quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Aprovação do governo Lula sobe para 52%, aponta Quaest


Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Na manhã desta quarta-feira (11), Felipe Nunes, diretor da Quaest, usou sua página no X, antigo Twitter, para compartilhar os dados do novo levantamento da consultoria. Os números revelam que a aprovação do governo do presidente Lula (PT) subiu para 52%, enquanto a desaprovação atingiu 47%. Apenas 1% dos entrevistados não souberam ou não responderam:

Genial/Quaest de dez/24 mostra que ao final do segundo ano de governo, Lula é aprovado por 52% e reprovado por 47%, resultado estável em relação à pesquisa anterior.
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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

A aprovação de Lula é maior entre eleitores do Nordeste (67%), eleitores de renda baixa (63%) e pretos (59%); a aprovação é menor entre quem tem renda domiciliar acima de 5SM (39%), evangélicos (42%) e eleitores do Sudeste (44%). Padrão permanece parecido com o da eleição.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

A amostra desta pesquisa nos permite estudar os resultados dentro de 6 estados. BA (66%) e PE (65%) são os estados com as maiores taxas de aprovação do governo. GO (41%), SP (43%) e PR (44%) têm as menores taxas de aprovação. MG reproduz a média nacional.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

A avaliação do governo Lula também aparece estável nessa rodada: 33% de avaliação positiva (ótima + boa), 34% de regular e 31% de negativa (ruim + péssima).

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

Na comparação com pesquisas do IBOPE feitas ao final do 2º ano do mandato de outros presidentes em anos anteriores, Lula 3 é pior do que Lula 1 e 2 e só aparece à frente dos governos FHC 2 e Temer.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

A estabilidade nos números revela a baixa capacidade do governo em comunicar seus principais resultados econômicos. O pacote de corte de gastos apresentado pelo ministro Haddad, por exemplo, só ficou conhecido por 38% dos entrevistados.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

Entre quem tomou conhecimento sobre a medida, grupo caracterizado especialmente por homens, mais velhos e de renda mais alta, a maioria (68%) acredita que as medidas apresentadas não vão melhorar as contas do governo.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

A isenção do Imposto de Renda para quem ganha acima de 5 mil também não conseguiu atingir a maioria da população. Apenas 43% dizem que já sabiam da medida quando responderam a pesquisa.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

Isso sugere que os resultados de aprovação do governo podem se mover positivamente no futuro quando a medida se tornar real, já que a isenção do IR é aprovada por 75% dos brasileiros.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

A aprovação a essa medida é alta inclusive entre eleitores de Bolsonaro (77%) ou entre quem votou branco/nulo ou se absteve em 2022 (74%). Com esse resultado, difícil imaginar que o Congresso vá rejeitar esse projeto.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

Mas sem uma comunicação bem feita, o plano pode não gerar bons frutos. A alta do dólar, por exemplo, consequência direta do anúncio da semana passada pode prejudicar a imagem do governo: 72% dizem que a alta do dólar tem impacto em suas vidas.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

E é um impacto bem direcionado, já que 84% acreditam que a alta do dólar vai fazer os preços de alimentos e combustíveis subirem também.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

Essa percepção negativa também está refletida na percepção generalizada sobre a economia. Ao contrário do que mostram os números oficiais, 40% acham que a economia brasileira piorou no último ano, enquanto apenas 27% acreditam que ela melhorou.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

Essa percepção de piora aparece de várias formas. Por exemplo, 68% dos brasileiros dizem que o poder de compra hoje é menor do que a um ano atrás. É o pior resultado da série.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

O preço dos alimentos no último mês subiu para 78% dos entrevistados! Também é o pior resultado da série.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

A percepção da maioria dos brasileiros (59%) também é a de que o preço dos combustíveis subiu no último mês.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

A percepção do desemprego foi a que mais aderiu a dos dados oficiais. Pela primeira vez na série histórica, cresceu a percepção de que está mais fácil conseguir um emprego hoje do que a um ano.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

Como explicar essa dissonância entre a realidade e a percepção? O primeiro fator é a polarização que se calcificou. Eleitores do Lula acreditam que a economia melhorou, eleitores do Bolsonaro defendem que a economia piorou. Esse cabo de guerra de opinião persiste.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

Mas há um outro fator com potencial explicativo. A grande maioria dos brasileiros (61%) acredita que seu patamar financeiro está abaixo do esperado. Ou seja, estão frustrados. É como se a renda, mesmo com o PIB crescendo e o emprego em baixa, não estivesse sendo suficiente.

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução

O mais curioso dessa frustração financeira é que ela aparece ainda maior entre os jovens (66% deles estão frustrados com o seu patamar financeiro, contra 55% do público 60+ que aparece frustrado) …

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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução
E entre os mais pobres (64% de quem vive em domicílios com renda de até 2 salários acredita que seu patamar financeiro está abaixo do esperado). Não basta criar PIB para gerar bem-estar. As expectativas podem produzir frustrações, mesmo diante de bons resultados.
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Dados da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Foto: reprodução
A Quaest ouviu 8.598 pessoas entre os dias 4 e 9/12. O nível de confiabilidade do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 1 ponto percentual. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.

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