sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Alckmin: 'acordo União Europeia-Mercosul terá impactos positivos na agricultura, na indústria e nos serviços'

O acordo remove impostos de importação sobre mais de 91% dos produtos da UE exportados para o bloco sul-americano

Geraldo Alckmin (Foto: José Cruz / Agência Brasil)

Vice-presidente da República, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércios e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira (6) que o acordo entre União Europeia e Mercosul é "histórico e estratégico". Pela proposta, serão reduzidas ou zeradas as tarifas de importação e exportação entre os dois blocos. O acordo remove impostos de importação sobre mais de 91% dos produtos da UE exportados para o bloco sul-americano. A união dos dois blocos reúne mais de 700 milhões de pessoas que vivem na América Latina e na Europa. A União Europeia é o segundo principal parceiro comercial do Brasil, atrás da China, e as trocas comerciais somaram US$ 92 bilhões em 2023 aproximadamente.

"É o maior acordo entre blocos de todo o mundo", disse Alckmin durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. "Estamos falando de mais de 27 países da União Europeia, dos mais ricos do mundo. São muitas oportunidades e ganhos recíprocos. Pode ajudar a fazer o PIB do Brasil crescer mais, as exportações brasileiras crescerem, a renda e o emprego crescerem e derrubar a inflação. Os estudos mostram que as exportações para a União Europeia poderiam crescer na agricultura 6,7%, nos serviços 14,8% e na indústria de transformação 26,6%".

O ministro destacou "a liderança do presidente Lula". "Se não fosse ele, dificilmente esse acordo teria saído. E vale ressaltar o grande significado disso num mundo polarizado e fragmentado", disse.

Segundo Alckmin, a parceria foi apoiada no Brasil por três setores produtivos: o setor primário, o agrícola; o setor secundário, a indústria, especialmente a indústria de transformação, e o de comércio e serviços. “Vamos impulsionar as pequenas empresas também para que elas possam participar, não só as grandes empresas”.

No acordo estão previstas cooperações política, ambiental, harmonização de normas sanitárias e fitossanitárias (que são voltadas para o controle de pragas e doenças) e proteção dos direitos de propriedade intelectual.

De acordo com representantes os dois blocos, as estimativas para o ano de 2044 são: aumento de 0,34% (R$ 37 bilhões) no PIB; alta de 0,76% no investimento (R$ 13,6 bilhões); diminuição de de 0,56% no nível de preços ao consumidor; alta de 0,42% nos salários reais; impacto de 2,46% (R$ 42,1 bilhões) sobre as importações totais; impacto de 2,65% (R$ 52,1 bilhões) sobre as exportações totais.

O Mercosul é formado por Argentina, Bolívia, Brasil, Uruguai e Paraguai.

Fonte: Brasil 247

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