafios geográficos e de fiscalização que dificultam a contenção do crime ambiental e a presença de facções.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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