quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

A maioria da população afirma que o Brasil sofreu um risco de golpe, mostra levantamento

Com apoio da Febraban, a pesquisa da AGU e do Ipespe também mencionou temas como fake news, conceitos ligados à democracia e relação entre os três Poderes

Mobilização nacional de lutas pela democracia e contra anistia a golpistas, organizada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, Largo São Francisco (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Cerca de seis em cada dez brasileiros (59%) acreditam que a democracia esteve sob risco de golpe nos últimos anos. Os números, divulgados nesta terça-feira (10), em Brasília (DF), fazem parte da pesquisa intitulada "A democracia que temos e a democracia que queremos", realizada pelo Observatório da Democracia da Advocacia-Geral da União (AGU) e pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), com apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

De acordo com as estatísticas, 69% dos entrevistados consideraram que as fake news atrapalham e confundem muito durante as eleições. Além disso, 70% acreditam que as redes sociais e o WhatsApp deveriam ser regulamentados por leis para combater a propagação de fake news.

Os dados também indicaram que a “liberdade” é a ideia-síntese mais associada à democracia, seguida de igualdade, direitos e participação. Para 36% dos entrevistados, a democracia no Brasil precisa melhorar. No entanto, 70% da população acreditam que a democracia está ameaçada, enquanto 25% consideram que ela está segura.

A pesquisa revelou ainda que 70% dos brasileiros preferem a democracia a qualquer outra forma de governo, e 81% concordam que, apesar de ter problemas, é o melhor regime político.

Sobre a relação entre os Três Poderes, a maioria acredita que essa relação é conflituosa (65%) e que frequentemente um poder interfere no outro (31%). Em relação à participação social, os entrevistados demonstraram maior interesse nas questões políticas do município (49%), seguido do estado (43%) e do país (40%).

A pesquisa foi realizada em âmbito nacional, em dezembro de 2024, com a participação de 3 mil cidadãos, e organizada em oito eixos: Valorização; Funcionamento e Satisfação; Expectativas; Confiança nos Poderes e nas Instituições; Desarranjos do Sistema; Participação da Cidadania; O Papel das Redes Sociais; e Ameaças. O estudo foi viabilizado após a assinatura do protocolo de intenções entre a AGU e a Febraban, em novembro deste ano.

Fonte: Brasil 247

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